Para ser inesquecível
Acabo de receber o primeiro livro publicado pela minha filha mais nova, Déborah. Ela que também é autora aqui no Blog do Saber e que muito me orgulha, ainda em vida verificar que, pelo menos esse legado consegui deixar para as minha duas filhas. Sim, porque Nathália, a mais velha já é escritora com livro publicado há mais de cinco anos. Isso por si só já justificou a minha existência nessa breve passagem terrena. Bem, quero pontuar aqui, neste artigo, algo marcante no livro Para Ser Inesquecível, que Déborah enfatiza em quase todo o livro: a solidão. Em outra ocasião comentarei sobre assuntos e temas interessantíssimos que fazem parte do conteúdo deste livro maravilhoso.

Meu ponto de vista sobre a solidão
Já escrevi outro artigo intitulado Solitude e Solidão, onde falo sobre o significado e analiso a diferença das duas palavras e chego a conclusão de que ambas são estados de espírito. Desta vez quero abordar apenas a solidão do ponto de vista único e exclusivamente meu. Quero falar da minha experiência de solidão, visto que, é algo muito subjetivo e pessoal.
Inicialmente, apesar de na minha trajetória de vida ter experimentado três relacionamentos amorosos quase sem intervalo entre um e outro. Tendo o primeiro durado 29 anos com um intervalo de apenas quatro meses para o início do segundo. E tendo este durado dez anos com alguns rompimentos de duraram meses e finalmente o terceiro ter durado três anos com um intervalo de apenas um mês após findo o segundo. Devo dizer que enfrentei a solidão inúmeras vezes ao longo dessas três experiências.
Minha experiência com relacionamentos e a solidão
No primeiro casamento passei um período de oito anos trabalhando como representante comercial, onde viajava 42 a 45 das 52 semanas do ano pelo interior do RN e da PB. Foram muitas noites de solidão, mas com data e hora para começar e para terminar. Saindo sempre nas terças-feiras e voltando para casa nas sextas-feiras. No segundo relacionamento houve períodos de morarmos juntos e períodos de morarmos separados, bem como aqueles em que rompemos, pelo menos três vezes e ficamos assim por até quatro meses. E foi durante esse relacionamento que enfrentei a pandemia morando separados onde experimentei pela primeira vez longos períodos de solidão. Aos pouco tive de aprender a me virar sozinho de verdade.
Nesta terceira experiência vivemos quase dois anos juntos, mas por motivos superiores tivemos que enfrentar o último ano morando separados nos vendo apenas uma vez por semana. E tive que ir morar solitariamente, muito longe, numa praia e por meses, inclusive, sem carro.
E sabe de uma coisa? Não foi tão impactante assim, porque é como se eu tivesse sido paulatinamente preparado, treinado a viver só, pois como expliquei, esses momentos de solidão começaram sorrateiramente e foram, aos poucos, relacionamento após relacionamento invadindo a minha vida.
No meu caso solidão e solitude se confundem
A solidão, como explico no artigo anterior, é involuntária e muitas vezes negativa, enquanto a solitude é voluntária e positiva. No meu caso as duas se confundem e ambas foram benéficas, pois não me sinto solitário na medida que consigo enxergar tudo na vida pelo lado bom, por exemplo: quando estou sozinho consigo produzir muito mais e melhores conteúdos literários. Esse período de reclusão na praia me proporcionou escrever e aprontar três novos livros que pretendo lançar ainda no ano de 2025. Também me proporcionou uma rotina onde consigo garantir a minha melhor forma atlética de toda a minha vida aos 60 anos de idade. O aumento e a melhoria da minha disciplina também nos hábitos alimentar, de sono e meditativo.
Aprendendo com a gratidão
Nesses últimos requisitos com nenhuma das minhas companheiras consegui ser tão disciplinado por motivos óbvios, rsrsrs, e principalmente porque sou de me doar muito às demandas e necessidades dos outros deixando de lado, muitas vezes, as minhas.
Mas o que de fato me ajudou a lidar com a solidão foi aprender a vibrar na frequência da Gratidão. Foi através da gratidão que aprendi a ser uma pessoa resoluta, resiliente e feliz. Portanto saber fazer do limão uma limonada não é apenas uma questão de sobrevivência, mas acima de tudo de criatividade e gratidão por estar aqui e pela capacidade de a cada dia criar algo novo.
Wagner Braga