Uma tríade implacável
Há muito tempo, uma questão de décadas mesmo, venho tentando desmistificar uma frase que ecoa nos meus ouvidos e na minha mente: “o que dinheiro e peia não resolver é porque foi pouco“. Ouvi essa frase, dita da boca de uma pessoa muito chegada a mim, a qual tinha respeito e admiração. Apesar de, de certa forma, soar chulo e impactante, essa frase possui uma verdade que ainda não consegui relativizar, ou seja, a verdade contida nela continua atual. Infelizmente ou, não sei, felizmente o que sempre moveu, move e não sei até quando continuará movendo esse mundo tridimensional são três coisas: dinheiro sexo e poder.
Os três Ts do homem
Nem sempre as três coisas, dinheiro sexo e poder, andam juntas. Diz-se inclusive que, na vida o homem tem três Ts: Tesão, Tutu (uma alusão ao dinheiro) e Tempo. Porém, são poucos os que tem os três ao mesmo tempo ou o tempo todo ao longo da vida. Quando se é jovem o homem tem Tesão, Tempo, mas não tem Tutu. Então ele começa a trabalhar, a ganhar Tutu e ainda com muito Tesão não tem Tempo para usufruir desse Tempo, pois tarbalha demais para garantir o futuro. Mais adiante, quando já acumulou muito Tutu e passa a ter Tempo, já na aposentadoria, mas lhe falta o Tesão necessario para usufruir da riqueza acumulada em alto estilo.
Todo mundo tem um preço
Histórias a parte o que é certo é que, desde os primórdios, a humanidade é movida a dinheiro sexo e poder. Apesar de que, nem sempre ter muito dinheiro é sinônimo de poder. O dinheiro pode lhe dar status, respeito, destaque social, prestígio, mas não lhe dá o poder do domínio das massas. Entretanto, quando se tem muito dinheiro e um cargo público que lhe dê o poder de numa simples canetada mudar o rumo de uma nação, então sai de baixo. Na política as pessoas se vendem muito fácil. Na maioria das vezes um voto ou sufrágio universal, que deveria ser algo sagrado, não vale mais do que uma cesta básica. E quando vamos subindo na hierarquia do poder um voto pode valer até alguns milhões de reais. No caso do judiciário onde a compra de sentença alcança cifras milionárias.
Analisando a palavra peia
Desta forma, seja um simples eleitor desempregado ou um ministro da mais alta corte judicial, cada um tem seu preço. Infelizmente isso também acontece nos relacionamentos, seja amoroso de esposo e esposa, pai e filhos ou entre amigos o que dinheiro e peia não resolver é porque foi pouco. E a palavra “peia” no sentido duplo mesmo. Tanto no que se refere a sexo, como no que se refere a surra. Muitas traições matrimoniais ocorrem por pouco ou falta total de sexo.
E isso é mais do que lógico. Porque o sexo é, antes de mais nada, uma necessidade fisiológica e um instinto animal. De certa forma é como a necessidade de comer que o eleitor pobre tem e vende seu voto ao primeiro que lhe dá uma cesta básica. É claro que isso é muito primitivo, mas os fatos mostram que este é o mudus operandi de grande parte da humanidade.
Analisando o aspecto da palavra peia como uma surra podemos exemplificar que, a minha geração “os boomers“, foi uma geração educada com corretivos tipo castigos, palmadas e surras. E diz que esse tipo de corretivo fazia o indivíduo ter vergonha na cara, ou seja, moldava o caráter da pessoa. Então era comum se dizer que quem apanhou mais tinha melhor caráter. Indo um pouco mais longe, claro, não é algo nada louvável, mas só para verificar a veracidade da expressão. Quando alguém é torturado física ou psicológicamente, acaba entregando o que o torturador quer quanto maior for a tortura.
Uma verdade ainda atual
Portanto, podemos observar que enquanto a humanidade estiver sob o domínio do ego e da materialidade essa expressão continuará atual e válida para todos os casos, salvo raríssimas exceções. E são essas raríssimas exceções que estão no processo de expansão da consciência, as quais muito provavelmente conseguirão avistar a terra regenerada no plano espiritual 5D.
Wagner Braga