Escolho logo existo

Uma discussão sobre o que é a consciência

Segundo o célebre PhD em Física Quântica Amit Goswami está correto afirma: escolho logo existo. Na sua visão sobre consciência, ela se reveste de quatro aspectos diferentes. Em primeiro lugar, temos o campo da consciência, às vezes chamado de campo da mente ou espaço de trabalho global. A isso chamo de percepção-consciente. Em segundo, há objetos da consciência, tais como pensamentos e sentimentos, que nesse campo surgem e desaparecem. Em terceiro, há o sujeito da consciência, o experienciador e/ou testemunha. (As definições do dicionário tratam realmente do sujeito da consciência, ou self consciente, com o qual nos identificamos). Em quarto, falamos de consciência como o fundamento de todo ser.

O paradoxo do gato de Schrodinger

Para ele, a solução idealista do paradoxo do gato de Schrodinger exige que a consciência do sujeito que observa escolha uma faceta da multifacetada superposição coerente vivo-e-morto do gato e, dessa maneira, lhe sele o destino. O sujeito é aquele que escolhe. Não é o Cogito, ergo sum, como pensava Descartes, mas o Opto, ergo sum: “Escolho logo existo”.

Então, podemos fazer o seguinte questionamento: Então, será a capacidade de escolha, o que nos torna conscientes das experiências que escolhemos? Se assim for, a escolha e o reconhecimento da escolha definem nosso self. Portanto, por esse pensamento, podemos substituir facilmente a afirmação de Descartes: “penso, logo existo”, por “escolho, logo existo” ao reconhecer que a questão fundamental da consciência do self é escolher ou não escolher.

Escolho logo existo. O paradoxo do gato de Schrodinger.

O inconsciente

Sendo assim, O que em nós é o inconsciente? Podemos concluir que o inconsciente é tudo aquilo para o qual há consciência, mas sem percepção-consciente. Aqui não há que se falar em paradoxo, visto que, pela filosofia do Idealismo, a consciência é o fundamento do ser. Portanto, mesmo quando nos encontramos em estado inconsciente ela é onipresente.

O inconsciente jamais dorme

Portanto, o nosso self consciente se mantem inconsciente de algumas coisas durante a maior parte do tempo. É como em um sono sem sonhos. Em contrapartida, o inconsciente, que jamais dorme, aparentemente permanecer consciente de tudo, durante todo o tempo. Melhor dizendo, é o nosso self consciente que está inconsciente de nosso inconsciente, e o inconsciente é o que permanece consciente.

Quando falamos de percepção inconsciente, portanto, estamos falando de eventos que percebemos, mas que não estamos conscientes de perceber.

Contudo, o que é em nós o inconsciente? O inconsciente é aquilo para o qual há consciência (como fundamento do ser), mas não percepção-consciente e nenhum sujeito.

Wagner Braga

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