O trabalho do futuro
Como uma idosa assumida, venho me questionando sobre as diversas questões que estão sendo postas, sobre o mundo do trabalho, e a convivência entre gerações. Certamente, cada vez mais, o trabalho do futuro será transgeracional. Dai a importância de se formar, desde já, equipes transgeracionais e é isso que vamos esclarecer neste artigo.
“O termo transgeracionalidade refere-se a padrões transmitidos de pais para filhos, perpassando gerações e apresentando-se como modelos que podem ser percebidos na maioria das relações estabelecidas durante a vida” (Falcke & Wagner, 2005).
As gerações e seus rótulos
Equipes transgeracionais são grupos de trabalho compostos por membros de diferentes gerações. Essas equipes aproveitam a diversidade de perspectivas, experiências e habilidades que vêm de pessoas em diferentes estágios de suas vidas e carreiras. Normalmente, elas incluem indivíduos de várias faixas etárias, como:
Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964)
Geração X (nascidos entre 1965 e 1980)
Millennials ou Geração Y (nascidos entre 1981 e 1996)
Geração Z (nascidos a partir de 1997)
Geração Alpha (nascidos a partir de 2010 em diante)
Já me vi, em um mesmo ambiente profissional, convivendo com 7 gerações diferentes: entre jovens de 20 anos, ingressando no mercado de trabalho, e eu, jovem Sra. agora com 70, ativa, criativa e produtiva.
As gerações Alpha e Z e a convivência com as outras
A Geração Alpha ainda é jovem, e não faz parte do mundo corporativo, portanto podemos inferir como serão suas características e desafios. Ela é a primeira a nascer inteiramente no século 21, e as suas experiências são moldadas por um mundo que está evoluindo rapidamente em termos de tecnologia, cultura e economia. As suas características e comportamentos continuarão a se desenvolver conforme crescem e começam a influenciar a sociedade de maneiras novas e inesperadas.
Como nativos Digitais, a geração Z, que já está atuante, cresceu em um mundo altamente digitalizado, com acesso constante à internet, smartphones e redes sociais. Isso gerou um forte senso de comunidade online, que estimula a valorização da diversidade e da inclusão, tornado esse grupo mais aberto e tolerante em relação a diferentes culturas, identidades de gênero e orientações sexuais.
Essa geração vem enfrentando mudanças rápidas e constantes, se preocupa com temas como justiça social, sustentabilidade, mudanças climáticas, autenticidade e transparência.
A convivência desse grupo com outras 3 (ou mais) gerações, que os antecederam, pode ser vista como excelente, ou problemática, dependendo do ângulo que se observa.
Profissionais mais velhos se forem admirados como “professores”, mentores ou inspiração, irão favorecer que outras pessoas considerem perspectivas diferentes e tornarão o local de trabalho mais produtivo.
Tudo junto e misturado podeser melhor
Já está comprovado que equipes de trabalho que compreendem várias gerações têm melhor desempenho do que aquelas com idades mais homogêneas.
Sete em cada 10 pessoas mais velhas gostam de trabalhar com pessoas de outras gerações. Os trabalhadores mais velhos apreciam o conhecimento técnico e a criatividade dos mais jovens. E estes valorizam o conhecimento e a experiência dos mais velhos.
Líderes conectados com o futuro aproveitam a força de trabalho transgeracional como uma chave para o sucesso. Mas, na realidade, poucos ainda aproveitam estas oportunidades.
A força de trabalho transgeracional é inevitável, pois não há como alterar tendências demográficas e quanto mais cedo os colaboradores se adaptarem, maiores serão as possibilidades de sucesso e prosperidade de trabalhadores e organizações. Mas se esta oportunidade de diversidade etária for perdida, as empresas, e seus colaboradores, certamente sofrerão as consequências, com respeito à competitividade e inovação. Portanto as Equipes Transgeracionais são imprescindíveis para a manutenção e o crescimento das empresas.
Sarita Cesana
Psicóloga CRP 17-0979
@saritacesana_ @implementeconsultoria
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