O fla9elo humano
No artigo de hoje quero falar sobre algo muito comum em toda a humanidade, sobretudo nas civilizações cristãs: a autopun!ção. Atitude que muitas pessoas praticam incosncientemente, sem perceberem que o fazem e muito menos porque o fazem. Mas antes preciso fazer uma breve introdução para contextualizar e dar mais clareza ao entendimento sobre a autopun!ção.
Uma história mal contada
Quem sou eu para condenar ou desdizer o que está escrito nas Sagradas Escrituras? Mas é sabido que a Bíblia foi escrita ao longo dos milênios por copistas, escribas, monges e clérigos da Igreja, originalmente em 03 líguas: o hebráico, o aramaico e o grego. Depois traduzida em muitas outras. Então a história da humanidade foi contada, numa época onda ainda não havia escrita, passando de pai para fiho, de filho para neto e assim por diante. Então, de repente estamos diante de algo parecido com aquela brincadeira do telefone sem fio, onde sentavam-se inúmeras crianças enfileiradas. A primeira contava uma história no ouvido da segunda e essa história era passada uma a uma até a última no final da fila. Quando se pedia a última criança para contar a história, normalmente a sua versão era totalmente ou quase totalmente diferente da versão da primeira criança.
Dito isto, me sinto mais a vontade para fazer alguns queistionamentos e também tentar elucidar o porquê do comportamento, de certa forma, muitas vezes, suicida que a humanidade imprime para justificar certas situações vividas.
Um desvio de caráter
Na minha humilde visão e avaliação a autopunição é um comportamento de desvio de caráter que o ser humano utiliza e tem origem no “pecado original“, lá no livro de Gênesis da Bíblia Sagrada. O cristianismo incutiu na cabeça do homem e isso ficou impregnado no inconsciente coletivo através dos séculos e séculos. O bendito pecado original colocou um extraordinário sentimento de culpa na cabeça do homem, como um fardo a ser carregado geração após geração e isso tem atrabalhado a evolução espiritual da humanidade. A meu ver, o fato de Adão e Eva terem comido o “fruto proibído”, ao contrário do que se tenta convencer foi a redenção da humanidade.
A árvore do conhecimento e o livre arbítrio
Como a própria bíblia diz em Gênesis 2:9: E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida: e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Em Gênesis 3:3 Deus disse: “Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nela; do contrário vocês morrerão”. Já na passagem bíblica de Gênesis 3: 4-5, disse a serpente para a mulher: certamente não morrerão! “Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal”. Eis ai o Livre Arbítrio, que no meu entender é o mesmo poder de Deus!
Este é o momento em que o homem feito a semelhança e imagem de Deus passa condição de divindade. Veja, eu não estou inventando nada. Está escrito nas escrituras e é uma questão de interpretção tão óbvia quanto primária. Se isso não tivesse acontecido a humanidade estaria até hoje na mesma condição da serpente e de todos os outros animais. Com a única e exclusiva missão de procriar. Será que ainda caberia mais alguém na face da terra se tivesse sido assim?
O pecado original, a culpa e a autopun!ção
Bem, voltemos ao que interessa que é a autopun!ção praticada por tanta gente, ainda nos dias atuais. Então a influência do pecado original traduzida em culpa como um fardo a ser carregado por toda a vida levou as pessoas a se auto-punirem quando se veem em situação difícil e precisam atribuir a responsabilidade a algo ou alguém. Por exemplo, uma mãe que foi obrigada a delegar a responsabilidade da criação dos filhos a outrem, como os avós e carrega consigo a culpa de todos os problemas e mazelas vivenciados pelos seus filhos. Por causa dessa culpa ela se pune não se dando o direito de ter vida própria e assumir um grande amor, porque seus filhos não concordam ou não permitem esse relacionamento. Ao se autopunir ela também está punindo o seu companheiro neste relacionamente que não tem nada a ver com o problema que gerou essa autopun!ção.
A autopun!ção é um ato, antes mais nada de covardia. No caso desta mulher, ela não consegue encarar de frente e assumir a responsabilidade daquela relação, pois tem medo de perder o amor e admiração dos seus filhos e também da família e da sociedade como um todo. Como se estive trocando o amor dos filhos pelo amor do companheiro. Portanto, algo que se formou e só existe na cabeça dela devido a esse tremendo sentimento de culpa que carrega por tantos anos.
Somos Deuses em evolução
Portanto, a culpa é um sentimento que está impregnado na nossa essência desde os primórdios e que não conseguimos entendê-la. Contudo, o que precisamos entender é que ao sermos agraciados com o Livre Arbítrio nos tranformamos em Deuses em evolução e essa nossa trajetória é exatamente o aprendizado de como lidar com todo esse poder. Vivemos no mundo da dualidade e de escolhas. Como estamos aprendendo constantemente, dia após dia, muitas vezes fazemos escolhas erradas ou não tão boas. O importante é que ao tomarmos consciência de uma escolha mal feita, assumamos o erro e a partir de então não repetamos mais.
Aprender com o erro é evoluir
Pecado não existe! O que existe é uma escolha mal feita ou errada. Errar é humano e quem não entender isso não é deste planeta. O importante é aprender com o erro e tirar o melhor proveito disso na próxima oportunidade. Saber pedir perdão e também se perdoar é fundamental para não se contaminar com o pecado e a culpa. A autopun!ção faz parte das crenças limitantes, que não faz parte das crenças dos Deuses em evolução.
Wagner Braga