Complicando a vida de graça
Quem não lembra do bordão “me engana que eu gosto” na fala do humorista e comediante Wilson Vaz em A Praça É Nossa, de 1989, contracenando com o comediante Feliz? Pois é, não era só o personagem de humor que dizia ou pensava assim. Na verdade a maioria das pessoas adora enganar a si mesma.
Bem a maioria dessa maioria faz isso o tempo todo incoscientemente. É o caso das pessoas obesas, que comem, comem e comem o tempo todo. Elas recebem alertas de familiares, médicos, amigos, mas não conseguem conter a sua volupia por comida. Arranjam todo tipo de desculpa para não deixar o vício. E falando em vício, também é o caso ds pessoas viciadas em jogos de azar, que passam noites e mais noites em mesas de carteado, bingos ou caça níqueis.
Também há aquelas que adoram problemas e quanto mais complicado o problema melhor. Eu costumo dizer que as pessoas adoram complicar a vida sem necessidade nenhuma. Adoram viver num “oito infinito” e não conseguem sair desse oito nunca. Muitos desperdiçam uma vida inteira dentro de um oito como se fosse num globo da morte. Sabe aqueles globos metálicos de circo, onde motociclistas montados em várias motos ficam circulando em alta velocidade e tirando fino um no outro? Isso mesmo!
O número oito e o símbolo do infinito
E por falar em oito infinito, não é a toa que o símbolo do infinito tem o mesmo formato do número oito, sendo na horizontal. Não é mera coincidência. Um tem muito a ver com o outro. Quando afirmo que a maioria das pessoas vivem dentro de um oito infinito. Quero dizer que grande parte dessa maioria experimenta uma encarnação inteira, desencarna e não consegue sair dele porque o oito não tem uma ponta. Ele é fechado. Não é como o nove, que ao percorrê-lo inteiro da cabeça ao pé existe uma ponta aberta no final, um escape. Da mesma forma todos os outros números. Apenas o oito é fechado, assim como o símbolo do infinito.
Aprendendo a sair do oito
Mas se é assim, o que fazer para sair do oito? Só existe uma forma de sair do oito e vou explicar agora.
Vamos fazer uma metáfora! Imagine que o oito é uma pista de corrida, um autódromo com esse formato. Você está circulando nesse autódromo há uma velocidade constante e respeitando certa velocidade limitante, pois você tem medo de aumentar a velocidade e na curva perder a aderência, derrapar e ser jogado(a) para fora da pista. Você tem medo, não sabe o que pode acontecer se isso ocorrer. Então você se acomoda e passa o tempo todo naquele mesmo rítimo, anquele mesmo me engana que eu gosto. Obedecendo às suas crenças limitantes.
Alcançando a velocidade máxima
Agora imagine que você resolveu arriscar e para isso precisa de conhecimento, estudar para saber qual é a velocidade máxima que você pode alcançar para se libertar daquela limitação toda. Para se libertar das crenças limutantes e deixar de ser um piloto medíocre. Ai você estuda e treina muito, Então descobre que se alcançar uma determinada velocidade você pode sair daquele autódromo voando. Então você deixa de ser galinha e passa a ser águia.
Portanto, é como se você mergulhasse naquele oito de cabeça para descobrir milimetricamente todos os segredos daquela pista, cada falha do asfalto, cada imperfeição, para saber exatamente quanto pode acelerar para no final de uma volta completa cruzar a linha de chegada alçando um grande e espetacular voo. Um salto quântico!