Transformando a ofensa em compaixão
O assunto que trato hoje neste artigo é importante para todas as pessoas que tenham uma crença e sobretudo para os ateus, já que a não crença ou a descrença também é uma crença. Não vamos falar de religião, mas de princípios. Pessoalmente não sigo nenhuma religião, mas sigo os princípios e ensinamentos de Jesus Cristo, pois fazem todo o sentido para mim. E de todas as coisas que ele falou amar o inimigo é o maior dos desafios.
Os pricípios universais do amor
Por exemplo, Mahatma Gandhi era hindu, mas era aberto a outras religiões e se considerava um homem de religião. Ele se referia ao Bhagavad Gita como seu dicionário espiritual e maior influência individual. Também estudou textos religiosos de várias religiões, incluindo o cristianismo e o islamismo, e se interessou pelos Evangelhos durante seu período de estudante na África do Sul. Ele chegou a considerar a possibilidade de se converter ao catolicismo, mas recusou a conversão. Entretanto, certa vez disse: “se todos os livros da humanidade fossem perdidos, mas o Sermão da Montanha se salvasse, nada estaria perdido”.
Portanto, não é preciso ser cristão para entender que as palavras e pricípios de Jesus são universais e mesmo um ateu de pricípios e bom coração, pensa, age, fala e sente como Jesus.
Então, estamos todos aqui para aprender a amar, assim como Jesus nos amou. E quando digo que amar o inimigo é o maior dos desafios é porque o amor aos inimigos significa não retribuir o mal com o mal, mas sim transformar a ofensa em compaixão. É reconhecer que o mal faz mais dano ao autor do que à vítima. Se um dia conseguirmos isso estaremos alcançando o amor incondicional.
Amar o inimigo requer muita coragem
Se você é alguém que já viveu rasoavelmente deve saber que nada se conquista sem esforço, disciplina, determinação e dedicação. Amar um filho ou filha, pai e mãe, marido ou esposa, não requer esforço nenhum e muitas vezes abusamos desse amor deixando de regá-lo por inúmeros dias. Mas amar o inimigo requer acima de tudo muita coragem, principalmente quando esse inimigo éo maior de todos. Neste caso você precisa dobrar ou até triplicar a coragem, pois este inimigo está 24 horas por dia, 7 dias por semana com você. E sabe quem é esse inimigo? É você mesmo(a).
Ame primeiro o seu maior inimigo
Na medida que você aprende a amar o seu maior antagonista, você não apenas o domina completamente, mas os outros inimigos viram “fichinha”. Você passa a entender o comportamento deles, porque agem como agem e então consegue perdoá-los com facilidade. Ao fazer isso você começa a enxergar as virtudes e o lado bom dos seus inimigos. Desta forma, brotam a admiração e o amor pelos inimigos.
Não é fácil, mas a partir do momento que você toma consciência dessa verdade, põe o foco e muda de atitude as coisas começam a fluir e aos poucos se torna algo automático na sua vida.
Wagner Braga