Recordar é viver
Recordar coisas boas faz bem à mente, a alma e ao coração. O Rio de Janeiro cidade que eu não preciso de GPS, não peço informação e não preciso ser apresentado. Fui a primeira vez aos 7 anos e estou com 60. As décadas de final de 70. 80 e 90 me marcaram muito e deixaram saudades. O Maracanã cabia mais de 150 mil Rubro negros e os gênios craques eram Zico, Dinamite, Rivelino e Jairzinho. Como faz bem lembrar disso.
Carros e marcas
Dodge Dart, Charger RT, Opala SS 4.100 250 S, LTD Landau, o Cinca Chambord Presidente e o Aero Wilis já se despedindo a Mercedes 500 de farol longo na vertical, SP 2, Puma GT conversível esportivo de duas pessoas e Honda CB 400. Dijon e Company as grifes principais. Adidas já era líder seguido da Puma, chope já era Brahma, a Varig ainda não tinha comprado a Cruzeiro, nascia a Trans Brasil em aeronaves multicor, o sapato obrigatório Vulcabras com ou sem enfiadeiras e assim como os carros Ford nas suas primeiras montagens eram de cor preta.
Os mitos
O Rei Pelé passa a coroa para o Rei Artur ZICO, Cláudio Coutinho fez a nação chorar, nem todos acreditavam que o homem foi a lua, levar para motel só prostituta, pagando em espécie e adiantado.
Pegou sol demais? Hipoglós ou Cala dril. Levou uma queda? Gelo e se cortou mertiolate para os machos e mercúrio para os frouxos.
O Mito Aluizio Alves, os líderes Leonel de Moura Brizola, Miguel Arraes de Alencar. O deputado Garibaldi Filho no falando fracamente antes da resenha do povo tendo Souza Silva de um lado e Santos Neto do outro.
A bola de couro era da marca Drible. Fusca era viatura policial e Veraneio camburão. Pilha Raiovac as amarelinhas e as vermelhas do gato preto. Chinelo Dupé e havaianas que não davam cheiro e nem soltava as tiras.
A política
Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Nelson Montenegro, Garibaldi Filho, Dari Dantas, Dalton Cunha, Padre Cortez, Magnus Kely, Ruy Pereira, Roberto Furtado já tomavam seus assentos. Dr. Tarcísio substituía o visionário Cortez Pereira.
Os ícones da moda, da música e do futebol
Luiza Brunet com suas calças justas, a revista Playboy aumentavam a conta de água com banhos demorados.
Surgia o sambódromo, Jamelão na sua Verde e Rosa cantando, o esposo da minha saudosa amiga D. Zica esposa de Ângelo de Oliveira conhecido por Cartola. Ele era tricolor das Laranjeiras morava vizinho a sede do Fluminense que seria saudade de Carlos Castilho mas abria os braços para receber Roberto Rivelino que iria comandar a Máquina formada pelo meu amigo Francisco Horta. Ele tem um grande amigo em Natal, Jussiêr Santos.
No Flamengo surgia a FAF , Frente Ampla e com ela a era Márcio Braga, meu amigo e ídolo. No Vasco seu Calçada criou Eurico Miranda e o Botafogo passava um jejum do desastrado Charles Borér, botafoguenses não votavam porque não tinha título. Jorge Curi e Waldir Amaral, Luiz Mendes que eu recebi aqui com Agnelo Alves Filho. Atrás das balizas meus amigos Kleber Leite e Loureiro Neto.

Radio, comunicação e o futebol potiguar
Meu amigo Felinto Rodrigues inovava na rádio AM 1200 khz com 200 kilos na antena, só músicas na Nordeste, depois entrou para o futebol tendo Áudio Dudman narrando e Gigi da Mangueira atrás do gol. O maior de todos os tempos Hélio Câmara com sua inigualável voz e jeito de ser, eterno Super Hélio.
Falando de ABC e América, Bira Rocha🖤 de um lado, Zé Rocha ❤️do outro. Depois vieram Ruy Barbosa🖤 e Henrique Gaspar.❤️ O cardeais Dr. Heriberto Bezerra, José Prudêncio Sobrinho, Humberto Pignataro, Severo Câmara, entre outros frequentavam o Castelâo. Coisa boa e como faz bem reviver essas lembranças.
Os bares no intervalo lotados, a luta por uma Coca Cola e um pão com salsicha era grande. Para chegar tinha uma escada e uma rampa como quem sobe uma serra. Então, o placar vez por outra ficava manual.
Camisa 12 de Stela, a Chama Rubra de Jaiton tinha uma cigarreira nas Quintas a beira da linha do trem, o América em dez partidas, sete soltava mais fogos. Me lembrei de Josemar americano, seu Airton abecedista.
O machadão e o futsal
Na época muitos defendiam a reforma do Machadâo, outros apoiaram a Arena. Naquele gramado pisaram Zico, Pelé, Dinamite, Branco, Leandro que foi expulso por Nildame Antunes, o “Piolho” que também brilhou no futebol de salão com Wilson Conceição. Salão de Zé Wilson, Hélio Câmara, Fausto Jr., Italo Anderson, Clóvis e outros abnegados.
Um gigante chamado Arthur Ferreira, Jucivaldo, Silvio, Denis, Barrote, Boinho, Cláudio Bezerra e Ricardo, Paulinho de Tarso, Vem Vem e Exmar Tavares, Leonel, Bosco, também Besouro Verde e um Palácio lotado. Com faz bem lembrar de tudo isso!
Na sexta o URUBÚ❤️🖤🦅 mesmo sem tomar espinafre se agigantou para a felicidade de uma Nação de 45 milhoes
” Flamengo dos asfalto e do morro, de Deus e do povo e do meu coração. “
Cid Montenegro