O mito da Alma Gêmea

E da cara metade

A partir das histórias infantis e, ao longo da vida, em roteiros de cinema ou romances emocionantes, somos levadas (sim – levadAs) a acreditar que uma verdadeira história de amor só acontece quando encontramos a pessoa ideal. Ela tem que ser perfeita, adivinhar nossos desejos, saber tudo sobre nós, e realizar nossos sonhos. E assim se formou o mito da Alma Gêmea.

O filósofo grego Platão escreveu que os seres humanos antigamente tinham quatro braços, quatro pernas e dois rostos. Segundo ele, Zeus nos dividiu ao meio como punição pelo nosso orgulho e ficamos destinados a andar pela Terra procurando a outra metade. Em seu livro O Banquete, ele tenta definir o que é o amor.

Essa é uma das maiores mentiras que nos contam, de geração em geração, e é responsável por tantas frustrações, medos, inseguranças e decepções.

O mito da Alma Gêmea.

O efeito pêndulo

Aí é que “mora o risco” de acontecer o famoso EFEITO PÊNDULO: ou 8 ou 80!!!

Atendo mulheres, em sua grande maioria, em busca deste amor perfeito, ou fugindo tanto de mais um desapontamento.Elas se fecham, se protegem, não se dando a chance de encontrar algum companheiro(a) de caminhada.

O medo é o que as impede de iniciar, ou manter o coração aberto, para uma jornada, que pode ser lenta e gradual, de conexão e estabelecimento de vínculos. E que precisam de investimento para a construção de uma relação sustentável e equilibrada.

Em busca do amor perfeito

O mito da alma gêmea, nada mais é do que um bombardeio de ideias e conceitos sobre como o amor deve ser. Afinal o amor é tema de um sem número de conversas, idealizações, poemas canções, exemplos…

Não parece tão difícil encontrar aquele casal, aquela história, aquele modelo, que agrega praticamente tudo que preenche o inconsciente coletivo de príncipes e princesas, que vivem felizes “até que a morte os separe”.

Porém, como dizia uma velha amiga, nem tudo que reluz é ouro: o casal perfeito?

A grande armadilhada mente

Na maioria das vezes, apesar de não existir (no mundo real) nada parecido com esse famoso relacionamento perfeito, vivemos em contato com esse ente mítico. Na maioria das vezes ele ofusca nossa atenção com o brilho da felicidade completa.

Aí é que está a grande armadilha da mente: entre a expectativa e a realidade pode (e normalmente acontece) existir um abismo!

Na vida real estes lampejos de iluminação e deleite podem não perdurar tanto quanto imaginamos: e não estou sendo pessimista!!!

Desconstruindo a grande ilusão

Quero ser realista, buscando reequilibrar pontos de vista, quando o dar e o receber se equiparam, para que um relacionamento, de fato, conte com uma contribuição de ambas as partes, tendo uma dinâmica adequada a ambos os parceiros.

Para começar a desconstruir essa grande ilusão, é preciso acreditar que não precisamos do outro para completar nossa vida, que cabe a cada um tornar usa vida perfeita, e sentir-se realizada.

Para atrair parceiros que querem, realmente, a felicidade conjunta, primeiro construa a sua, baseie a sua vida no que te realiza e completa, assim aumentará as chances de estar com alguém que vai prezar – e desejar – aquela “você” que você também valoriza.

Sarita Cesana

Psicóloga CRP 17-0979

@saritacesana_                      @implementeconsultoria

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