A Alienação é fruto da Ignorância

As Sociedades Secretas e o Teatro da História

Ao longo dos milênios que compõem a trajetória da civilização humana, uma verdade perturbadora permaneceu consistentemente oculta das massas. Portanto, os eventos históricos que estudamos nos livros escolares, as revoluções que celebramos, as guerras que lamentamos, os tratados que analisamos, raramente são o que parecem à superfície. Sob a narrativa oficial, nos bastidores do teatro da história, sociedades secretas sempre operaram como arquitetas invisíveis. A Alienação é Fruto da Ignorância, é um artigo dividido em duas partes cujo principal objetivo é fazer você conhecer a verdade que está nos bastidores desse grande teatro da história.

Portanto, a história humana pode ser lida em duas camadas radicalmente diferentes. Na superfície, encontramos a narrativa convencional ensinada em escolas e universidades: líderes eleitos democraticamente, instituições transparentes, mercados livres, progresso civilizacional. Contudo, sob essa fachada reconfortante, opera uma realidade muito mais complexa e inquietante.

Então, estas sociedades discretas, irmandades seletas e círculos de elite que trabalham pacientemente através de gerações para implementar projetos de transformação social. Tais projetos transcendem completamente os ciclos políticos convencionais. Enquanto a população comum foca sua atenção em disputas eleitorais e debates superficiais cuidadosamente orquestrados para esse propósito, as decisões verdadeiramente consequentes são tomadas em reuniões privadas, rituais fechados e conselhos exclusivos aos quais o afegão médio jamais terá acesso.

Luz e Sombra: O Conflito Perene Entre Sociedades Opostas

A existência de sociedades secretas não é, por si mesma, evidência de conspiração malévola. Ao longo da história, diferentes irmandades operaram segundo princípios e objetivos diametralmente opostos, travando entre si um conflito invisível cujos efeitos moldaram profundamente a civilização. Ocorre que a grande maioria dos seres humanos desconhece completamente essa guerra nos bastidores, pois a alienação é fruto da ignorância.

De um lado, encontramos aquelas sociedades que, ao longo dos séculos, dedicaram-se à preservação e transmissão de sabedoria espiritual, conhecimento esotérico e valores éticos orientados ao florescimento humano genuíno. Os Essênios, comunidade mística judaica que floresceu no período do Segundo Templo, representam exemplo paradigmático dessa tradição luminosa. Vivendo em retiro no deserto próximo ao Mar Morto, os Essênios cultivavam disciplina espiritual rigorosa, compartilhamento comunitário de recursos, estudo profundo de textos sagrados e preparação para uma transformação espiritual da humanidade. Contudo, seus manuscritos, descobertos em Qumran no século XX, revelam sofisticação teológica e comprometimento ético que contrastam dramaticamente com as estruturas de poder religioso de sua época.

Essas sociedades de orientação luminosa, ainda que operando discretamente para proteger conhecimentos considerados sagrados de profanação ou má utilização, não buscavam domínio sobre as massas, mas sua elevação espiritual. Seus ensinamentos, transmitidos através de linhas iniciáticas cuidadosamente preservadas, visavam o despertar da consciência, o desenvolvimento de virtudes e a conexão com dimensões transcendentes da existência. Então, suas operações secretas serviam para proteger tesouros de sabedoria em épocas de perseguição religiosa e obscurantismo institucional. Isso lhes garantia que conhecimentos cruciais sobrevivessem a períodos de trevas para serem retransmitidos quando as condições fossem propícias.

Sociedades Secretas globalistas

Por outro lado, manifestaram-se ao longo da história sociedades secretas de orientação radicalmente oposta, dedicadas não à elevação mas à dominação, não à sabedoria mas ao poder, não à liberdade mas ao controle. Entre essas destaca-se a Skull and Bones, sociedade secreta fundada na Universidade de Yale em 1832. Ela funciona essencialmente como fraternidade de recrutamento e formação de elites destinadas a ocupar posições de comando em governo, finanças, inteligência e mídia. Seus rituais iniciáticos, realizados em edifício sem janelas conhecido como “The Tomb”, permanecem zelosamente guardados. Relatos de membros dissidentes revelam cerimônias macabras envolvendo simbolismo mortuário e juramentos de lealdade absoluta à ordem acima de quaisquer princípios éticos externos.

Sabe-se que George H. W. Bush (pai) e George W. Bush (filho) são ambos membros da sociedade secreta Skull and Bones da Universidade Yale. Aliás, é um fato historicamente notório que três presidentes dos EUA foram membros desta sociedade: William Howard Taft, George H. W. Bush e George W. Bush. O avô de George W. Bush, Prescott Bush, também era um membro da Skull and Bones.

Igualmente significativos são os Illuminati, ordem fundada em 1776 pelo professor de direito canônico Adam Weishaupt na Baviera. Embora a ordem original tenha sido suprimida pelo governo bávaro em 1785, o termo “Illuminati” tornou-se designação genérica para supostas redes de elite globalista. Segundo diversos pesquisadores e teóricos, seus membros operam nos bastidores controlando bancos centrais, corporações multinacionais, agências de inteligência e organizações supranacionais. Seu objetivo declarado é de estabelecer governo mundial único. Independentemente de quanto dessa narrativa é factual e quanto é especulação, é inegável que existem redes de influência operando além da visibilidade democrática. Tais redes perseguem agendas que frequentemente contradizem os interesses das populações que supostamente servem.

A Igreja Católica: Instituição Pública com Corredores Secretos

A complexidade dessa guerra nas sombras entre sociedades secretas de orientações opostas manifesta-se de forma particularmente fascinante dentro da própria Igreja Católica. Instituição que apresenta face pública de transparência doutrinária enquanto abriga em seu interior múltiplas ordens, congregações e prelazias pessoais que operam com graus variados de sigilo e autonomia.

A Opus Dei, prelazia pessoal da Igreja Católica fundada em 1928 pelo sacerdote espanhol Josemaría Escrivá, representa exemplo paradigmático dessa dinâmica. Oficialmente, trata-se de instituição dedicada à promoção da santidade na vida cotidiana, ensinando que trabalho ordinário pode ser caminho de santificação. Contudo, a organização tem sido repetidamente acusada de práticas secretas, recrutamento agressivo, controle psicológico sobre membros, mortificações corporais extremas e infiltração sistemática em posições de poder político e econômico. Esse contexto está vividamente retratado no filme “Código Da Vinci”, bem como no livro que o inspirou. Com membros ocupando posições-chave em governos, bancos, universidades e mídia ao redor do mundo, a Opus Dei funciona efetivamente como rede de influência transnacional. Ela opera segundo agenda conservadora ultra ortodoxa que frequentemente contradiz a orientação oficial mais progressista de papas recentes.

Porém, a Opus Dei é apenas a ponta visível de um iceberg muito mais vasto. A Igreja Católica, ao longo de seus dois milênios de história, abrigou inúmeras sociedades secretas e semi-secretas. Isso compreende desde ordens monásticas com conhecimentos esotéricos guardados zelosamente até prelados envolvidos em intrigas políticas bizantinas. O Banco do Vaticano, oficialmente conhecido como Instituto para Obras de Religião, foi repetidamente vinculado a escândalos de lavagem de dinheiro, conexões com máfia e operações financeiras obscuras. A loja maçônica P2 (Propaganda Due) na Itália infiltrou profundamente a hierarquia católica, chegando a incluir arcebispos e cardeais entre seus membros. Isso só demonstra que as fronteiras entre Igreja oficial e sociedades secretas são frequentemente porosas.

A Alienação é fruto da ignorância.

A disputa pelo poder e dominação

Dessa forma, a Igreja Católica historicamente funcionou não apenas como instituição religiosa pública, mas como arena de conflito entre facções secretas com agendas divergentes. De um lado, tradições místicas genuínas preservando sabedoria contemplativa e teologia profunda. De outro, aparatos de poder interessados em controle político, acumulação de riqueza e perpetuação de hierarquias autoritárias. Essa dualidade interna ajuda a explicar as contradições aparentes entre ensinamentos oficiais de compaixão e justiça, e práticas históricas de inquisições, apoio a ditaduras e encobrimento de abusos sistêmicos. A história da Igreja Católica é o exemplo mais marcante de como a alienação é fruto da ignorância.

As Famílias que Governam o Mundo: Do Mito à Realidade

A discussão sobre sociedades secretas e poder oculto inevitavelmente conduz à questão das dinastias familiares. Segundo extensa pesquisa histórica e análise estrutural, efetivamente controlam parcela desproporcional da riqueza, recursos e instrumentos de poder global. Embora narrativas sobre “famílias que governam o mundo” frequentemente sejam desqualificadas como teoria conspiratória paranoica, análise sóbria da concentração de propriedade e poder revela realidade inquietante que valida substancialmente essas preocupações.

Os Rothschild representam talvez o exemplo mais emblemático de dinastia bancária com influência transnacional multi-geracional. Originando-se com Mayer Amschel Rothschild no século XVIII, a família estabeleceu império financeiro através de cinco filhos estrategicamente posicionados nas principais capitais europeias: Frankfurt, Londres, Paris, Viena e Nápoles. Através de sistema sofisticado de comunicação privada e coordenação familiar, os Rothschild podiam mover capital mais rapidamente que governos. Isto lhes possibilitava manipular mercados de títulos soberanos e efetivamente determinar vencedores e perdedores em conflitos internacionais através de concessão ou retenção de crédito. Então, sua influência sobre bancos centrais, incluindo papel fundamental no estabelecimento do Federal Reserve americano em 1913, confere à dinastia poder sobre políticas monetárias que afetam bilhões de vidas.

Dinastias familiares comandando o mundo

Paralelamente, os Rockefeller construíram império igualmente formidável, inicialmente baseado em monopólio petroleiro através da Standard Oil, posteriormente diversificado para bancos, farmacêuticas, fundações filantrópicas e think tanks políticos. John D. Rockefeller tornou-se o homem mais rico da história americana. Sua família utilizou essa riqueza obscena para moldar políticas públicas, financiar campanhas políticas, estabelecer instituições educacionais e médicas segundo suas visões, e sobretudo criar redes de influência que persistem através de gerações.

A família Bush, aparentemente menos antiga que Rothschilds e Rockefellers, representa conexão explícita entre elites financeiras e poder político direto. Saibam que, Prescott Bush, patriarca da dinastia política, foi diretor do banco Union Banking Corporation. Ele manteve relações controversas com interesses industriais alemães durante o período nazista. Seu filho George H.W. Bush serviu como diretor da CIA, vice-presidente e presidente dos Estados Unidos. Seu neto George W. Bush também ocupou a presidência. Essa circulação contínua entre inteligência, finanças e política. Isso ilustra como certas famílias não apenas influenciam poder, mas o exercem diretamente através de gerações. Eles criam verdadeiras dinastias em sistemas que supostamente são meritocráticos e democráticos.

A Nova Arquitetura do Poder: A Ascensão da BlackRock

Em um desenvolvimento mais recente, a dinâmica do poder global evoluiu das dinastias familiares clássicas para a dominação institucional-algorítmica, cujo principal expoente é a BlackRock. Desta forma, esta gestora de ativos transnacional administra uma quantidade de capital que ultrapassa os 10 trilhões de dólares, superando o PIB da maioria das nações. Portanto, o seu poder não reside primariamente em uma única família, mas na concentração de propriedade: a BlackRock detém participações significativas e, frequentemente, é a maior acionista em quase todas as grandes corporações do índice S&P 500, da tecnologia à energia. Então, essa propriedade onipresente lhe confere influência decisiva sobre as políticas de governança corporativa global, da remuneração de executivos às diretrizes ESG (Ambientais, Sociais e de Governança).

Além disso, sua plataforma de risco e investimento, conhecida como Aladdin (Asset, Liability, Debt and Derivative Investment Network), atua como o sistema operacional invisível de uma vasta porção do sistema financeiro mundial. Essa plataforma é utilizada por bancos centrais, fundos de pensão e governos. Assim, a BlackRock, sob a liderança de Larry Fink, exerce um poder sistêmico que não apenas influencia governos e mercados. Ela também os monitora e aconselha, solidificando a ideia de que o controle moderno é exercido não apenas por sobrenomes antigos, mas por gigantes financeiros com alcance tecnológico e econômico sem precedentes.

Wagner Braga

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