Deus um delírio

O delírio de um ateu que não consegue provar que Deus não existe

Indico o livro Deus um delírio para aquelas pessoas que são intelectuais, buscadoras e que gostam de desafios e questionamentos. Entretanto para ler esse livro é preciso ter convicções e firmeza nos princípios que norteiam a sua crença ou não crença. Porém o mais interessante é que o renomado e respeitado biólogo Richard Dawkins, autor desta obra e um dos maiores líderes intelectuais do ateísmo não só não consegue provar que Deus não existe. Na sua escala que vai de 1 a 7, sendo 1 a pessoa 100% deísta e 7 a pessoa 100% ateia, ele mesmo se classifica como sendo um 6.

Sobre o autor

Richard Dawkins é um dos nomes mais proeminentes e influentes da ciência e do debate público contemporâneo.

Ele é mais conhecido como:

  • Biólogo Evolucionista e Etólogo: Formado e professor emérito da Universidade de Oxford, Dawkins é um fervoroso defensor e divulgador da teoria da evolução de Charles Darwin. Contudo, seu trabalho foca na explicação da evolução a partir da perspectiva do gene.
  • Autor de Divulgação Científica: Seu primeiro e talvez mais influente livro, “O Gene Egoísta” (1976), reformulou a compreensão da evolução ao argumentar que os organismos vivos são “máquinas de sobrevivência” criadas pelos genes para garantir a própria perpetuação. Outra obra central é “O Relojoeiro Cego” (1986).
  • Ateu Militante e Crítico da Religião: Dawkins é uma figura central do movimento conhecido como Novo Ateísmo. Ele é abertamente crítico do fundamentalismo religioso e da superstição. Todavia, seu livro mais polêmico e best-seller sobre este tema é “Deus, Um Delírio” (2006).
  • Professor para a Compreensão Pública da Ciência: Ele ocupou essa cadeira na Universidade de Oxford, dedicando grande parte de sua carreira a tornar conceitos científicos complexos acessíveis ao público leigo, promovendo o pensamento crítico e a compreensão baseada em evidências.

Em resumo, ele é um cientista britânico de destaque que revolucionou a forma como se pensa a evolução e que se tornou uma voz global no debate sobre ciência, razão e religião.

Deus um delírio, de Richard Dawkins.

Sobre a obra

“Deus, Um Delírio” é um incendiário e influente libelo pró-ateísmo escrito pelo renomado biólogo evolucionista e etólogo britânico Richard Dawkins. Publicado em 2006, o livro tornou-se um best-seller internacional e uma obra fundamental do movimento conhecido como Novo Ateísmo.

Tese Central:

A principal tese do livro é que a crença em Deus não é apenas irracional e desnecessária, mas também potencialmente perigosa. Dawkins argumenta fervorosamente pela inexistência de qualquer Deus e sustenta que um universo sem Deus é preferível e mais provável do que um universo com um Criador complexo.

Estrutura e Argumentação:

Dawkins aborda a questão de forma multifacetada, utilizando sua lógica afiada e base científica:

  1. A Hipótese de Deus: O autor classifica a existência de Deus como uma hipótese científica. Em seguida, ele a refuta, argumentando que a ideia de um criador complexo para explicar a complexidade do universo (o chamado “argumento do design“) é uma falácia, pois quem criaria o Criador? Ele propõe a evolução darwiniana como a explicação mais elegante e suficiente para a complexidade da vida.
  2. O Mal da Religião: O livro dedica grande parte a argumentar que a religião organizada causa males significativos à humanidade. Ele critica o fundamentalismo, a intolerância, a superstição e, de forma veemente, a doutrinação religiosa de crianças, que ele compara a um tipo de abuso.
  3. A Consolação do Ateísmo: Dawkins sustenta que uma visão de mundo ateísta não é fria ou niilista, mas sim afirmadora da vida. Para ele, o conhecimento científico e a maravilha do universo, sem a necessidade de entidades sobrenaturais, oferecem uma perspectiva mais profunda e estimulante.

Impacto:

“Deus, Um Delírio” é um apelo apaixonado para que as pessoas abracem a razão e o pensamento crítico em detrimento da fé cega. O livro visa combater a “imunidade privilegiada” que a religião goza no debate público e encorajar aqueles que não creem a se assumirem ateus com orgulho. A obra busca, em última análise, desafiar e desmantelar a “ilusão” de Deus.

Wagner Braga

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