A Terceira Dimensão ilusória

Provoca o Eterno Retorno dos Erros Humanos

Vivemos presos em uma realidade tridimensional que nos oferece apenas fragmentos da verdade. Como seres limitados por nossa percepção sensorial, presos a terceira dimensão ilusória, enxergamos apenas as sombras projetadas na parede da caverna, para usar a metáfora platônica. Esta limitação dimensional não é apenas física, mas também mental e espiritual, criando uma ilusão de compreensão que nos mantém repetindo os mesmos padrões destrutivos ao longo da história.

Uma realidade fragmentada e limitada

A terceira dimensão ilusória funciona como uma prisão perceptual. Vemos apenas o que está diante de nossos olhos, sentimos apenas o que toca nossa pele, compreendemos apenas o que nossa mente condicionada consegue processar. Ou seja, enxergamos apenas o que os nossos cinco sentidos permitem. Esta realidade fragmentada nos impede de perceber as conexões mais profundas entre causa e efeito, entre ação e consequência em escala temporal ampla. Vivemos no presente imediato, incapazes de integrar verdadeiramente as lições do passado ou de visualizar com clareza as ramificações futuras de nossas escolhas.

Por isso, a história se repete como uma sinfonia trágica. Impérios se erguem e desmoronam pelos mesmos motivos: arrogância, corrupção, desconexão com o povo. Guerras eclodem pelas mesmas razões fundamentais: ganância por recursos, medo do desconhecido, sede de poder. Crises econômicas seguem padrões similares: especulação desenfreada, desigualdade extrema, bolhas que inevitavelmente estouram. Líderes cometem os mesmos erros de seus predecessores, acreditando que desta vez será diferente, que eles são especiais, que aprenderam com o passado, quando é exatamente o contrário que acontece.

A história se repete e os mesmos erros também

A ilusão da terceira dimensão nos faz acreditar que somos únicos, que nossa época é diferente, que nossa tecnologia nos tornou mais sábios. Mas por trás das novas roupagens, os dramas humanos permanecem os mesmos. A ambição desmedida que derrubou Ícaro ainda derruba corporações e nações. A hybris que cegou os tiranos antigos ainda cega os poderosos modernos. O medo que levou à construção de muralhas na China antiga ainda constrói muros nas fronteiras contemporâneas.

Nossa percepção limitada nos impede de ver que não somos apenas indivíduos isolados, mas parte de um tecido cósmico maior da existência. Não conseguimos perceber como nossos atos individuais se conectam com padrões coletivos, como nossa psique pessoal reflete a psique da humanidade. Vivemos como se fôssemos os primeiros a enfrentar determinados desafios, ignorando que gerações anteriores já trilharam caminhos similares e deixaram mapas que escolhemos não consultar.

A cegueira dimensional e os ciclos viciosos

Esta cegueira dimensional nos mantém em ciclos viciosos. Repetimos guerras porque não conseguimos ver que a violência gera mais violência. Então, repetimos crises ambientais porque não conseguimos perceber nossa interconexão com a natureza. Repetimos injustiças sociais porque não conseguimos enxergar além de nossas próprias experiências limitadas.

Para romper este ciclo, precisaríamos expandir nossa percepção além da terceira dimensão, através da expansão da consciência, de forma que integre tempo e espaço de forma mais ampla. Precisaríamos cultivar a capacidade de ver padrões, de aprender verdadeiramente com a história, de reconhecer que somos parte de algo maior que nós mesmos. Só assim poderíamos quebrar as ilusões que nos prendem aos mesmos erros e começar a evoluir como espécie.

A Terceira Dimensão ilusória

A percepção sensorial da intuição

E só conseguiremos isso quando aprendermos a desenvolver a percepção sensorial da intuição. Ela é o portal que nos conduzirá para uma dimensão mais elevada onde teremos a capacidade de enxergar os 98% das coisas que estão ao nosso redor e não conseguimos enquanto vivenciamos a terceira dimensão ilusória.

Enquanto permanecermos presos a terceira dimensão ilusória, continuaremos sendo espectadores de nossa própria tragédia coletiva, assistindo história se repetir sem compreender que nós mesmos somos os autores deste roteiro aparentemente inevitável.

Wagner Braga

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