Com se defender o fogo cruzado?
Hoje é sexta-feira e é dia de belas poesias no Blog do Saber, com o autor Leôncio Queiroz, que vem com Colete à prova de balas. Um poema muito criativo e inteligente que trata dos dias difíceis que o brasileiro vive com tanta insegurança e violência nas ruas e até mesmo dentro dos seus lares. Sobre a enxurrada de informações que assola o ser humano todos os dias, através do celular, que é um gigante carregado na palma da mão todos os dias. Um monte de informações que invade o cérebro das pessoas diuturnamente. E como proteger-se de tudo isso? Só com um colete à prova de balas.

Estamos num fogo cruzado
Colete à prova de balas,
Não é coisa pra qualquer um;
Ele é um grande protetor,
Nesse século vinte e um;
Estamos num fogo cruzado,
Não se vive um por todos,
Não se vive todos por um.
Há uma chuva de imagens,
Muitos dados a toda hora,
Informações em grande volume,
Muitos sons desde a aurora;
Ser humano não está preparado,
Pra a enxurrada de coisas agora.
O ser humano virou robô
O celular na palma da mão,
É o gigante transportador;
Traz milhões de informações,
Pra o cérebro recebedor;
Sons, imagens ao mesmo tempo,
Inunda a mente do consumidor.
O ser humano virou robô,
Máquina humana fragilizada;
Ansiedade e depressão,
São resultados da cilada;
Na dependência do celular,
O homem doente é quase nada.
Momofobia é a doença do momento
Numa ilha solitária,
Não há mais amorosidade;
Sumiu o abraço fraterno,
Cada um nada em braçadas;
NOMOFOBIA é a doença,
Que atingiu a moçada.
Viver servindo, protegido,
É ter limites na caçada;
Só receber notícias boas,
Pessoa ácidas? Afastá-las;
Proteger-se a toda hora,
É seu colete à prova de balas.
Leôncio Queiroz