O crime de estelionato
O nosso titular da coluna POESIAS do Blog do Saber, Leôncio Queiroz, é muito talentoso e escreve poemas com temas variados, tais como: filosofia, espiritualidade, homenagens, jovens de todas as idades e sociais engraçadas. Dentre as sociais engraçadas tem algumas sensacionais, como é o caso da intitulada “os tipos de cheque sem fundos”. Então vamos curtir essa maravilha de poesia.
Um ótimo companheiro
O cheque sempre foi,
Esse ótimo companheiro;
Na hora da troca ele vem,
E substitui o dinheiro.
Sem objeto, sem nada,
Pra trocar por mercadoria;
Se passa o cheque na frente,
Servindo de garantia.
Lá no banco com certeza,
O dinheiro tá dormindo;
Pra quando o cheque chegar,
O dinheiro ir substituindo.
No banco não tem mais saldo
Mas acontece as zebras,
São as zebras da memória;
O dono do cheque esqueceu,
Não sabe mais da história.
No banco, não tem mais saldo,
Mas, o dono da conta é rico;
Na sua cabeça ele pode,
Soltar cheques, estourar o pico.
Então a confusão começa,
O espetáculo se inicia;
Sai cheque pra todo lado,
Causa dor e agonia.
Tem todo tipo de cheque,
Pra mostrar a freguesia;
São muitos tipos de donos,
São os CARAS DE PAU da orgia.
Cheque-borracha e cheque-caubói
Existe o CHEQUE-BORRACHA
O famoso borrachudo;
Ele bate no banco e volta,
Acontece num segundo.
Quem recebe o CHEQUE-CAUBÓI,
Tem que ter muito juízo,
vai sacar rápido no banco
Ou fica no prejuízo.
CHEQUE-SAPO-CURURÚ,
Faço tudo para ele não entrar;
Ele persiste de um lado pro outro,
Até conseguir sacar.
Já o CHEQUE-CARNAVAL,
É tipo do cheque ranzinza;
Você pensa que tá pronto,
Só tá bom na quarta feira de cinza.
Cheue-boi e cheque-procissão
Já o CHEQUE-NOMINAL,
É o cheque mulher casada;
Só que saca é o próprio dono,
Com CPF, assinatura passada.
O CHEQUE-BOI tem mugido,
Este cheque só tem um;
Você vai no banco e mostra,
O aixa, olha, e faz, Hummm.
Com o CHEQUE-PROCISSÃO,
Quem recebe, já chorou;
Ele dá voltas na praça,
E volta pra quem soltou.
O CHEQUE-AIDS tá frouxo,
Quem tem, faz questão de dá;
Mas, o sujeito tá cismado,
Pois tem medo de pegar.
Cheque-pombo correio e cheque-capim
Já o CHEQUE-BAILARINO,
Faz exercícios que cansa;
Pois já mostra resultados,
Dá mil voltas, e você dança.
O CHEQUE POMBO-CORREIO
É obediente na lida;
Vai ao seu destino e volta,
Para o ponto de partida.
Existe o CHEQUE-CAPIM
O que recebe, faz sussurro;
Não tem saldo de jeito nenhum,
E quem recebe é o burro.
Já no CHEQUE PING-PONG,
Tem carimbo pra chuchu;
De tanto bater e voltar,
O fundo tá todo azul.
Existe o CHEQUE BOM-FILHO,
Que bagunça e transtorna;
Depois de causar prejuízo,
Sempre à casa do pai retorna.
Já no CHEQUE BUMERANGUE,
Instrumento australiano;
Arremessado, caça a vítima,
E volta pro dono tirano.
O CHEQUE PEIXE o engraçado,
Parece um conto de fada;
O sujeito corre ao banco,
O caixa olha o saldo, e nada.
Já no CHEQUE-BOEMIA,
Não vale o que tá impresso;
Sempre volta pra mão do dono e diz,
Aqui me tens de regresso.
Cheque-atleta e cheque-Sibéria
CHEQUE ROBERTO CARLOS, é, “eu voltei”.
Eu voltei para ficar;
Eu voltei pois é aqui,
Aqui é meu lugar.
O CHEQUE CALÇÃO-DE-ÍNDIO,
É um cheque infecundo;
Na frente tá tudo bem,
Mas atrás não lhe cobre o fundo.
O CHEQUE-ATLETA é veloz,
O emissor sai na carreira;
Pra depositar o dinheiro,
E garantir a bobeira.
O CHEQUE SIBÉRIA é,
Prejuízo e desmantelo;
Você sente na palma da mão,
É cheque frio, um gelo.
Existe um cheque teimoso,
Não obedece a ninguém;
É o CHEQUE VOADOR,
Não aterrissa, não vem.
Tem o CHEQUE ESPECIAL,
Eu não quero nem aposto;
Seus juros são lá em cima,
É o cheque, “me engana que eu gosto”.
Brasileiro só aprende,
Depois de fazer besteira;
Quando vê, que DINHEIRO-CHAMA-DINHEIRO,
valoriza educação financeira.
Portanto, com muito humor e inspiração esses são os tipos de cheque sem fundos.
Leôncio Queiroz