O que é felicidade para você?
Muitos já se fizeram esse questionamento, já que em tempos de exposição exacerbada nas mídias sociais, esse termo aparece estampado explicita ou implicitamente, a cada “chamada” dos aparelhos tecnológicos que nos cercam. A felicidade passou a ser algo tão perseguido pelas pessoas nos quatro cantos do mundo que virou mito. E aqui neste artigo estamos desconstruindo o mito da felicidade.
Cada vez mais caímos na armadilha das comparações, recebendo a mensagem de que a vida comum é sem sentido, que existe algo além, sempre além….
Caindo na vida real
Porém, quando saímos do mundo virtual, nos deparamos com nossa “vida real” quase sempre repleta de desafios, decepções, sonhos ainda não alcançados, desejos e/ou inseguranças.
Contudo o que existe, neste mundo de realidades mais concretas, são seres humanos que experimentam várias emoções, que podem ir da alegria à tristeza, da raiva ao egoísmo, do medo à coragem. E está tudo bem: temos tudo, podemos sentir, e acolher, as mais diversas emoções, compreendendo que todas habitam nosso ser integral e vulnerável.
Ser feliz é subjetivo e relativo
Ser feliz é um conceito subjetivo, podendo ser completamente diferente, dependendo da época, da situação, do contexto, da pessoa, da história e expectativa.
Dessa forma, como, ou aonde, encontrar essa tal felicidade?
Segundo Tal Ben-Shahar: “é a experiência de bem-estar integral.”
Já quanto a Aristóteles: “a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem.”
E de acordo com a nossa querida professora, que já não está entre nós, Carla Furtando: “a felicidade na vida, e no trabalho, depende de equilíbrio.”
Entretanto, na Psicologia Positiva ela é sustentada por dois pilares – hedonismo e a eudaimonia. A primeira aquela felicidade mais tangível, é sensação de prazer, a alegria que sentimos quando evitamos mal-estar e nos aproximamos daquilo que valorizamos. Todavia, a eudaimonia é a felicidade baseada no desenvolvimento pessoal, nas experiências que podem até não trazer um prazer imediato, exigir esforço e trazer dúvidas. Porém, a realização e sensação de propósito aparecem aqui, reforçando o que está certo, forte e bom nas nossas vidas, já que usamos as nossas melhores e maiores forças, para alcança-las.
Mas então, como podemos estar desconstruindo o “mito” da felicidade?
Processo contínuo de busca, autoestima e coragem.
Talvez entendendo que é um processo contínuo de busca, acompanhado de um processo de autoestima e coragem para vivenciar novas experiências, não sendo um lugar aonde se chega, mas sim um direcionamento para nossas escolhas.
É preciso desmistificar a ideia da felicidade romântica, idealizada ou quase impossível de ser alcançada: ela pode ser real, simplificada, alcançável e possível.
Vamos praticar?
Sarita Cesana @saritacesana_ @implementeconsultoria
Psicóloga CRP: 17/0979