Um sucesso absoluto e raro de crítica e público
Um dos livros mais instigantes e sensacionais que eu já li na vida é a espetacular DICA DE LIVRO que a nossa Coluna ofece a você leitor que gosta de uma leitura inteligente e atrativa. Então, a menina que roubava livros de Makus Zusak não se tornou Best Seller a toa. Ele é um sucesso absoluto e raro de crítica e público. Uma aquisição que você não vai se arrepender.
Sobre o autor
Filho de pai austríaco e mãe alemã, o escritor australiano decidiu escrever “A Menina que Roubava Livros” com base nas experiências de seus pais sob o nazismo em seus países de origem. Então, Markus Zusak realizou uma extensa pesquisa sobre o tema na própria Alemanha, verificando informações em Munique e visitando o campo de concentração de Dachau. Contudo, algumas histórias da ficção são memórias de infância de sua mãe.
“Eu Sou o Mensageiro” lhe rendeu os prêmios de Livro Jovem do Ano, da Publisher’s Weekly, e Livro do Ano para Leitores mais Velhos, concedido pelo Conselho Australiano de Livros Infantis. Portanto, “A Menina que Roubava Livros” o consagrou internacionalmente, liderando as listas de mais vendidos do jornal The New York Times e de vários veículos da mídia brasileira.
Sobre a obra
Características de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para um subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. Então, o garoto morre durante a viagem e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. Esse é o primeiro de uma série que a menina vai furtar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é essa obra, que ela ainda não sabe ler.
Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a ajuda do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob a supervisão negligente da madrasta, Liesel canaliza suas urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é uma pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto. Um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público.
Portanto, a menina que roubava livros é uma obra que não pode faltar na sua biblioteca.
Wagner Braga