O ser humano, desde os primórdios se diferenciou e se destacou dos outros seres vivos pela sua capacidade destacada de se comunicar, principalmente depois que desenvolveu a linguagem falada para se relacionar. Com o advento da escrita essa capacidade levou a humanidade a desenvolver sociedades organizadas, estruturadas, inteligentes e dominou todos os quatro cantos do planeta subjugando as demais espécies existentes ao seu bel prazer.
Entretanto, apesar dessa fantástica evolução cognitiva a humanidade ainda sofre bastante por falta de comunicação. É incrível como as pessoas, em pleno século 21, não conseguem se entender com facilidade. Haja vista estarmos passando por uma guerra estúpida e sem o menor sentido, que ceifou milhares de vidas e destruiu inúmeras cidades na Ucrânia. Tudo por causa do famigerado “ruído de comunicação”.
Parte da culpa desse “ruído de comunicação” se deve justamente ao incrível poder de julgamento que o ser humano possui, graças ao EGO que, a priori, rege a vida do homem. Não apenas por ser periférico, ou seja, estar a flor da pele, mas principalmente porque as pessoas, em sua maioria, continua se recusando a evoluir espiritualmente. Esta recusa se dá pelo fato de estarem apegadas ao inconsciente coletivo, com sua cultura machista e materialista.
Por isso, as pessoas, ao se relacionarem estão sempre com um pé atrás, armadas, quando vão dialogar e recebem a mensagem que vem de lá para cá utilizando filtros que melhor lhe convém. Desta forma lançam mão do famoso “achismo” para fazer o juízo de valor sobre o que o outro está falando.
Então, o ser humano, um ser tão evoluído, inteligente e extremamente capaz é traído por essa incrível capacidade, caindo na armadilha do próprio EGO, que não quer sair da velha “zona de conforto” e age como um animal de baixa cognição, a avestruz, cuja forma de se defender do inimigo ou resolver um problema é enfiando a cabeça num buraco, achando que o que ela não consegue enxergar não pode lhe afetar.