Transtorno neurobiológico de causas genéticas
Não sou médica, sou mãe, então pretendo abordar este tema pela visão leiga, porém experiente, a partir da convivência repleta de interpretações errôneas, críticas, dúvidas, julgamentos e desafios. Neste artigo vamos tratar do TDAH e o diagnóstico tardio.
O TDAH É um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Há três tipos de TDAH: hiperativo/impulsivo, desatento e misto/combinado. Contudo, por conta disso, os sintomas podem variar. Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) se tornou mais conhecido por grande parte da população nos últimos anos.
Manual de Dagnóstico (DSM), a bíblia da psiquiatria
A primeira vez que o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) apareceu no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), a “bíblia da psiquiatria”, foi no final da década de 1980. Desta forma, as crianças desta época, ainda não diagnosticadas, precisaram fazer um esforço hercúleo para lidar com seus desafios e preconceito, com relação às suas dificuldades e comportamentos.
Desde sempre “ser uma criança diferente” foi associado a distúrbio de comportamento, tendo como estigma – ser preguiçoso(a), rebelde, agressivo(a), malcriado(a), desleixado(a), entre outros.
O diagnóstico tardio
O diagnóstico tardio faz (ou fez) com que a criança desenvolva estratégias para conseguir lidar com suas próprias dificuldades, buscando uma adaptação e aceitação que as faça encontrar seu lugar no mundo.
Desta forma, quem tem TDAH tende a sentir que não está vivendo todo o seu potencial, o que prejudica a sua autoestima e faz sentir-se incapaz e deslocado(a).
Além disso, quando há problemas de regulação emocional, o indivíduo pode acabar se enxergando como um fardo para quem está ao seu redor.
Na ausência de um diagnóstico correto, não se consegue compreender que todos esses sentimentos são consequência de um transtorno sem tratamento.
Estratégias para tornar a vidamais tranquila
Lidar com o TDAH em adultos é um desafio, mas existem inúmeras estratégias que podem ajudar um indivíduo a ter uma rotina mais tranquila, tanto na vida pessoal quanto no trabalho.
É comum que os adultos que convivem com esse transtorno tenham dificuldade com o sono, adotem hábitos alimentares pouco saudáveis e sejam sedentários.
Além das mudanças de humor, as pessoas com TDAH podem perder o interesse pelas coisas rapidamente, precisam de novidades para sentir estímulos, apresentam uma mistura de incapacidade de manter a energia suficiente e vontade de torcer por algo, e ainda enfrentam a inquietação e impaciência.
Nestes casos, é muito importante:
Portanto, praticar exercícios físicos: alivia o estresse, auxilia na melhora do humor e também ajuda a gastar o excesso de energia, que é comum em pessoas com TDAH. Todavia, boas noites de sono, também fazem parte deste equilíbrio fisiológico.
Então, manter hábitos alimentares saudáveis: também auxilia no estresse, diminui a distração e a hiperatividade.
Finalmente, outras estratégias para aliviar os sinais do transtorno estão relacionadas à organização e à administração de tempo.
Organizando e administrando melhor o seu tempo
Algumas dicas são:
Utilizar uma agenda;
Fazer listas de tarefas diárias;
Evitar a procrastinação, pois o esquecimento é um sintoma comum;
Você deve dedicar um tempo do seu dia para determinadas ações, como ler e responder seus e-mails, por exemplo;
Estabelecer um sistema de arquivamento;
Utilizar relógios ou outros sistemas de lembretes;
Definir prioridades e seguir uma rotina diária;
Fazer uma tarefa de cada vez.
Buscar um diagnóstico, e o tratamento adequado é sempre a melhor solução.
Adaptado do Conteúdo copiado de https://viverbem.unimedbh.com.br/qualidade-de-vida/tdah-em-adultos/
Sarita Cesana
Psicóloga CRP 17-0979
@saritacesana_ @implementeconsultoria