Quando um padrão de comportamento pode ser considerado uma patologia?
Quem me conhece sabe que não sou da área médica e muito menos da área de psicanálise e psiquiatria. Apesar disso desde sempre li muitos livros sobre psicologia, psicanálise, psiquiatria, conscienciologia e comportamento da mente humana de uma forma geral. Portanto tenho um pouco de experiência e conhecimento nesse campo e principalmente no que se refere a padrão de comportamento. Dentro dessa linha de raciocínio venho estudando até que ponto um padrão de comportamento pode ser considerado uma patologia. É raro observarmos se alguém que conhecemos de verdade possui algum desvio comportamental.
Este é exatamente o grande problema social, visto que, muitas vezes, é muito difícil identificar em você mesmo ou no outro um desvio de comportamento ou traço de personalidade com influência negativa. Quando isso acontece passa a reincidir corriqueiramente, mas a pessoa não percebe, pois está inserida dentro do contexto da história. E não consegue diferenciar se é um padrão de comportamento ou patologia.
Normalmente, até que a pessoa venha a perceber todo o vício que pode estar fomentando com esse desvio comportamental, pode ter se passado muito tempo e algum dano acontecido com o paciente avaliado.
Desequilíbrio psíquico emocional
É comum pessoas que se acham absolutamente normais, que não apresentam nenhuma forma aparente de desequilíbrio psíquico/emocional, estarem inseridas num contexto patológico bastante crítico e não percebem. Por exemplo, o da pessoa que está fora do lugar adequado em uma determinada Constelação Familiar. Essa pessoa é, por exemplo, o filho ou filha caçula, mas se comporta como arrimo de família. trazendo para si toda a responsabilidade de resolver os problemas familiares.
Posição hierárquica trocada
Em determinados casos esse indivíduo até é consciente dessa posição hierárquica trocada dentro da família, mas insiste em desobedecer mesmo sabendo que é errado e bastante prejudicial para toda a família. É como se fosse uma forma de autoafirmação. A pessoa age dessa forma para retroalimentar e inflar o seu ego. Ela reclama que todos a estão explorando. Isso lhe afeta emocionalmente causando-lhe vermelhidão e erupções na pele, mal estar, tontura, desmaios, dores nos ossos, mas não sai do jogo (game over). É como se isso fosse vital para ela, um combustível que não pode faltar, um vício.
O controle do jogo
Então, quando o sujeito toma consciência de que o jogo está acontecendo, que está sendo explorado e mesmo assim insiste em continuar no jogo, eis o momento que podemos considerar esse comportamento doentio ou patológico. O indivíduo tem o controle do jogo na mão, pode apertar no botão desligar no momento que quiser, mas prefere continuar jogando indefinidamente.