Metáfora da Carpa do Tubarão e do Golfinho

O jogo do perde-ganha, do ganha-perde e do ganha-ganha.

Adoro metáforas: desta forma, trago uma que acredito poder auxiliar a todos, neste início de semana. A metáfora da carpa, do tubarão e do golfinho. Existem três tipos de animais que habitam o mesmo ecossistema e jogam o jogo do perde-ganha, do ganha-perde e do ganha-ganha. são eles: as carpas, os tubarões e os golfinhos.

O jogo do perde-ganha.

A carpa é dócil, passiva e que quando agredida não se afasta nem revida. Ela não luta mesmo quando provocada. Se considera uma vítima, conformada com seu destino. Se alguém tem que se sacrificar, a carpa se sacrifica,  porque acredita que há escassez. Nesse caso, para parar de sofrer ela se sacrifica.

Carpas são aquelas pessoas que numa negociação sempre cedem, sempre são os que recuam; em crises, se sacrificam por não poderem ver outros se sacrificarem. Jogam o perde-ganha, perdem para que o outro possa ganhar.

O jogo do ganha-perde.

O tubarão é agressivo por natureza, agride mesmo quando não provocado. Ele também crê que vai faltar e Tem mais, ele acredita que, já que vai faltar, que falte para outro, não para ele!

O tubarão passa o tempo todo buscando vítimas para devorar porque ele acredita que podem faltar vítimas.

Que vítimas são as preferidas dos tubarões? Acertou, as carpas.

Tanto o tubarão como a carpa acabam viciados nos seus sistemas. Costumam agir de forma automática e irresistível. Os tubarões jogam o ganha-perde, eles têm que ganhar sempre, não se importando que o outro perca.

O jogo do ganha-ganha.

Os golfinhos são dóceis por natureza, mas quando atacados revidam, e se um grupo de golfinhos encontra uma carpa sendo atacada eles defendem a carpa e atacam os seus agressores. O comportamento dos golfinhos em volta dos tubarões é legendário e, provavelmente, eles fizeram por merecer essa fama. Usando sua inteligência e sua astúcia, eles podem ser mortais para os tubarões.

Matá-los a mordidas? Oh, não! Os golfinhos nadam em torno e martelam, nadam e martelam. Usando seus focinhos bulbosos como clavas, eles esmagam metodicamente a “caixa torácica” do tubarão até que a mortal criatura deslize impotente para o fundo.

Todavia, mais do que por sua perícia no combate ao tubarão, escolhemos o golfinho para simbolizar as nossas ideias sobre como tomar decisões e como lidar com épocas de rápidas mudanças devido às habilidades naturais desse mamífero para pensar construtiva e criativamente.

Os golfinhos pensam? Sem dúvida.

Quando não conseguem o que querem, eles alteram os seus comportamentos com precisão e rapidez, algumas vezes de forma engenhosa, para buscar aquilo que desejam. Golfinhos procuram sempre o equilíbrio, jogam o ganha-ganha, procuram sempre encontrar soluções que atendam as necessidades de todos.

As declarações

Então, veja a declaração que a carpa faz para si mesmo:

“Sou uma carpa e acredito na escassez. Em virtude dessa crença, não espero jamais fazer ou ter o suficiente.

Assim, se não posso escapar do aprendizado e da responsabilidade permanecendo longe deles, eu geralmente me sacrifico.”

E a declaração que o tubarão faz para si mesmo:

“Sou um tubarão e acredito na escassez. Em razão dessa crença, procuro obter o máximo que posso, sem nenhuma consideração pelos outros. Primeiro, tento vencê-los; se não consigo, procuro juntar-me a eles.”

Por último, a declaração que o golfinho faz para si mesmo:

“Sou um golfinho e acredito na escassez e na abundância potenciais. Assim como acredito que posso ter qualquer uma dessas duas coisas – é esta a nossa escolha – e que podemos aprender a tirar o melhor proveito de nossa força e utilizar nossos recursos de um modo elegante, os elementos fundamentais do modo como crio o meu mundo são a flexibilidade e a capacidade de fazer mais com menos recursos.”


Se os golfinhos podem fazer isso, por que não nós? Então reflita sobre a metáfora da carpa, do tubarão e do golfinho!

Particularmente Achamos que podemos.

Adaptado.

Metáfora criada por Dudley Lynch e Paul Kordis do Brain Technologies Institute

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