Os Crimes de Paris

De Dorothy e Thomas Hoobler

Os crimes de Paris consegue ainda a proeza de apresentar um vasto panorama histórico-cultural do final da Belle.

Dica de Livro

Nesta quarta-feira temos uma Dica de Livro que é um dos livros mais instigantes que já li. Os crimes de Paris é um romance de ficção que se passa na cidade luz a semelhança de “O Código Da Vinci”. Veja a sinopse a seguir e tire suas conclusões:

Paris, nos primeiros anos do século XX, vivia o auge de seu prestígio cultural e de sua pujança econômica. No entanto, as mudanças urbanas realizadas nas décadas anteriores, a expansão do comércio de luxo e o desenvolvimento técnico-científico fizeram da cidade um modelo de excelência, beleza, divertimento e inovação.

Todavia, Paris era o centro do mundo e o coração da modernidade. Para a capital francesa, convergiam escritores, artistas e cientistas de toda parte, a fim de desenvolver seus trabalhos em um ambiente cultural fervilhante e de se tornar conhecidos internacionalmente.

Violência e medo

A Belle Époque parisiense, entretanto, também foi um tempo de violência e de medo. Contudo, a cidade vivia sob a persistente ameaça de bandidos de toda espécie. Falsários, ladrões, assassinos em série e quadrilhas de assaltantes – como os apaches, que roubavam os passantes à luz do dia.

Além deles, havia os grupos anarquistas que sonhavam destruir o capitalismo com ações violentas. Como o bando de Jules Bonnot, o primeiro a utilizar o recém-inventado automóvel para escapar de um assalto a banco.

A partir de um dos crimes mais espantosos da época, o roubo da Mona Lisa do Museu do Louvre, em 1911.

Dorothy e Thomas Hoobler percorrem os dois lados de Paris – o luminoso e o obscuro – e constroem para o leitor um painel tão completo quanto fascinante desse período.

Não são, no entanto, apenas os intrépidos e cruéis bandidos que têm lugar na obra.

A tecnologia a serviço da lei

Do lado da lei, emergem como protagonistas os principais inventores da criminologia moderna. Como Alphonse Bertillon, que introduziu a antropometria e a fotografia da cena do crime e o croata-argentino Juan Vucetich, pioneiro da adoção das impressões digitais na identificação de criminosos.

Os crimes de Paris consegue ainda a proeza de apresentar um vasto panorama histórico-cultural do final da Belle époque por meio de uma narrativa feita de suspense e emoção, com sucessivas descobertas e surpresas.

Compartilhar

Deixe um comentário