Dia dos Namorados

Namorados, finalmente! E agora? Toda aquela loucura que foi a fase de paquera, os contatos de primeiro grau, os olhares, as gafes, as palavras atropeladas deram certo. O beijo aconteceu sob o som de “Lovin’ You” de Minnie Riperton passando na cabeça e as ensurdecedoras batidas dos corações. É o amor!

Pois bem, o namoro é a linha de partida para essa aventura que é amar. É aquele período de descobertas e a sensação é a de estar numa montanha-russa no escuro, sem saber o que está por vir, mas a adrenalina de viver um romance compensa os riscos.

Os Namorados

Gosto quando encontro casais recém-formados (não importa a idade) com suas inseguranças e a vontade de dar certo. São beijos e abraços em qualquer lugar, toques tímidos e muita conversa supérflua, pois ficar em silêncio demonstra desinteresse.

Como o namoro é a fase de conhecimento, tudo é atraente. Dessa forma, os primeiros encontros são acompanhados do nervosismo prévio à alegria de encontrar o ser amado. O coração dispara, o riso é frouxo para disfarçar a timidez, mas quando os olhares se encontram, parece mágica. Tudo desaparece. É hora de desfrutar da companhia da pessoa amada.

Parece que o tempo parece voa e a despedida é sempre adiada. “Fique um pouco mais, mais um beijo, outro dengo, mais abraços, por favor.” Namorar é a fase mais simples e, talvez por isso, a mais sublime (em minha humilde opinião) de um relacionamento.

Paixão

Quando a tal conexão acontece é um caminho sem volta. Não me peçam aqui para explicar as ações bioquímicas dos hormônios, pois sou apenas uma escritora, mas sei que o “grude” é grande.

Dizem os especialistas que se cria um codependência semelhante ao uso de drogas. Não vamos usar essa linguagem, afinal, estamos escrevemos sobre o amor. Vamos dizer assim, que os namorados ficam viciados na pessoa amada.

Ou seja, é quando o enamorado se rende ao cheiro dele (a). É quando sua alma cria um reconhecimento da voz que ativa diferentes sensações de bem-estar no cérebro e se espalha pelo corpo inteiro. É o toque acalma a ansiedade, afastando a saudade. Como escapar disso, como fugir da paixão?

Dizem também que a paixão dura dois anos e o que resta, depois, pode se chamar de amor. Além dessa fase boa de curtir muito a pessoa, a paixão serve também para se construir algo, por exemplo, a confiança, o respeito, o cuidado, coisas que possam manter os namorados unidos.

Como reconhecer o amor?

Então, vamos para outra fase dessa interessante jornada, o amor.

O amor é algo maduro, feito de decisões. É quando deixamos de ser egoístas e passamos a pensar na outra pessoa, com seriedade. É a fase dos ajustes (que doem um pouco, mas são necessários), de traçar a rotina que será sua vida a dois.

Nessa fase da jornada, surgem as conversas mais sérias, as promessas, as confissões, o que se espera de uma vida “até que a morte os separe.” As declarações que não têm hora ou lugar para acontecer e são de todas as formas, não apenas verbais:

É uma rosa, um cuidado, um beijo na testa dizendo que está tudo bem, uma mensagem perguntando como está, se deu tudo certo, se jantou… Coisas assim.

Outro dia, estava tendo uma dessas “conversas sérias” com meu marido e falávamos do que precisávamos fazer no caminho para a melhor idade. Ele disse, “espero envelhecer junto com você.” E eu, respondi; “com certeza. Em quem você acha que vou descarregar minha rabugice!” Sem querer, a gente disse que se amava, sem dizer literalmente “eu te amo” que soa tão clichê, mas também é agradável aos ouvidos.

Perspectivas

As perspectivas do que é o amor podem ser diferentes. Não há fórmula em que se possa encaixar um relacionamento e dizer, “ah, isso é amor.” Depende de cada casal, suas formas de amar ou de suas personalidades. Por exemplo, se alguém me pedisse para fazer uma tatuagem como prova de amor, eu jamais faria. Não significaria que eu não amasse, mas é algo que não tem sentido para mim.

Outra forma de ver o amor é pela maturidade: uma pessoa jovem, que ainda não foi avariada pela vida vai ter uma visão diferente de alguém que já passou por alguns relacionamentos fracassados.

Espinhos do amor

Amar é mesmo muito bom, meus amores, mas como tudo na vida, há altos e baixos: as imperfeições agora são perceptíveis, como pequenos espinhos, despontando. São os ciúmes, as intrigas, os desentendimentos, discussões, diferenças que não puderam ser superadas nas fases anteriores.

As brigas surgem, mas as reconciliações, sempre tão impetuosas… O abraço apertado, o beijo com gosto de amor e lágrimas, a urgência do toque na pele, do reencontro, do olhar do outro. As palavras ditas, sendo engolidas, o perdão do afeto. É o amor querendo se impor.

Por fim, amor é uma reunião de sentimentos nobres como a doação, recepção, perdão, cuidado, sabedoria, nobreza, compreensão e tantos outros. É uma construção diária.

Nesse dia reservado em comemoração ao amor, celebrem a vida com a pessoa amada. Tenham certeza que amar é algo de Deus. Só ele mesmo para nos dar a capacidade de amar alguém “estranho.”

Daqui dos EUA, que não se comemora a romântica data hoje, desejo todo o amor do mundo para vocês.

Feliz Dia dos Namorados no Brasil!

Agora, do fundo do seu coração, o que você acha que é o amor? Conte para mim nos comentários.

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6 comentários em “Dia dos Namorados”

  1. Amar é a guarda compartilhada de sentimentos e emoções é o andar caminhos desconhecidos e escuros com a luz reserva é saber que o dia vem mas é preciso já estar na luz antes que raie, e finalmente é transpor seus horizontes pelos nossos.

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  2. Há tantas formas de dizermos “eu te amo”. Acredito que no dia a dia dizemos diversas vezes sem nem nos atentarmos. Seja utilizando outras frases ou como gestos de cuidados..amadurecemos e o amor vai ganhando novos formas tbm. Todos os dias antes de sairmos de casa nos abraçamos. E sempre nosso filho diz “a família” e nos enche de beijos. Essa é uma das formas de dizermos que nos amamos.

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    • É isso, Gabi. A maturidade vai moldando nossa percepção dos sentimentos e, principalmente, do amor. Que lindo o ritual de vocês. Que Deus continue os abençoando e derramando felicidade em sua família. Um beijo, minha amiga querida.

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