A dificuldade de dizer “não”

Como superar esse obstáculo?

Como sabem sou psicóloga: faço atendimentos individuais e, também, Consultoria em desenvolvimento de pessoas, no mundo corporativo. Sempre iniciamos com uma investigação sobre quais são as necessidades: o que fez, ou faz, as pessoas procurarem auxílio com alguém especializado. Nesta hora muitas questões surgem: crise existencial, relacionamentos, medos, frustrações, decepções, crises, etc. Porém, quando vamos aprofundando estes sintomas, na maioria das vezes chegamos ao mesmo denominador comum: a dificuldade de dizer “não”.

Aí podemos, verdadeiramente, iniciar algum processo de mudança, questionando qual a dificuldade que se apresenta como consequência dessa dificuldade de dizer “não”.

Como resposta costuma aparecer:

  1. Medo da rejeição;
  2. Receio de frustrar o outro e prejudicar relacionamentos;
  3. Insegurança sobre suas próprias opiniões;
  4. Falta de reconhecimento de limites;
  5. Fantasia de “ninguém” vai gostar de mim;
  6. Onipotência de que “eu dou conta disso”;
  7. Vergonha;
  8. Crenças limitantes;
  9. Submissão;
  10. Síndrome do impostor.

Entre outras tantas justificativas…E assim podemos refletir o quanto a falta do autoconhecimento pode gerar dificuldades no dia a dia pessoal e profissional.

Assumir o controle e evitar gatilhos emocionais

Saber dizer o tão assustador NÃO, com assertividade, dando conta dos resultados que podem ocorrer, pode significar a diferença entre uma vida mais saudável ou conflitos.

Como ouvi um dia, “não existe pior conflito, do que aquele que acontece dentro de você”. Por um motivo ou por outro, negar suas próprias vontades e opiniões, em detrimento de algo que pode ser real, ou não, tem consequências. Dessa forma, um padrão de comportamento assim, tende a desencadear ansiedade, disparar gatilhos emocionais, raiva de si e das outras pessoas, relações tóxicas e vingativas.

Buscar o equilíbrio, e a compreensão desta medida de limite, é um desafio possível de ser treinado e superado, na maioria das situações. Como todo processo de mudança, pode inicialmente gerar resistências ao seu redor: você que sempre concordava, agora passa a questionar e negar!!! Como assim??? Podem aparecer cobranças, ofensas, chantagem, reclamações…

Mas, podemos finalizar essa reflexão, aparentemente superficial e simples. Entretanto com um impacto na saúde mental de todos, inserindo na nossa vida um SIM para cada um de nós: invertendo as prioridades e buscando nossa felicidade diária.

Que tal pensar nisso?

1. Dizer “não” não tem nada a ver com falta de empatia. Pelo contrário, tem a ver com o benefício de proteger as relações.

2. Dizer Não é ponto de partida para testar limites. Sempre é melhor dizer um não verdadeiro, do que um sim que gera sacrifício.

3. Compreenda que mesmo dizendo não, você ainda pode ajudar o outro, de outra forma.

4. Esteja sempre consciente de que você tem esse controle, e pode tomar suas próprias decisões.

5. Se necessário explique que o seu “não”, não significa desamor: às vezes é o contrário!

6. Contextualize o momento, um não hoje, pode ser um sim em outro momento.

7. Fique em paz com suas escolhas, isso certamente ajuda a aceitação do outro.

VOCÊ PODE SER UMA PESSOA BOA, COM UM CORAÇÃO AMÁVEL, E MESMO ASSIM DIZER NÃO.

SARITA CESANA

Psicóloga CRP 17-0979

@saritacesana_

Fone: (84)98169-1884

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