A libertação dos oprimidos

Uma análise da Teoria da Libertação sob o ponto de vista do Papa Francisco

Muitos questionam se o Papa Francisco, por ser da América Latina, segue a teologia da libertação. Pessoalmente não enxergo assim, já que a sua trajetória confirma o voto de pobreza feito no início de sua carreira como religioso. O seu compromisso com a libertação dos oprimidos, pobres e injustiçados, não deixa dúvida nenhuma. Entretanto coincide com o que a teologia da libertação sempre primou. A partir da libertação concreta da fome, miséria, degradação moral e falta de conexão com Deus, que fazem parte dos valores e dos desejos de Jesus.

Uma reflexão sobre como antecipar o Reino de Deus nessa realidade e como o cristianismo, junto com outros grupos humanitários, pode colaborar nessa libertação. É o que importa nesse momento, para a libertação dos oprimidos.

A Libertação real precisa acontecer independentemente que haja ou não essa reflexão conhecida como teologia, pois pode não haver a presença de pessoas capacitadas para exercer essa atividade. O importante é que sempre existirão indivíduos conscientes que ouvirão o clamor dos oprimidos e da Terra devastada, e se perguntarão. Como podemos contribuir para o processo de libertação com base no que aprendemos a respeito de Jesus e da sua doutrina depois de tantos séculos?

O voto de pobreza

Desde muito cedo, o Papa Francisco escolheu viver em solidariedade aos pobres. Ele sempre teve uma opção pelos pobres e está realizando a intuição primordial da Teologia da Libertação. Sua marca registrada é a opção preferencial pelos pobres, contra a pobreza e a favor da vida e da justiça. Ele tem liderado a Igreja Católica com uma abordagem inovadora e inspiradora, marcada por sua humildade e proximidade com o povo.

O Papa Francisco tem sido enfático em relação à pobreza. Ela não pode ser superada apenas com ações filantrópicas, mas sim com políticas públicas que devolvam a dignidade aos oprimidos e os tornem cidadãos autônomos e participativos. Nesse sentido concordo em grau, número e gênero com o Sumo Pontífice da Igreja de Roma., que embora não utilize a expressão “teologia da libertação”, ele age e fala de forma libertadora.

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