Autor- Leôncio de Queiroz
Já morei num paraíso,
Foi minha melhor morada;
Tinha tudo em abundância,
Comida e roupa lavada,
Era meu berço de ouro,
Uma mansão calculada.
Lá, não pagava aluguel,
Toda via não tinha financiamento;
Não pagava prestação,
Não pediam documento;
Nem cobravam alvará,
E nem um licenciamento.
Já morei num paraíso
Lá, eu morei quase um ano,
Nem pensava em me mudar;
Havia muita harmonia,
Não via o tempo passar;
E muita saúde eu tinha,
Um astronauta a flutuar.
Das casas que já morei,
Aquela foi a melhor;
Não havia nenhum barulho,
Nem sentia calor ou suor;
Um perfeito meio ambiente,
E o conforto era melhor
Sentia não era um ser só,
Sabia que eu era uma soma;
Eu era um fruto, um resultado,
Quando duas pessoas se amam;
Quando dois se transforma em um,
A matemática da Divina chama.
Sentia umas mãos passando,
Alisando pra cá e pra lá;
Protegendo todo meu corpo,
Ouvia uma voz a cantar;
Era uma voz feminina
Uma beleza de escutar.
Toda água que o mergulho,
Seja o rio ou o mar;
Na piscina ou no chuveiro,
Me lembro daquele lugar;
Vivi o REINO DE DEUS,
A água é espetacular.
Você também morou lá,
Viveu essa infinita alegria
Todo ser humano morou,
Provou dessa feliz moradia;
No útero somos todos iguais,
O CRIADOR não nos diferencia.
Aqui fora é diferente,
Tudo é medido e pesado;
Ninguém dá nada a ninguém,
Há um preço a ser cobrado;
Onde o homem põe a mão,
Tudo fica limitado.
Todavia Nossa, terra, “A CASA GRANDE”,
É a casa que moro agora;
Contudo, minha missão e a sua,
É mantê-la como outrora;
Gentileza e fraternidade,
Deus quer de nós sem demora.