Relacionamento abusivo na maturidade

Da culpa ao aprendizado

Ao iniciar a escrita deste arquivo foi que me dei conta do contrassenso no título (Relacionamento abusivo na maturidade), ora, relacionamento abusivo não “combina” com maturidade! Será?

Vamos partir da premissa que na maturidade já vivemos situações que nos propiciaram uma visão de mundo e das pessoas que certamente nos deixaram mais “espertos (as)” para não cairmos em armadilhas que um relacionamento afetivo possa nos apresentar, certo?

Não, errado! E sabe porquê?

Porque somos seres humanos, falhos, frágeis, cheios de expectativas, sonhos e otimismo para vivermos um relacionamento minimamente saudável e isso não é um privilegio geracional. Assim como a sabedoria não é um privilégio dos mais velhos, as decepções amorosas não são privilégios dos mais novos. É claro que com a experiência o nosso repertório emocional vai crescendo e vamos ficando mais sensíveis as armadilhas amorosas. E talvez seja justamente aí, onde o equivoco faça sua morada e nos deixe vulnerável para crer nas “boas” intenções dos parasitas afetivos.

Então se você já se deparou com um relacionamento abusivo, está na maturidade e quer aprender em como transitar da culpa para o aprendizado, este texto pode te ajudar. Aqui vamos analisar cinco passos para recuperar a sua força interior, dignidade e vontade de viver: Reconhecimento, Aceitação, Acolhida, Perdão e Atitude

Reconhecimento

Reconhecer onde estamos nos dá a noção de responsabilidade com o nosso percurso, é a partir dele que podemos compreender como chegamos onde estamos, sem julgamentos, para não sermos paralisados pela culpa ou vergonha, esses sentimentos devem pertencer a quem covardemente usou da sua confiança, boa fé e credibilidade para tirar proveito em benefício próprio sem pensar no que aconteceria com você.

Aceitação

Agora que você já sabe onde está é momento de aceitar a situação de maneira clara, objetiva e realista, desta forma você vai buscar as possibilidades para seguir em frente apesar de, e ao invés de ficar preso(a) na teia do vitimismo, você terá condições para traçar um novo percurso considerando as suas fragilidades e potencialidades. Levante-se!

Acolhida

Nessa fase é quando juntamos os pedaços e seguimos em frente, de cabeça erguida e começamos a entender que aquela história não precisa ser o livro da sua vida, ela deverá ser apenas um capítulo. Quando nos acolhemos estamos encarando as nossas fragilidades e reconhecendo os nossos limites, trazendo para a consciência os fantasmas que nos assombraram durante toda uma vida porque demos a eles o poder de nos paralisar. É no acolhimento que encontramos o conforto necessário para recuperarmos as forças e reacendermos a nossa luz.

Perdão

No perdão recuperamos a nossa paz, nossa vontade de viver, de seguir de recomeçar… é através do perdão que vamos cicatrizando todas as feridas que um relacionamento abusivo nos provoca. Por vezes, algumas pessoas ancoram o seu poder na dor, no desejo de vingança, mas é no perdão que encontramos a liberdade. Como bem disse Harriet Rubin: “O poder diz respeito ao que você pode controlar. A liberdade ao que você pode desatar”.

Atitude

A atitude diz respeito a fazer o que precisa ser feito! Não se trata de vingança e sim de justiça, de fazer o que precisa ser feito para recuperar a sua dignidade e auto respeito. E aqui trago a citação de Vitor Hugo: “Se quem por compaixão poupa o lobo, condena as ovelhas “

Paz e bem!

Compartilhar

Deixe um comentário