Do Palácio ao Bordel

Crônicas e segredos de um jornalista brasileiro em Londres

A coluna DICA DE LIVRO de hoje, traz a crítica do jornalista Euler de França Belém sobre a obra Do Palácio ao Bordel, do autor Antônio Carlos Seidl, que relata suas melhores experiências vividas em Londres e na Europa na era da guerra fria.

O jornalista brasileiro Antônio Carlos Seidl.

Correspondente estrangeiro em Londres, de 1985 a 1992, pelo jornal Folha de São Paulo, Antônio Carlos Seidl viveu o presente de fatos hoje considerados históricos.

Com rigor e leveza, ele descreve o ofício de correspondente estrangeiro naquele mundo ainda em telex, mas em profunda transformação.

Acompanhou a visita da ministra da fazenda do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello, a Londres e as reações dos banqueiros europeus; viu o fim do Partido Comunista Inglês;

Conversou com o então jovem Kazuo Ishiguro que três décadas depois receberia o Nobel de Literatura, e com um indignado Thomas Hammarberg, Nobel da Paz de 1977;

Testemunhou o primeiro brasileiro a jogar no Campeonato Inglês de Futebol; entrevistou o diretor Giuseppe Tornatore antes e depois de seu já clássico Cinema Paradiso ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro;

Recebeu um bilhete do físico Stephen Hawking.

Do palácio, passou despercebido pela segurança e trocou palavras com o príncipe Charles, do bordel, entrevistou a candidata ao parlamento Lindi St Clair.

Entre esses e outros fatos e pessoas, Antonio Carlos Seidl nos dá não apenas um recorte da história, mas um panorama do dia a dia da profissão. O apuro preciso da informação, a percepção daquilo que pode ser notícia, a rapidez da decisão do que é ou não importante, o furo jornalístico que dá a primeira página, o detalhe que ninguém enxerga. Tudo isso e muito mais você vai ter a oportunidade tomar conhecimento e entender melhor como funciona os bastidores do jornalismo profissional.

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