Licença para menstruar – e, agora, os direitos devem continuar sendo iguais?

Na ultimas semanas, o parlamento espanhol aprovou uma “licença” para mulheres deixarem os seus postos de trabalho quando incapacitadas pelo período menstrual. Com 185 votos a favor e 154 contra, a Espanha é o primeiro país da Europa a adotar a medida. Saiba mais em https://www.politico.eu/article/bill-europe-spain-parliament-creates-first-menstrual-leave-in-europe/.

Direitos iguais!

Sim, eu sei, queremos direitos iguais, salários iguais, ou seja, ser valorizadas ou consideradas igualmente para uma posição profissional. Queremos muita coisa! Será? Será pedir muito?

Contra fatos, não há argumentos. E, sim, somos diferentes dos homens. Nosso corpo é diferente, órgãos, quantidade de gordura, músculo, água, hormônios, nós funcionamos biologicamente diferente.

Que tal trocar de papel?

Pergunto-me quantos homens gostariam de trocar de papel com uma mulher. Será que é maior que a quantidade de mulheres que gostariam de trocar de papel com um homem e não ter que sangrar e sentir dor todo mês? E não ter que ter a responsabilidade da decisão de ter filhos ou não, porque, além de ser um risco de vida parir, isso também vai transformar o meu corpo? É preciso falar ainda do desconforto de carregar alguém dentro de mim, alguém que cresce e empurra os meus órgãos, alguém que é tão pesado que faz os meus pés incharem e a minha coluna arquear? Ainda é preciso falar de depressão pós parto? Acho que não.

E, porque temos uma outra biologia, meus amigos, nós também somos induzidas a ter pensamentos e sentimentos diferentes, sim!

Não é uma questão de tempo, mas de qualidade

Novamente, contra fatos, não há argumentos. E o fato é que quando um indivíduo, não importa o gênero, gosta do que faz e se sente valorizado pelo que faz, ele vai sempre se entregar de corpo e alma. Não importa se ela precisou se ausentar em função de uma alteração hormonal, ela vai dar um jeito. Porque produtividade não depende apenas de tempo disponível, mas principalmente de engajamento e qualificação. Para entender mais sobre produtividade no ambiente corporativo, leia também http://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/?preview_id=515&preview_nonce=596377e84d&preview=true&_thumbnail_id=517.

Ainda é preciso falar que o Brasil ocupa uma das últimas posições no ranking dos países mais produtivos, cujas jornadas de trabalho são em sua maior parte bem menores que aqui no país tropical? Acho que não.

Tempo é dinheiro, eles dizem.
Bom, então, que tal pensarmos a partir de uma nova perspectiva?

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