Redes sociais, vilãs ou mocinhas?
Longe de mim vir aqui fazer aqueles discursos contra as redes sociais. Fato é que através delas, os relacionamentos mudaram, o mundo mudou. Tudo ficou mais acessível, e ao mesmo tempo, sem graça.
Antes, víamos as notícias através das lentes de determinadas redes de comunicação, como exemplo, a Globo, SBT, Record (as mais tradicionais). Hoje, podemos ver tudo em tempo real e sem edições (aqueles cortes que fazem, muitas vezes, manipulando o fato).
Não precisamos mais esperar o jornal “X” para saber de tal acontecimento. Agora, as notícias estão em nossas mãos.
As vitrines nas redes sociais
Entretanto, ainda precisamos de um pouco de bom senso ao utilizarmos as redes sociais. Outro dia, li no Facebook, que antes, as pessoas pagavam para não serem vistas. Hoje, é o contrário. Todos querem ser vistos, elogiados e admirados. Para isso, fazem verdadeiras loucuras e postam. Alguns se arriscam tanto, que perdem a dignidade e até a vida.
Um amigo, debochadamente, falou que não precisa mais comprar Playboy, pois só o que tem é foto de mulheres seminuas nas redes sociais e se você não dá um like, “pega mal.”
Vamos combinar que não é somente as mulheres. Os rapazes também gostam de exibir o físico, dançarem e fazer poses. É uma verdadeira vitrine humana de muitas embalagens bonitas, mas muitos, com conteúdo que deixa a desejar.
O lado bom das redes sociais
As redes sociais são realmente democráticas, pois a variedade de perfis atende a todos os gostos. Há quem as use para diferentes objetivos: vendas, negócios, política, memes (meu pecado, confesso), educação e o principal, a influência.
Uma pena que os influenciadores (de grande audiência) não nos tragam conteúdos transformadores. Muitos deles, apenas exibem bens materiais e mostram a parte boa da vida.
Mas há quem tenha tempo para passar o dia assistindo aquela pessoa fazendo uma refeição, indo para o supermercado, para a academia, para um encontro, ou seja, vivendo e gerando entretenimento. Do outro lado da tela, há um expectador parado com um celular na mão, sem viver, apenas assistindo a vida alheia. Não é esquisito isso?
Eu sigo alguns que ensinam coisas do meu interesse: perfis cristãos, finanças, receitas, dicas sobre saúde e minimalismo. Ah, e vejo memes, pois se eu passar um dia sem sorrir, para mim, foi um dia perdido.
Enfim, as redes sociais são um campo vasto e tem espaço para tudo e todos os assuntos. Tenhamos sabedoria em escolher os conteúdos que estamos consumindo.
Sobre o que postar
A vida é sua, mas poste com moderação. Não dê ferramentas para outros usarem contra você.
Depois que inventei de escrever, sigo perfis de escrita e vejo que os “coaches” falam que precisamos estar mais perto dos nossos leitores e se mostrar mais para gerar conexões. Eu fico pensando: “no tempo de Machado de Assis, Graciliano Ramos e Clarice Lispector não tinha nada disso, e eles se tornaram lidos e conhecidos.” Mas, estamos noutra época. Vamos dançar conforme a música.
As relações nas redes sociais
É bem verdade que as redes sociais conectam, promovem reencontro. Outro dia, encontrei pessoas conhecidas que conviveram comigo na escola, trabalho e gostei de vê-las, mesmo que virtualmente.
As relações entre pessoas mudaram. Eu, por exemplo, converso com gente que que nunca vi na vida, mas que viraram “amigos virtuais.” Geralmente, são escritores e a gente troca informações sobre o mundo da escrita, concursos e cursos. Por vezes, entro na página de algum artista e ele responde, como o simpático Antônio Fagundes, que recita lindos poemas para os seguidores.
Não sei se “ao vivo” ele continua simpático, pois já encontrei com algumas “celebridades” e asseguro-lhes que são completamente diferentes daquelas “amáveis” pessoas que a gente vê através das telas. São criaturas taciturnas e não gostam de conversas, querem ficar na delas, e tudo bem.
Essa é uma das grandes armadilhas das redes sociais, pois não sabemos de verdade quem é quem. Só se posta o que querem que as pessoas vejam. E convenhamos, ninguém vai postar suas falhas e fraquezas, pois isso não gera “engajamento.”
As verdadeiras redes sociais
Sou cria do interior, meus amigos e sinto muita falta das rodas de conversa na calçada, de dormir na casa das tias e ficar conversando até tarde com a parentela, dos passeios a pé pela zona rural, de se reunir na pracinha para jogar conversa fora… Também tenho saudades dos encontros para estudar, dos cafés com as amigas, isso para mim, sempre serão as verdadeiras redes sociais.
E creio, que temos a obrigação de resgatar ou manter esses bons costumes. Não podemos permitir que as redes sociais virtuais substituam o sorriso, o calor do aperto de mão e do abraço, o som da voz amiga no nosso dia a dia. Vamos criar um lema; Menos virtual e mais presencial, que assim seja!
E vocês, acham que as redes sociais ajudam ou atrapalham?
Bom dia. As redes socias, muitas vezes, me ajuda a pesquisar tarefas pra pré cstequese, me fez reencontrar, amigas de colegio , mas, tem o lado ruim, pessoas que não respeitam uns aos outros, e as vezes destroem vidas.
Bom dia, minha querida. É isso. tem o lado bom e ruim. Cabe às pessoas terem sabedoria ao usar e fazer das redes locais de acolhimentos e de coisas boas. Vamos fazer nossa parte. Beijos, Edilza!
O desafio talvez seja humanização das redes sociais. Nada pode substituir o encanto que é encontrar outro ser humano.
Como sempre, vc nos presenteia com belos textos.
É mesmo um grande desafio, amigo e professor Luciano! Muito obrigada por sua leitura! Um abraço enorme!!!
Usadas com equilíbrio, elas ajudam bastante!
Ao fazer uso delas, temos que tomar consciência que estamos dando publicidade a algo que até então, estava em nosso “controle”. Depois de publicar, não podemos mais voltar atrás…
Isso mesmo. São boas ferramentas, se usadas com sabedoria. Beijos, minha irmã.
Rede social é faca de dois gumes, precisa ser usada com moderação haha. Aqui de vez em qdo eu fico sem, para me desintoxicar. bjus
É uma boa ideia, Gabi! Beijos!!!
“A vida é sua, mas poste com moderação. Não dê ferramentas para outros usarem contra você”. Perfeito, exatamente isso.
Parabéns, bela crônica.