Adiar para quê?

Por que adiamos tanto? Descubra o peso invisível das decisões não tomadas

Essa semana, eu estava revendo minhas despesas, especialmente aquelas que colocamos no débito automático. E, para meu desapontamento pessoal — embora não exatamente para minha surpresa — além das contas necessárias, como energia e internet, encontrei uma assinatura do YouTube. Mesmo sendo um valor baixo, a soma dos meses não me agradou.

Fiquei tentando lembrar o dia em que concordei com essa assinatura. Não consegui. Às vezes, recebia aquelas ofertas de “teste grátis” com renovação automática e aviso da plataforma. Para ser sincera, não me lembro desse aviso. Mas, como se trata de uma empresa renomada, acredito que eu tenha visto e pensado: “Depois eu cancelo”. E, nisso, passaram-se oito meses.

Não vou mentir: eu gostava de assistir aos vídeos — amo ver videoclipes, ouvir minhas playlists — sem interrupções. Mas, como sabemos, quase nada é realmente gratuito nesse mundo. O tempo foi passando e, quando vi o montante acumulado, cancelei imediatamente. É algo de que posso abrir mão, então é dispensável.

Economistas sempre orientam a cortar despesas supérfluas porque, ao final do mês, elas provocam um prejuízo silencioso. Procuro seguir essa regra.

E quando adiamos decisões necessárias?

E, pensando nisso, percebi como adiamos coisas que, sem querer, acabam nos causando outros tipos de prejuízo, mais profundos — emocionais, mentais e práticos. Agimos como se o tempo fosse infinito ou como se adiar decisões resolvesse os problemas sozinhos. Ah, como gostamos de nos enganar…

A verdade é que evitamos tudo o que nos tira do conforto físico ou mental. Sejam grandes mudanças, como trocar de emprego, terminar um relacionamento abusivo, sejam pequenas tarefas como organizar uma gaveta, arrumar o quintal, cancelar programas cansativos (especialmente no fim do ano). E vamos adiando…

Também adiamos o início da academia, o curso que compramos, o exame que precisamos marcar. Sempre deixamos “para quando der”, “para quando tudo estiver alinhado”, como se houvesse um momento ideal que nos libertasse do incômodo. E assim, vamos adiando a própria vida.

Adiamentos geram desgastes

E, a cada adiamento, há um desgaste que sentimos na mente e no corpo, porque deixamos de fazer o que precisava ser feito. O peso da culpa vem em dobro — afinal, somos a única pessoa capaz de resolver essas situações.

A vida nem sempre resolve tudo sozinha. Em muitos casos, precisamos encarar o fato, assumir a mea culpa e agir.
E este período de fim de ano, meus amores, é o momento perfeito para isso. Use essa virada como um impulso: tome as decisões necessárias para entrar em 2026 mais leve.

Pause um instante.
Reveja o que tem lhe incomodado.
Busque formas de resolver.
E mãos à obra.

É a sua vida. Não adie mais.

E você? O que tem sido empurrado para amanhã — e que já passou da hora de fazer hoje?

Comente aqui embaixo que volto já para ler e responder. Beijos!

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