
As Falsificações Estão Causando Pânico: o Perigo Que Vai Muito Além das Bebidas
Do metanol nas garrafas à falsidade nas relações: vivemos uma era de desconfiança e riscos reais
Nos últimos dias, o Brasil entrou em alerta. A falsificação de bebidas com metanol espalhou verdadeiro terror entre os consumidores, já que a intoxicação pode levar à morte.
Até ontem (07/10/2025), foram registrados 217 casos de intoxicação por metanol, sendo 17 confirmados, com três óbitos e 12 ainda sob investigação. O antídoto Fomepizol, vindo dos Estados Unidos, deverá chegar a São Paulo ainda nesta semana.
O pânico está instalado. Ninguém confia mais em ir a um barzinho tomar um drink até que a situação esteja sob controle. Parafraseando uma jornalista: “controle não sei de quem.”
Falsificações por todos os lados
As falsificações não se limitam às bebidas.
Noticiou-se que uma em cada cinco garrafas de uísque ou vodca vendidas no país é falsificada. O problema é que, agora, o componente usado na falsificação é letal.
Além da adulteração de bebidas com metanol, a Polícia Federal descobriu a falsificação de proteína whey, além do café com cacos de vidro, do açaí com papel higiênico, entre outras aberrações que nos deixam apreensivos.
E isso sem mencionar a infinidade de cigarros falsos que entram de países vizinhos — algo que ocorre desde que me entendo por gente, e ainda assim, fazem vista grossa.
Onde tudo isso vai parar?
Como evitar ser vítima?
O mínimo que podemos fazer:
Há falsificações com as quais, infelizmente, convivemos — ainda que não seja o correto — como roupas e acessórios, mas quando se trata de alimentos e bebidas, o cuidado deve ser redobrado: pode custar nossa saúde e nossa vida.
O básico que podemos fazer é pedir nota fiscal, comprar de fontes confiáveis, desconfiar de preços muito baixos e observar se os rótulos não estão adulterados. E, claro, confiar em Deus.
As falsificações que não vêm em garrafas:
Além das falsificações materiais há outro tipo de falsificação que merece igual atenção: a falsificação nas relações humanas.
Levante a mão quem já sofreu com relacionamentos falsos.
Aquela amizade que decepcionou, que mentia, que usava você para conseguir algo, que espalhava seus desabafos ou até mesmo, falava mal de você.
Ou aquele colega de trabalho que roubou sua ideia, puxou seu tapete, “fez sua caveira” para o chefe e fingiu ser gente boa para lhe apunhalar pelas costas.
Se até Jesus foi traído por Judas, que era de seu círculo íntimo, imagine nós!
E há também os relacionamentos amorosos, onde alguém veste um personagem para conquistar, mas depois revela sua verdadeira face: trai, mente e destrói a confiança, tornando insuportável sua permanência em nossa vida.
São muitos os exemplos de falsidade e dos danos que ela causa. Danos profundos, difíceis de superar, mas não impossíveis.
Aprendendo a identificar o falso:
As falsidades machucam, deixam marcas, traumas e desconfianças. Com o tempo, vamos adquirindo um pouco mais de sabedoria e aprendendo a observar mais as atitudes do que palavras. O básico é ter cautela ao se envolver. Há um ditado popular que diz que é “melhor ouvir cuidado que coitado.”
Além disso, não sejamos ingênuos: nem todos serão reais conosco e, em certa medida, todos seremos vítimas de alguma falsidade.
Infelizmente, falsidades existirão: no comércio, na política, nas amizades, no amor. O segredo é não perder a capacidade de ser verdadeiro, mesmo em meio a quem não é.
É possível conviver com o falso?
Assim como alguns produtos (o leite com água, o café com cevada, o achocolatado cheio de açúcar) há falsificações toleráveis, que não chegam a comprometer nossa sobrevivência.
Mas quando falamos de relações humanas, a história é outra.
Relacionamentos deveriam ser verdadeiros, leais, transparentes.
Infelizmente, ninguém vem com rótulo na testa. Descobrimos as falhas com o tempo e, quando percebemos, o melhor é nos afastar.
Porque, assim como podemos recusar produtos falsificados, também podemos recusar pessoas falsificadas.
Enfim, vivemos tempos em que a falsificação virou rotina nas prateleiras e nos corações.
Entre bebidas adulteradas e relações disfarçadas, é preciso redobrar o cuidado com o que consumimos, seja pela boca ou pelo afeto.
Afinal, não estamos nesta vida para viver de falsidades.
E você? Já descobriu alguma “falsificação” na sua vida: de produto ou de pessoa? Conte um pouco sua experiência!
Beijocas de sua cronista!
PESSOAS SÃO SUJAS E SUAS ALMAS, PODRES
Pablo Henrique
Pessoas são sujas e suas almas, podres,
Desfarses de riso, escondem a vileza.
Por trás do afeto, a mais cruel aspereza,
Anjos caídos em vestes de sacerdotes.
Na luz se fingem de fiéis e nobres,
Mas no escuro, entoam a correnteza
Do ódio, da inveja, da torpe esperteza,
Sepulcros caiados, fingem serem fortes.
O mundo é um palco de máscara e farsa,
Onde a verdade é morta a cada passo
E a empatia jaz, sem cor, sem esperança.
Mas mesmo em meio ao lodo e ao cansaço,
Há quem resista, quem lute e se ampare
Num fio de luz, negando a aliança.
Soneto sobre pessoas falsas, inspirado em pessoas que conheci
Olá, meu querido amigo e poeta, Pablo!
Você é muito criativo! Amei os versos.
Ignore as pessoas falsas e siga fazendo lindos poemas.
Um grande abraço, querido.
Quem nunca teve uma amizade falsa, aquela pessoa que passava uma imagem boa e depois mostrou ser uma amiga falsa
Oi, minha querida Edilza.
É bem verdade. Creio que todos já passamos por isso, mas infelizmente faz parte da vida.
O melhor remédio é se afastar e seguir a vida com fé em Deus.
Um grande beijo!
Citando um cantor que curtíamos na adolescência “a traição é um presente de aniversário que sem piedade você preparou para mim.”
Como já foi muito bem explicado, nem Jesus se livrou da traição.
Olá, minha querida irmã.
É bem verdade. Infelizmente, estamos passíveis de pessoas de toda natureza.
É ter sabedoria na convivência e seguir a vida com fé em Deus.
Um grande beijo!
Sim. As falsificações na vida podem ser tão fatais quando as que, infelizmente, temos acompanhado nos noticiários com as bebidas. Podendo atingir diretamente nosso sistema mais profundo – a alma. Em algum momento deixa-se de acreditar, perde-se a fé. Como nas músicas… “é preciso estar atento e forte” (Caetano e Gil), mas sem perder a “fé na vida, fé no homem, fé no que virá (Gonzaguinha). Então… “Cuide-se bem! Perigos há por toda a parte
E é bem delicado viver/ De uma forma ou de outra/ É uma arte, como tudo.” (Guilherme Arantes). <3
Olá, minha querida amiga e escritora, Helenita.
Eu amei sua resposta toda musical, pois sou muito musical também!
Tens toda razão. Não devemos jamais perder a alegria de viver.
Beijos!!!
Acredito que decepção com pseudo amizades dificilmente alguém escapa. Já vivi, mas a maturidade ensina a irmos separando o trigo do joio rsrs
Oi, minha querida Gabi.
Obrigada pela leitura e comentário. É bem verdade, não temos como escapar.
Que venhamos sempre estar atentas ao que é verdadeiro e ao que não é!
Beijinhos para vocês!
Seja pela boca ou pelo afeto, a letalidade é certa em ambos os vieses de falsificação. Mortes diferentes, mas ambas podem levar a morte. Parabéns pelo texto Veri.
Que coisa maravilhosa ter você por aqui, Luara!
É bem verdade. Mortes diferentes, mas mortes.
Que tenhamos sabedoria sempre para passar por essas falsificações sem elas nos causarem tantos danos.
Um grande beijo!