Quando nossa mãe precisa partir.
Inicio a crônica compartilhando com vocês que há cinco dias, recebi uma mensagem de uma amiga aflita, me comunicando que sua mãe havia falecido, de repente. Ela passou mal, foi para o hospital, mas não resistiu.
Ela me dizia, emocionada, que Deus havia recolhido sua mãezinha. Por eu já ter passado por isso, buscava um alento. Eu chorei com ela, pois acho que os amigos são para se alegrar, mas também, para chorar com os que choram, como orienta a Palavra de Deus.
Por um momento, me permiti sentir o que ela sentia: o desalento, a não aceitação da partida de forma tão breve, pois é isso que pensamos e a dor dilacerante em ver a nossa mãe, sem vida. Temos a mania de achar que as mães são para sempre.
Apesar de estar distante, escrevi palavras de conforto, aquelas que se falam nessas horas, mesmo sabendo que não aplacaria a tristeza. É como jogar água em conta gotas num fogaréu. Ao mesmo tempo, pensei na proximidade do dia das mães, em como essa família iria ficar sem a figura principal, a alma do lar, a mãe. Orei, pedindo a Deus que lhes trouxesse o refrigério que minhas palavras não poderiam dar.
Perder a mãe é perder parte de nós. É uma lacuna que nunca será sanada. As saudades podem ser amenizadas, mas sempre estarão presentes em momentos como o próximo domingo, dia das mães, bem como em outras datas especiais, em músicas, cheiros, sabores caseiros e em situações que vão nos tocar fortemente através das lembranças. É como tenho vivido, desde que minha mãe partiu.
A maternidade.
Não sou mãe, mas sou mulher. Minha janela da maternidade está fechando. Apesar disso, como tantas outras, nasci com o instinto materno, algo que Deus nos presenteia e que percebemos logo, quando embalamos nossas bonecas ou quando olhamos com uma ternura peculiar para os bebês, por exemplo.
Posso dizer que conheci o amor materno através da grande mãe que tive. Por isso, peço licença a todas as mamães para explanar um pouco sobre essa missão ímpar que elas têm, que é a maternidade.
O ato de ser mãe, em si, é um ato de doação, sem interesse, que começa com a cessão de seu corpo, aceitando todas as mudanças e riscos que há em gerar e nutrir uma vida. É um elo que começa a partir da gestação e que dura a vida inteira.
Devemos sempre agradecer às nossas mães, por essa doação e destemor em aceitarem tão delicada missão, que é a maternidade.
A mãe e o sagrado.
Mãe é algo sagrado. Elas são selecionadas e moldadas pelo próprio Deus para nos conceber, nos criar, educar e nos amar desmesuradamente e, se preciso, entregarem suas vidas por cada um de seus filhos.
O amor de uma mãe é o mais puro amor que alguém pode experimentar. É um amor que transcende qualquer entendimento. É uma ligação feita no céu, algo divino. Por isso, todas as reverências e homenagens que pudermos oferecer à essas mulheres – as mães – são poucas diante da grandeza do papel que exercem.
As mães são as representantes de Deus na terra. Se por acaso, algum dia você pensar que não sente a presença de Deus em sua vida, pare e observe o cuidado que sua mãe tem/teve por você e das coisas que ela é/foi capaz de fazer para lhe ver bem. Só assim, você terá uma noção do que é o amor de Deus.
O que são mães?
Elas são uma das mais importantes pessoas de nossas vidas, se não, a mais importante. Quando nascemos, nossas mães deixam de ser simples mulheres. Elas se tornam nossa primeira casa, nosso primeiro lugar seguro, nosso abrigo. Nos ensinam a caminhar, a se comunicar e a se nutrir. Não bastando, também são nossa cura, quando saram nossas feridas físicas e emocionais e nos fortalecem para sermos adultos confiantes e cheios de amor próprio.
As mães têm sua natureza altruísta, pois abdicam de sua própria felicidade em prol dos filhos. Elas preferem chorar, ao ver o filho chorando, deixam de comprar coisas para si, para comprar para sua prole e passam a vida nessa devoção, sem esperar retorno.
Para que servem as mães?
As mães são aquele conforto nos dias difíceis. Com suas mãos macias ou calejadas, muitas vezes, trêmulas é o que nos traz paz e enxugam nossas lágrimas, sem questionamentos.
São as mães de olhos meigos ou enrugados, de voz altiva, ou cansada, que irão nos compreender melhor que nós mesmo e, sem julgar, pois o amor que sentem por nós, não permite. São elas, de tons doce ou mesmo bravas que vão nos dar conselhos, sabendo que naquele momento, podemos até não ouvir, mas que nos servirão adiante.
Também são elas que nos amparam, nos encorajam, torcem e vibram com nossas conquistas. Sem elas, contamos nos dedos quem se alegra conosco, de verdade. São elas que intercedem a Deus por nós, pessoas com tantas falhas e, por vezes, filhos rebeldes, sem maturidade.
Elas são nossas melhores advogadas, médicas, amigas, psicólogas e coaches, diplomadas pelo instinto materno.
Na vida, todas as pessoas podem desistir ou duvidar de nós. As mães, não. Elas sempre estarão lá para nos suprir com o todo amor que possuem.
Todo dia é dia das mães!
Portanto, querido leitor, não somente nos segundos domingos de maio, mas todo dia é dia delas. Aproveite e reverencie, agradeça, louve a mãe de vocês, se ainda tem o privilégio de tê-la ao seu lado.
Caso não, se já é órfão, assim como eu, agradeça a Deus por ter sido abençoado com uma mãe tão iluminada que sempre guiou seus caminhos e lhe preparou para ser essa pessoa especial que você é hoje.
E, por último, conte para mim um pouco sobre a mamãe de vocês: o que você mais admira (va) em sua mãe ou o que mais você gosta (va) nela? Eu vou adorar ler cada comentário e responderei com muito carinho.
Um grande abraço e Feliz Dia das Mães para minhas leitoras que são mães!
Bom dia. Minha foi uma guerreira, em todos os sentidos, nunca nos deixou sozinhos, se doou aos filhos, enquanto esteve conosco, virava uma leoa, como toda mãe, faz pra defender “suas crias”. É fácil e dificil, falar dela, pois, as lágrimas, não deixam. Pra terminar o comentário, lembrei de uma frase, que eu li um dia. Mãe é tão bom, que até Jesus, quis ter uma tmb. Veridiana, a cada semana, vc nos presenteia com lindos contos. Obrigada
Obrigada pela leitura e sua companhia sempre por aqui, minha amiga Edilza. Lembro demais de sua mãe. Sempre me tratava muito bem e com um carinho enorme. Eu a adorava. Faz muita falta para mim, imagine para você, mas Deus sabe todas as coisas. Seguimos inspiradas no amor que nossas mães espalhou aqui na terra enquanto tivemos o privilégio de tê-las conosco. Feliz dia das mães para você, amada, que também é uma super mãe!!! Beijos.
Um texto lindo e emocionante.
Como poetisou Evaldo Freire:
“Quem tem sua mãe, tem tudo
Quem não tem, vive a chorar.”
Sim, nossa mãe sempre será nossa fonte de força, determinação, amor e inspiração. Beijos, minha querida irmã.
Que lindas palavras para falar do ser mais forte que existe na terra, a mãe. A minha foi uma pessoa muito simples , forte, que procurou criar seus quatro filhos da melhor forma que pode. Sinto não tê-la mais em meu convívio físico. Com certeza está em meus pensamentos sempre. Obrigada pela crônica tão bonita.
Obrigada, minha querida amiga Marlene.
As saudades devem ser imensas, mas sempre pense no amor que ela lhes deu, nos ensinamentos, nos cuidados. Onde ela estiver, com certeza estará orgulhosa de você.
Um grande abraço carinhoso, de alguém que compartilha do mesmo sentimento.
Beijos.
Uma das crônicas mais lindas e sensíveis que você já escreveu, minha amiga. Sorte a nossa de ter o seu olhar apurado e a sua bagagem repleta de vivências para falar sobre tantos assuntos. Minha mãe é – sem dúvida nenhuma – a maior inspiração da minha vida.
Obrigada, meu querido Pierre.
Eu também sou fã de sua mãe. Ela é amável, querida, cordial, bonita e traz a meiguice no olhar… Enfim, muitos adjetivos eu poderia escrever sobre ela.
As mães têm essa missão de nos inspirar e nos mostrar que somos capazes. Ainda bem que você captou isso, desde já.
Um beijo enorme para vocês e feliz Dia das Mães para minha querida Margarida.
Parabéns pela crônica.
Minha mãe, graças a Deus ainda está entre nós, com 86 anos, é uma heroína, sofredora, guerreira. Criou 6 filhos, 2 deles já falecidos, com muita garra e determinação, separada fazendo papel de pai e mãe. Sobre ela fiz:
Mamãe foi feliz sofrendo
É feliz porque sofreu
Porque foi nos defendendo
Que o sacrifício ocorreu.
Sentiu dores, fome e sede
Deixou de se divertir
Nunca deitou numa rede
Sem antes nos recobrir…
Hoje, já debilitada,
Mas com batalha vencida,
Merece ser muito amada,
Reconhecida… aplaudida!
Ivan Pinheiro – Assu.
Que coisa linda, meu amigo Ivan,
Parabéns pelo privilégio de ter sua mamãe com você. É algo que eu adoraria ter.
Lindos versos que exprimem o amor que você tem por ela.
Obrigada, de coração, pela leitura. Fico lisonjeada.
Um grande abraço de coração e feliz Dia das Mães para sua mãezinha.
Boa tarde!!! Minha mãe foi uma mulher forte, de fibra, verdadeira, honesta, sempre preocupada conosco, lembro-me de quando tinha minhas crises de enxaqueca ela sentava na minha cama e ficava orando por mim, só em olhar sabia quando eu estava triste, cheia de alegria, brincalhona… Ainda não me recuperei, a saudade é imensa, mas o tempo que passou conosco foi uma verdadeira mãe. Te amarei para sempre!!!
É verdade, minha querida Gi! A conheci e afirmo que é difícil encontrar uma mulher marcante, de personalidade e meiguice ao mesmo tempo. Não preciso dizer o carinho e admiração que eu sentia por ela, aliás, sinto. Por vezes, me sentia filha dela também, pois me dava conselhos como se minha mãe fosse. Eu agradeço muito a Deus de ter tido o privilégio de conhecê-la.
As saudades serão eternas, mas vamos orando e pedindo para Deus curar nosso coração. Um grande beijo, Gi, minha irmã que Deus me deu!
Dona de imensa pureza e vigor moral. Devota fiel a Virgem, e a nós, sua prole. Nunca soube de onde tirava forças, posto que viveu uma vida de privações e depressão. Despida de vaidades. Precisou me faltar para eu descobrir de onde vinha sua força: de ser mãe! Hoje, não está mais conosco em carne, mas nunca nos abandonou. Vive em nossa saudade e lembranças. Obrigado mamãe. Sei que estás bem e que continua a olhar por nós.
Que linda declaração, meu querido. Onde ela estiver, com certeza estará orgulhosa de ti e te amando cada vez mais! Um grande abraço de alguém que também sente muito a ausência materna! Beijos.
Minha mãe foi essa mãe que comumente nomeamos de guerreira, mas que muitas vezes seria mais correto chamar de sobrecarregada. Agora todos os filhos adultos, já não há mãos esse peso das responsabilidades sobre seus ombros. Mas ela continua em prontidão, e qdo precisamos ela sempre tá conosco, mesmo que não possa, ela dá o jeito dela e se faz presente. É minha inspiração no meu maternar