
A sensação de que o ano passou rápido demais
Estamos nos aproximando de mais um fim de ano e, é sempre nesse momento, que a gente olha para trás e diz: “Meu Deus, o ano voou” ou “Pisquei e já é novembro.”
A sensação é de que os dias foram tão corridos que parecem até ter encurtado diante dos nossos olhos.
Bem, já passamos da metade de novembro. O Natal está batendo à porta e, ainda assim, não montei minha árvore — falta de tempo, esse inimigo que parece ganhar força especialmente nesta época. É a vida adulta pulsando: prazos, compromissos, agendas a cumprir… tudo funcionando como um triturador que rouba nossa paz e energia.
A autocobrança que nos desgasta
Há dias em que nos cobramos além da conta, mesmo cumprindo o planejado, surge aquela sensação incômoda de que “poderíamos ter feito mais.”
No fim das contas, muitas vezes, somos nossos piores chefes, nossos carrascos mais impiedosos.
É a pressa, o acúmulo de tarefas e a ansiedade típica do fim de ano criam a chamada síndrome do encerramento, quando sentimos que falhamos pelo que não realizamos. E é justamente nesse período acelerado que mais precisamos de pausas e respiros.
A importância das pausas: uma pequena grande resistência
Essa semana, conversando com uma amiga em Natal, ela comentou que tinha reservado a tarde para ir sozinha um dos Cafés que visitamos (em Natal, há muitos) para tomar um café tranquila, em silêncio, apenas consigo mesma.
Achei tão nobre, pois ela deu um presente a si mesma, um respiro no meio da rotina de mãe, profissional, dona de casa e esposa.
Como estou perto de retornar ao Brasil, já a convidei, juntamente com outras amigas, para o nosso tradicional café da tarde, um momento de encontrar todas e atualizar a vida coletiva. É um momento necessário para nossa amizade.
Fim de ano, metas e a pressão silenciosa
A ideia é essa: mesmo com o fim de ano se aproximando e nos arrastando nessa loucura de metas, planejamentos, festas, organização da casa, confraternizações e expectativas, lembre-se: reserve um momento para você.
Nós, mulheres principalmente, acumulamos camadas de responsabilidade. Por isso, desacelerar não é luxo — é sobrevivência.
Você não precisa sair. Pode ser em casa mesmo: leia um livro que ficou esquecido; assista um filme com calma; caminhe num parque; medite (reze, ore, faça suas preces); ouça uma música predileta ou durma um pouco mais. Seu corpo e sua mente agradecem.
E sobre as metas não cumpridas? Tudo bem, de verdade.
Há um peso enorme quando olhamos para a lista de janeiro e percebemos que nem tudo saiu como esperávamos. Mas metas não realizadas não são fracassos, mas apenas capítulos em aberto.
A vida muda, prioridades mudam, e às vezes simplesmente não coube.
E está tudo certo.
O ano que vem é uma nova página, limpa e silenciosa, pronta para recomeços. Metas podem ser reescritas, reajustadas, reinventadas. O que você não pode é adoecer, esgotar-se ou perder sua paz tentando cumprir o impossível.
Cada um tem seu próprio tempo
Aos poucos, você vai perceber que o tempo tem sua própria dinâmica para cada pessoa.
Não compare seu ritmo ao dos outros. Olhe para o que você venceu, para onde você chegou e celebre, mesmo que pareça pouco.
E você? Como está sendo este ano?
Aquelas metas, sonhos e mudanças…
O que você conseguiu realizar?
O ano ainda não acabou e há espaço para continuar.
Conte-me nos comentários como estão seus planos para esse fim de ano, mas acima de tudo: cuide-se. Com carinho, com calma, com verdade.
Beijos, dessa vez, de casa!