
Do orçamento doméstico ao emocional: você está pronto para esta conversa?
Essa semana, depois de mais de um mês fora de casa, fui ao mercado abastecer a despensa para o curto período que passaremos em casa — apenas uma semana, já que logo embarcaremos para o Brasil. Sempre gostei dessa rotina de cuidar do lar. Gosto de pensar na casa como nossa primeira empresa: tudo precisa funcionar bem, sem excessos nem faltas.
Para isso, planejo. Faço listas, calculo o que é necessário, comparo preços. O orçamento doméstico é uma ferramenta fundamental para manter o equilíbrio entre o conforto da família e os limites do que temos.
Mas essa ideia de orçamento me levou a uma reflexão mais profunda:
E se pudéssemos aplicar esse conceito ao campo emocional?
O que é um Orçamento Emocional?
Assim como estipulamos valores para gastar em uma viagem, ou em compras mensais, imagine se também pudéssemos definir quanto de energia emocional, paciência, empatia ou disposição temos disponível para lidar com as demandas do dia a dia?
Um relacionamento amoroso, por exemplo, exige muito mais do que paixão. Pede compreensão, resiliência emocional, tempo e afetos sinceros. Será que temos esse “saldo” emocional disponível?
No ambiente de trabalho, além das habilidades técnicas, precisamos ter um bom orçamento de inteligência emocional para lidar com pressão, conflitos, colegas difíceis e cobranças.
E quando se trata de família ou maternidade, sabemos bem: o amor existe em abundância, mas será que temos estrutura emocional para enfrentar os desafios cotidianos sem esgotar nossas forças?
Quando os Sentimentos Entram no Vermelho
Muitas relações não terminam por falta de amor, mas por esgotamento emocional. E isso pode ser evitado quando aprendemos a observar nossos limites internos. Nem sempre estamos preparados para lidar com tudo e todos ao mesmo tempo.
Assim como não gastamos mais do que temos financeiramente (ou pelo menos não deveríamos), também precisamos estar atentos aos sinais de alerta: cansaço crônico, irritabilidade, desânimo, desejo de se isolar… tudo isso pode indicar que estamos no vermelho emocional.
Além disso, é importante reconhecer os chamados relacionamentos drenantes — aqueles em que apenas doamos, sem receber nada em troca. Você já ouviu falar das “pessoas-esponja”? São aquelas que sugam nossa energia com reclamações, negatividade e demandas constantes. Para essas situações, é essencial cultivar limites saudáveis.
Como Recarregar Suas Reservas Emocionais?
A resposta está no autocuidado. Pequenas ações diárias ajudam a restaurar nossas energias e equilibrar nosso orçamento emocional:
- Reserve um tempo só para você
- Pratique atividades que lhe dão prazer
- Medite ou faça pausas conscientes ao longo do dia
- Esteja com pessoas que te acolhem e energizam
- Cuide do corpo: sono, alimentação e movimento fazem diferença
- Diga “não” quando necessário, sem culpa
Agora me fale de você:
O que você faz quando sente que sua bateria emocional está baixa?
Já parou para pensar se está investindo bem os seus recursos internos?
Talvez seja hora de revisar seu orçamento — não o financeiro, mas aquele invisível que nos sustenta por dentro.
Um grande abraço,
Veridiana Avelino
Hoje vc, me fez pensar, se eu estou cuidando de mim ou dos outros. Boa pergunta, pra fazer, a mim mesma.
Sempre é tempo de nos questionarmos, minha querida amiga Edilza!
Que você encontre a resposta que busca e tenha sabedoria para tomar atitudes, se achar necessário.
Daqui, torço por você!
Beijos
Uma excelente crônica!
Obrigada, minha irmã escritora!
Beijinhos.
Uma boa provocação, temos que cuidar do nosso capital emocional e não é nada fácil
Professor Luciano, é sempre uma honra ter o senhor por aqui.
É verdade. Convém administrarmos nosso capital emocional muito bem.
Obrigada pela leitura e comentários!
Um grande abraço!
Mais uma ótima metáfora, querida! Os nossos recursos emocionais são como os financeiros, são escassos e precisamos equilibrar para dar conta. Por vezes, imprevistos fazem com que os gastos aumentem sem nosso controle. E é aí que nossas reservas internas precisam entrar em jogo, considero que ter uma válvula de escape nessas horas seja fundamental. Ter uma rede de apoio também funciona, pessoas com quem podemos contar, nem que seja só para nos ouvir. Faz toda diferença. O que ocorreu comigo recentemente na viagem ao Chile (furto do celular) foi uma pequena amostra disso. Bateu aquele desequilíbrio emocional no primeiro momento, pois eu estava usando o celular na viagem para trabalhar, mas, parei e pensei que de nada adiantaria perder o controle, ainda tinha 3 dias para curtir a viagem e não curtir não traria o celular de volta. Então, respirei e voltei a me divertir, pois sempre acreditei que no final tudo dá certo. Agora estou com o trabalho super acumulado, ainda sem celular, mas dando conta (ainda que não plenamente) com as ferramentas que tenho em mãos. Além disso, fiquei muito emocionada ao voltar para o Brasil e dar conta de que pessoas, como você, sentiram de fato minha falta. Uma vez vi uma pergunta na rede: “Quem sentiria sua falta se você sumisse das redes por alguns dias?” Agora sei. São as pessoas (como você) que de fato se importam e eu sou muito grata, viu?
Desculpe o textão. 🙂
Ainda levarei essa reflexão para um post. 😉
Por enquanto, pela web, tenho poucos recursos de uso. Por exemplo, não consigo fazer stories.
Em breve retorno por lá.
Você me recarregou emocionalmente. <3
Gratidão e saiba que pode contar sempre comigo.
Helenita, minha querida. Você mora em meu coração!
Lamento pelo incoveniente de sua viagem, mas o importante é que você está bem e conseguiu aproveitar o Chile, apesar de tudo.
Pode escrever o textão que quiser. Sempre terei prazer em ler e responder.
Claro que importo com você! Você é querida, especial e uma joia preciosa em minha vida.
Retorne suas atividades aos poucos e vida que segue.
Conte comigo sempre, minha amiga.
Beijos e abraços aqui de minha terrinha!