Da Guerra às Nossas Batalhas Diárias

Guerras no mundo, abalos na alma

Não se fala em outra coisa nos jornais: os ataques entre Israel e Irã acendem um novo capítulo de um conflito milenar, cujas raízes remontam ao Antigo Testamento e ao Alcorão, o livro sagrado do Islã.

Entretanto, não iremos nos debruçar sobre temas religiosos, embora possamos dizer que a maioria dos conflitos acontecem por causa disso. Vamos falar em como a guerra — qualquer guerra — nos afeta, mesmo que estejamos geograficamente distantes.

Em um mundo globalizado, somos um só organismo. O que acontece lá, nos afeta cá, sejam guerras, mudanças da natureza ou doenças pandêmicas, como tivemos recentemente.
A exemplo do atual conflito, destacamos o preço do petróleo, por exemplo, que tem oscilado fortemente, afetando economias inteiras, já que para mover qualquer coisa de lugar precisamos desse combustível. Enfim, nada permanece intocado.

Para quem vive nos Estados Unidos, o clima é de alerta constante. Há incertezas no ar. E assim a vida segue e mais um capítulo da história é escrito, bem diante de nossos olhos.

Como cristãos, como seres humanos, só nos resta rogar a Deus — ou a quem sua fé se dirigir — pela paz. Que essa guerra, como tantas outras, cesse logo, sem mais perdas.

Guerras pessoais; as batalhas que ninguém vê

Guerras. Batalhas. São palavras que parecem distantes, mas nos acompanham todos os dias.
Acordamos pela manhã já convocados para a luta: no trabalho, nas relações, na saúde, no emocional.

Há quem enfrente doenças crônicas com bravura, arrastando a família para o doloroso campo de batalha, pois sofrem junto. Há quem lute para colocar comida na mesa, em meio à instabilidade econômica que o nosso país vivencia e há ainda quem esteja travando uma guerra silenciosa contra a depressão, a ansiedade, um luto que ainda persiste ou uma dor que não tem nome.

Cada um carrega uma guerra invisível. Um coração em pedaços, um problema mal resolvido, as injustiças do mundo, que não são poucas. Difícil é afirmar qual a batalha mais dolorosa, a minha ou a sua?

O que fazer quando tudo parece perdido?

Não ouso imaginar o que sente um soldado encurralado, sem saída. Talvez seja um desespero semelhante ao que vivemos em certas fases da vida, quando tudo parece ruir.

Eu já senti isso durante momentos de guerras perdidas contra doenças ou diante de problemas sem solução.

Nessas horas, o verbo é: continuar. A nós, nos resta reunir os pedaços, juntar o que ficou de coragem e dar o primeiro passo, lento, pesado, arrastado, mas necessário. O demais, Deus, Alá, o universo, como quiser chamar vai providenciando. É assim que devemos enfrentar nossas batalhas. Não venceremos todas, sairemos cheios de cicatrizes, mas devemos continuar.

Criando refúgios

Meus amigos, vivemos em uma selva de notícias ruins, agressões verbais, intolerâncias e esgotamento.
É preciso criar refúgios. Verdadeiros “bunkers da alma” para se proteger e recarregar, para traçar estratégias, reformular planos e conseguir recursos para continuar, como fazem os guerreiros.

A primeira estratégia é buscar dentro de si o que lhe traz paz: pode ser um momento espiritual, uma caminhada na natureza, um tempo de qualidade com a família, um trabalho voluntário ou até mesmo uma leitura que acolhe ou uma música que conforte.

São coisas que precisamos fazer para que nosso coração tenha paz e assim, possamos levar essa paz para o nosso redor, para nosso trabalho, para nosso lar.

Sempre que possível, poupe-se. Lute suas guerras necessárias. Evite as de outrem. Preserve sua energia e busque um lugar dentro de si onde haja paz, mesmo que o mundo esteja em guerra.

Tratemos todos com delicadeza, pois ninguém sabe as batalhas pessoais que cada um enfrenta, mesmo que não falem.

E que a paz na terra e em nossas vidas seja nossa oração diária.

Agora me fale você, como você costuma enfrentar as batalhas diárias?

Um grande beijo.

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4 comentários em “Da Guerra às Nossas Batalhas Diárias”

  1. Como sabe, amo os livros infantis / juvenis. Um que versa muito profundamente a respeito dessa temática é “O menino do dedo verde”, como somos capazes que destruir o que temos no entorno cotidianamente, ao mesmo tempo em que temos a mesma capacidade para reconstruir e esperançar. Guerra e paz, vida e morte, o bem e o mal. Dualidades da humanidade que vamos aprendendo a escolher. Muito necessária essa reflexão. <3

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