Faz tempo que digo aqui que as pessoas que defendem os direitos humanos de uma maneira geral e em particular para bandidos só agem assim porque, na verdade, nunca foram acometidos por alguma violência com arma de fogo, nem seus familiares. Essas pessoas são adeptas da crença do: “isso não acontece comigo”, até o dia que acontece. Infelizmente, no caso de Gerson Camata, ele não sobreviveu para fazer essa reflexão. Mas creio que sua esposa e seus filhos, se pensavam como ele, agora vão repensar seus conceitos.
Não estou dizendo que se a lei fosse diferente, ou seja, se hoje o cidadão pudesse ter direito ao porte de arma caso quisesse, o Gerson Camata não tivesse morrido. É provável que sim, pois a questão não é armar todo mundo obrigatoriamente, mas dar ao cidadão o direito de decidir se quer ou não possuir uma arma. O caso dele é um caso clássico da certeza que o criminoso tinha que ele não estaria armado. Se este tivesse pelo menos a dúvida de que sua vítima poderia estar armada talvez não tivesse promovido o atentado.
Sem chances de defesa, autor do estatuto do desarmamento é assassinado
27/12/2018 às 11:56
Talvez se o senador capixaba Gerson Camata tivesse uma mínima chance de defesa, pudesse ter escapado do balaço que o matou. Tentou correr, mas não conseguiu escapar da fúria assassina de seu ex-assessor. Marcos Venicio Moreira Andrade matou de maneira inapelável o ex-governador do Espírito Santo, utilizando uma arma de fogo sem registro. O crime deve servir de reflexão. Gerson Camata tinha o direito de tentar se defender. Foi impedido pela lei que ele próprio criou. É lamentável.