Arquivos dinheiro - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/dinheiro/ Cultura e Conhecimento Mon, 29 Jan 2024 13:28:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Receber uma grande dádiva https://blogdosaber.com.br/2024/01/29/receber-uma-grande-dadiva/ https://blogdosaber.com.br/2024/01/29/receber-uma-grande-dadiva/#respond Mon, 29 Jan 2024 13:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3923 Ler mais]]> Você está preparado(a)?
Você está preparado(a) para receber uma grande dádiva?

Como saber se estamos preparados para receber uma grande dádiva seja ela qual for? você já parou para pensar nisso? Particularmente eu já pensei bastante sobre isso e até um tempo atrás me sentia merecedor, até que, depois de tanto refletir percebi que ainda não me sentia preparado. Não foi fácil chegar a essa conclusão, porque sempre achamos que estamos suficientemente conscientes das coisas. Entretanto, é exatamente o contrário que acontece na vida real. Na verdade, receber uma grande dádiva é para poucos, pois “muitos serão chamados, mas poucos escolhidos” (Matheus 20:16).

Um dom ou muito dinheiro

A dádiva que estou falando pode ser qualquer coisa extraordinária, que pode te acontecer. Desde um grande dom que já possa ter nascido com você, como é o caso do menino maestro Edward Yudenich, que já citei em um artigo anterior, aqui no Blog do Saber, até um prêmio milionário de loteria que você possa ganhar. Não importa o tipo de dádiva, com raras exceções estaremos preparados para recebê-la e honrá-la segundo a graça de Deus. Quantas pessoas já ganharam fortunas na loteria e não souberam administrar tanto dinheiro, tanta notoriedade e tanta luxuria? E com relação a um dom natural também houveram inúmeras pessoas que não souberam tirar o melhor proveito de tal dom, como é o caso de tantos atletas de alta performance que sucumbiram ao sucesso, dinheiro, fama e liderança. São muitos os exemplos que se repetem todos os dias.

Sem preparo a dádiva vem e vai

O meu próximo livro, ainda não editado e ainda sem título definitivo, trata justamente dessa dádiva do dinheiro fácil. Estudei sobre a origem dos jogos de azar, das loterias, casas de apostas e o que impulsiona a humanidade a procurar sempre o ganho fácil. E falando em ganho fácil o estudo me fez concluir que, legal ou ilegalmente, na maioria dos casos, da mesma forma que o dinheiro vem com facilidade, quer seja num premio de loteria, numa mesa de jogo ou num assalto a banco, também vai embora com a mesma facilidade.

Estar no lugar certo, na hora certa

E por que na maioria dos casos e não em todos os casos? Porque existem exceções! Algumas pessoas estão preparadas para receber e utilizar com sabedoria a dádiva recebida, ou seja, existem algumas pessoas que estão no lugar certo na hora certa. São as pessoas que estão em um nível consciencial expandido e que já conseguem enxergar muito mais coisas existentes no universo que a maioria ainda não consegue enxergar.

Portanto, é importante que estejamos sempre antenados, nos observando, sendo críticos de nós mesmos, para perceber o despertar da nossa própria consciência. Todos nós, sem exceção tem algum dom inato que ninguém mais tem. Se você pensa que isso não é possível ou que não é para você, comece a experimentar se observar e depois conte aqui nos comentários!

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O dinheiro faz a diferença https://blogdosaber.com.br/2023/11/13/o-dinheiro-faz-a-diferenca/ https://blogdosaber.com.br/2023/11/13/o-dinheiro-faz-a-diferenca/#respond Mon, 13 Nov 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3196 Ler mais]]> Quando usado com humildade e gratidão

Algumas vezes me pego pensando…sabe aquele pensamento bem longe e como se você saísse de dentro de você e se tornasse um observador, como alguém que está na janela de um apartamento analisando a cena urbana daquele momento? Então, isso acontece comigo de vez em quando. E acontece justamente depois que acabo de passar por mais uma experiência onde o dinheiro faz a diferença. E o meu questionamento é: meu Deus, o que posso fazer para as pessoas pararem de me julgar ou às outras pessoas pelo dinheiro que eu possa ou não ter? Como é cruel esse mundo 3D!

Representantes da materialidade: dinheiro e poder

Sigo da minha janela observando e imaginando que aquela experiência onde fui julgado e condenado por causa de dinheiro, e nesse caso por falta de dinheiro, saindo dessa história como um vilão, uma pessoa desonesta e capaz das piores coisas, se de repente se visse imerso na abundância, com muito, muito dinheiro e passasse a comprar todo mundo que lhe julgou erroneamente? Como elas passariam a me tratar?

Infelizmente nesse plano 3D todo mundo tem um preço. Não importa quanto, mas tem, pois tudo gira em torno da materialidade e a maior representação da materialidade é primeiro o dinheiro e depois o poder. Quando usado com humildade o dinheiro faz a diferença.

O dinheiro faz a diferença.

Todo ditado tem um fundo de verdade

Existe um ditado que diz assim: “quer conhecer realmente uma pessoa? Dê dinheiro e poder a ela!” E tem outro que diz o seguinte: “o que dinheiro e peia não resolver é porque foi pouco“. Há quem ache essa segunda máxima vulgar, chula e incômoda de ouvir (eu peço desculpas ao leitor que se incomodar). Esse sentimento vai ser comum a maioria das pessoas que ouvirem ou lerem essa máxima, pelo simples fato de ser uma verdade e a verdade invariavelmente dói. Eu mesmo quando ouvi pela primeira vez achei uma ignorância e falta de bom senso da pessoa que falou. Mas essa pessoa tinha bastante idade e muita experiência de vida.

Com o tempo todas as experiências que passei na minha vida e envolveram de alguma forma o dinheiro e/ou o poder confirmaram plenamente essas duas máximas. Então eu me rendi, tive que aceitar e constatar que nesse plano 3D não temos como fugir dessa realidade. Ai lembrei que tem um outro ditado que diz assim: “se você não pode ir contra o inimigo una-se a ele“.

O rico pode e deve ser humilde

Felizmente, na minha jornada aprendi que a maior virtude do homem é a humildade e que até os ricos podem e devem ser humildes. Então, também descobri que, desde que saibamos usar o dinheiro e o poder com humildade, podemos abençoar toda essa materialidade.

Enfim, quando você para de brigar com o dinheiro e tratá-lo como inimigo, deixa de achar que ele é sujo e só trás infelicidade, inverte essa chave e o tem como um amigo ele se aproxima de você. Atraia muito dinheiro e poder e os use com humildade e gratidão, entre num ciclo virtuoso e ajude o máximo de pessoas que você puder.

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A taxação sobre os super-ricos e o jeitinho brasileiro https://blogdosaber.com.br/2023/09/05/a-taxacao-sobre-os-super-ricos-e-o-jeitinho-brasileiro/ https://blogdosaber.com.br/2023/09/05/a-taxacao-sobre-os-super-ricos-e-o-jeitinho-brasileiro/#comments Tue, 05 Sep 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2360 Ler mais]]> Uma ideia da esquerda?

Na semana passada, a BBC Brasil postou o seguinte artigo ‘Taxar super-ricos não é mais ideia só da esquerda’: os argumentos de milionário americano que quer pagar mais imposto. Segundo Morris Pearl, ex-diretor da BlackRock e presidente da organização Patriotic Millionaires, o sistema de tributação nos Estados Unidos acaba favorecendo os mais ricos, já que os impostos em cima de bens e investimentos são mais baixos que aqueles cobrados sobre os próprios salários. 

Pearl acrescenta que os ricos costumam deixar o dinheiro parado, em contas bancárias, por exemplo, em vez de aplicado na economia. O artigo mostra ainda os seguintes dados: entre 2010 e 2018, famílias bilionárias norte-americanas teriam pago em média 8,2% de seus ganhos em imposto de renda, enquanto que, em 2022, um trabalhador solteiro de renda média pagou 30%. É o famoso dito “o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. 

Morris Pearl compartilhou as suas teorias no Brasil, na ocasião do Fórum Internacional Tributário, no final do mês passado. E, no dia 1° de setembro, o governo começou a explicar nas redes sociais como funcionará a taxação de super-ricos no Brasil. 

O abismo social e suas origens

Esse sistema não costuma funcionar de maneira muito diferente em outros países capitalistas. Inclusive, quando falamos de nações subdesenvolvidas ou emergentes, dentro desse mesmo regime, normalmente ainda nos deparamos com situações agravantes, como um sistema de corrupção altamente irrigado. Algo que não acomete apenas a esfera pública, mas que faz parte da educação, da essência, de todas aquelas pessoas que compõem determinada nação. 

Em seu Hello, Brasil!, o psicanalista e escritor Contardo Calligaris traz a análise da civilização brasileira. Uma sociedade construída a partir de uma colonização extrativista, ou seja, a partir de colonizadores que exploram e de colonos e escravos africanos que são explorados. Um Brasil que, em fantasia, faz uma promessa de acolhimento, mas que acaba decepcionando, uma vez que não atende a expectativa daqueles que ali chegam. Então, geram-se os slogans: “esse país não presta”, “o país do futuro” – tendo nas entrelinhas: um futuro que nunca chega – e o famigerado “jeitinho brasileiro”.

Chegada de exploradores a um novo território

Calligaris faz uma reflexão sobre as possíveis origens dessas expressões que estão constantemente saindo da boca do próprio brasileiro. Expressões de revolta, de esperança e de recalque. Mas que, no fim das contas, traduzem o desespero por um reconhecimento. O reconhecimento do colono como brasileiro, um branco escravizado por seus semelhantes; daqueles que trabalham e querem ser gratificados dignamente. O reconhecimento “em uma sociedade em que é fácil ser insignificante”, em que “um privilégio indevido pode servir para restituir a qualquer um, por um instante, uma necessária dimensão de dignidade.”. Novamente, o tal do reconhecimento, tema também abordado aqui em Expressões: a arte e a coragem, Apocalipse Zumbi: uma solução para a selvageria e Por que fazem corpo mole? Entendendo a dialética do reconhecimento.

A história e seus sinais

Lembre-se: um povo conta a sua história a partir do que tem. Não que não seja possível mudar. Mas toda mudança requer um entendimento, uma compreensão sobre a fundação do problema. Da mesma forma que em um tratamento psicanalítico é preciso retornar à infância, em uma mudança estrutural, é preciso voltar ao passado e simular a construção de uma sociedade. Afinal, o buraco é sempre mais embaixo. E, pra variar, não existe receita de bolo. Cada país terá que descobrir a fórmula eficaz de fazer a sua economia girar de maneira salutar tanto para o dinheiro quanto para as pessoas. 

Afinal, Morris Pearl demonstra uma angústia plausível “Estamos preocupados com a perspectiva de que muito em breve, em algum momento, as pessoas não aguentem mais isso.”. E um sinal disso é que os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil.

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A matemática dos relacionamentos na maturidade https://blogdosaber.com.br/2023/08/18/a-matematica-dos-relacionamentos-na-maturidade/ https://blogdosaber.com.br/2023/08/18/a-matematica-dos-relacionamentos-na-maturidade/#respond Fri, 18 Aug 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2200 Ler mais]]> A influência que o dinheiro pode ter nas relações amorosas na maturidade
A relação delicada que temos com o dinheiro nos relacionamentos amorosos e a matemática dos relacionamentos na maturidade.

Um título e tanto o desse texto, não? A matemática dos relacionamentos na maturidade! Se fosse um título de livro talvez despertasse muita curiosidade nos leitores. Como a matemática é uma ciência exata as pessoas poderiam achar que encontrariam soluções lógicas, pragmáticas e definitivas para os problemas de relacionamento. Com o intuito de deixar o texto mais embasado teoricamente fui buscar na teoria psicanalítica algo para subsidiar as minhas interpretações sobre a relação delicada que temos com o dinheiro nos relacionamentos amorosos. Desisti! Rss

Matemática e estatística

Resolvi buscar nas pesquisas sobre esse assunto dados para auxiliar as minhas considerações. Descobri que no Brasil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2022, o número de divórcios cresceu 75% e 57% dos casamentos acabam por discussões referentes a dinheiro.
Na pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), foi constatado que as dificuldades conjugais relativas a finanças estão diretamente ligadas a inteligência emocional e capacidade de comunicação.

Não encontrei pesquisa sobre esse tema na maturidade, mas creio que nesta fase da vida isso pode ser potencializado por questões relacionadas as demandas familiares e falta de planejamento financeiro. Quer estejamos em um namoro ou no segundo, terceiro ou seja lá qual for o número de casamentos. O que eu quero dizer com tudo isso é que não precisa ser um expert em comportamento humano para concluir que o problema não é a matemática e sim o português. Mais especificamente a interpretação de texto, ou neste caso, das falas. Dai o título escolhido para esse texto ter sido “A matemática dos relacionamentos na maturidade”.

A relação com o dinheiro ainda é tabu

Nas diferentes fases da vida é natural e até saudável que a nossa relação com o dinheiro modifique e na maturidade isso não seria diferente. Acontece que para muitas pessoas falar sobre dinheiro no relacionamento ainda é um tabu e isso compromete imensamente o relacionamento.

Outro agravante é a vulnerabilidade afetiva que homens e mulheres podem alimentar e sem perceber usam o excesso ou a falta de recursos financeiros para estar em um relacionamento tóxico. Sendo assim, na minha humilde opinião e vivência a matemática no relacionamento afetivo não precisa ser exata, mas é necessário que seja verdadeira!

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Felicidade: segredo, capital ou conhecimento? https://blogdosaber.com.br/2023/07/25/felicidade-segredo-capital-ou-conhecimento/ https://blogdosaber.com.br/2023/07/25/felicidade-segredo-capital-ou-conhecimento/#respond Tue, 25 Jul 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2002 Ler mais]]> Filosofia de vida

Alguns chamam de lagom, outros de niksen, sendo a sua maioria de origem nórdica. As filosofias de vida para a felicidade vão ganhando espaço na mídia, à medida que o cansaço e os transtornos vão somando vítimas em todo o mundo. A grosso modo, o segredo da felicidade nesses países desenvolvidos é o equilíbrio das atividades diárias: trabalho, lazer, alimentação, atividades físicas. Bom, nada que, no fundo, já não saibamos, certo? Nada que Immanuel Kant já não nos tivesse prevenido em sua obra ‘Crítica da Razão Pura’, ao dar dicas de como evitar pensamentos mórbidos.

Então, a questão é: por que não praticamos as filosofias de vida de lugares como esses em que grande parte das populações afirma ser feliz? Parece tão palpável…

Diferenças de capital
As diferentes camadas da sociedade e os seus segredos para a felicidade
As diferentes camadas da sociedade e as suas escolhas

Bom, pensando que estamos no Brasil, cuja jornada de trabalho é uma das maiores do mundo e a produtividade, em contrapartida, é umas das menores, e, para completar, possui políticas públicas que não contribuem com a qualidade de vida do cidadão, essas já poderiam ser justificativas suficientes. Pelo menos, para a maioria da população.

O grande problema em países como o Brasil é que, de um lado temos as camadas mais baixas da sociedade, lutando para pagar as suas contas e sair das dívidas, do outro temos pessoas em desejo constante por ascensão social. Dinheiro nunca é suficiente. Assim, o trabalho não só é mandatório como é excessivo, pungente.

Não é só sobre saber parar, mas conseguir parar. É possível? Para quem é possível? Em qual circunstância?

Viver o niksen, o lagom ou mesmo o dolce far niente é sobre ter tempo. Às vezes, é sobre o quanto de tempo você consegue comprar, mas, às vezes, é sobre se permitir ter tempo. É sobre prioridades, sobre sentir-se à vontade ou não. É sobre escolhas, é sobre abrir mão. Pois é, ninguém falou que seria fácil. Talvez, em alguns países seja mais acessível que em outros. 

Mas se eu estou munido de tempo, como faço para viver uma filosofia como essa?

Vivendo uma filosofia

Bom, se estamos falando de filosofia, estamos falando de conhecimento, certo? E como viver um conhecimento que não temos? Nos países nórdicos, esses são conhecimentos vividos e passados de geração para geração. As pessoas nascem e crescem nesse sistema. Essa não é a nossa cultura. Não de nós brasileiros. 

Quando a gente nasce na cultura, normalmente, a gente só repete o que os outros fazem ao nosso redor. A gente não costuma parar para analisar o que estamos fazendo ou por que estamos fazendo determinada coisa. Para quem não é parte de uma cultura e anseia por vivê-la mesmo assim, não se trata tanto de entendê-la, mas de entender quem é você dentro dela. Afinal, a felicidade é algo de subjetivo.

Para concluir, cito uma passagem de Sigmund Freud em ‘O mal-estar na civilização’:

No sentido moderado em que é admitida como possível, a felicidade constitui um problema da economia libidinal do indivíduo. Não há, aqui, um conselho válido para todos; cada um tem que descobrir a sua maneira particular de ser feliz. Fatores os mais variados atuarão para influir em sua escolha. Depende de quanta satisfação real ele pode esperar do mundo exterior e de até que ponto é levado a fazer-se independente dele; e também, afinal, de quanta força ele se atribui para modificá-lo conforme seus desejos.

Já dizia Jacques Lacan: que queres?

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Ansiedade: Por que o Brasil lidera o número de casos? https://blogdosaber.com.br/2023/07/04/ansiedade-por-que-o-brasil-lidera-o-numero-de-casos/ https://blogdosaber.com.br/2023/07/04/ansiedade-por-que-o-brasil-lidera-o-numero-de-casos/#comments Tue, 04 Jul 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1864 Ler mais]]> Tentando captar uma cultura

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país com mais casos de ansiedade no mundo. Em média, uma em cada cinco pessoas, aqui, é acometida pela doença. É interessante pensar: por que o Brasil está em primeiro lugar nesse ranking?

O país tropical é uma das maiores economias do mundo. Mas, apesar de estar na 13ª posição dos países com maior PIB, o Brasil ainda é um Estado subdesenvolvido, apresentando-se na 87ª posição do ranking de desenvolvimento humano. Essa é uma contradição interessante e significa que a concentração de riquezas se encontra com uma fina fatia da população.

Claro que a pobreza aliada à insegurança do que há por vir – violência, instabilidade financeira, saúde precária etc – já podem por si sós serem grandes contribuintes para esse mal-estar. Mas, venhamos e convenhamos, esse é um problema que já enfrentamos há séculos, certo? Sem falar que diversos outros países passam pelas mesmas situações. E, então, mais uma vez eu pergunto, o que faz do Brasil o maior caso de ansiedade do mundo?

Sobre o tempo de processamento

O que vem mudando recorrentemente em nossas vidas? O tempo, talvez? Mais especificamente, a noção de tempo. “Meu Deus, o tempo está voando”, “gente, mas já chegou o natal novamente?”: esse é o novo papo de elevador. Chega de falar do clima! O negócio, agora, é falar do cansaço acumulado, do “graças a Deus, é sexta” ou “estou só pelas 17h”. Mas e o que faz criarmos essa relação com o tempo?

Bom, à medida em que a tecnologia toma mais conta das nossas vidas, mais informações chegam até nós em espaços de tempo cada vez menores. Pensemos em um computador ou um smartphone. Quanto mais informações guardamos neles, mais lentos eles vão ficando, certo? Porque é muito conteúdo para processar. E os processadores vão ficando obsoletos e sendo substituídos por novos e mais rápidos.

Nós somos como processadores. Mas, em vez de sermos substituídos, afinal nossa vida útil é bem extensa, vemo-nos obrigados a nos adequar às novas quantidades de informações que vão chegando. Então, dá o ‘tilti’, que nem quando a ampulheta fica girando na tela do computador. Só que, dadas as devidas proporções, os nossos ‘tiltis’ devem durar mais do que os virtuais.

Se dando conta…

A grande sacada é que as informações que entram em nós passam pelo filtro da psique, ou seja, nada que importa para nós passa desapercebido. Nada. Tudo é processado, analisado e convertido em sentimentos. E, tendo em vista que vivemos em um mundo onde o dinheiro, não somente garante a sua sobrevivência, mas define o que você é na sociedade, a vida das pessoas passa a girar em torno disso.

Quantas mais informações recebemos, mais temos noção das diferenças sociais. Mais sabemos o quanto o outro ganha e o quanto eu estou deixando de ganhar. Afinal, o que o outro está fazendo que eu poderia estar fazendo também? A percepção de tempo gira em torno das possibilidades. Hoje, há muitas mais opções do que já se teve uma vez. Opções de trabalho, de lazer, de estudos. E nós queremos experimentar todas. Ou, pelo menos, uma boa parte, para, enfim, aumentar as nossas chances de sermos ‘bem sucedidos’.

Sucesso: um projeto ambicioso

Sucesso é o que todos procuram. O que seria, em outras palavras, a própria felicidade. Mas, afinal, o que é ter sucesso? Naturalmente, o sucesso é atribuído a um montante de dinheiro. Mas que montante é esse? Muito, pouco, caro, barato são termos subjetivos e que necessitam de um referencial. Ninguém, na verdade, sabe muito bem sobre as cifras. Algumas delas estão tão fora da nossa realidade que fica até difícil saber o que fazer com tanto dinheiro. O que sabemos é que queremos mais, cada vez mais. Porque sempre que atingimos um objetivo, imediatamente criamos outro para perseguir.

E se alguém ganha dinheiro “fácil”, por que vou me esforçar pra ganhar o meu? Também quero fácil! Com o escancaramento da vida social das pessoas nas redes, a inveja vai sendo atiçada – para entender mais sobre a inveja, leia o artigo A arte do divertimento – Por que se divertir parece tão fácil, mas sentimos como se não fosse? – e o que sinto como vazio vou tentando preencher com o que a internet me oferece. Se você não tiver filtro, vai querer tudo o que aparecer na frente.

Outro ponto é que no Brasil os salários em empresas privadas, especialmente nas familiares, não costumam acompanhar a formação e, muitas vezes, o potencial do empregado. A ausência de planos de carreira e as avaliações de desempenho mal executadas podem acabar contribuindo para as insatisfações no trabalho.

Em outros casos, escolhe-se um cargo público em busca de um salário mais rentável e de uma carreira estável, mas o sujeito corre o risco de acabar caindo no tédio. O resultado é que temos uma população que em sua maioria não está feliz com as suas ocupações. E estamos falando de empregos de 40 a 44 horas semanais. O ambiente de trabalho é onde passamos a maior parte do nosso tempo. Quando colocamos tudo isso na ponta do lápis, é frustrante. Parece não valer a pena. Para entender mais sobre frustrações no trabalho, leia o texto Por que fazem corpo mole? Entendendo a dialética do reconhecimento.

Fazendo escolhas

Bom, então, seja por um motivo seja por outro, temos basicamente três possíveis saídas: desistir e deixar como está, persistir no mesmo lugar ou persistir em outro lugar. Quando a gente desiste, a gente se entrega, é como se a gente morresse por dentro. Então, aqui, surge um foco de melancolia e possível depressão.

Por outro lado, quando a gente persiste, existe uma tendência de que o pensamento não acompanhe as ações. Daí, o foco, a princípio, é de ansiedade. Porém, persistir no mesmo lugar lhe gera um cansaço maior, pois não há formas de alívio: é uma frustração atrás da outra. Já, quando persistimos em lugares alternados, enchemo-nos de gás a cada novo ambiente, a cada novo desafio. E aí está a diferença entre ter esperança e não ter. Afinal, já dizia Eclesiastes 9:4 “enquanto há vida, há esperança”.

Mas persistir nos interesses do vizinho pode nos levar por um caminho muito mais extenso e frustrante. Por isso a importância do indivíduo entender o que ele quer, o que o atrai, o que, de fato, o satisfaz, independente do outro. Não que ele esteja livre de todo o mal. Mas o mal pode durar mais ou menos, pode ser mais ou menos doloroso.

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Parar para pensar na relação com o dinheiro! https://blogdosaber.com.br/2023/04/28/parar-para-pensar-na-relacao-com-dinheiro/ https://blogdosaber.com.br/2023/04/28/parar-para-pensar-na-relacao-com-dinheiro/#respond Fri, 28 Apr 2023 14:10:14 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1400 Ler mais]]> O dinheiro lhe ajuda ou atrapalha?

No texto de hoje quero lhe convidar a refletir junto comigo e parar para pensar na sua relação com o dinheiro. Você já sofreu com a síndrome do príncipe encantado e ficou à espera de alguém que magicamente salvasse sua vida financeira? Ou sentiu o peso da responsabilidade de ser o provedor, incapaz de pedir ajuda?

Educação financeira: um processo!

É claro que existem pessoas que não têm problema algum com o dinheiro. Pelo contrário, elas são como o Rei Midas da fábula que, tudo que tocava virava ouro. Mas na real, a verdade é que para a maioria das pessoas não é tão fácil. Em muitos aspectos a nossa educação financeira é deficiente e passamos a vida nutrindo crenças que são verdadeiros fantasmas a assombrar e desgastar nossa relação com o dinheiro. E o pior, muitas vezes nem temos consciência desse processo.

Reflexão

Por isso, eu quero te convidar para refletir sobre a sua postura com relação a sua vida financeira. Quais são os seus fantasmas? Que escolhas tem feito para sustentar crenças deficientes? Quais comportamentos prejudicam sua relação com o dinheiro?

Uma questão de consciência

A consciência é o primeiro passo para a mudança. E não apenas com relação ao dinheiro ou as finanças, mas em tudo que se faz na vida. O nosso objetivo nessa jornada é alcançar a nossa melhor versão, através do processo de expansão da consciência e do autoconhecimento. É através do aprendizado diário que vamos enxergando melhor e abrindo novos horizontes.

Quando conseguimos sair de um plano consciencial para outro mais avançado a mudança realmente começa a acontecer. É quando conseguimos não repetir os erros do passado e a mudança de paradigma acontece. É quando você sente que valeu a pena parar para pensar na relação com o dinheiro. Ai fazemos as pazes com o dinheiro aprendemos a utilizá-lo com parcimônia e sem euforia. Ele se torna nosso amigo e companheiro. Passa a nos ajudar ao invés de atrapalhar.

Pense nisso!

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A Avareza https://blogdosaber.com.br/2023/03/17/a-avareza/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/17/a-avareza/#respond Fri, 17 Mar 2023 09:00:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1010 Ler mais]]> O mais egóico pecado capital

Continuando com a nossa série acerca  dos Sete Pecados Capitais, aqui na coluna ARTIGOS, vamos tratar do que é a Avareza. A Avareza é talvez o mais egóico pecado capital. As pessoas que se submetem a esse vício são escravas do dinheiro e dos bens materiais de uma forma tão intensa que não conseguem perceber.

É algo tão estranho e de difícil compreensão que chega a ser bizarro, pois imagine alguém passar necessidade, até mesmo fome, tendo muitas vezes, um cofre de dinheiro em sua própria casa. E muitas vezes em sua conta bancária.

O apego ao dinheiro e aos bens materiais chega a ser tão grande que essa pessoa é capaz de andar maltrapilho e comer comida requentada só para não gastar um pouco do seu dinheiro. É incrível e surreal, mas pessoas assim são capazes de ficar contemplando o seu rico dinheirinho enquanto sua barriga ronca. O pior de tudo é ela também não gasta o seu dinheiro nem para ajudar aos pobres. Algumas vezes alguém que possa estar passando fome do seu lado. Não é a toa que a Avareza é o mais egóico pecado capital.

Metamorfose

Por isso é necessário combater a avareza desde a sua raiz e cultivar no coração a generosidade. Esse valor é o oposto da avareza, pois todos nós, de certa forma nascemos avarentos e com o tempo e a experiência de vidas aprendemos a ser generosos.

A melhor coisa que pode acontecer na vida de qualquer ser humano é exatamente essa, a inversão de valores, a metamorfose, a transformação. Como, por exemplo, ocorre com a borboleta, que um belo dia sai do seu casulo para um voo rumo a liberdade. Passa a levar uma vida totalmente diferente e antagônica ao enclausuramento em que vivia antes.

Então se deixe contagiar pela generosidade, pelo amor e pela gratidão, pegue o atalho e dê um salto quântico na sua evolução e rumo a tão sonhada liberdade.

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Como a fantasia de boleto bancário foi parar no carnaval? https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/como-a-fantasia-de-boleto-bancario-foi-parar-no-carnaval/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/como-a-fantasia-de-boleto-bancario-foi-parar-no-carnaval/#respond Tue, 14 Feb 2023 12:34:27 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=546 Ler mais]]> Uma Super Heroína de estória de quadrinhos

Era carnaval desse ano, eu ia para o Rio de Janeiro e queria me vestir de super-heroína.

Fiquei pensando em qual me representaria melhor e tive um insight.

Na verdade, eu sempre tive medo do dinheiro.

Vivia preocupada em não ter o suficiente, de não conseguir e de tudo relacionado ao dinheiro.

Uma relação pesada, de muita subserviência.

E quando comecei o meu processo de autoconhecimento, ciente de que ao desenvolver disciplina e buscar uma vida mais equilibrada, essa postura reverberaria em todas as áreas.

Fui “obrigada” a olhar essa relação com mais atenção.

Estudei muito sobre educação financeira (e sou só agradecimentos a @kinarafalcao que me orientou nesse processo!).

Vivi uma verdadeira transformação ao entender que controle não é opressão. CONTROLE É LIBERDADE! Trás direção.

Você comanda e não existe poder maior do que ter controle sobre  seu dinheiro. Sobre o quanto você ganha e, em especial, como você gasta.

E você não tem noção do quanto me senti poderosa ao me vestir de boleto bancário! Afinal, qual a mulher maravilha que não tem um boleto para pagar? hehehe…

Um pouco de humor para lembrar que nós temos poder de fazer o dinheiro trabalhar por nós e não o contrário.

Que nós somos maior do que o dinheiro e que liberdade não é só fazer o que você quer.

É ter poder de escolha para decidir com lucidez e ter a consciência e o saber de que o que escolheu é o melhor para você e o próximo.

Então, comece a se planejar, a se programar e principalmente a olhar para a sua relação com o dinheiro de uma forma muito verdadeira. E vá sem medo!

Consciência significa liberdade e essa energia pode te ajudar a estar mais inteira, mais verdadeira e mais super-heroína onde você estiver.

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