Arquivos sentimentos - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/sentimentos/ Cultura e Conhecimento Wed, 13 Mar 2024 23:31:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Caixa de Recordações https://blogdosaber.com.br/2024/03/12/caixa-de-recordacoes-memorias-vida-lembrancas/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/12/caixa-de-recordacoes-memorias-vida-lembrancas/#comments Tue, 12 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4377 Ler mais]]>

Recordações – A caixa da vovó!

Quando crianças, entrava minha irmã Vitória e eu no quarto de nossa avó materna, como se estivéssemos numa ilha do tesouro. Abríamos uma enorme mala-baú, que mais parecia um ataúde e, dentro dela, encontrávamos o objeto de nossa curiosidade – uma pequena caixa contendo diferentes miudezas, que encantavam nossos olhos: Eram botões coloridos, moedas antigas, uma pequena boneca de pano preta, um lenço puído, mas imaculadamente branco, com três flores pequenas bordadas em uma das pontas, um frasco vazio de perfume que outrora fora uma escultura de uma imagem católica, dentre outras coisas.

Analisávamos um a um, como arqueólogas experientes, tentando decifrar a origem, data e importância de cada item, mas não conseguíamos.

De repente, a dona do curioso acervo, nossa avó, chegava e ralhava conosco, guardando os importantes achados e nos mandando ir para a sala, onde poderia ficar de olho nas duas curiosas. Ela guardava sua caixinha de tesouros, digo, recordações, e nos conduzia, como um guarda leva os prisioneiros, para o pátio.

As caixas de recordações são coisas muito particulares. Cada um pode ter a sua, onde deposita pequenos tesouros pessoais, acumulados ao longo do tempo. Alguns, são para sempre, outros, vamos nos desprendendo, sem perceber.

O valor que damos às nossas recordações depende muito de nossa criação, cultura, visão pessoal de mundo e, principalmente, experiências. O que é importante para mim, pode não ser para vocês e vice-versa.

Essas recordações podem ser coisas preciosas, como joias, armas, quadros de família ou bugigangas supérfluas, sem valor monetário, mas de incalculável valor emocional. Somos pessoas emotivas e adoramos nos “agarrar” às coisas que nos remetem a tempos bons, boas lembranças e lugares seguros, como a casa dos nossos pais, por exemplo.

Coisa de criança?

Não precisa ter idade certa para ter uma caixa de recordações ou segredos. Como narrei, vovó tinha uma caixinha dessas, cheias de artigos interessantes.

Por bem da verdade, não compreendíamos o que significavam. Para nós, eram apenas objetos de curiosidade, mas tenho certeza que ela tinha seus motivos para manter consigo tais prendas.

Na adolescência, comecei a juntar meus “tesouros,” pessoais que consistiam numa embalagem vermelha de um bombom, fotos de Brad Pitt, um ingresso de cinema e uns cartõezinhos que estavam super na moda, estilo “pop-up”, que poderiam ser de amigos ou namorados. Eram coisas que, para mim, eram muito importantes (naquela época). Depois, nem sei como desapareceram. Mamãe deve ter pensado que era lixo e jogado fora, como costumava fazer com tudo que via pela frente. Coisas de mães.

Já adulta, me pego guardando tickets do metrô de Paris, cartões postais, moedas estrangeiras, cadernos de anotações que compro e tenho pena de usar, marca-páginas tão elaborados, que parecem obra de arte. Enfim, itens que me despertam boas memórias. Quanto tempo irei mantê-los em minha caixa de recordações, não sei. Talvez passe para meus sobrinhos, num futuro não tão distante.

Caixinhas de recordações sentimentais

Entretanto, nossas caixas de recordações não precisam ser apenas materiais. Eu sei, que no fundo do coração de cada um de vocês, há uma caixinha repleta de bons momentos que a vida lhes ofertou, algum dia: o primeiro beijo, a primeira vez, uma conquista importante, uma aprovação, um gesto de carinho de uma pessoa especial (seja um familiar ou um amor), uma coisa estupenda que aconteceu e que você guardou como um tesouro.

Ah, eu tenho tantas coisas boas guardadas… Uma delas, que é inesquecível, foi um abraço que recebi do pároco de minha cidade natal, Padre Vicente, quando eu tinha nove anos. Eu entrei correndo na Igreja para a minha primeira eucaristia e ele estava bem no meio do corredor e, em vez de ralhar, me abraçou (ele era famoso por ter um temperamento difícil). Foi algo tão singelo que mantenho a memória até hoje.

O Beijo – De Gustav Klimt

Recentemente, guardei mais um momento marcante em minha caixa de recordações: A visita ao Palácio Belvedere, em Viena, onde hoje funciona um museu. Pois bem, o museu abriga uma grande coleção de obras do pintor austríaco Gustav Klimt. Dentre elas, o quadro intitulado O Beijo, uma obra que eu admiro há muito tempo. Já sonhei com ela, já me inspirei e escrevi poemas sobre ela, e me pego pensando nela, quando quero desligar-me de tudo. É um caso de amor de longas datas.

No momento que eu vi aquela tela em minha frente, não acreditei. Parecia um sonho. Foi algo surreal mesmo. Fiquei horas examinando cada detalhe. Emocionada, agradeci muito ao meu marido por ter me levado àquele museu. Dentre essas lembranças, há muitas outras ao longo dessa minha breve vida e sei que vocês também guardam as suas.

O tempo, sábio como é, aqui, acolá, faz as vezes de mamãe e leva algumas embora, sem que eu perceba. Acontecimentos que em algum momento eu pensava serem grandiosos, mas depois de certo período, com mais maturidade, vejo que não eram tão importantes assim.

Essas caixas de recordações nos ajudam a viver. Sabe, naqueles dias maus ou em que a gente esquece que é feliz? Nesses dias, extraia uma lembrança boa de sua caixinha e sorria para a vida.

A lixeira

Também temos nossa lixeira pessoal, onde jogamos as recordações desagradáveis. Nelas estão nossas decepções, nossas dores, os momentos em que duvidamos de nós mesmas, e aqueles em que fomos duramente golpeadas… Em síntese, as coisas mais terríveis que passamos.

Mais do que jogar essas memórias nessa lixeira interior, devemos também jogar no triturador do tempo. Esquecer para sempre. Apagar de nossas vidas. Definitivamente, há coisas que não dá para guardar, pois nos envenenam e sem querer, embaçam as coisas boas de nossas caixinhas de recordações.

É isso, amigos leitores. Tenho as minhas caixinhas de recordações materiais e sentimentais e cuido, com zelo, de cada uma.

E vocês, também pensam assim e gostam de guardar coisinhas especiais? Se puder, comente um objeto que vocês mantem pelo valor sentimental que possuem ou até mesmo uma lembrança boa, importante para vocês!

Um abraço apertado daqui do mar!

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Despedidas https://blogdosaber.com.br/2024/02/06/despedidas-sentimentos-familia-brevidade-adeus-tristeza-momentos/ https://blogdosaber.com.br/2024/02/06/despedidas-sentimentos-familia-brevidade-adeus-tristeza-momentos/#comments Tue, 06 Feb 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4013

Tem coisa mais difícil que despedidas? Ninguém gosta desses momentos. Nesse domingo, depois de 28 dias no mar (sem contar com o cruzeiro anterior), pausamos em casa. No dia anterior, aos poucos, fomos nos despedindo das pessoas que conviveram conosco durante esse período: as atendentes do Café, o garçom e sua ajudante, uma indiana muito simpática, bem como o sommelier do restaurante Blue.

No dia seguinte, dissemos adeus ao camareiro Ahmed, que visitava nossa cabine duas vezes por dia, aspirando o carpete, recolhendo as toalhas usadas e deixando chocolates nos travesseiros, dentre outras atividades.

Eu não sei se é pelo fato de eu ser mulher, que me apego demais às pessoas (deve ser essa natureza maternal e aqueles hormônios que abalam nossas estruturas). Procuro não demonstrar, mas é inevitável: se alguém me trata com gentileza, já pode dizer que me conquistou. E, consequentemente, é o tratamento que também vai receber de minha parte.

Aqui, na cultura americana, não tem muito essa coisa de abraços e beijos, mas como tenho “sangue latino,” como diz Ney Matogrosso, sou dada à essas demonstrações de afeto. Meu marido vive me advertindo “não faça isso, que o pessoal não gosta”, mas até hoje, nunca passei constrangimento por oferecer gestos de carinho.

Enfim, despedimo-nos. A atendente do restaurante, cujo nome é “Situante” (escrevo em português para melhor compreensão de meus patrícios) muito agradável, disse que iria escrever para uma amiga que trabalha no Beyond (o navio em que estaremos na próxima sexta) para nos receber. São coisas que o dinheiro não compra, mas somente com amizade e respeito mútuo, se conquistam.

As despedidas inesperadas

Bem, narrei-lhes despedidas comuns, mas, infelizmente, nem todas são assim. A vida em si é uma caixa de surpresas e o tempo, seu principal mecanismo. Se olharmos ao nosso redor, vemos as pessoas com as quais convivemos nas diferentes áreas de nossa vida (pessoal, profissional, recreativa). Algumas destas, chegamos a pensar, que estarão conosco por um longo tempo. Todavia, as despedidas chegam e sem avisar.

Na semana passada, o Brasil ficou perplexo com a partida repentina da jovem advogada Brena, de Santo Antônio do Salto da Onça, município do agreste potiguar. Uma moça de 26 anos que estava em pleno exercício da advocacia, quando teve sua vida ceifada de maneira covarde. Ela não teve tempo de se despedir da família, dos amigos, das pessoas de seu convívio.

Como Brena, muitas pessoas passam por isso, num país, tão imponente, mas onde a criminalidade vem tomando uma proporção superior ao que a sociedade pode conter.

As despedidas que não percebemos

Além dessas despedidas bruscas, há aquelas que acontecem e não percebemos: Quando criança, na ocasião em que se encerrava um ano letivo, minha preocupação (e, acredito que a dos demais) era saber se tínhamos “passado de ano”’ ou não. Não parávamos para pensar se iríamos ver tal colega no próximo ano, se algum deles ia mudar para outra escola ou para outra cidade.  E, sem perceber, naquela tenra idade, nos despedíamos de nossas professoras, dos colegas, da tia da merenda e de outros atores envolvidos em nossa vida estudantil.

Da mesma forma, aquela turma das brincadeiras de rua como esconde-esconde, tica, corda, cobra-cega, queimada, cantigas de roda (aos leitores que não conhecem as brincadeiras de rua do Nordeste, fiquem à vontade para perguntar), em que também não recordamos quando foi a última vez que nos reunimos e depois, cada um foi para sua casa com os joelhos ralados e pés sujos de poeira, seguiu a vida, sem despedidas…

Ou, as despedidas de nossas avós. Convivi com as duas e não percebi quando foi a “última vez” que minha avó materna cuidou de nós, ou que minha avó paterna deixou de conversar, alegremente, sobre tudo.

Despedimo-nos também da nossa infância, da nossa adolescência, sem sequer saber quem somos ou para onde estamos indo. Despedimo-nos da casa de nossos pais, de nosso bairro, de nossa cidade e, no meu caso, do país.

Quando vim para os Estados Unidos, lembro que meu pai me deu um grande abraço e ele não era dessas coisas. Mamãe, conversava muito, fazendo aquelas recomendações. Despedi-me feliz, pois sabia que em breve retornaria ao Brasil para visitá-los. Foi a última vez que o vi e agradeço a Deus por viver aquele momento.

Particularmente, gostaria que todas as despedidas fossem assim, sem planejar, acho que a gente sofreria menos.

Quando as despedidas são internas

Sim, também nos despedimos de nós mesmos, quando deixamos o “velho” eu para trás e através de novos hábitos, pensamentos, surge um “novo.” Faz parte de nossa evolução como seres humanos.

É sempre válido despedir-se das fraquezas, das falhas, dos defeitos que comprometem nosso crescimento… Tais despedidas são bem-vindas, bem como aquelas de pessoas desagradáveis, como colegas de trabalho complicados ou parentes tóxicos. Para estes, a gente cita a célebre frase musical do cantor Roberto de Souza Rocha, vulgo Latino: “vá, vá em paz e não volte jamais.”

As despedidas sentimentais

Não falo daquelas despedidas cinematográficas que assistimos nos filmes, onde um casal se acaba de chorar, mas é sempre angustiante despedir-se de um relacionamento amoroso que não deu certo, mesmo que ainda existam sentimentos inflamados.

Outra despedida dolorosa é quando damos adeus aos nossos animais de estimação, os quais aprendemos a amar como alguém da família. Lágrimas são inevitáveis.

Ah, não poderia esquecer da despedida dos bons colegas de trabalho, que por diversos motivos, precisam partir. Às vezes passamos mais tempo com eles que, propriamente, com nossa família. Nesses casos, a amizade floresce e vence a barreira do tempo.

A verdade, meus amigos, é que a vida, com sua engenharia, vai nos tangendo para lá e para cá e, sem perceber, vamos nos despedindo de tudo, aos poucos.

A última despedida

A última despedida, que sempre vai deixar cicatrizes em nossos corações, é a despedida que mais evitamos, mas não podemos fugir dela, ou seja, a morte.

Sempre pensamos em longevidade sem nos preocuparmos com nossa finitude. No fundo, somos conscientes que a vida é mesmo breve e cada dia é uma despedida, de forma invisível, mas real. Portanto, temos a obrigação de vivê-la bem, em paz conosco, com os que amamos e com a sociedade em que fazemos parte.

Agora me conte, qual foi a sua despedida mais marcante ou uma despedida que, se você pudesse, teria feito de forma diferente.

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Ser Especial https://blogdosaber.com.br/2024/01/30/ser-especial-atitudes-sentimentos-intriseca-gentilezas/ https://blogdosaber.com.br/2024/01/30/ser-especial-atitudes-sentimentos-intriseca-gentilezas/#comments Tue, 30 Jan 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3942 Ler mais]]>

A necessidade de ser especial

Desde crianças, demonstramos a necessidade de ser ou se sentir especial, mesmo sabendo que há bilhões de pessoas como nós por aí.

As grandes empresas, cientes disso, apostam em produtos e siglas para atrair clientes. A exemplo das companhias aéreas com aqueles “embarques” por categorias, o que rende muitas piadas. Entretanto, não é sobre esse “sentimento de ser especial criado pelo marketing” que falo, mas nas ações do dia a dia, espontâneas, com a qual nos deparamos e que nos faz tão bem.

Onde sou especial?

Em qualquer lugar podemos nos sentir especiais, por exemplo, em nossa casa através do cuidado conosco e com o ambiente em que estamos. As mães, são experts nesse assunto, por nos conhecerem muito bem. Depois, a gente acaba transferindo essa expectativa para quem está ao nosso redor, e, da mesma forma, abraçando a responsabilidade de fazer o outro se sentir especial também.

É um café ou uma comida, que alguém faz para você… Um mimo, uma mensagem sincera, uma gentileza – tudo de forma natural, sem forçar – faz nos sentir verdadeiramente especiais. Engana-se quem pensa que portar itens caros a faz se sentir especial.

Uma atitude, uma mensagem.

Na semana passada, quando sentamos para jantar, Vemba, o sommelier que vem nos atendendo, trouxe nosso vinho preferido. Eu tomei um pouco e elogiei, dizendo que não sabia o motivo, mas que nessa noite, o vinho estava mais saboroso.

Ele, rindo timidamente, justificou dizendo que, por saber que gostávamos daquele vinho, abria a garrafa um pouco antes do jantar e deixava respirando, para que ficasse agradável ao nosso paladar.

Vocês podem pensar “ah, ele diz isso para todos os clientes” ou “pode ser conversa para ganhar uma gorjeta extra”. São possibilidades, mas pelo que tenho observado (e eu observo mesmo as pessoas, pois faz parte de minha profissão), Vemba é um cara muito simples e reservado. Sua demonstração de cuidado não foi forçada, o que nos fez sentir especiais. E eu, mais uma vez, agradeci, com sinceridade.

Cena em Paris

Uma cena puxa a outra, isso me lembrou uma vez que estávamos passeando em Paris, nas imediações da Livraria Shakespeare and Company, quando percebemos que estava perto da hora do jantar. Como não queríamos ir para o hotel, tomar banho, pegar metrô e sair de novo, resolvemos comer onde estávamos.

Bem, locais onde comer em Paris não faltam. A dificuldade é escolher. Entramos numa rua paralela e deparamo-nos com vários restaurantes pequenos. Como estava frio, optamos por uma fondue de queijo e escolhemos um restaurante, cuja especialidade, era o referido prato.

Sentamos naquelas mesinhas apertadas, comuns na Europa e uma garçonete veio, muito alegre com seus olhos pintados de lápis preto, um tanto borrados (deve ter sido a pressa). Ela anotou nossos pedidos e foi receber uma leva de turistas que chegava.

Depois, ela voltou com uma cestinha de baguete rasgada nas mãos mesmo (coisa de restaurante pequeno), uma garrafa de água e duas taças de vinho da casa.

A leva de turistas era uma família latina numerosa. Sentaram, e pediram uma garrafa de vinho. A garçonete trouxe, toda feliz, tentando se comunicar com eles, em espanhol. Assim que ela despejou o vinho nas taças, um dos homens já ia se apropriando de uma, quando sua mão foi estapeada por ela. Enquanto batia na mão dele, ela dizia para ele esperar um pouco, para que o vinho tomasse um ar. Foi uma cena muito divertida que arrancou a risada de todos.

Uma visão jurista e especial das partes

Minha veia jurista compreendeu os dois lados: ele, por estar passeando no frio, teve pressa em tomar um pouco de vinho para se aquecer e ela, por ser garçonete E francesa, achou que ele sabia desse pequeno detalhe. Ao perceber que não, atalhou sua ação da maneira que pode (estapeando-o). Só assim, ele poderia aguardar e apreciar melhor o vinho. Não sei se ele se sentiu especial por isso!

Enfim, deu tudo certo no final. Todos estavam comendo e bebendo felizes sob a constante inspeção da garçonete, que, de vez em quando, vinha checar se todos estavam satisfeitos.

Há lugares em que o garçom, depois que lhe atende, vem só ao final com a conta, sem se preocupar se o cliente queria algo mais. Tal atitude demonstra descaso e, nessas ocasiões, não tem como se sentir especial de forma alguma.

Cuidar-se é ser especial

Entretanto, a consciência em “se sentir especial” é algo que deve ser intrínseca e transcender para o nosso redor. Somos especiais e não é preciso que alguém lhe fale ou faça algo para se sentir assim. É claro que uma gentileza sempre vai aquecer nosso coração e nos fazer acreditar que a humanidade não está perdida.

Se pararmos para pensar na corrida (pior que a São Cristóvão) de espermatozoides que enfrentamos para nascer, já podemos olhar no espelho e dizer “Nossa você é incrível.” Afinal, foi um verdadeiro “mata-mata” e saímos vencedores.  

Mas, como qualquer pessoa, temos nos altos e baixos diariamente. A coisa boa é que podemos demonstrar a nós mesmos o quão especiais somos: fazendo algo que gostamos, ouvindo a música que amamos, saboreando nossa comida preferida, cuidando-se, melhorando nosso ambiente para que a gente se sinta bem.

Enfim, a mensagem principal, que vos trago hoje é que sim, você é especial, só por ser quem você é!

Agora, me conte, quando você está “para baixo” o que te faz sentir especial?

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Consciência Quântica https://blogdosaber.com.br/2023/11/22/consciencia-quantica/ https://blogdosaber.com.br/2023/11/22/consciencia-quantica/#respond Wed, 22 Nov 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3168 Ler mais]]> Amit Goswami
Consciência Quântica, um dos livros mais interessantes que já li. Pronto para abrir a nossa mente rumo a consciência cósmica. Vale a pena ler.

Consciência Quântica, um dos livros mais interessantes que já li. Pronto para abrir a nossa mente rumo a consciência cósmica. Vale a pena ler. Desde a antiguidade, temas como Deus, a morte e o sentido da vida são contemplados por diversas religiões. E, mais recentemente, enquadrados pelo materialismo científico.

No entanto, as duas visões de mundo sobre Consciência Quântica, parecem incapazes de dar um sentido satisfatório aos fenômenos da nossa existência. Enquanto uma submete o mundo material a regras transmitidas por líderes religiosos que falam em nome de Deus. A outra suprime a espiritualidade e descarta tudo que não pode ser explicado pela lógica newtoniana.

Nesse contexto, surge uma nova e integradora visão de nossa existência e da nossa origem. Com base nos princípios da física quântica, apresentada por Amit Goswami nesta obra. Não somos apenas espírito, tampouco puramente matéria:. Somos todos consciência quântica, um conceito divisor de águas para a compreensão de nossa existência.

A partir de temas como zen, sentimentos, pensamentos e intuição, sonhos, karma, morte e reencarnação. Goswami nos mostra, com dados científicos, que a nossa existência transcende a experiência física. E, portanto, deve ser nutrida em todas as suas dimensões. Na visão de mundo quântica, a transformação não se dá em busca da iluminação. Mas do empoderamento individual e coletivo.

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O fim do machismo: um voo rasante https://blogdosaber.com.br/2023/11/21/o-fim-do-machismo-um-voo-rasante/ https://blogdosaber.com.br/2023/11/21/o-fim-do-machismo-um-voo-rasante/#respond Tue, 21 Nov 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3245 Ler mais]]> O primeiro homem da minha vida

Éramos duas meninas em casa. Talvez tenhamos tido sorte pelo meu pai ser um homem menos machista que a maioria – regionalismos à parte, claro. Ou, talvez, tenhamos tido sorte pelo meu pai não ter enxergado outra saída para a sua masculinidade, tendo em vista que nenhum cromossomo Y havia sido selecionado em sua produção. Não havia um menino para ser usado de comparativo nem para o meu pai projetar nele possíveis desejos machistas. 

O fato é que tivemos sorte, eu e a minha irmã, pois não restou para nós nada além da liberdade e da fé que meu pai buscava para ele mesmo. Tratava-se de matar dois coelhos com uma única cajadada? Bom, que sorte que ele economizou na tacada. 

Liberdade através da leitura, do conhecimento. Já dizia o meu pai “o conhecimento liberta, minhas filhas”. E liberdade vivemos. Fé para acreditar que tudo é possível, inclusive, que as suas filhas eram capazes de qualquer coisa que desejassem, assim como ele. Voem! E, assim, voamos.

Meninos não choram

E, por mais longe que eu tenha ido, vinte anos depois, lá estava eu com um homem que se sentia enojado cada vez que eu chorava depois de uma discussão com ele. E ainda dizia “não confio em mulheres que choram”.  Na verdade, ele não confiava nas lágrimas. E, de fato, nunca se entregava a elas. Às lágrimas ou a qualquer atitude que o colocasse em uma posição vulnerável. 

Nana Queiroz, autora do livro Os meninos são a cura do machismo: como educar crianças para que vivam uma masculinidade da qual nos orgulhemos, diz que, para escrevê-lo, entrevistou cerca de 600 homens adultos. Ela cita:

Um número considerável deles lamentava não poder manifestar afeto por mulheres ou por outros homens sem serem tachados de “maricas.

E ainda:

32% não tinham uma única pessoa no mundo com quem se sentiriam confortáveis para chorar

Um dos homens entrevistados relatou:

Já feri muitas pessoas para provar ser homem. Traí para ser homem, briguei para ser homem. Mas, quando quis mostrar meu outro lado, só vi olhares que julgam.
Suicídio: os homens também precisam falar sobre

Em seu livro, Nana fala que:

Segundo o IBGE, um homem entre 20 e 24 anos tem onze vezes mais chances de não chegar aos 25 anos, na comparação com uma mulher da mesma idade. A mortalidade masculina é superior à feminina ao longo de toda a vida na maioria dos países, e entre jovens e jovens adultos, ela tem seu pico. (…) Mortes por causas externas, normalmente relacionadas à velocidade, à violência, à dificuldade de manifestar vulnerabilidade e à necessidade de provar coragem de maneiras imprudentes — empilham-se homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais, entre outros. Os homens também são os líderes no ranking de suicídios. E isso é agravado pelo mito de que depressão é frescura e terapia é “coisa de mulher”.

Na Austrália, o suicídio é considerado um fenômeno de gênero. Uma pesquisa científica de 2010 mostrou que, pelo menos, cinco homens se matam por dia e que, em 2005, 80% das mortes por suicídio foram do sexo masculino. Para mais informações sobre a pesquisa, acesse Pathways to Despair: The Social Determinants of male suicide (aged 25-44), Central Coast, NSW. Dados mais recentes publicados pela organização Beyond Blue mostram que dos nove suicídios diários na Austrália, sete são de homens. E ainda, o número de homens que se matam é praticamente o dobro da quantidade de vítimas nas estradas nacionais todos os anos. Assim, surgem diversos serviços de apoio voltadas a eles, como Men Care Too, Central Coast Community Men’s Shed, Mensline Australia, The Men’s Table, além de Beyond Blue.

A gente fala muito de feminilidade, feminismo, machismo. E esquecemos do sofrimento do homem num mundo em que o machismo é disseminado inclusive pelas mulheres. Onde o machismo é esperado pelos machos amigos, como uma senha de entrada para o clube – uma forma de se reconhecerem entre si -, e pelas fêmeas parceiras, que desejam ser salvas, protegidas e excitadas. Machismo parece, então, um requisito.

Nana provoca as ativistas de plantão:

Sinto que muitas feministas gastam energia demais com a falácia de que não temos tempo para discutir as dores masculinas, pois as violências a que as mulheres estão submetidas são mais urgentes. Mas e se justamente esse pensamento estiver nos impedindo de identificar a raiz dessa violência e dar cabo dela de vez? (…) Será que o medo, a dor e a vergonha não eram, afinal, os pais de todas as violências?
Conhecer os sentimentos liberta!

Pegando esse raciocínio, poderíamos, inclusive, pensar na culpa, na raiva, na frustração e até mesmo em todos os bons sentimentos que não somos ensinados a nomear. Muito menos os meninos. Que não somos ensinados a enfrentar. Muito menos os meninos. Que são rapidamente substituídos por outros, ou ainda por doces e brinquedos ou por violências verbal e física.  

Assim, voltamos, como de praxe, à infância. Certamente. Afinal, onde tudo tem início. Onde moram as maiores possibilidades. Insisto: de quantas formas é possível ser? De quantas formas uma menina pode ser mulher e de quantas formas um menino pode ser homem?

Por sorte, meu pai não nos criou baseado em gênero. Não nos tratava como meninas, mas como cérebros ambulantes. O céu sempre foi o limite. Para ele e para nós.

Só pra contrariar, eu diria que não só os meninos, mas todos, sem exceção, são a cura do machismo. Adultos, meninos e meninas que sejam livres para respeitar os seus próprios sentimentos e cuidar de si mesmos, que sejam capazes de voar. Seria esse o início do fim? 

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A Coragem de Se Apaixonar por Você https://blogdosaber.com.br/2023/06/28/a-coragem-de-se-apaixonar-por-voce/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/28/a-coragem-de-se-apaixonar-por-voce/#respond Wed, 28 Jun 2023 11:50:56 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1817 Ler mais]]> De Gisele Miranda

Seja você, identifique e valorize os seus pontos fortes, conte com a sua rede de apoio e não silencie a sua própria voz.” – Gisele Miranda. ESCOLHA TODAS AS MANHÃS A VIDA QUE REALMENTE DESEJA TER, QUEM VERDADEIRAMENTE QUER SER. E EMPODERE-SE DAS SUAS DECISÕES. Tenha a coragem de se apaixonar por você.

Tudo começa com um check list

Já entregou aquele relatório urgente que a direção está cobrando? Lembrou-se de comprar o queijo preferido de seu companheiro? Retornou a ligação daquela amiga que estava para baixo? Ajudou o filho com o dever de casa de Matemática? Tarefas, tarefas e mais tarefas!

No entanto, mesmo exausta de um dia estressante de trabalho, você veste o uniforme de supermulher e tenta dar conta de tudo. Porém um dia a conta chega, o esgotamento bate à sua porta, a crise lhe diz “olá!” e você se pergunta se viver é apenas apagar incêndios e se preocupar com as necessidades dos outros, esquecendo-se das suas.

E mais: questiona se realmente é possível ser perfeita em tudo e para todos. Para Gisele Miranda, o momento do aprendizado é tão valioso quanto o desenvolvimento de um planejamento eficiente e assertivo, capaz de concretizar uma mudança de vida.

Conectar-se consigo mesma

Em A coragem de se apaixonar por você, a autora mostra que a vida é muito mais que um monte de obrigações, basta que você se conecte a sua verdadeira essência e aos seus sentimentos, reconhecendo-se como a mulher fantástica e superpoderosa que é!

Você será guiada nesta emocionante jornada de autoconhecimento e conhecerá todos os passos dessa caminhada que, apesar de difícil, é libertadora. Aqui você vai: Desmistificar o mito da supermulher; Aceitar os seus vários papéis como mulher, mas sem a imposição da perfeição;

Conhecer os três Rs da felicidade: ritual, ritmo e rotina, que a ajudarão a tornar o seu dia a dia mais produtivo; Aprender como reprogramar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos; Conduzir a sua vida para a felicidade, de modo mais leve e divertido!

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Como Viver uma Vida mais Positiva https://blogdosaber.com.br/2023/06/06/devemos-manter-as-energias-negativas-afastadas-da-nossa-mente-para-vibrarmos-em-frequencias-elevadas-e-as-sombras-nao-nos-alcancarem/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/06/devemos-manter-as-energias-negativas-afastadas-da-nossa-mente-para-vibrarmos-em-frequencias-elevadas-e-as-sombras-nao-nos-alcancarem/#respond Tue, 06 Jun 2023 12:54:16 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1660 Ler mais]]> No vídeo de hoje aqui na coluna AUTOCONHECIMENTO, eu falo um pouco sobre como podemos direcionar nossas vibrações para ter uma vida mais positiva. Explico como devemos manter as energias negativas afastadas e a influência dos sentimentos que vibramos nas nossas realizações e como devemos manter as energias negativas afastadas da nossa mente para vibrarmos em frequências elevadas e as sombras não nos alcançarem. Então convido você a assistir esta palestra esclarecedora que pode transformar a sua vida!

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Simpatia, Empatia e compaixão https://blogdosaber.com.br/2023/03/14/simpatia-empatia-e-compaixao-qual-a-diferenca/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/14/simpatia-empatia-e-compaixao-qual-a-diferenca/#respond Tue, 14 Mar 2023 12:16:04 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=974 Ler mais]]> Qual a diferença?

Existem sentimentos que não podemos confundir, precisamos entender e desenvolver, dada a sua importância e relevância na condução da nossa vida e dos nossos atos. São muitos os sentimentos que conduzem a vida do ser humano e que ditam o rumo dela. Mas, sem dúvida alguma, três desses sentimentos fazem a diferença de verdade e são: Simpatia, Empatia e Compaixão.

Significados

Tecnicamente simpatia é um sentimento de afinidade que atrai e identifica as pessoas, é uma sensação despretensiosa que conduz a pessoa a definir uma harmonia com outrem, consentindo a formação de laços de amizade.

A simpatia também pode ser entendida como um estado de humor que objetiva a aproximação, mesmo entre desconhecidos. Geralmente, é demonstrado com um simples sorriso. O ato de sorrir para a maioria das pessoas é entendido como um gesto simpático de aproximação e de amabilidade.

Já a empatia é a capacidade psicológica de alguém sentir o que sentiria outra pessoa, se por acaso estivesse na mesma posição dela. É tentar compreender sentimentos e emoções, procurando se colocar no lugar do próximo.

A empatia está intimamente ligada ao altruísmo – amor e interesse pelo próximo – e à capacidade de ajudar.

Finalmente, o significado de Compaixão é um sentimento típico dos seres humanos e que se caracteriza pela piedade e empatia em relação à tristeza alheia. A compaixão desperta a vontade de ajudar o próximo a superar os seus problemas, consolando e dando suporte emocional.

Simpatia, empatia e compaixão, sentimentos relevantes

Ter compaixão ao próximo é conseguir compreender o estado emocional alheio, sentir a sua dor e ter dó da sua situação, desejando que esta consiga superar ou aliviar o seu sofrimento e sua dor.

No vídeo de hoje, falo um pouco sobre simpatia, empatia e compaixão, três sentimentos que tem relação, mas são diferentes um do outro e como eles impactam a nossa vida!

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Somos Feitos de Pensamentos e Sentimentos https://blogdosaber.com.br/2023/02/17/somos-feitos-de-pensamentos-sentimentos-e-emocoes/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/17/somos-feitos-de-pensamentos-sentimentos-e-emocoes/#respond Fri, 17 Feb 2023 11:26:23 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=628 Ler mais]]> Somos 100% responsáveis pela nossa realidade.

Quando um pensamento é imbuído de um sentimento ele se transforma em emoção e emoção é realidade pura. É nesse momento que os nossos sonhos se materializam e na maioria das vezes não percebemos que a coisa acontece nessa sequência. Falta a consciência de que tudo está interligado e que nada acontece por acaso. Tudo tem uma causa e um efeito. O que falta a maioria de nós é percebermos essa sutileza e a partir disso passarmos a nos observar o tempo todo.

A observância e a contemplação das nossas decisões, atos e omissões é fundamental no processo de expansão da consciência, pois é através dela que desenvolvemos a percepção sensorial da intuição, que é o portal para passarmos da 3ª dimensão, onde nos encontramos atualmente, para as 4ª e 5ª dimensões. Ao evoluirmos para essas dimensões conseguimos enxergar, ou melhor dizendo, perceber os mais de 95% de todas as coisas existentes no universo e ao nosso redor, que não conseguimos perceber enquanto estamos presos, atrelados a condição de materialidade e aos cinco sentidos que conhecemos.

Portanto somos seres extremamente poderosos e ainda nem sabemos até onde vai esse poder. Mas de uma coisa podemos ter certeza, esse poder é tão grandioso quanto o poder de quem nos creou. Então o mínimo que podemos fazer é seguir descobrindo e desbravando todas as fronteiras dessa mente “infinitamente” poderosa. Como sabemos, nossa mente se subdivide em três partes: O consciente, o Subconsciente e o Inconsciente. No consciente são formados os pensamentos e sentimentos, que a cada dia são inúmeros e na sua maioria apenas passam. Mas quando você consegue por o foco e deter um determinado pensamento e passa a exercitar mentalmente, aquele pensamento pode se transformar em realidade.

No vídeo de hoje, falo sobre pensamentos e sobre como ao longo do dia, nossa mente não para e está sempre pensando em algo. Apesar de nem sempre lembramos de tudo e a maioria dos pensamentos não se materializarem.

Então, dou uma dica valiosa de mentalização para ajudar a materializar seus pensamentos. Assista ao vídeo a seguir e aprenda isso!

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