Arquivos ódio - Blog do Saber http://blogdosaber.com.br/tag/odio/ Cultura e Conhecimento Thu, 28 Mar 2024 00:51:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Um planeta de provas e expiações https://blogdosaber.com.br/2024/03/28/um-planeta-de-provas-e-expiacoes/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/28/um-planeta-de-provas-e-expiacoes/#respond Thu, 28 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4574 Ler mais]]> E de coisas surreais e bizarras

Nessa vida passamos por todo tipo de provação. Com certeza a terra neste momento é um planeta de provas e expiações. Digo isso com conhecimento de causa, pois estou experienciando coisas que jamais imaginei experienciar. Nos últimos tempos tenho usado, com cada vez mais frequência as palavras “surreal” e “bizarro”.

E não é só na minha vida pessoal, nos meus relacionamentos amorosos, familiar, profissional ou de amizade, mas também na vida social e política deste país chamado Brasil. No que se refere ao social estamos passando por momentos assustadores. Temos as drogas, a violência no trânsito e no seio familiar, o feminicídio, a corrupção e todo tipo de ilícitos aumentando em ordem geométrica.

pessoas impregnadas de ego e ódio

No que se refere aos relacionamentos pessoais, quer seja de natureza profissional, amorosa ou familiar, percebo que as pessoas continuam muito impregnadas de ego e muito distantes do amor, da compaixão e da gratidão.

Pessoalmente percebo que ainda sou muito vulnerável a ingratidão, pois reajo com revolta e, as vezes, até com grosseria a quem me é ingrato(a). Entendo que não deveria ser assim, pois devemos nos doar e ajudar ao próximo sem esperar nada em troca. Esse o principal ensinamento de Jesus Cristo.

Um planeta de provas e expiações. Uma atitude de ingratidão.

Uma atitude de ingratidão

A primeira vez que reagi com revolta e grosseria a uma atitude de ingratidão de alguém que ajudei foi quando minha filha mais velha me respondeu com desdém quando numa atitude de ingratidão dela eu a lembrei que havia me endividado para proporcionar a ela um intercambio cultural nos Estados Unidos da América. Ela me respondeu assim: “eu não lhe pedi pra me dar, você deu porque quis!

Na época isso me soou como um: “eu não pedi pra nascer, agora aguente!”

Uma questão de assumir a própria consciência

Admito que isso não é fácil de superar. Pelo contrário, é muito, mas muito difícil, pois isso aconteceu há aproximadamente 18 anos atrás. Hoje estou beirando os 60 anos de idade e, confesso, ainda estou trabalhando isso. E olhe que, geralmente sou eu quem se oferece para ajudar as pessoas e consciente de que este é um planeta de provas e expiações.

A minha única certeza é que ao superar esse obstáculo, ou seja, assim que eu conseguir aceitar a ingratidão das pessoas como uma coisa normal estarei a um passo de alcançar a minha melhor versão.

Wagner Braga

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Uma incrível coincidência https://blogdosaber.com.br/2023/10/16/uma-incrivel-coincidencia/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/16/uma-incrivel-coincidencia/#respond Mon, 16 Oct 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2853 Ler mais]]> Você acredita em coincidências?

Uma incrível coincidência me ocorreu neste domingo. Hoje conheci uma garota (e essa é de verdade) de apenas 19 anos que me pareceu, a princípio, muito madura e evoluída para sua idade. Vou explicar o porquê de eu achar que foi uma incrível coincidência. E também porque ela me pareceu madura e evoluída para ainda uma tão tenra idade.

Não acredito em coincidências, apesar de ter dado a este artigo o título de ‘uma incrível coincidência’. De outra forma muitas pessoas que venham a ler este artigo não entenderão, pois, talvez, ainda não estejam preparadas para esse tipo de entendimento.

O ódio cega

Bem vamos logo ao que interessa. Na semana passada publiquei, aqui no Blog do Saber um artigo intitulado “o ódio cega”, onde falo que não devemos tomar decisões sob os auspícios de qualquer tipo de sentimento que venha prejudicar a nossa visibilidade sobre o assunto. Temos que ter o poder de decidir com sobriedade e desta forma tomar a melhor decisão.

Citei alguns exemplos e um deles foi exatamente a mesma história que essa garota, chamada Alice (só o nome é fictício), me contou sobre sua mãe. Ela relatou que sua mãe se envolveu com um indivíduo cujo caráter era duvidoso. Boatos surgiram sobre a má reputação desse rapaz. Ela até saiu de casa e do convívio de sua mãe com o companheiro. Então resolveu procurar uma tia advogada para esclarecer se esses boatos tinha mesmo fundamento. A tia advogada fez uma investigação meticulosa sobre a vida pregressa do rapaz e descobriu que ele era realmente um delinquente, com passagens pela polícia e tinha ficha suja. A mãe não acreditou e continuou o relacionamento com o rapaz até que ele fugiu, pois a polícia estava em seu encalço.

A justiça é cega porque é imparcial. Eis uma incrível coincidência.

Atitude e consciência

A coincidência está, não apenas no conteúdo do meu artigo ser exatamente igual a história, mas a atitude de Alice ter sido idêntica a atitude que sugeri no exemplo relatado no meu artigo. Ela se comportou com maturidade porque não julgou o rapaz inicialmente. Preferiu contratar alguém com experiência (como falei no artigo) para investigar e só depois das provas apresentadas ela se posicionar.

Achei maravilhosa a atitude dela, saindo de casa, indo morar sozinha num quitinete sem interferir no relacionamento da mãe até que tivesse alguma certeza sobre os boatos relatados por outras pessoas. Posso até estar enganado sobre o nível consciencial desta garota, mas a minha intuição me diz que ela é bem mais evoluída do que a maioria das pessoas que conheço. E dada as circunstancias que vivemos atualmente neste planeta ela é uma exceção.

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Guerra ao amor: por que insistimos no erro? https://blogdosaber.com.br/2023/03/21/guerra-ao-amor-por-que-insistimos-no-erro-do-lado-obscuro-do-amor/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/21/guerra-ao-amor-por-que-insistimos-no-erro-do-lado-obscuro-do-amor/#respond Tue, 21 Mar 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1057 Ler mais]]> Baita amor romântico!

Na psicanálise, costumamos dizer que você se apaixona basicamente por dois motivos: ou você encontrou alguém que admira e gostaria de ter sido ou é alguém com quem você se identifica de alguma forma. “Ah, nós somos iguaizinhos: pensamos da mesma forma, gostamos das mesmas coisas”.

“E, afinal, o que ela tem que me faz querer ficar nesse relacionamento?”. A resposta é sempre a mesma: algo de familiar. Ela te lembra alguém que você muito admirou. Talvez, até você mesmo. E esse é o motivo pelo qual naturalmente insistimos em algumas relações que, muitas vezes, são infrutíferas, cansativas e, até mesmo, abusivas. Esse é o lado obscuro do amor!

Mas abusivas pra quem?

À exceção dos casos em que o indivíduo é ameaçado de morte, todos continuamos em relacionamentos abusivos porque temos um ganho em algum ponto. Ou o seu parceiro é seu ídolo (seja pelo que você gostaria de ser seja pela similaridade entre vocês), ou você não consegue ficar sozinho ou depende dela financeiramente. Ah, e, claro, tem também o “achar que depende”.

O fato é que quando nos comprometemos com algo, não queremos falhar. Afinal, não se trata somente de você e da outra pessoa com quem está, trata-se também de toda a comunidade, todas as pessoas que te cercam. Vão questionar e, por mais que o problema seja realmente única e exclusivamente do casal, você vai querer se explicar. Que trabalheira, não?

Assim, ficamos à procura de argumentos: “mas ela é linda”, “mas ele cozinha tão bem”, “mas o sexo é o melhor que já tive”, “mas ele dá tanta atenção à minha família”, “mas ela é tão carismática, todos os meus amigos a acham incrível”, “mas ele até me ajuda com as atividades domésticas!”. E seguimos empurrando o relacionamento com a barriga, sem perceber o lado obscuro do amor.

The check, please!

No final das contas, basicamente, permanecemos num relacionamento, digamos, caótico ou entediante, por dois motivos: ou porque não nos suportamos e precisamos de alguém para nos dizer, pelo amor de Deus, o contrário, que “sim, eu sou suportável” ou porque eu me admiro tanto que preciso estar cercada de pessoas como eu. Ou seja, sempre há um ganho. Mesmo que o saldo não seja positivo. Sim, pois amamos e odiamos. E, nesses casos, o ódio é sempre maior que o amor.

Cego em tiroteio

No entanto, quando estamos no relacionamento, não conseguimos enxergar os problemas claramente. É como uma pessoa que sofre de astigmatismo sem os seus óculos: ela vê que há algo ali, vê formato, cor, tamanho, mas está tudo embaçado e fica impossível dizer exatamente do que se trata. Estamos envolvidos, há forças internas e pessoas querendo nos influenciar a seguir no sentido contrário, cada vez que forçamos a vista e tentamos enxergar melhor.

Por isso sofremos tanto ao final de um relacionamento, mesmo sendo aquele abusivo. Mesmo sendo aquele babaca ou aquela pilantra. E por isso, nas fases do luto, passamos pela fúria e, em seguida, pela euforia, logo após a desvinculação com o ‘ex-objeto amoroso’. Saímos do envolvimento e, finalmente, conseguimos ver.

E, afinal, é erro ou não é?

Bom, para a Psicanálise, não existe certo ou errado. Existe, sim, o “até que ponto você banca isso?”. Se, para compreender uma situação, é preciso passar por ela, como podemos chamar de erro a trajetória do conhecimento? Um amor só acaba quando se torna insustentável para pelo menos um dos integrantes. E, para que se torne insuportável, é preciso primeiro fazê-lo valer.

Insistir no erro do amor é tão natural quanto nascer pelado. Mas o tempo que leva para nos darmos conta do “até que ponto eu banco isso?” vai depender do nível de entendimento de cada indivíduo sobre o seu próprio desejo.

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A arte do divertimento – Por que se divertir parece tão fácil, mas sentimos como se não fosse? https://blogdosaber.com.br/2023/03/14/a-arte-do-divertimento-por-que-se-divertir-parece-tao-facil-mas-sentimos-como-se-nao-fosse/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/14/a-arte-do-divertimento-por-que-se-divertir-parece-tao-facil-mas-sentimos-como-se-nao-fosse/#respond Tue, 14 Mar 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=966 Ler mais]]> Uns com tanto, outros com tão pouco

A felicidade está na mão. Basta abrirmos o Instagram e lá estão: rostos sorridentes, declarações de amor, lugares incríveis. “Era tudo o que eu queria: o que eu queria ser, onde eu queria estar”. Pensamos imediatamente. Instagramável. Esse é o termo da vez. “Deixa o celular em formato retrato que é melhor pra postar”. “Faz pose assim, faz pose assado”, “assim vai ficar incrível!”. E a questão é: o que será incrível? A foto ou a percepção que as pessoas terão sobre a foto?

Queremos ir num lugar incrível para curtirmos o lugar ou apenas para postarmos fotos incríveis? O quanto de felicidade, de ansiedade ou de preocupação há numa foto? “E quantos likes vai dar o meu post?”. E quantas checagens fazemos ao longo do dia após uma postagem? É importante sabermos quem olhou, quem curtiu, quem fingiu que curtiu, quem fingiu que não curtiu, quem parece estar morrendo de inveja. Certo?

Origem da inveja

Não adianta negar, a inveja é intrínseca à natureza humana. Desde muito pequeninos, amamos e odiamos. Amamos o seio que aparece para nos alimentar e odiamos o seio que não está mais lá quando precisamos. Amamos a mãe que está lá sempre que precisamos e odiamos aquela que não está ou que nos obriga a fazer coisas que não queremos. Ou aquela que nos sufoca, estando mais presente do que deveria. 

Amamos nossos irmãos que são nossos companheiros e também objetos de amor da nossa mãe, mas, ao mesmo tempo, os odiamos, pois, nos colocam em posições onde não gostaríamos de estar, em especial, aquela que é o centro das atenções dela. Amamos nosso pai que está lá para nos proteger e também é objeto de amor da nossa querida mãe, mas, em contrapartida, o odiamos, pois, ele nos tira do conforto do colo e entendimento materno e também porque temos que dividir a atenção dela com ele.

A mãe ou qualquer outra figura materna é o primeiro objeto de amor na vida de um indivíduo. E como é difícil vê-la com outros! Como é difícil compartilha-la! “Mas ela só pode ser feliz comigo!”. E não é assim que a gente pensa quando se separa de alguém? Por maior que fosse o traste, por mais que você não sentisse nada por ele, a ultima coisa que você quer é vê-lo com outra, certo? Isso também serve para os homens. Certo, homens? Pelo menos, por um tempo, funciona assim.  

O ódio e o desejo do outro

Bom, de um jeito ou de outro, essa é a inveja. Segundo a descrição do Michaelis: ‘Sentimento de ódio, desgosto ou pesar que é provocado pelo bem-estar ou pela prosperidade ou felicidade de outrem’. E ainda: ‘Desejo muito forte de possuir ou desfrutar de algum bem possuído ou desfrutado por outra pessoa’.  

Com a disseminação enérgica da informação, é possível saber de maneira atualizada o que o outro possui ou do que desfruta. São inúmeros estímulos por dia, sejam eles falsos ou verdadeiros. E, no final das contas, pouco importa se é fato ou boato, a gente já nem sabe mais o que realmente deseja. Mas a rede social está ali tão acessível, parece tão fácil ser feliz…

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O escancaramento do regime escravista no Brasil https://blogdosaber.com.br/2023/03/07/o-escancaramento-do-regime-escravista-no-brasil/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/07/o-escancaramento-do-regime-escravista-no-brasil/#respond Tue, 07 Mar 2023 11:00:00 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=867 Ler mais]]> E o afloramento dos sentimentos de ódio

Extra extra!

A cada notícia que surge na imprensa, revelam-se sentimentos: reações que nós temos baseadas em referências que acumulamos ao longo das nossas vidas. Essas referências podem fazer jus a fatos, boatos ou a sentimentos exaltados por alguém que admiramos. Este último caso é evidenciado quando não há argumentos: a gente simplesmente se sente indignado, mas não sabe por que.

Eu costumo dizer que nada acontece por acaso. Ou seja, há um porquê para todas as coisas. Todas. Até para a uva-passa na farofa de natal! Mas o fato é que, se pararmos para analisar, todo mundo tem razão até certo ponto. 

Nos últimos dias, nós fomos bombardeados com a noticia dos trabalhadores resgatados em regime de escravidão no Rio Grande do Sul. Como eu moro em Bento Gonçalves, minha caixa de entrada do Whatsapp lotou. Todos queriam entender melhor o que estava acontecendo. E cada um com a sua reação. De brinde, recebi o vídeo do vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, que acabou sendo acusado de xenofobia. Bom, entre as mensagens que recebi, surgiu também o termo racismo.

Destilando o ódio
Ânimos exaltados em reação a notícia de trabalhadores em regime análogo ao de escravidão no RS

Se, por um lado, meus amigos de fora do estado do Rio Grande do Sul revelavam seu ódio pelas vinícolas envolvidas, do outro, meus amigos e demais Bento Gonçalvenses revelavam seu ódio pela proporção que a situação tomava e alguns, como o vereador, pelo povo que vem de fora “difamar a cidade” ou “fazer corpo mole”. Por um ou por outro, os ânimos seguem exaltados.

Darwin tinha razão?

O mais interessante é que quem menos se destacou nos bombardeios de informações foi a contratante direta Oliveira e Santana, da Bahia. Quando se fala em racismo e escravidão no Rio Grande do Sul, nos lembramos imediatamente do racismo, escravidão colonial e de afloramento dos sentimentos de ódio, certo? Mas tem um ponto crucial que não costumamos lembrar: a oferta do escravo negro ao patrão branco é sempre feita por alguém do seu próprio povo, que, inclusive, é negro. A questão aqui não é cor, mas poder. E sempre foi poder: quem tem mais bens ou ambições. Não é à toa que dizem que “só sobrevivem os mais espertos”. Na verdade, hoje, eu diria “vivem os mais espertos e sobrevivem os demais”.

Num mundo em que a competitividade cresce a cada hora que passa e a redução de custo é incentivada constantemente, quem não barganha, não é rei. E como sabe barganhar o colono italiano! Capitalismo selvagem? Pode ser. 

A teoria da relatividade
A equação quântica de Einstein

Quanto ao discurso do vereador, questionaram-me com bastante indignação “mas como é que eles pensam que o baiano não trabalha se o PIB da Bahia é maior que o do Brasil? E tão pensando que planejar festa também não é uma logística desgraçada?”. A minha resposta para a primeira sentença foi “o colono italiano poderia dizer que qualquer outro povo é preguiçoso”.

Cada um tem as suas referências, certo? O colono italiano trabalha de manhã, de tarde, de noite, feriado, não importa. A cultura que se desenvolveu na serra gaúcha e em grande parte do Rio Grande do Sul é de ter mais de um emprego, além das atividades domésticas. é um povo que trabalha muito, guarda muito e curte pouco. Os serviços oferecidos em casas são caríssimos, simplesmente porque todo mundo faz tudo. Eles se viram com tudo. Então, a demanda para a contratação desses tipos de serviço cai e o preço sobe.

A organização também é muito evidente para quem vem de fora. Até as áreas mais pobres parecem ter uma certa disciplina. E o que eu quero dizer com tudo isso? Que essa é a cultura do colono italiano e seus descendentes. Essa é a referência desse povo e tudo o que for diferente disso será criticado, inclusive, entre eles mesmos. Claro que, como eu disse anteriormente, nada surge do nada. O colono italiano é extremamente religioso. E o que vem com a religião? Culpa, sacrifício, purificação (limpeza). Mas isso seria assunto para outro artigo, certo?

Tudo farinha do mesmo saco!

Na contramão, vem o nordestino, indignado, sentindo-se humilhado, cansado da exploração. Mas não era baiano? Pois é, mas convenhamos: já ouvi de muitas pessoas daqui do sul que da Bahia para cima, é tudo baiano. Tudo bem, porque nós também dizemos que do Paraná para baixo é tudo “gente do sul”, como se não houvesse diferença entre os estados. Estamos quites. A generalização faz parte. Afinal, tudo o que é diferente daquilo que conhecemos é o estranho. 

Sobre ser ignorante

A exploração do nordeste começa, claro, com o tipo de colonização e segue com a politicagem. Sim, porque na política também é importante manter pessoas pobres e ignorantes, de preferência uma boa fatia, que serão mais facilmente manipuladas. E segue a lei do mais forte. Não que o sul esteja livre da ignorância, mas digamos que se tratam de ignorâncias diferentes. Na ignorância, fazemos não importa que tipo de negócio na intenção de garantirmos o que entendemos como a “nossa sobrevivência”. A essência da ignorância é essa: não importa o que. É como aprendemos que deve ser. Veja bem “como aprendemos”, não significa que seja o correto, o justo ou o ético. 

Resolvendo as diferenças?

Diversos outros temas que contribuem para as diferenças entre os povos poderiam ser abordados aqui, como por exemplo a disponibilidade de terras férteis, a manutenção dos dialetos e costumes, a qualidade do ensino nas escolas, a necessidade ou não de estudos para sobreviver, o clima etc. A questão que eu gostaria de propor aqui é “por que?”. Por que alguém é assim ou assado? O nordestino age assim por que? O sulista faz assado por qual motivo? E o fato é: não por acaso. Nunca é por acaso. A resposta pode ser rasa, como “é um preguiçoso!” ou “é um xenófobo babaca!”. Pode. Mas é importante termos em mente que análises superficiais nunca solucionam problemas e o afloramento dos sentimentos de ódio continua a existir, infelizmente!

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A Ira, o maior dos pecados capitais https://blogdosaber.com.br/2023/02/20/a-ira-e-composta-pela-inveja-pelo-odio-e-pela-vinganca/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/20/a-ira-e-composta-pela-inveja-pelo-odio-e-pela-vinganca/#respond Mon, 20 Feb 2023 09:00:00 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=640 Ler mais]]> Desde os primórdios da humanidade o maior dos pecados capitais é a IRA. O sentimento da IRA muitas vezes é composta pela Inveja, o ódio e a vingança.

A mistura desses três sentimentos provoca a IRA, um sentimento absolutamente irracional, que não mede as consequências dos seus atos e normalmente causa muita destruição.

Esse vício humano já causou todo tipo de destruição na face da terra, provocando guerras entre pessoas, famílias, comunidades, estados e nações.

Quando alguém tem inveja de outra pessoa suas atitudes podem estar acompanhadas da racionalidade, pois é comum vermos histórias bem contadas e metodicamente calculadas. Crimes bem planejados com muita racionalidade que, na verdade, se constituem em vingança.

A inveja também é um sentimento muito corriqueiro entre as pessoas e que, dependendo da sua intensidade pode causar prejuízos materiais e emocionais, as vezes irreparáveis, a pessoa invejada.

A combinação da inveja com o ódio pode gerar crimes passionais milimétricamente calculados, dignos de um Best Seller e/ou filmes de grande sucesso na telona, sob a égide da racionalidade, já que o ódio por si só é um sentimento negativo e muito pesado.

Mas  normalmente causa mais dano e prejuízo a quem o possui do que ao indivíduo odiado. Entretanto, quando o ódio se une a inveja e a vingança se torna uma combinação altamente tóxica e explosiva, gerando a Ira, com um poder de destruição incalculável para ambas as partes. E o que é pior, atingindo, inclusive terceiros, pessoas inocentes, que não têm nada a ver com a lide em questão. Portanto, a Ira composta da Inveja, do Ódio e da Vingança é como a composição do fogo que só acontece quando se unem o oxigênio, o combustível e a centelha. Na falta de um desses comburentes não chama ou explosão.

Portanto, deve-se cultivar o que viemos aqui para aprender e crescer espiritualmente, o amor e se manter o máximo possível longe de todas essas combinações perversas e sórdidas.

Já que, de acordo com uma das leis universais, a de causa e efeito: o positivo atrai o positivo e o negativo atrai única e exclusivamente o negativo.

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