Arquivos Freud - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/freud/ Cultura e Conhecimento Mon, 19 Feb 2024 12:03:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Coca: a Psicanálise na América Latina https://blogdosaber.com.br/2024/02/20/coca-a-psicanalise-na-america-latina/ https://blogdosaber.com.br/2024/02/20/coca-a-psicanalise-na-america-latina/#respond Tue, 20 Feb 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4107 Ler mais]]> Tudo começa com a coca…

A América Latina é um importante centro de psicanálise e isso se deve à coca. Isso mesmo. Para quem não sabe, a coca foi instrumento de investigação de Sigmund Freud, iniciada em 1880, bem antes de se tornar ilegal. Freud observou que “a digestão e o humor melhoravam após beber água misturada com cocaína dissolvida”, segundo o artigo da BBC O desconhecido fascínio de Freud pela América Latina.

A história da coca

De acordo com o artigo acadêmico O uso da folha de coca em comunidades tradicionais: perspectivas em saúde, sociedade e cultura, publicado no periódico Historia, Ciência, Saúde – Manguinhos, “O uso da folha de coca na América do Sul remonta a um passado de mais de oito mil anos”.

Henman (1981) informa que as primeiras folhas de coca e recipientes de cal identificáveis foram descobertas no sítio de Huaca Prieta, na costa norte peruana, nas camadas correspondentes ao quarto período pré-cerâmico, datado entre os anos 2500 e 1800 antes de nossa era. Discorre ainda que parece difícil evitar a verdade trivial de que a folha de coca se expandiu até a Colômbia a partir das sociedades mais avançadas do Peru e do Equador.

Além de suprimir a fadiga de quem subia as cordilheiras, a sede e a fome, anestesiava a dor dos feridos e operados. As folhas de coca eram tão bem quistas que eram usadas em oferendas “a fim de honrar ídolos, huacas, divindades, montanhas, fontes e apachetas”. E, a princípio, apenas os reis e nobres podiam consumi-las. O mito do surgimento dessa folha sagrada conta a história de uma jovem e bela índia. Vaidosa e egoísta, Coca “seduzia os homens, enganando-os com seus atrativos físicos, rejeitando-os depois.”

As queixas pelos enganos de Coca chegaram ao imperador inca, que escutou com tristeza a decisão dos sacerdotes de sacrificá-la. Coca, então, foi morta em uma cerimônia solene, e os pedaços de seu corpo foram enterrados nos quatro cantos do Império. Não demorou muito e observaram que, em cada um desses lugares, crescia um arbusto com formosas folhas verdes, chamado, posteriormente, de Mama Coca, em recordação da mulher sacrificada.
A difusão e a reviravolta da coca

Cristóvão Colombo foi, então, o primeiro a dar notícias sobre a folha de coca à Europa. 

Ferreira e Martini (2001) comentam que outro importante escrito foi o de Américo Vespúcio, em 1499, com publicação em 1507, que já descrevia a coca sendo mastigada com cinzas. Esclarecem que o uso concomitante, no ato da mastigação, de cinza ou bicarbonato de sódio, utilizado até hoje, deve-se ao fato de sua absorção pela mucosa da cavidade oral só se realizar em pH alcalino. Calculam que a sua ação farmacológica, quando mascada, é semelhante ao estímulo provocado pela ingestão de doses elevadas de cafeína, não sendo, no entanto, acompanhada de euforia.

No período colonial, a coca teria sido inicialmente proibida pela igreja católica, que alegava ser um obstáculo para difundir o cristianismo. Depois, o rei Felipe II teria declarado “o ato de mascar a coca hábito essencial à saúde do índio”, já que os espanhóis haviam constatado que “os índios não conseguiam fazer o trabalho pesado sem o uso de coca”.

As autoridades religiosas espanholas chegaram a coletar dízimos do comércio de coca, e como os nativos não valorizaram o ouro e a prata, os espanhóis pagavam os serviços prestados com folhas de coca e outros produtos. É nessa perspectiva que avançamos na história para compreender melhor os processos pelos quais a folha de coca se transformou de produto demoníaco em alvo de medidas que criminalizam e estigmatizam o seu uso.
A coca passou, mas a psicanálise na América Latina não passará

Após publicar o artigo Über Coca, quando surgiam estudos sobre dependência e mortes por overdoses, Freud “deixou de defender os benefícios estimulantes e analgésicos da coca”. Para ler mais sobre os efeitos colaterais de opióides, leia também Acontece nos filmes, acontece na vida: toxicomania. Mesmo assim, ele seguiu estreitando “laços com importantes médicos, psiquiatras e intelectuais do continente”.

Freud teria descrito o psiquiatra peruano Honorio Delgado Espinoza como o seu “primeiro amigo estrangeiro”. Os dois “trocaram cartas, artigos de jornais e presentes durante anos.” 

Em 1915, Delgado publicou o seu primeiro artigo sobre psicanálise no Peru, intitulado El Psicoanálisis. Em sua formação acadêmica, identificava-se com Aristóteles, Cervantes, Shakespeare, Goethe e Jaspers, por exemplo, que já lhe faziam uma marca humanista. Além de Freud, Delgado mantinha correspondência com outros seguidores dele, como Alfred Adler e Karl Abraham. As conexões ideológicas entre Freud e Nietzsche deixavam Delgado ainda mais interessado pela psicanálise. 

Em 1919, o psiquiatra peruano publica a sua tese, defendida em 1917, em formato de livro, “o primeiro volume escrito em castelhano sobre psicanálise ”.

“Este livro foi bem recebido pela comunidade psiquiátrica internacional e colocou Delgado na cena mundial. No Journal Medicine of Bordeaux e The Psychoanalytic Review, publicaram-se honrosas menções ao seu livro.”

Na Revista de Psiquiatría y Disciplinas Conexas, junto com Hermilio Valdizán, “o dueto acadêmico mais importante da psiquiatria no Peru”, publicou diversos artigos referentes à psicanálise e se tornou “o espaço de divulgação do freudismo” no país. Delgado se tornou o primeiro psicanalista do Peru. 

E, assim como a coca saiu do Peru e se espalhou por outros países, a psicanálise saiu de boca em boca entre médicos e intelectuais das Américas. Hoje, a Argentina é a maior referência da América Latina em psicanálise, sendo Buenos Aires uma das cidades com o maior número de psicanalistas no mundo.

A tradicional reinvenção

Essa história eu vos trouxe para mostrar que é graças à coca que hoje o Brasil usufrui de uma psicanálise mais avançada. Talvez, mais tradicional, justamente, por ser mais livre. Confuso, não? Bom, para quem lê lacanês, nada mais habitual. Afinal, a psicanálise é complexa e o é porque nós somos seres complexos. 

Anunciou Jacques Lacan em discurso de encerramento das jornadas da EFP, em 09 de outubro de 1978, “não se pode transmitir a psicanálise; é preciso reinventá-la” (Pablo Peusner em prefácio à edição argentina do livro Da fantasia de infância ao infantil na fantasia de Ana Laura Prates). 

Assim como a coca foi reinventada – passando de símbolo de adoração à narcotráfico ou de analgésico à dependente químico -, a psicanálise deve ser reinventada a cada troca de era ou necessidade cultural. Afinal, ela deve acompanhar a complexidade humana, que faz descobertas, que muda de opinião e que experimenta novas formas de sofrimento. 

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A unidade fragmentada: de Freud a Butler https://blogdosaber.com.br/2023/10/24/a-unidade-fragmentada-de-freud-a-butler/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/24/a-unidade-fragmentada-de-freud-a-butler/#respond Tue, 24 Oct 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2965 Ler mais]]> A unidade de Freud e Jobim

Quem flerta ou namora com a psicanálise muito provavelmente já ouviu falar de uma das obras mais conhecidas de Freud, Psicologia das Massas e a Análise do Eu. Dentre tantas questões, o pai da psicanálise aborda a teoria do instinto gregário: que, a partir da observação da multiplicação celular, defende que as pessoas seguiriam uma tendência de formar grupos, seriam compelidas umas às outras.  

Afinal, quem nunca ouviu Tom Jobim com o seu “é impossível ser feliz sozinho”? Encontrar um par, um grupo. Pessoas com quem você se identifica, que possam lhe ouvir sem (tanto) julgamento, que confirmem o seu pensamento, que concordem com o que você diz, que lhe acolham, que lhe reconheçam. Pessoas para chamar de suas: sua esposa, sua amiga, seu colega, seu parceiro. Como é bom ser aceito, como é bom poder contar com alguém. Para ler mais sobre reconhecimento, acesse Por que fazem corpo mole? Entendendo a dialética do reconhecimento.

A unidade de Calligaris e Arendt

O grupo, portanto, é uma unidade. A família é uma unidade. E assim por diante. A unidade indica que os agentes do discurso falam apoiados nas mesmas pressuposições. Por isso o discurso pode parecer sempre o mesmo. Podemos perceber essa tendência de maneira ainda mais evidente nos grupos religiosos e políticos. Mas as falas tendenciosas nos impregnam por todos os grupos dos quais participemos. Em sua obra O grupo e o mal: estudo sobre a perversão social, Contardo Calligaris, baseado em Freud e Hannah Arendt, chega à conclusão de que o indivíduo abdica de sua personalidade em nome de um “fascínio por servir ao outro”.

Prova disso é o cúmplice. Aquele que testemunha um crime de alguém que ama ou admira tende a relevar os fatos. Por isso tantos pais e amantes encobrem crimes de seus filhos e companheiros respectivamente. Por isso tantas pessoas se surpreendem ao descobrir certos comportamentos, antes desconhecidos, de seus entes queridos. “Ele jamais faria isso”. Talvez, não sozinho. 

A perversão é formalmente combatida pela sociedade, mas exercida por debaixo dos panos, sem que sequer percebamos. Não percebemos que tentamos de tudo para sermos aceitos. Para que não nos sintamos sozinhos, excluídos, não fazendo parte. Afinal, os discursos têm que convergir, não é mesmo?

Tecnologia e individualismo

Bom, apesar das teorias bem fundamentadas de Freud, Jobim, Arendt e Calligaris, não dá para negar que, talvez, já estejamos em um outro lugar em termos culturais. À medida que a tecnologia avança e temos mais fácil acesso à informação, outras soluções bem como outros problemas acabam surgindo. Namoro virtual, home office, cursos EAD e jogos online são soluções que produzem o individualismo. O individualismo, por sua vez, pode ter diversos efeitos, positivos e negativos. 

Homem sozinho e pensativo olhando para o mar

Se pensarmos a partir do referencial evolucionista, poderíamos associar o individualismo a uma contracorrente à manutenção da espécie, ao coletivo. Ou, pelo menos, avesso ao formato de sociedade que temos hoje. Já, do ponto de vista da psique, poderia ser uma revolução. Poderia, inclusive, representar liberdade, autonomia. 

Butler, sobre a fragmentação da unidade

Judith Butler questiona em seu Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade se a unidade “é necessária para a ação política efetiva”. Nesse caso, ela se refere ao movimento feminista. Acredita que o feminino e, portanto, o feminismo tem várias faces e, por consequência, diferentes frentes. Ou seja, há diversas maneiras de ser mulher. Butler nos convida a refletir se o feminismo enquanto unidade, como uma única voz, não acabaria atrapalhando as aquisições políticas das mulheres, já que as suas possibilidades deveriam ser infinitas.

Citação de Judith Butler em Problemas de Gênero, pág. 40:

“Não será, precisamente, a insistência prematura no objetivo de unidade a causa da fragmentação cada vez maior e mais acirrada nas fileiras? Certas formas aceitas de fragmentação podem facilitar a ação, e isso exatamente porque a ‘unidade’ da categoria das mulheres não é nem pressuposta nem desejada.
(…) tratar-se-á de uma assembleia que permita múltiplas convergências e divergências, sem obediência a um telos normativo e definidor.”
A sociedade fragmentada

Agora, pensemos em todos os transtornos que temos visto crescer no mundo: depressão, ansiedade, bipolaridade, TDAH. O que as pessoas com esses transtornos têm em comum? Elas tentam suportar a realidade que se apresenta. Uma realidade que já não cabe mais dentro da atual conjuntura cultural. Assim, a sociedade vai se fragmentando em depressivos, ansiosos, bipolares, desatenciosos. Pessoas que querem fazer diferente, mas com certa dificuldade de abandonar o que é mais aceitável, a normalidade. E cresce o número de autistas! Pessoas que fazem diferente e que nem têm ideia do que é normal? Afinal, o normal ainda é pressuposto e desejado como já foi um dia?

O que quero dizer com tudo isso? 

Se a formação de bandos tende a promover uma ‘dessubjetivação’ das pessoas ou ‘anulação’ do pensamento crítico e se pensarmos a evolução da espécie também a partir de uma transformação psíquica, podemos esperar uma tendência à fragmentação, ao individualismo, não? Seriam os formatos de unidade familiar que mais crescem no mundo – solteiro ou casado, com ou sem animal de estimação, sem filhos – um sinal disso?

Afinal, se há diversas formas de ser mulher, também existem diferentes maneiras de ser humano, certo? Talvez, tudo seja só uma questão de tempo.

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Afinal, o que é essa tal de Psicanálise? https://blogdosaber.com.br/2023/05/16/afinal-o-que-e-essa-tal-de-psicanalise/ https://blogdosaber.com.br/2023/05/16/afinal-o-que-e-essa-tal-de-psicanalise/#respond Tue, 16 May 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1515 Ler mais]]> Tentando colocar o pingo no i

O conceito da Psicanálise é tão complexo, que fica difícil defini-la, explicá-la e, por consequência, propagá-la. Sigmund Freud, o seu fundador, precisou usar uma linguagem mais acessível para que pudesse convencer as pessoas de suas teses e, finalmente, difundir a Psicanálise. Por esse motivo, ele é o favorito e, em contrapartida, também o mais rechaçado. Afinal, às vezes, para tornar fácil a compreensão, é preciso ser um pouco rude – não é à toa que a expressão “a grosso modo” está na boca do povo.

O meu primeiro contato com a segunda figura mais importante da Psicanálise, Jacques Lacan, gerou-me um bocado de angústia, para ser bem sincera. Na hora, pensei “filho da mãe! Escreveu pra ninguém entender!”. Bom, até então, eu nem sabia que ele nada havia escrito de fato. As suas obras são´, na verdade, transcrições de seus seminários, na maior parte, feitas pelo genro Jacques-Alain Miller. O fato é que eu só comecei mesmo a entender Lacan quando eu já tinha, pelo menos, dois anos de análise pessoal.

A Psicanálise não fica por aí. Há diversos outros grandes contribuintes, como Melanie Klein, Wilhelm Reich, Donald Winnicott, Wilfred Bion, Anna Freud, além de seus sucessores. Cada um com sua visão um pouco mais específica, um pouco contrariada ou, poderíamos dizer puramente, cada um com a sua referência. Ponto. Porque, afinal, é disso que se trata a Psicanálise: ver com os próprios olhos.

Sem padrão

Na Psicanálise, não existe uma receita, um passo-a-passo, um padrão. E isso se justifica pelo fato de todos sermos indivíduos, ou seja, seres únicos. Cada caso é um caso e o papel principal do Psicanalista é ouvir o paciente, para que ele possa se ouvir e, finalmente, tornar-se analisante do seu próprio case.

Não existe, portanto, espaço para conselhos. O analisante deve chegar sozinho as suas próprias conclusões. O analista está ali basicamente para direcionar o paciente para as questões que realmente importam, ou seja, para aquilo que o paciente vem apontando inconscientemente como possíveis origens do que ele apresenta como queixa e entende como problema.

E essa é uma das questões que dificultam o merchandising da Psicanálise: o psicanalista nada pode prometer. Tudo é muito subjetivo e a análise depende de n variáveis para progredir: a disposição e disponibilidade do analisante, a disposição e a disponibilidade do analista, se a química cerebral do analisante está equilibrada, se a análise pessoal e a supervisão do analista estão em dia, entre outras.

Liberdade

De uma forma bem grosseira, talvez até mais do que aquela com que Freud costumava se expressar (risos), eu diria, de acordo com a meu próprio ponto de vista, que experimentar a psicanálise, se não for vive-la, é pelo menos dar uma lambida na liberdade. Porque psicanalisar é compreender o que você deseja apesar dos outros. É apreender que nada é para sempre, que tudo depende de um referencial e que existe um mundo de possibilidades.

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A vida gira em torno de sexo https://blogdosaber.com.br/2023/04/17/a-vida-gira-em-torno-de-sexo/ https://blogdosaber.com.br/2023/04/17/a-vida-gira-em-torno-de-sexo/#respond Mon, 17 Apr 2023 23:32:35 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1321 Ler mais]]> Qual a verdadeira importância do sexo para a humanidade?

Se houvesse uma maneira de colocar um ser humano pelo avesso em termos do seu inconsciente seria muito fácil deduzir que tudo na vida, de uma forma geral, gira em torno de sexo. A psicanálise que o diga. De Sigmund Freud, Wilhelm Reich, passando por Melanie Klein e Heinz Kohut, até Jacques Lacan e Wilfred Bion, todos, sem exceção, concordam que a formação do caráter passa pelas experiências libidinosas ou atreladas a Libido em suas fases oral, anal e genital.

Qualquer pessoa, por menos instruída que seja, sabe que o desejo sexual e a libido têm um poder impressionante sobre o comportamento do indivíduo homem/mulher. Desde que o mundo é mundo histórias incríveis aconteceram por causa do poder do sexo, como por exemplo: as histórias de Marco Antônio e Cleópatra, Napoleão e Josefina, bem como tantas outras que, em muitos casos mudaram o destino e o rumo de várias civilizações.

Os fundamentos do sexo e da sexualidade

Bem, quem não conhece essas histórias e sabe de suas consequências em virtude do sexo e da paixão? Entretanto, a maioria das pessoas acha que são casos raros e/ou isolados, que acontecem muito esporadicamente e por isso se tornam públicos e notórios. Que na vida tem coisas mais importantes do que sexo para se fazer e tem gente que até acha que pode viver sem ele. Só quando se começa a ler sobre psicanálise é que realmente percebemos que o buraco é mais embaixo, ou seja, o sexo e a sexualidade são fundamentais para uma vida saudável e equilibrada.

As pessoas que não são bem resolvidas com a sua sexualidade e o sexo, em sua maioria, transformam a sua vida num calvário. E isso é tão ou mais importante do que, família e trabalho. Senão vejamos: quantas pessoas, na atualidade se suicidaram ou estão a caminho do suicídio porque não conseguiram se definir sexualmente? Ou ainda, porque elas mesmas não conseguem se aceitar da forma que são. Outras passam uma vida inteira no armário e não conseguem se realizar nem profissionalmente e nem amorosamente!

A psicanálise explica as neuroses humanas

Como já disse, quando começamos a nos aprofundar pela literatura da psicanálise é que tomamos conhecimento das mais bizarras e surreais experiências sexuais relatadas pelos psicanalistas em seus livros e assim começamos a entender porque a vida gira em torno de sexo, os diversos tipos de neuroses humanas e o porquê delas acontecerem. E se você já achava difícil educar um ser humano depois disso então pode multiplicar por várias vezes esse grau de dificuldade.

Portanto, temos que ser humildes sempre, nunca julgar ninguém pela aparência ou, de preferência nunca julgar ninguém e nenhuma ocasião e sermos compreensivos com os comportamentos alheios, por mais estranhos que possam parecer.

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