Arquivos Artigos - Blog do Saber http://blogdosaber.com.br/category/artigos/ Cultura e Conhecimento Tue, 30 Apr 2024 18:47:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 As cinco linguagens do amor https://blogdosaber.com.br/2024/05/01/as-cinco-linguagens-do-amor-2/ https://blogdosaber.com.br/2024/05/01/as-cinco-linguagens-do-amor-2/#respond Wed, 01 May 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4903 Ler mais]]> Como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge
As diferenças gritantes no jeito de ser e de agir de homens e mulheres já não são novidade há tempos.

.As cinco linguagens do amor. As diferenças gritantes no jeito de ser e de agir de homens e mulheres já não são novidade há tempos. Contudo, o que continua sendo um dilema é como fazer dar certo uma relação entre duas pessoas. Que às vezes parecem ter vindo de planetas distintos. Compreender essas diferenças é parte da solução e é nisso que Gary Chapman vai ajudar você.

Com mais de 30 anos de experiência no aconselhamento de casais. Ele percebeu que cada um de nós adota uma linguagem pela qual d amos e recebemos amor. Quando o casal não entende corretamente a linguagem predominante de cada um. A comunicação é afetada, impedindo que se sintam amados, aceitos e valorizados.

Nesta terceira edição de sua clássica obra sobre relacionamentos, que já vendeu mais de 8 milhões de exemplares., Gary Chapman não só explica as cinco linguagens como apresenta um questionário para os maridos e outro para as esposas descobrirem a sua linguagem de amor. Além disso, uma seção especial de perguntas e respostas vai esclarecer todas as suas dúvidas e lhe dar o direcionamento sobre como expressar melhor seu amor a seu cônjuge e ajudará você a compreender a forma dele de manifestar o amor.

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Baby Reindeer: a vida como ela é https://blogdosaber.com.br/2024/04/30/baby-reindeer-a-vida-como-ela-e/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/30/baby-reindeer-a-vida-como-ela-e/#respond Tue, 30 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4851 Ler mais]]> A minissérie

A minissérie da Netflix, ‘Baby Reindeer’ (no português, ‘Bebê Rena’), alcançou o primeiro lugar no streaming após uma semana do seu lançamento. O que era para ser uma simples história de perseguição com tom de comédia logo se transforma em um thriller complexo e angustiante. Cuidado, aqui, contém muitos spoilers!

‘Baby Reindeer’ conta a história do próprio Richard Gadd, protagonista e criador da série, começando e terminando pela perseguição de uma mulher obcecada por ele. Gadd expõe a sua vida, família e intimidades que normalmente lutamos para encarcerar. E, talvez, essa seja a maior surpresa: a exposição de traumas e conflitos internos de um homem. Tudo para justificar o tempo que ele levou para denunciar a sua perseguidora, sob o codinome Martha.

Seis meses que só foram interrompidos pela denúncia porque os problemas provenientes da perseguição alcançaram e colocavam em risco outras pessoas do seu círculo social. Gadd se pegou em uma relação de dependência com Martha, que o admirava e o incentivava a seguir com a sua carreira tão desejada de comediante. Finalmente, Gadd era reconhecido por alguém, o que o remete, mais tarde, a um homem de seu passado, sob o codinome Darrien, que também teria visto algo de especial nele.

A revelação

Martha e Darrien não apenas adoravam Gadd, eles queriam algo em troca: a sua atenção, o seu corpo, o seu sexo. Ambos sedutores, com as suas armas, ambos abusadores. Gadd, abusado por um homem e por uma mulher, tendo a sua sexualidade violada, remexida, virada do avesso, questiona-se quanto às suas preferências sexuais, procurando, inclusive, uma resposta no envolvimento com uma mulher trans.

O mais interessante de toda essa história é que Gadd é só mais um no meio de tantos homens e mulheres que são abusados e se deixam abusar, com questões que não conseguem sanar. ‘Baby Reindeer’ expõe a crueza da vida e incita em nós uma tentativa de revelação: das nossas fragilidades, tendências, desejos mais íntimos. Masoquistas, sádicos, obsessivos, perversos, narcisistas. São diversos os traços de caráter que nos circundam e ameaçam a nossa integridade. Integridade no sentido de inteiro, de manter-se no eixo.

A série não tem um final feliz. Nem triste. O final segue fiel à retratação da vida real, a vida como ela é: cheia de desafios, alegrias e frustrações. A vida como ela é: de dúvidas e eternas insatisfações.

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Você faz suas escolhas e elas fazem você https://blogdosaber.com.br/2024/04/29/voce-faz-suas-escolhas-e-elas-fazem-voce/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/29/voce-faz-suas-escolhas-e-elas-fazem-voce/#respond Mon, 29 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4859 Ler mais]]> Somos o resultado de nossas escolhas

Muito tempo atrás um interlocutor me disse: você faz suas escolhas e elas fazem você. A princípio não dei a mínima importância para essa frase. O tempo passou e muita coisa aconteceu na minha vida. Muitas experiêncas, algumas mais ricas, outras nem tanto,mas todas elas gerando uma aprendizado incomensurável. Aprendizado esse, que em muitas dessas experiências não foi assimilado de imediato. Algumas lições só foram realmente aprendidas anos depois.

Contudo a beleza da vida está exatamente nessa lenta descoberta da verdade. Sim,porque não existe verdade absoluta. A verdade é relativa, pois depende de vários fatores, onde um deles é a expansão da consciência inerente a cada um de nós. Ocorre que essa expansão pode ser mais rápida ou mais lenta em função do estágio evolutivo de cada um.

Você faz suas escolhas e elas fazem você.

Você é 100% responsável pela sua realidade

Então, passados alguns anos a afirmação sempre voltava a ecoar na minha mente: você faz suas escolhas e elas fazem você! Principalmente depois que tinha vivido ou estava vivendo alguma experiência difícil, triste ou de arrependimento. Eu pensava, sim estou passando por isso por que foi uma escolha minha. Ninguém me obrigou, por isso não posso culpar ninguém, a não ser a mim mesmo. Aos poucos, através do processo de expansão da consciência, fui entendendo que sou 100% responsável pela minha realidade e mais ninguém.

Portanto, se hoje sou uma pessoa feliz e realizada, essa realidade é fruto das escolhas que fiz lá atrás. Se sou infeliz, descontente e frustrado também é fruto das escolhas que fiz um dia.

Vibrando na frequência da Gratidão

Quando escolho ser forjado pelos valores da probidade, honestidade, verdade, respeito aos direitos individuais, generosidade, servidão e vibro na frequência da gratidão, estou buscando a minha melhor versão. Desta forma as minhas escolhas me transformaram nessa pessoa buscadora do bem. O contrário também é absolutamente verdadeiro.

Tenho gratidão infinita pela pessoa que falou essa frase muito anos atrás, pois me ajudou a dar um salto quântico na minha jornada evolutiva. Essas palavras nunca saíram da minha mente e continuam até hoje a ecoar. Hoje eu tenho plena certeza que nós somos o resultado das nossas escolhas.

Convido você a fazer uma reflexãosobre isso e deixar o seu comentário aqui no Blog.

Wagner Braga

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O SER perfeito https://blogdosaber.com.br/2024/04/24/o-ser-perfeito/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/24/o-ser-perfeito/#respond Wed, 24 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4822 Ler mais]]> Dá pra imaginar como seria?

Você já pensou em quem seria a pessoa mais pura, mais santa, mais doce, mais feliz, mais empática, mais perfeita deste mundo e que você teria a sua plenitude se a tivesse em seu lado? Se o SER perfeito do planeta estivesse na Terra hoje, como ele seria tratado? Como seria reconhecido? Como seria visto por nós? Você já parou para pensar sobre isso?

10 Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio Dele, mas o mundo não o reconheceu. 11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. João 1, 10 – 11.

Em meio a um mundo tão tecnológico onde todos querem ser os melhores, os mais abastados, os mais cheios de título, os mais lindos, os mais bem vestidos, os mais estilosos… os perfeitos! Você já se permitiu parar e refletir sobre esta situação?

Padrões e estereótipos

Então, todos os dias criam-se padrões de perfeições e estereótipos para cada ser da face desta Terra de modo que, se você não se enquadrar em alguns deles, prontamente será excluído e terá que se virar para sobreviver a esta selva de gigantes.

Todos os dias eu lido com “excluídos”.  Os perfeitos não podem estar doentes, não podem ter problemas, não podem ter dívidas, não podem ter o mínimo tipo de sofrimento que seja. Todavia, para quem é médico e lida na linha de frente de tantas doenças é improvável que se ache o “perfeito ao mundo” . Então, aprendemos a lidar com o “outro lado” da sociedade, a qual uma parte insiste em anular a todo custo.

O grande aprendizado

Entretanto, para nossa grande alegria e esperança nos resta lembrar que O PERFEITO que passou nesta Terra, Jesus, também foi excluído, humilhado, traído, roubad0, caluniado, torturado… M0RTO! E se Jesus passasse novamente por esta Terra, principalmente nos dias atuais, seria do mesmo modo a sua evolução por aqui. O grande aprendizado que Jesus nos deixou foi que precisamos manter a nossa essência, que fomos criados únicos e somos amados e “perfeitos” para aquele que nos criou!

O SER perfeito. Jesus!

Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Salmo 139,14.

Na contra mão disso tudo…

Estou vendo crescer de modo exponencial o número de pessoas que estão adoecendo neste planeta, em todas as faixas etárias, nas diferentes raças, etnias, países… E as sequelas parecem que estão ficando a evoluir para querer se manter no status irreversível. As pessoas tem pago cada vez mais um alto preço para se tornarem perfeitos, seguindo padrões em que perdem a sua singularidade, enriquecem a uns e se empobrecem cada vez mais, em suas mentes/corpos/almas/espírito. Quanto mais eu vejo isso no meu exercício profissional, mais eu busco me afastar deste no mundo pessoal! Mais eu ando na contra mão de tudo isso…

Olhe para você e busque enxergar quem você é! O seu criador é perfeito e lhe fez de modo ASSOMBROSAMENTE MARAVILHOSO! Ele é perfeito em tudo que faz e não errou em criar você!

Ei, psiu, pare, pense, reflita!

Quando a Medicina e a Espiritualidade se encontram os resultados são extraordinários!

Gisele Leite

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E onde fica o suposto saber do professor? https://blogdosaber.com.br/2024/04/23/e-onde-fica-o-suposto-saber-do-professor/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/23/e-onde-fica-o-suposto-saber-do-professor/#respond Tue, 23 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4806 Ler mais]]> A desvalorização do profissional

No Brasil, apesar de a profissão de professor nunca ter sido muito valorizada financeiramente falando, até alguns anos atrás, a ela era atribuído confiança por parte dos pais e respeito por parte das crianças. Os adultos confiavam naquele que ajudava a educar os seus filhos e, como extensão desse sentimento, as crianças aceitavam as propostas desse que era visto como substituto de seus pais em ausências programadas.

Com a era digital e o acesso desenfreado à informação, crianças e pais tendem a “saber” mais do que a sua compreensão é capaz de alcançar. O que faz com que detenham mais poder mesmo com argumentações desfalcadas ou superficiais. Aproveite para ler também Pais e filhos tentam sobreviver à era digital. Como resultado, temos educadores desvalorizados pelo seu suposto saber. Professores vivendo com o medo de serem acusados de alguma inadequação em suas metodologias. Ou de se encontrarem em situações que demandam repreensão de crianças cujos pais assumem deter o saber, acima de qualquer autoridade.

Os filhos utilizam-se de seu acesso desenfreado às tecnologias para expor professores em suas atividades – a quase todo momento, desafiadoras, tendo em vista que lidam com pessoas vulneráveis e, a priori, destituídas de responsabilidades -, muitas vezes, desrespeitadas e questionadas pelos pais através dos primeiros.

A fragilização do sistema

Os casos de professores afastados ou na iminência de se afastarem de suas atividades por burn out, ansiedade ou mesmo por demissão, envolvidos em polêmicas geradas por pais, acumulam-se pelo país. Se as escolas acatam reclamações infundadas destes, sem se questionar qual o seu papel na sociedade, sem estudar e definir as melhores estratégias na formação de um ser humano bem como no manejo de pais que assumem a detenção do saber, a educação vai, então, fragilizando-se e tornando-se insustentável.

Veja bem, não é que as instituições não precisem ser questionadas. Pelo contrário, elas devem ser questionadas. Mas o que estamos questionando é pertinente à nossa posição de pai ou mãe? A crítica não deve ser direcionada apenas às colocações outras, mas às nossas próprias fundamentações. Afinal, o que me leva a crer que eu saiba mais de educação em escolas do que alguém que estudou para isso e se dedica todos os dias a isso? E que soluções estou propondo em contrapartida? Elas atendem o contexto social?

Costumamos esquecer que as instituições são ambientes públicos, que não atendem demandas específicas de pais – que, claro, não se encaixem como necessidade especial dos filhos. Elas têm que trabalhar para atender o todo da melhor maneira possível. Afinal, o papel da escola nunca foi o de dar continuidade à educação que os pais dão em casa. O papel da escola é introduzir a criança na sociedade. Uma sociedade repleta de diversidades culturais e de situações e indivíduos que a frustram, mas que mesmo assim devem ser respeitados em suas individualidades. O papel da escola vem naturalmente no contra fluxo daquele que cabe ou que, talvez, não caiba, mas do qual os pais da contemporaneidade acabam se apropriando: o de superproteção.

O tal do suposto saber

Na psicanálise, o analista deter o suposto saber, a priori, é fundamental para que haja transferência e que se dê início a um tratamento. Da mesma forma, nas escolas, faz-se necessário que os professores também assumam esse lugar, para que as crianças consigam se integrar à sociedade de maneira adequada. Porque, assim como na análise, o indivíduo se torna sujeito e protagonista de sua própria história, na escola, a criança se torna cidadã e aprende a se responsabilizar pelos seus próprios atos.

Para que as crianças possam se questionar e, finalmente, se defender, os adultos precisam abrir mão dos supostos saberes que não lhes cabem. Afinal, é preciso compreender que cada um tem a sua função, cada um é mestre em uma área específica. Lembremos que tentar a maestria em muitas áreas diferentes pode acabar nos deixando a desejar em todas elas.

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Os Primeiros Dias https://blogdosaber.com.br/2024/04/23/primeiros-dias-sensacoes-descobertas-vivendo-aprendendo/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/23/primeiros-dias-sensacoes-descobertas-vivendo-aprendendo/#comments Tue, 23 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4817 Ler mais]]>

Os primeiros dias sempre são os mais melindrosos em qualquer situação. Não venha me dizer que você também não se sente assim, pois eu não acreditaria. Será que você se lembra de seus primeiros dias na escola/faculdade, no seu ambiente de trabalho, ou mais divertido ainda, nos seus relacionamentos?

Pois iremos falar sobre esses dias que, geralmente, são memoráveis.

Primeiro dia de cruzeiro

Hoje é o primeiro dia de cruzeiro para os novos passageiros. Para nós, que estamos aqui há quase um mês, não tem muita diferença, mas confesso que gosto de observar as pessoas e suas vicissitudes. Hoje é um dia ideal para isso.

Vi as pessoas perdidas, andando para lá e para cá, querendo descobrir onde ficavam os pontos principais, como os restaurantes, as piscinas, academias, etc., embora, o navio tenha vários diretórios espalhados em cada andar, principalmente, perto dos elevadores.

Ajudo-as, sempre que possível. As meninas da tripulação até brincam comigo, dizendo que vão me dar um crachá.

Para facilitar a vida dos recém-chegados, uma das diretoras de entretenimento simplificou tudo com a seguinte fala: Para vocês não se perderem no navio, eis algumas dicas – na frente, é onde fica a diversão, o teatro, algumas piscinas, o clube, o spa, etc. No meio, é onde o pessoal deve gastar o dinheiro, pois estão as lojas, boutiques e joalherias, além do temível cassino. No final do navio, é onde fica a melhor parte, a comida: são os restaurantes, cafés, etc.

Realmente, os primeiros dias são mesmo divertidos, eu diria. Hoje, um casal desceu do lado errado do restaurante e ficou procurando uma porta que não existia. Também vi algumas pessoas errando o lado da cabine. (Já fiz isso, confesso). Ainda bem que o bom humor prevalece, não sei se por estarem entrando num cruzeiro, que em tese, é onde as pessoas vão para se divertir, mas posso dizer que é raro encontrar alguém de mau humor nos navios.

Outros primeiros dias

Essa euforia me fez recordar os primeiros dias em outros aspectos de nossas vidas. Por exemplo, os primeiros dias dos relacionamentos amorosos são mesmo interessantes. Um querendo agradar ao outro, vencendo a timidez, e também a preocupação em se apresentar como a pessoa ideal. Os risos contidos, as palavras com a pronúncia do “r” perfeita, os melindres do amor…

Não menos interessante são também os primeiros dias num ambiente de trabalho, onde tentamos fazer tudo direitinho, cheios de dedos com os colegas, afinal, não conhecemos ninguém em sua totalidade.

Os primeiros dias de aula também dão certo “frisson.” Eu tive a sorte de cursar desde a alfabetização até a faculdade com minha irmã. Ou seja, tínhamos uma à outra, então tudo estava bem. Depois que fui cursar Direito sozinha, mesmo muito tranquila, do jeito que sou, olhava para aquele monte de desconhecidos reunidos numa sala de poucos metros e me perguntava quem era aquela gente. Depois, fui fazendo amizades, que as preservo até hoje.

Sobre isso, uma das coisas que um professor costumava dizer era que durante o curso, era para observarmos quem poderia ser seu parceiro de trabalho no futuro. Afinal, é na faculdade que a gente descobre quem poderá ser um bom profissional ou não.

Mesmo não sendo mãe, acredito que os primeiros dias com um ser humano pequenininho dá um calafrio. É um ser totalmente dependente e que não fala, não tem como saber o que está querendo. Deve ser um misto de loucura e encantamento. Mas, tem o chamado instinto materno, que deve funcionar perfeitamente, pois aqui estamos.

Não se assustem com os primeiros dias

Eu sempre fui assustada com novidades. Os primeiros dias em todas as áreas relatadas me eram terríveis, até que a maturidade chegou aderi àquela filosofia de que “tudo é passageiro,” sejam as coisas boas ou ruins e passei a ser mais tranquila paciente comigo e com os outros.

Quando chego em algum lugar e percebo que a pessoa é iniciante, trato com a maior delicadeza. Hoje, inclusive, um ajudante de garçom deixou cair uma garrafa de café, que derramou seu conteúdo inteiro no carpete.  Eu vi que ele ficou tenso. Para amenizar o mal estar, eu disse que ele não se preocupasse, pois poderia acontecer com qualquer um e que não tinha perfume mais gostoso para o ambiente do que o de café. Ele riu um pouco. Talvez, eu tenha amenizado seu pânico.

Primeiros dias de tristeza

São aqueles dias em que a gente encerra ciclos, de forma voluntária ou não. Por exemplo, um relacionamento duradouro, onde já se construiu uma base, uma vida juntos, os primeiros dias podem ser bem desafiadores, com pessoas que pensam até em fazer alguma bobagem.

As mudanças de emprego, por promoção ou demissão ou aposentadoria mesmo, geram uma quebra de rotina e também é necessário ter muita sabedoria para conduzir os primeiros dias. Os primeiros dias são bem desafiadores, mas basta ter os pés no chão para dar novos primeiros passos.

Quando perdemos pessoas muito especiais, os primeiros dias são os mais dolorosos, pois é quando mais sentimos a falta deles. Depois, a dor vai dando lugar à saudade. É preciso ter muita espiritualidade (não estou falando em religião) para atravessar esse vale de sofrimento.

Nunca é tarde para primeiros dias

Eu sou uma novem senhora na casa dos 40 anos e sei que ainda vou ter novos primeiros dias e torço para que vocês também tenham. Que sejam primeiros dias de coisas maravilhosas na vida de cada um.

Agora, me fale, quais foram os primeiros dias mais impactantes (no bom ou mau sentido) de suas vidas?

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Entrego confio aceito e agradeço! https://blogdosaber.com.br/2024/04/22/entrego-confio-aceito-e-agradeco/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/22/entrego-confio-aceito-e-agradeco/#comments Mon, 22 Apr 2024 10:58:06 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4789 Ler mais]]> Muitas pessoas costumam declarar coisas, tais como: Entrego, Confio aceito e Agradeço. Chegam até a escrever isso em seu perfil, nas redes sociais, mas na verdade o seu comportamento é exatamente ao contrário doque declara publicamente. Este é apenas um exemplo que me veio a cabeça na hora de escrever esse artigo, mas há tantos outros como aquele que declara, com o microfone na mão, em cima de um palco, diante de uma plateia, ser verdadeiro, detestar a mentira, mas, na realidade, é a pessoa mais mentirosa que se tem notícia.

O caminho é o autoconhecimento

Mas seguindo com o exemplo título deste artigo: Entrego confio aceito e agradeço! Quero dizer que isso ocorre com a maioria das pessoas, porque a humanidade está em plena evolução e o caminho dessa evolução é o autoconhecimento. Ocorre que as pessoas durante essa jornada evolutiva chegam num determinado momento que descobrem isso. Entretanto, devido ao apego pelo material patinam durante muito tempo até que consigam se libertar dessa materialidade. Afinal de contas o ego periférico. Ele está a flor da pele e atua como uma armadura que tenta segurar o Eu Superior. Ele está adormecido dentro de nós, lá no nosso inconsciente.

A luta do Ego contra o Eu Superior

Por isso, nessa fase da jornada evolutiva em que você inicialmente toma consciência que tem o poder é justamente quando o seu ego se exacerba mais e entra em desespero, pois sabe que está próximo de você conseguir essa libertação. Ele tenta de todas as formas manter o seu Eu Superior aprisionado no seu inconsciente. Em muitos casos consegue retardar o momento do despertar da consciência por um bom tempo, que equivale a muitas encarnações.

Contudo, essa jornada, como o próprio nome já diz é evolutiva, ou seja caminha sempre para frente, cujo ponto final é a sua melhor versão.

Então chega o momento que o seu nível de consciência evolutiva já lhe permite escrever no seu perfil da rede social: Entrego Confio aceito e Agradeço. Contudo, ainda não consegue executar o que escreveu porque ainda não houve uma expansão da consciência suficiente para firmar essa crença. A pessoa ainda se encontra um pouco confusa e insegura com relação a essas novas crenças.

Entrego Confio e Agradeço! A luta do Ego contra o Eu Superior.

O Eu Sou

Explicando melhor essas crenças devo dizer o seguinte: quando você afirma que Entrega, isso quer dizer que você entrega a sua situação atual a Consciência Divina do seu Eu Superior, que lhe guia incondicionalmente. Quando você afirma que Confia, está dizendo que confia no poder e na sabedoria dessa Consciência Maior e permite ser guiado e inspirado por ela através do seu coração. Ao afirmar que Aceita, está declarando que aceita o resultado, seja ele qual for, pois sabe que o melhor para o seu momento e sua evolução. E finalmente, quando você afirma Agradeço, está declarando que agradece pela energia recebida, mesmo que não consiga compreendê-la nesse momento e agradece ainda, pelo melhor resultado. Sabe que já está a caminho e em breve se manifestará em sua vida, um novo ciclo virtuoso em sua evolução.

Portanto, quando você chega a fazer essa declaração publicamente, mas ainda não tem total consciência do que isso significa ocorre essa contradição entre o declarar e o executar. Se você continua buscando, estudando e adquirindo conhecimento fatalmente chegará o momento em que sua consciência se expandirá o suficiente. Então finalmente entenderá que o poder está dentro de você e que essa virada de chave só depende de você e não de um Deus que está no céu a quem você vai Entregar, Confiar, Aceitar e Agradecer.

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Cohousing e exôdo urbano: um retorno ao familiar https://blogdosaber.com.br/2024/04/16/cohousing-e-exodo-urbano-um-retorno-ao-familiar/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/16/cohousing-e-exodo-urbano-um-retorno-ao-familiar/#respond Tue, 16 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4714 Ler mais]]> De ponta-cabeça

Às vezes, tenho a nítida impressão de estar tudo de ponta-cabeça. A sensação de que o fluxo do rio mudou de sentido, fazendo com que passemos novamente por todas as coisas pelas quais já passamos. É como se tivéssemos experimentado, não tivéssemos gostado e, por não conhecermos outras possibilidades, decidimos pelo retorno.

Porque, de repente, parece que o que tínhamos antes era melhor. Mas será que era melhor mesmo ou simplesmente estamos tão aterrorizados com a atualidade que acabamos depositando nossas esperanças numa realidade um pouco mais familiar? Algo que não necessariamente tenhamos vivido, mas que sabemos que nossos pais e avós viveram e, mais importante, que sobreviveram.

Escitalopram ou êxodo?

Na semana passada, falamos sobre a dificuldade de pais e filhos em lidarem com a era digital, no texto Pais e filhos tentam sobreviver à era digital. Cada vez mais assuntos vêm à tona entre os chamados “pais atentos”, pondo à prova o exercício profissional de professores, juristas e representantes do povo. Questões relacionadas à construção de crenças das crianças são polemizadas diariamente. Uma verdadeira confusão, que não deixa de ser interessante por propor de forma oculta uma revisão dos nossos conceitos ou pré-conceitos.

Os “pais atentos”, que, neste momento, estão na fase de cuidar dos filhos bem como dos pais. Numa era alucinante, com um tempo que corre quase à velocidade do som. Como dar conta? Escitalopram. Ou êxodo.

Se você leu “escitalopram” e não compreendeu, parabéns, você é um dos últimos dos moicanos. O que não significa que a espécie moicana tenha sobrevivido. Você poderá ser o próximo. Ou poderá se isolar da civilização em um paraíso azul ou verde, à sua escolha, onde fundará o seu próprio povo e suas leis próprias. Assim, deu-se origem ao cohousing.

Uma nova tendência…

Segundo Rosangela Rachid, arquiteta e urbanista paulistana, em entrevista à Época Negócios, explica que “Cohousing é uma espécie de condomínio pensado para promover a cooperação, o sentimento de pertencer e a troca de experiências.” A ideia ainda engatinha no Brasil, mas é popular na Europa e nos Estados Unidos: “um antídoto para combater a solidão e melhorar a qualidade de vida”.

O combate a uma solidão que se espalha desenfreadamente por entre condomínios cada vez mais populosos, meios de comunicação cada vez mais robustos e pessoas cada vez mais investidas de debate. Porém, um debate, muitas vezes, vazio. Sem proposta de construção ou reflexão. Sem intenções de coletivizar. Um debate que, muitas vezes, se transforma em monólogo. Ou doutrina. Assim, apesar de a era digital prover meios de facilitar a comunicação entre sujeitos, ela acaba provocando um efeito contrário. Talvez, seja muita informação para um HD humano ainda tão primitivo. O resultado é um sistema que “buga” ou que responde lentamente.

Então, quando o concreto já parece opacar em demasia as nossas vidas, tentamos retornar à natureza, ao micro, às pequenas coisas, aos pequenos grupos, como as tribos “pré-civilizatórias”. Assim, pessoas com interesses em comum, hoje, buscam se reunir e, além de outras coisas, conviver em espaços coletivos dentro de uma determinada privacidade. No Brasil, o cohousing começa como um espaço destinado a envelhecer com qualidade, como mostra a reportagem da BBC, Os amigos que se uniram para construir vila no interior de SP para viver juntos na velhice.

Para envelhecer, para viver, para tentar ser feliz

Afinal, a pirâmide etária já se inverteu, estamos vivendo mais e esse é um dos novos desafios enfrentados pelos brasileiros: como ter qualidade de vida na chamada “melhor idade”? E como fazer jus a essa expressão?!

No RN, o historiador Hélio Oliveira deu origem à Vila Feliz, um espaço de tranquilidade, vida em comunidade e simplicidade. A inicialmente pousada e, agora, condomínio fechado está localizado no distrito de Pium, possui 42 unidades habitacionais de 36 m² – inspiradas nos antigos aldeamentos missionários jesuítas -, capela e pátio. Vila Feliz está de pé há quase 30 anos, o lugar que Oliveira escolheu para se aposentar. Mas ele conta em entrevista à Tribuna do Norte que, além dos aposentados, dentre os inquilinos, também estão professores, estudantes, artistas e “gente de passagem pela capital potiguar que compartilha entre si o gosto por uma vida simples”.

Oliveira complementa:

“As pessoas ligadas a filosofias alternativas e grupos exotéricos, de uma espiritualidade diferente, sempre falam que em Pium há um portal de luz. Quando elas entram na Vila Feliz já disseram que é como se entrassem num tempo diferente, conectado com um mundo distante.”

Talvez, um mundo não tão distante, mas que, definitivamente, parece mais acolhedor do que o que vivemos hoje.

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Difícil entender a mente humana https://blogdosaber.com.br/2024/04/15/dificil-entender-a-mente-humana/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/15/dificil-entender-a-mente-humana/#respond Mon, 15 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4729 Ler mais]]> Sempre acha uma forma de explicar seus devaneios

Difícil entender a mente humana. Quando pensamos que já vimos de tudo nessa vida acabamos nos surpreendendo com coisas que parecem mais bizarras e surreais. Estou falando do complexo da mente humana, que sempre acha uma forma de justificar os seus devaneios e delírios, mesmo quando tenta justificar o injustificável.

Complicando as coisas sem necessidade

Eu costumo dizer que o ser humano gosta de complicar as coisas. Se algo está difícil de resolver alguém sempre encontra um meio de ficar mais difícil e complicado do que já está. Na maioria das vezes sem necessidade nenhuma. As pessoas conseguem destruir relacionamentos construídos sobre pilares como amor, verdade, franqueza, diálogo, dedicação, doação, honestidade, fidelidade e lealdade. Ai você deve estar se perguntando: como um relacionamento construído sobre tais pilares pode ser destruído?

Bem, um relacionamento é uma via de mão dupla, ou seja, é feito a dois e é necessário que exista reciprocidade de ambas as partes nos diversos aspectos que envolve esse relacionamento. Se um dos envolvidos cumpre com todas as coisas citadas a cima, mas o outro indivíduo não, então esse relacionamento não tem solidez alguma.

As pessoas fingem porque mentem

Mesmo quando todos os dias esses dois indivíduos fazem juras de amor, repetindo como um mantra diário, tipo: “hoje mais que ontem e menos que amanhã”, mas um deles não o faz do fundo do coração e apenas engana o outro. Essa relação é aparentemente sólida, mas na verdade é frágil. Um dos dois está pondo todas as suas fichas naquela relação, mas o outro só finge. Na verdade ele(a) não está nem ai para o futuro dessa relação. Essa pessoa não sabe o significado da palavra honra. Construiu uma vida sob o judice da mentira.

No fim aquele(a) que só fingia um compromisso salta fora dessa relação covardemente sem conseguir justificar ou convencer o outro de forma alguma o porquê daquela saída covarde.

Difícil entender a mente humana. As pessoas fingem porque mentem.

Não adianta ir contra a lei da atração

Para essa pessoa nada de mais aconteceu, é vida que segue, vai enganar outro na próxima esquina e assim vai levando a vida. Mal sabe ela coitada, que o que ela lança para o universo volta pra ela com a mesma intensidade, mas em sentido contrário. Desta forma ela não tem a menor consciência do que está fazendo com a sua própria jornada evolutiva. Vai continuar sofrendo, penando e sentindo muita dor, ainda por muito tempo.

Isso não é inteligente, pelo contrário, mas as pessoas adoram ir contra as leis universais, que são imutáveis, ou seja, adoram perder o seu precioso tempo. Difícil entender a mente humana, não?

Reflita sobre isso e comente aqui.

Wagner Braga

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Pais e filhos tentam sobreviver à era digital https://blogdosaber.com.br/2024/04/09/pais-e-filhos-tentam-sobreviver-a-era-digital/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/09/pais-e-filhos-tentam-sobreviver-a-era-digital/#respond Tue, 09 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4677 Ler mais]]> Os problemas de uma nova era

Quem nunca ouviu um “ah, mas na minha época, não era assim!”? De fato, não era nem mais será. A era digital, que insisto em trazer nesta coluna, constrói um contexto completamente diferente para as últimas gerações.

A parentalidade deverá ser repensada conforme os novos contextos vão surgindo. Não será possível criar os nossos filhos como os nossos pais nos criaram. Nem que escapássemos à civilização. 

Um artigo da BBC publicado na semana passada fala das famílias norte-americanas que perderam filhos por suicídio e overdose e estão processando empresas como Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, Google, administradora do YouTube, Snap, dona do Snapchat, e ByteDance, com o TikTok. 

“As ações alegam que a ‘crise de saúde mental sem precedentes entre as crianças’ é alimentada pelos produtos ‘defeituosos’, ‘viciantes’ e ‘perigosos’ dessas empresas.” Em contrapartida, “as empresas rejeitam as alegações e afirmam que estão constantemente implementando e atualizando ferramentas e recursos para proteger crianças e adolescentes em suas plataformas.”

Dentro da civilização que, agora, segue pela era digital, impera o capitalismo. As famílias das vítimas acreditam que empresas que controlam as redes sociais “incorporam deliberadamente em seus produtos uma série de recursos de design destinados a maximizar o envolvimento dos jovens para gerar receitas publicitárias.”

Bom, apesar de familiares, a novidade dessas alegações é que, hoje, tudo acontece de uma forma muito rápida e expansiva, sendo possível atingir um público de milhões de pessoas em alguns segundos.

No entanto, não é novidade alguma que as empresas irão sempre se munir de argumentos e encontrar brechas e até mesmo lacunas enormes em legislações criadas outrora. 

Álcool, drogas e redes sociais

Tentando seguir a mesma linha de raciocínio, encontro um outro artigo: Por que o álcool é tão perigoso para o cérebro dos jovens. Neste, questiona-se: “deveriam os governos definir a idade legal mínima de 25 anos ou mais” para se consumir álcool, levando em consideração que é apenas em tal período que o cérebro termina de se desenvolver? 

Para contextualizar o leitor, o artigo alega que “pesquisas científicas vêm desmentindo antigas crenças sobre o consumo de álcool pelos jovens”, a começar pela idade do desenvolvimento cognitivo e pela ideia, por exemplo, de que “permitir que os jovens bebam em casa com as refeições ensina a eles o consumo responsável do álcool”.

A neuropsicóloga Lindsay Squeglia da Universidade Médica da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, alega ser um mito a afirmação:

a introdução lenta do álcool em contextos controlados ensina os jovens a beber com segurança e reduz o consumo de álcool em excesso com mais idade, enquanto a restrição leva a bebida a ser um tentador ‘fruto proibido’
Leis parental e governamental

Pelo contrário, Squeglia aponta:

As pesquisas demonstraram que, quanto mais permissivo for o pai com o consumo, maior a probabilidade de que o filho tenha problemas com álcool em fases posteriores da vida.

Bom, tendo em vista os dois artigos, que denunciam o desespero dos pais e a sua esperança em contar com a lei para ajudar a criar os seus filhos, trago uma reflexão para nos auxiliar a pensar a educação: que responsabilidade é essa que retiramos dos nossos ombros e lançamos ao Estado?

Até quando esperaremos os órgãos públicos se manifestarem sobre questões que nós, indivíduos e cidadãos, também deveríamos buscar compreender? Questões geradas por empresas que, inclusive, temos o poder de boicotar.

Reminiscências

A permissividade para com o consumo de drogas bem como de mídias sociais pelos filhos fala também de uma possível dependência ou do próprio estilo de vida dos pais. As mídias não exploram apenas as gerações mais jovens, mas estas estão mais vulneráveis, visto que:

  • nasceram na era digital,
  • ainda estão em fase de desenvolvimento e,
  • a priori, possuem mais tempo livre do que seus pais.

Então, pensando que somos espelhos para os nossos filhos, como esperar que comam bem, se comemos mal? Como esperar que não se entorpeçam, se precisamos de “ajuda” para dormir? Como esperar que consumam menos telas, se, para escaparmos do barulho das crianças ou da chatice dos adolescentes, calamos suas bocas com entretenimentos digitais? Ou se para sobrevivermos com os nossos próprios problemas, refugiamo-nos nas vidas de outras pessoas?

Parece estranho termos que buscar formas de proteger os nossos filhos sempre fora de nós, fora do nosso habitat, daquilo que nos deveria ser mais acessível. Você não acha? Afinal, o gozo, que nos entrete enquanto fugimos do que realmente é importante para nós, diria Lacan, é aquilo que escapa e não se submete a nenhuma lei.

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