Arquivos vida - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/vida/ Cultura e Conhecimento Mon, 29 Apr 2024 13:13:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Baby Reindeer: a vida como ela é https://blogdosaber.com.br/2024/04/30/baby-reindeer-a-vida-como-ela-e/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/30/baby-reindeer-a-vida-como-ela-e/#respond Tue, 30 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4851 Ler mais]]> A minissérie

A minissérie da Netflix, ‘Baby Reindeer’ (no português, ‘Bebê Rena’), alcançou o primeiro lugar no streaming após uma semana do seu lançamento. O que era para ser uma simples história de perseguição com tom de comédia logo se transforma em um thriller complexo e angustiante. Cuidado, aqui, contém muitos spoilers!

‘Baby Reindeer’ conta a história do próprio Richard Gadd, protagonista e criador da série, começando e terminando pela perseguição de uma mulher obcecada por ele. Gadd expõe a sua vida, família e intimidades que normalmente lutamos para encarcerar. E, talvez, essa seja a maior surpresa: a exposição de traumas e conflitos internos de um homem. Tudo para justificar o tempo que ele levou para denunciar a sua perseguidora, sob o codinome Martha.

Seis meses que só foram interrompidos pela denúncia porque os problemas provenientes da perseguição alcançaram e colocavam em risco outras pessoas do seu círculo social. Gadd se pegou em uma relação de dependência com Martha, que o admirava e o incentivava a seguir com a sua carreira tão desejada de comediante. Finalmente, Gadd era reconhecido por alguém, o que o remete, mais tarde, a um homem de seu passado, sob o codinome Darrien, que também teria visto algo de especial nele.

A revelação

Martha e Darrien não apenas adoravam Gadd, eles queriam algo em troca: a sua atenção, o seu corpo, o seu sexo. Ambos sedutores, com as suas armas, ambos abusadores. Gadd, abusado por um homem e por uma mulher, tendo a sua sexualidade violada, remexida, virada do avesso, questiona-se quanto às suas preferências sexuais, procurando, inclusive, uma resposta no envolvimento com uma mulher trans.

O mais interessante de toda essa história é que Gadd é só mais um no meio de tantos homens e mulheres que são abusados e se deixam abusar, com questões que não conseguem sanar. ‘Baby Reindeer’ expõe a crueza da vida e incita em nós uma tentativa de revelação: das nossas fragilidades, tendências, desejos mais íntimos. Masoquistas, sádicos, obsessivos, perversos, narcisistas. São diversos os traços de caráter que nos circundam e ameaçam a nossa integridade. Integridade no sentido de inteiro, de manter-se no eixo.

A série não tem um final feliz. Nem triste. O final segue fiel à retratação da vida real, a vida como ela é: cheia de desafios, alegrias e frustrações. A vida como ela é: de dúvidas e eternas insatisfações.

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Entrego confio aceito e agradeço! https://blogdosaber.com.br/2024/04/22/entrego-confio-aceito-e-agradeco/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/22/entrego-confio-aceito-e-agradeco/#comments Mon, 22 Apr 2024 10:58:06 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4789 Ler mais]]> Muitas pessoas costumam declarar coisas, tais como: Entrego, Confio aceito e Agradeço. Chegam até a escrever isso em seu perfil, nas redes sociais, mas na verdade o seu comportamento é exatamente ao contrário doque declara publicamente. Este é apenas um exemplo que me veio a cabeça na hora de escrever esse artigo, mas há tantos outros como aquele que declara, com o microfone na mão, em cima de um palco, diante de uma plateia, ser verdadeiro, detestar a mentira, mas, na realidade, é a pessoa mais mentirosa que se tem notícia.

O caminho é o autoconhecimento

Mas seguindo com o exemplo título deste artigo: Entrego confio aceito e agradeço! Quero dizer que isso ocorre com a maioria das pessoas, porque a humanidade está em plena evolução e o caminho dessa evolução é o autoconhecimento. Ocorre que as pessoas durante essa jornada evolutiva chegam num determinado momento que descobrem isso. Entretanto, devido ao apego pelo material patinam durante muito tempo até que consigam se libertar dessa materialidade. Afinal de contas o ego periférico. Ele está a flor da pele e atua como uma armadura que tenta segurar o Eu Superior. Ele está adormecido dentro de nós, lá no nosso inconsciente.

A luta do Ego contra o Eu Superior

Por isso, nessa fase da jornada evolutiva em que você inicialmente toma consciência que tem o poder é justamente quando o seu ego se exacerba mais e entra em desespero, pois sabe que está próximo de você conseguir essa libertação. Ele tenta de todas as formas manter o seu Eu Superior aprisionado no seu inconsciente. Em muitos casos consegue retardar o momento do despertar da consciência por um bom tempo, que equivale a muitas encarnações.

Contudo, essa jornada, como o próprio nome já diz é evolutiva, ou seja caminha sempre para frente, cujo ponto final é a sua melhor versão.

Então chega o momento que o seu nível de consciência evolutiva já lhe permite escrever no seu perfil da rede social: Entrego Confio aceito e Agradeço. Contudo, ainda não consegue executar o que escreveu porque ainda não houve uma expansão da consciência suficiente para firmar essa crença. A pessoa ainda se encontra um pouco confusa e insegura com relação a essas novas crenças.

Entrego Confio e Agradeço! A luta do Ego contra o Eu Superior.

O Eu Sou

Explicando melhor essas crenças devo dizer o seguinte: quando você afirma que Entrega, isso quer dizer que você entrega a sua situação atual a Consciência Divina do seu Eu Superior, que lhe guia incondicionalmente. Quando você afirma que Confia, está dizendo que confia no poder e na sabedoria dessa Consciência Maior e permite ser guiado e inspirado por ela através do seu coração. Ao afirmar que Aceita, está declarando que aceita o resultado, seja ele qual for, pois sabe que o melhor para o seu momento e sua evolução. E finalmente, quando você afirma Agradeço, está declarando que agradece pela energia recebida, mesmo que não consiga compreendê-la nesse momento e agradece ainda, pelo melhor resultado. Sabe que já está a caminho e em breve se manifestará em sua vida, um novo ciclo virtuoso em sua evolução.

Portanto, quando você chega a fazer essa declaração publicamente, mas ainda não tem total consciência do que isso significa ocorre essa contradição entre o declarar e o executar. Se você continua buscando, estudando e adquirindo conhecimento fatalmente chegará o momento em que sua consciência se expandirá o suficiente. Então finalmente entenderá que o poder está dentro de você e que essa virada de chave só depende de você e não de um Deus que está no céu a quem você vai Entregar, Confiar, Aceitar e Agradecer.

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A Família https://blogdosaber.com.br/2024/04/19/a-familia/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/19/a-familia/#respond Fri, 19 Apr 2024 12:46:52 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4741 Ler mais]]> Leôncio Queiroz
A família é um país
Onde vivem as pessoas
Que se gostam e se amam
Todos vivem numa boa
Com desafios a enfrentar
O convívio as aperfeiçoa.

A família é um país
Onde vivem as pessoas
Que se gostam e se amam
Todos vivem numa boa
Com desafios a enfrentar
O convívio as aperfeiçoa.

É lá a primeira escola
Se aprende a partilhar
Tudo é de um e de todos
Só existe neste lugar
Tem alegria e tristeza
É uma festa, é um lar.

O pai e a mãe são a fonte
Onde tudo começou
Na união de carinhos
O momento eternizou
Nascemos dessa aliança
Que o Criador abençoou.

A mãe é a protetora
Do filhote aqui no céu
Neste verso chamamos terra
Onde ela cumpre o papel
Ela cria, cuida, educa
Faz nossa vida doce mel.

O pai é o gerador
Fica atento na evolução
Educa, mostra, orienta
É modelo de educação
Mesmo não estando aqui
Tá ligado no coração.

Avós fazem imensa a família
Nossa ilha de carinho
Chamo de “vó” e de “vô”
Os protejo com jeitinho
Os abraço com meu calor
Avós fazem belo o meu ninho.

O padrasto e a madrasta
São muito importantes na vida
São eles que dão proteção
A tudo na nossa família
Os enteados e eles, são
O selo da paz garantida.

A distância não separa
Os corações divididos
O amor é a ligação
O coração tem ouvidos
Os pensamentos vão longe
Levam a Deus meus pedidos.

A família aproximou-se
Com os produtos eletrônicos
Não fico mais longe dos pais
Redes sociais é patrimônio
A toda hora estou com eles
Nosso convívio é harmônico.

O orçamento da família
É uma coisa genial
Tem receitas e despesas
É o nosso mapa astral
Colaboro economizando
Só gasto no essencial.

A família é o modelo
Para qualquer um governante
Sem caneta e sem papel
Dá um resultado brilhante
As metas são alcançadas
Tudo acertado de boca, é vibrante.

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A Felicidade https://blogdosaber.com.br/2024/04/02/felicidade-busca-objetivo-sonhos-visao-pessoal-filosofia/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/02/felicidade-busca-objetivo-sonhos-visao-pessoal-filosofia/#comments Tue, 02 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4590

Antes de tudo, ao lerem essa crônica, não esperem sair com a definição de felicidade. Apenas, vou pincelar o que acho através de situações em que pessoas pensaram que a encontraria. Partindo daí, tentaremos compreender o que é isso que passamos a vida buscando, a tal da felicidade.

Felicidade através de relacionamentos.

Mariazinha era uma moça de família criada sob a proteção e cuidado dos pais. Fora educada para casar e constituir família, como meio de alcançar a felicidade. Uma visão que se tinha, num passado não tão distante. Com tal pensamento, vivia a preparar seu enxoval. Conheceu um rapaz, farmacêutico, que prescrevia e vendia medicamentos na pequena cidade. Um negócio que nunca iria falir, pois doença é algo lucrativo.

Ela tinha tudo que uma moça de sua idade poderia ter, além de ser muito amada pelos pais. Entretanto, não se sentia feliz. Ansiava casar e assim, desfrutar da tão alardeada felicidade conjugal.

O primeiro ano foi maravilhoso, afinal era novidade.  Os defeitos, que estavam escondidos como uma casa velha com a pintura nova, aos poucos, foram aparecendo. Ele era agressivo, narcisista e a fez definhar de tristeza. O divórcio veio, mas ela ficou perdida, pois não sabia como ser feliz, uma vez que acreditava que a felicidade estava no casamento.

A felicidade da aparência.

Luíza viu uma famosa influencer usando um lindo cardigã de caxemira, numa daquelas fotos publicitárias, com cafezinho no copo de papelão e um bom filtro que deixava tudo perfeito. Imaginou-se, por um momento, sendo como aquela influencer tão “feliz e realizada” se tivesse um cardigã daquela cor, daquela marca famosa.

Relutante, pegou as economias que estava juntando para consertar a geladeira e comprou um semelhante na loja, online. Recebeu a peça delicada. Vestiu. Fotografou. Todavia, as fotos dela não demonstravam felicidade, afinal, ela morava numa cidade bem quente, onde o frio era raridade. Ali, suas esperanças de felicidade se esvaíram e ela se entristeceu mais ainda, pois ficara com uma cara peça de roupa que não ia usar e a geladeira quebrada, o que aumentava a sensação de calor e de frustração.

A felicidade depositada nos filhos.

Rita sonhava ser mãe. Não seria feliz enquanto isso não acontecesse. Era bem sucedida, tinha um bom marido. Engravidou. Anos passaram e por mais que o amor de mãe fosse incomensurável, o filho cresceu e desviou-se dos caminhos que os pais ensinaram. Envolveu-se com o tráfico de drogas e trouxe a violência para dentro de casa, assassinando o próprio pai, num momento em que este o corrigia.

Agora, em frente ao presídio, Rita aguardava, junto à outras mães e parceiras dos detentos, a vexatória revista para visitar o filho. Aquilo estava longe de ser a felicidade que sempre buscara. Sua vida estava destruída.

A felicidade num objetivo

Ricardo almejava ser juiz. Concluiu o curso de Direito. Casou com uma colega de turma. Focado, estudava dia e noite. Vivia absorto nos códigos e entendimentos jurisprudenciais, que mudam de acordo com a conveniência jurídica. O primeiro filho veio. Deu os primeiros passos, mas ele não viu porque estava fazendo uma prova para a magistratura em outro Estado. O menino aprendeu a falar, foi para a escola. A esposa conduzia a casa sozinha. Estava cansada.

Depois de nove anos tentando, Ricardo foi aprovado, mas não tinha com quem comemorar. Ela, achou por bem viver, então separou-se. O filho, agora um pré-adolescente, quando ficava com ele durante o fim de semana, passava o tempo com fones de ouvido e a cabeça mergulhada em jogos eletrônicos. No dia da posse, Ricardo questionou se era feliz. Triste, preferiu não responder.

O que é felicidade?

Muitos filósofos tentaram explicar a felicidade com bases em estudos ou tendências, o que não vou trazer aqui, pois não é um texto acadêmico. Só precisamos saber que a felicidade, além de ser perseguida diariamente, também quiseram colocá-la dentro de um método, para que assim, todos pudesse consegui-la (algo similar aconteceu no Brasil, quando um ministro queria criar o “ministério da felicidade” para garantir que todos fossem felizes). Meu país me surpreende em criatividade.

Os métodos não deram certo, pois cada filósofo definiu a felicidade de acordo com seu conhecimento e sua visão de mundo, ou no que achava que era virtude ou não. Num mundo deste tamanho, meus amores, chegar a um consenso sobre isso é impossível.

Um falava que a felicidade era rir, outro, que era a função social que o indivíduo exercia, outro defendia que a felicidade era alcançada através da espiritualidade, no foco no ser e não no ter e por aí vai.

É o mesmo que a gente se reunir em um grupo de pessoas e pedir que cada um defina felicidade. Cada um vai ter uma resposta diferente, de acordo com o que lhe faz feliz. O que eu acho sobre a felicidade ou o que me deixa feliz, pode não significar nada pra vocês e vice-versa.

Os minicontos que escrevi acima demonstram que a felicidade é concebida, em primeiro lugar, em nossa mente. É quando imaginamos que podemos ser felizes através de um relacionamento, realizando algo, possuindo um bem ou se tornando alguém (ter uma profissão, sendo pais, virando um político ou celebridade), o que não é verdade.

Por vezes, ignoramos os reais momentos de felicidade, aqueles do dia a dia, por estarmos focados em buscá-la, imaginando que é algo grandioso ou surpreendente.

Tais quais nossos personagens dos minicontos eram, de certa forma, felizes, em suas vidas “simples”, o que alguns filósofos também defendiam como uma das maneiras de alcançá-la.

A felicidade existe?

A busca pela felicidade através de pessoas, bens, objetivos.

A felicidade existe. Na minha parca visão de mundo gosto de compará-la a uma brisa, que a gente sente, não pode pegar, mas sabe que existe e que é inconstante, vai e vem.

O bem-estar é um dos pilares da felicidade e podemos nos sentir bem com coisas simples: dançar a música predileta, ouvir a cantoria dos pássaros ao alvorecer ou som do riso de uma criança, dormir numa rede, comer algo que gosta, amar, ser amado, dar uma gargalhada e fazer o bem são exemplos que me ocorreram, mas sei que cada um tem sua forma de se sentir bem e feliz.

Fato é que essas coisas passam despercebidas, pois estamos nessa corrida desenfreada na busca pela realização de um sonho/objetivo, achando que é a felicidade. Com isso, não quero desencorajá-los a buscarem o que almejam. Apenas lhes advirto que apreciem o caminho, desfrutem do processo, sendo felizes também nessa fase.

Infelizmente, nunca teremos uma vida linear, sem problemas, como alguns filósofos defendiam que seria a felicidade. Coisas ocorrem sem o nosso consentimento ou pessoas podem ser perversas e nos machucarem. É da humanidade. Definitivamente, felicidade não é ausência de problemas.

Estado de felicidade.

O estado de felicidade vive conosco, em algum lugar em nosso interior. É o que nos dá paz diante das adversidades. É fácil percebê-lo naquele momento em que você se olha no espelho e se sente feliz com o que vê e não falo da aparência, mas da pessoa que você é/se transformou, do que já superou, da sabedoria que adquiriu, de sua integridade, em ser uma daquelas pessoas que os outros gostam de ter por perto, de ser alguém do bem.

Sentindo-nos dessa maneira, começamos a externar essa felicidade onde estivermos: em casa, no trabalho, com amigos e desconhecidos também. Quem não gosta de gestos de gentileza, quando alguém segura a porta para você ou lhe cede a vez de passar? Pessoas felizes são gentis e pulverizam a felicidade por onde passam.

Por fim, amigos, sejamos sensíveis para sentir a brisa da felicidade quando ela aparecer, e acreditem, ela sempre aparece. Só precisamos estarmos prontos para apreciá-la.

Agora, quero saber de vocês, o que lhes deixam felizes no dia a dia? Vou ler cada comentário com carinho até para conhecer um pouco mais de meus queridos leitores!

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Sistema de Crenças https://blogdosaber.com.br/2024/03/21/sistema-de-crencas/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/21/sistema-de-crencas/#respond Thu, 21 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4482 Ler mais]]> Alimenta o caminhar da humanidade

Desde os primórdios da humanidade o ser humano nutre a crença em algo ou alguém para justificar a sua existência neste planeta. Portanto vivemos sob um sistema de crenças e essas crenças é que alimentam o caminhar da humanidade.

O Sistema de Crenças alimenta o caminhar da humanidade.

Crenças Limitantes

Ocorre que esse sistema de crenças é passado de pai para filho, geração após geração e sendo assim ele fica gravado no inconsciente coletivo das civilizações. Contudo, a maioria das crenças contidas nesse sistema de crenças é o que nós chamamos de limitantes. E o que seriam Crenças Limitantes?

Bem, nós vivemos num planeta tridimensional. Lá no curso secundário nós aprendemos as coordenadas cartesianas X, Y e Z, que são os três planos que conseguimos visualizar, sentir e tocar. Todo e qualquer objeto possui 3 dimensões: altura, largura e profundidade. Por exemplo, uma empresa de transporte de mercadoria quando o produto é muito leve, como isopor, o valor do seu frete é calculado baseado na cubagem ou volume.

Uma realidade tridimensional

Então, é até ai onde conseguimos chegar numa realidade tridimensional, pois é um sistema limitado. Ocorre que através desse sistema e dos cinco sentidos só conseguimos enxergar, em torno de, 5% de todas as coisas que estão no universo e ao nosso redor, devido as benditas crenças limitantes.

Portanto o plano tridimensional em que habitamos é muito limitado. Não só pelo fato de não conseguirmos enxergar a maioria esmagadora das coisas que nos cercam, como também pelo fato de estarmos vibrando numa energia muito densa. Uma energia que de tão densa se chama matéria e nos aprisiona ao solo deste planeta através da força da gravidade.

Mas nós podemos nos libertar dessa energia densa chamada matéria. Aliás é a nossa principal missão na caminhada evolutiva rumo a melhor versão. Contudo só conseguiremos isso nos libertando primeiro e deixando para trás as crenças limitantes. Quebrando paradigmas sem medo do desconhecido.

Libertos da dor e do sofrimento

Então o que seria a nossa melhor versão?

É justamente quando alcançamos uma frequência vibracional tão alta que não precisamos mais desse veículo temporário para a nossa alma. É quando nos tornamos tão leves que nos transformamos em energia pura. Mas antes vamos evoluir da 3ª dimensão, para a 5ª dimensão. Onde finalmente estaremos livres da dor e do sofrimento, bem como das provas e expiações.

Dicas para se libertar das Crenças Limitantes

De repente você pode estar pensando: como faço para me libertar das crenças limitantes?

Bem, eu digo que é um processo que passa pelo conhecimento, pelo autoconhecimento e pela intuição. pelo conhecimento porque o conhecimento liberta (Conhecereis a verdade e ela vos libertará, João, 8:32). Foi o conhecimento tecnológico que libertou o homem da gravidade da terra e proporcionou voos extraordinários como o de pisar na lua. Passa pelo autoconhecimento porque essa é a maior e mais profunda viagem que todo ser humano deve fazer, pois o medo de se autoconhecer é o que nos amarra às crenças limitantes. E pela Intuição porque é através do desenvolvimento dessa percepção sensorial que vamos começar a enxergar os tais 95% das coisas que vibram ao nosso redor e não percebemos.

Então, o que está esperando para se libertar? Pense nisso!

Wagner Braga

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Fotografia https://blogdosaber.com.br/2024/03/19/fotografia-historia-documentacao-momento-vida-eternidade-imagens/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/19/fotografia-historia-documentacao-momento-vida-eternidade-imagens/#comments Tue, 19 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4438

“Na fotografia estamos felizes.”

Inicio nossa crônica de hoje com um trecho da música “Anos Dourados” de Tom e Chico, que ouço na voz de Gal, para falar que sim, que preferimos nossas fotografias sorrindo, para que o momento de felicidade seja registrado. Este, ficará ali, numa tela de celular, em nossas mãos, ou em um porta-retrato, na mesinha da sala.

Fotografia – Um pouco da história.

Essas coisas mágicas chamadas fotografias foram inventadas em 1826, por um francês curioso, chamado Joseph Niépce. Depois, Louis Jacques Mandé Daguerre criou a primeira máquina de fotografia, o daguerreótipo. Imediatamente, Dom Pedro II, sempre antenado nas tecnologias, trouxe um daguerreótipo para o Brasil, logo após seu lançamento.

No início do século XX, a Kodak popularizou a fotografia, mas foram os japoneses que criaram o primeiro aparelho celular com câmera, em 1999. De lá para cá, bilhões de fotos são tiradas diariamente. Somos uma sociedade predominantemente visual. Em outras palavras, vemos fotos a todo instante, em todo lugar e tiramos as nossas também, claro.

Analisando a etimologia da palavra fotografia, temos que foto significa luz e grafia, registro ou escrita. Em suma, fotografia é escrever com a luz. Eu me encantei com essa descrição, pois as fotos nos contam histórias, documentam, nos faz viajar no tempo e nos causam diferentes emoções.

As fotografias como parte do dia a dia

Como viajante, registro tudo que vejo, até para inspirar minha escrita. Meu marido chama de “fotos bobas,” mas eu não me importo, pois não sou uma profissional. Meu objetivo é registrar cores, momentos, pessoas em seu cotidiano, que representam materiais ricos demais para serem descartados.

Faço isso com muito cuidado, pois não é todo mundo que gosta de ser fotografado e precisamos respeitar cada um. As fotografias não deixam de ser uma “invasão de privacidade” mesmo sendo algo tão comum nos dias de hoje.

No verão passado, quando estava em Civitavecchia, uma cidade litorânea na Itália, tínhamos acabado de jantar e voltávamos a pé para o hotel. Foi quando vi um vendedor de flores tomando um espresso (um café curto, bem forte, bem italiano). Não resisti e o fotografei. Revendo a foto, meses depois, pensei “isso aqui é a alma da Itália.” Só pude constatar essa afirmação revendo um registro meu, feito “do nada”, pois as fotos têm essa magia de falar conosco, retratar um ambiente, uma pessoa, um modo de vida.

A fotografia como documentação histórica:

Além de congelar momentos, aplacar as saudades de pessoas e tempos que não voltam, uma das principais funções das fotografias é nos contar histórias.

Abaixo, comento rapidamente algumas fotos que marcaram a humanidade e que possuem uma importância histórica para todos nós. Elas trazem reflexões e, de certa forma, nos dão um norte para o que devemos buscar ou evitar a todo custo, como cidadãos do mundo:

Em primeiro ligar, trago as fotografias dos prisioneiros (a maioria, judeus) libertados dos campos de concentração nazistas. Essas fotos conversam conosco até os dias de hoje, nos mostrando um passado que não queremos nunca mais.

Concomitantemente, temos a famosa fotografia do beijo, do soldado americano e da enfermeira, na Times Square, Nova York, marcando o final da Segunda Guerra Mundial. Num mundo de tantos conflitos, a começar pelos nossos, internos, não precisamos mais de nenhuma guerra.

Logo após, a foto dos primeiros astronautas na lua – Mostra o poder de realização do homem.

Registros fotográficos que marcaram a humanidade

Não menos importante, a famosa fotografia da menina correndo nua, durante a guerra do Vietnã. Sempre quem paga o preço mais alto são os inocentes, os mais frágeis, os que não decidem fazer guerra.

Quem não lembra da icônica foto de um rapaz que, no ano de 1989, durante um protesto contra o regime comunista em Pequim, parou um comboio de tanque de guerra? A fotografia ganhou o mundo como um símbolo pela paz.

Sequencialmente, a foto da criança africana e o abutre, no Sudão, que denunciava a fome naquele continente.

Uma fotografia menos dolorosa, que acho bacana, é o almoço no arranha-céu, onde funcionários, sem se importar com os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) almoçavam tranquilamente, como se estivessem num boteco. A foto serviu para mostrar ao mundo que, em meio a uma grande recessão/crise financeira, os Estados Unidos continuava produzindo, construindo. O que também se vê nos dias de hoje.

São muitas fotos transmitindo mensagens e também um registro de tempo, uma história. Vou deixar aqui o link, para quem tiver curiosidade de mergulhar um pouco mais na história mundial através delas.

Algumas fotografias icônicas de nosso país:

No Brasil, separei algumas fotografias legais que marcaram nossa história. São poucas, para não alongar o texto. Ei-las:

Em primeiro lugar, o Bis de Santos Dumont – O mineiro colocou seu protótipo para voar em solo parisiense, em 12 de novembro de 1906.

Em seguida, temos o Cristo Redentor, logo após sua inauguração. É o nosso maior cartão-postal.

Sequencialmente, na Itália, um soldado brasileiro segurando um artefato explosivo com os dizeres “a cobra está fumando” direcionado aos nazistas. O jornalista designado para cobrir a participação do Brasil foi nada mais, nada menos que nosso maior cronista, Rubem Braga. Ele escreveu muito sobre isso, com sua inteligência peculiar.

Logo depois, temos Pelé, em 1958, quando o Brasil ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez, na Suécia.

Juscelino Kubitschek inaugurando Brasília. Ah Brasília, cansada de guerra!

Em seguida, temos a foto do garimpo em Serra Pelada, do famoso fotógrafo Sebastião Salgado (creio ser o fotógrafo brasileiro mais premiado e conhecido mundialmente). Ele ficou famoso por fotografar/documentar a tentativa de assassinato de Ronald Regan, então Presidente dos Estados Unidos.

Uma fotografia nordestina que correu o mundo:

Finalmente, para nós, nordestinos, existem várias fotografias históricas, mas a que mais chama a atenção é a icônica foto da cabeça dos cangaceiros, capturados e mortos pela Volante (Polícia Militar), na escadaria do Palácio Dom Pedro II (atual sede da Prefeitura de Piranhas), em Alagoas. Além de documentar, a foto passa uma mensagem.

Das fotos históricas às pessoais

Da mesma forma que agências de notícias e profissionais documentam a história através das fotos, nossos familiares também têm o mesmo cuidado e tratam do assunto com maior importância. Eles documentam nossas vidas desde a infância. São registros fotográficos considerados “obrigatórios” tais quais as imagens de aniversários, casamentos, formaturas, etc. É a nossa vida passando através da fotografia.

Atualmente, com os celulares, o processo é mais rápido e podemos fotografar várias vezes, aleatoriamente e reciclar as que gostamos para a posteridade.

Constantemente, eu posto qualquer coisa que acho interessante, porque sei que com o passar dos anos, as redes sociais me lembrarão o que postei. Dessa forma, quando vejo as imagens de meus pais, de pessoas próximas que já se foram, no íntimo, agradeço por tê-los fotografado, mesmo que de qualquer forma.

Então, não se acanhem. Fotografem muito, registrem suas vidas. Mais adiante, você vai gostar de ter feito isso.

Era visual, era da fotografia digital.

Definitivamente, estamos na era das redes sociais, do visual. “Quem não é visto não é lembrado” não é assim que falam? Entretanto, respeito e admiro quem vive em off.

Por fim, a fotografia, é a oitava arte. Então, meus amores, somos todos artistas, pois atire a primeira pedra quem nunca tirou uma “fotinha” na vida!

Agora, quero lhe ouvir. Você gosta de registrar tudo ou prefere viver com mais privacidade?

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Os quatro pilares do estoicismo https://blogdosaber.com.br/2024/03/18/os-quatro-pilares-do-estoicismo/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/18/os-quatro-pilares-do-estoicismo/#respond Mon, 18 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4424 Ler mais]]> Saiba como lidar com as adversidades da vida

Hoje vamos falar sobre os princípios de uma filosofia muito antiga, o Estoicismo. Os quatro pilares do estoicismo são: a Sabedoria Prática, a Temperança, a Justiça e a coragem. São eles que nos ensinam como lidar com as adversidades da vida e como alcançar a tranquilidade interior.

Estoicismo! Conheça os quatro pilares do estoicismo.

A Sabedoria Prática

sabedoria prática é como uma bússola para a vida cotidiana. Ela nos permite distinguir entre o certo e o errado, o essencial e o supérfluo. Quando cultivamos essa sabedoria, tomamos decisões mais acertadas e agimos de acordo com o que é correto. Entretanto, ela não é apenas fruto da razão, mas também da reflexão profunda sobre as situações que enfrentamos. E só a conquistamos com a vivencia das muitas experiências da nossa jornada evolutiva.

A Temperança

temperança é como um leme que guia nossa jornada. Ela nos capacita a equilibrar nossas vontades, a moderar nossos impulsos e a evitar excessos. Quando cultivamos essa virtude, buscamos um caminho saudável, onde a autocontenção e o autocontrole são nossos aliados, bem como a disciplina, fundamental no desenvolvimento dos dois anteriores. Infelizmente a disciplina só se adquire depois de muitas experiências vividas.

A Justiça

justiça é como um farol que ilumina nosso caminho. Ela nos capacita a discernir entre o certo e o errado, a reconhecer o mérito e a tratar todos com equidade. Contudo, quando cultivamos essa virtude, buscamos um mundo onde a empatia e a compaixão são os alicerces da convivência humana. Mas, quando se diz que a justiça é cega, quer se dizer que ela é imparcial. Entretanto, infelizmente, não é isso que temos visto por ai. A maioria das pessoas, incluindo as que deveriam dar o bom exemplo e que teoricamente já teriam a Sabedoria Prática, ainda estão longe de compreender o verdadeiro sentido da palavra Justiça.

A Coragem

coragem é como um escudo que nos protege nas batalhas da vida. Ela nos capacita a encarar o medo e a adversidade de frente, a enfrentar os obstáculos com bravura e a agir alinhados aos nossos valores e princípios. Todavia, quando cultivamos essa virtude, fortalecemos nossa resiliência e alimentamos a chama da determinação que nos impulsiona a seguir adiante. A Coragem é o divisor de águas na evolução da consciência e na escala das emoções, segundo David Hawkins. Ela vibra a 200 hertz e está acima do Orgulho e logo abaixo da Neutralidade. A partir dela começamos realmente a evoluir para frequências mais altas e nos distanciamos das baixas frequências e a jornada se torna mais rápida.

Resumindo, os quatro pilares do estoicismo são a sabedoria prática, a temperança, a justiça e a coragem. Eles nos ensinam a viver de maneira significativa e a enfrentar os desafios da vida com resiliência e equilíbrio emocional.

Peço que deixe as suas impressões sobre o assunto lá nos comentários e nos ajude a tornar mais rico este debate filosófico.

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Vamos pensar em Gratidão? https://blogdosaber.com.br/2024/03/18/vamos-pensar-em-gratidao/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/18/vamos-pensar-em-gratidao/#respond Mon, 18 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4429 Ler mais]]> E na sua importância na construção da felicidade!

Qual a importância da gratidão para a construção da felicidade: já que muitas crenças populares não são reais? Muitos acreditam que a felicidade é uma conquista por “coisas”, que alguns tem e outro não, que é preciso muito esforço para alcançá-la. Por isso lhe pergunto: Vamos pensar em Gratidão?

Felicidade não é algo inato, que alguns têm e outros não: atualmente a ciência prova que a felicidade é uma habilidade, e como tal precisa ser praticada e cultivada com dedicação.

Ademais, sentir-se grato promove alterações neuroquímicas em nosso cérebro e estimula a capacidade de enxergarmos cenários futuros mais positivos.

Vamos pensar em Gratidão? E na sua importância na construção da felicidade!

Os diversos significados da Gratidão

Expressar a gratidão é uma espécie de metaestratégia para alcançar a felicidade. Contudo, para muitas pessoas, a gratidão significa muito. É perplexidade, é agradecimento; é olhar para o lado bom de um contratempo, é entender a abundância, ser grato a alguém, agradecer a Deus e “contar as bençãos”. É saborear, dar o devido valor às coisas, é superação, orientar-se para o presente. A gratidão é um antídoto contra as emoções negativas, algo que neutraliza a inveja, a avareza, a hostilidade, o aborrecimento e a irritação. A média das pessoas, contudo, talvez associe gratidão a dizer “obrigada” por um presente ou um favor recebido. Convido-o a pensar sobre uma definição muito mais ampla.

O pesquisador e autor sobre gratidão mais proeminente do mundo, Robert Emmons, define-a como “uma sensação percebida de maravilhamento, agradecimento e valorização da vida”. […] Por definição, praticar a gratidão envolve um foco no momento presente – na valorização de sua vida tal como é hoje e o que a fez assim.

As benesses da Gratidão na ótica da ciência

Expressar gratidão é muito mais do que dizer “obrigado”. […] Descobriu-se que as pessoas gratas com regularidade são relativamente mais felizes, energizadas e esperançosas, tendo relatado sentir emoções positivas com maior frequência. Tendem também a ser mais prestativas e empáticas, mais espiritualizadas e religiosas, mais clementes e menos materialistas do que outras que estão menos predispostas ao agradecimento. Além disso, quanto mais uma pessoa se inclina para a gratidão, menor a probabilidade de ficar deprimida, ansiosa, solitária, invejosa ou neurótica. 

LYUBOMIRSKY, Sonja. A Ciência da Felicidade: como atingir a felicidade real e duradoura. Elsevier. Rio de Janeiro, 2008, p. 73-74.

Desta forma, a partir dos estudos na graduação de Ciência da Felicidade, com o Professor Gustavo Arns, posso afirmar que praticar a gratidão é algo que agrega muita qualidade de vida, além de saúde e bem-estar. Então, todos juntos, vamos pensar em Gratidão? Sempre?

Sarita Cesana

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Caixa de Recordações https://blogdosaber.com.br/2024/03/12/caixa-de-recordacoes-memorias-vida-lembrancas/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/12/caixa-de-recordacoes-memorias-vida-lembrancas/#comments Tue, 12 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4377 Ler mais]]>

Recordações – A caixa da vovó!

Quando crianças, entrava minha irmã Vitória e eu no quarto de nossa avó materna, como se estivéssemos numa ilha do tesouro. Abríamos uma enorme mala-baú, que mais parecia um ataúde e, dentro dela, encontrávamos o objeto de nossa curiosidade – uma pequena caixa contendo diferentes miudezas, que encantavam nossos olhos: Eram botões coloridos, moedas antigas, uma pequena boneca de pano preta, um lenço puído, mas imaculadamente branco, com três flores pequenas bordadas em uma das pontas, um frasco vazio de perfume que outrora fora uma escultura de uma imagem católica, dentre outras coisas.

Analisávamos um a um, como arqueólogas experientes, tentando decifrar a origem, data e importância de cada item, mas não conseguíamos.

De repente, a dona do curioso acervo, nossa avó, chegava e ralhava conosco, guardando os importantes achados e nos mandando ir para a sala, onde poderia ficar de olho nas duas curiosas. Ela guardava sua caixinha de tesouros, digo, recordações, e nos conduzia, como um guarda leva os prisioneiros, para o pátio.

As caixas de recordações são coisas muito particulares. Cada um pode ter a sua, onde deposita pequenos tesouros pessoais, acumulados ao longo do tempo. Alguns, são para sempre, outros, vamos nos desprendendo, sem perceber.

O valor que damos às nossas recordações depende muito de nossa criação, cultura, visão pessoal de mundo e, principalmente, experiências. O que é importante para mim, pode não ser para vocês e vice-versa.

Essas recordações podem ser coisas preciosas, como joias, armas, quadros de família ou bugigangas supérfluas, sem valor monetário, mas de incalculável valor emocional. Somos pessoas emotivas e adoramos nos “agarrar” às coisas que nos remetem a tempos bons, boas lembranças e lugares seguros, como a casa dos nossos pais, por exemplo.

Coisa de criança?

Não precisa ter idade certa para ter uma caixa de recordações ou segredos. Como narrei, vovó tinha uma caixinha dessas, cheias de artigos interessantes.

Por bem da verdade, não compreendíamos o que significavam. Para nós, eram apenas objetos de curiosidade, mas tenho certeza que ela tinha seus motivos para manter consigo tais prendas.

Na adolescência, comecei a juntar meus “tesouros,” pessoais que consistiam numa embalagem vermelha de um bombom, fotos de Brad Pitt, um ingresso de cinema e uns cartõezinhos que estavam super na moda, estilo “pop-up”, que poderiam ser de amigos ou namorados. Eram coisas que, para mim, eram muito importantes (naquela época). Depois, nem sei como desapareceram. Mamãe deve ter pensado que era lixo e jogado fora, como costumava fazer com tudo que via pela frente. Coisas de mães.

Já adulta, me pego guardando tickets do metrô de Paris, cartões postais, moedas estrangeiras, cadernos de anotações que compro e tenho pena de usar, marca-páginas tão elaborados, que parecem obra de arte. Enfim, itens que me despertam boas memórias. Quanto tempo irei mantê-los em minha caixa de recordações, não sei. Talvez passe para meus sobrinhos, num futuro não tão distante.

Caixinhas de recordações sentimentais

Entretanto, nossas caixas de recordações não precisam ser apenas materiais. Eu sei, que no fundo do coração de cada um de vocês, há uma caixinha repleta de bons momentos que a vida lhes ofertou, algum dia: o primeiro beijo, a primeira vez, uma conquista importante, uma aprovação, um gesto de carinho de uma pessoa especial (seja um familiar ou um amor), uma coisa estupenda que aconteceu e que você guardou como um tesouro.

Ah, eu tenho tantas coisas boas guardadas… Uma delas, que é inesquecível, foi um abraço que recebi do pároco de minha cidade natal, Padre Vicente, quando eu tinha nove anos. Eu entrei correndo na Igreja para a minha primeira eucaristia e ele estava bem no meio do corredor e, em vez de ralhar, me abraçou (ele era famoso por ter um temperamento difícil). Foi algo tão singelo que mantenho a memória até hoje.

O Beijo – De Gustav Klimt

Recentemente, guardei mais um momento marcante em minha caixa de recordações: A visita ao Palácio Belvedere, em Viena, onde hoje funciona um museu. Pois bem, o museu abriga uma grande coleção de obras do pintor austríaco Gustav Klimt. Dentre elas, o quadro intitulado O Beijo, uma obra que eu admiro há muito tempo. Já sonhei com ela, já me inspirei e escrevi poemas sobre ela, e me pego pensando nela, quando quero desligar-me de tudo. É um caso de amor de longas datas.

No momento que eu vi aquela tela em minha frente, não acreditei. Parecia um sonho. Foi algo surreal mesmo. Fiquei horas examinando cada detalhe. Emocionada, agradeci muito ao meu marido por ter me levado àquele museu. Dentre essas lembranças, há muitas outras ao longo dessa minha breve vida e sei que vocês também guardam as suas.

O tempo, sábio como é, aqui, acolá, faz as vezes de mamãe e leva algumas embora, sem que eu perceba. Acontecimentos que em algum momento eu pensava serem grandiosos, mas depois de certo período, com mais maturidade, vejo que não eram tão importantes assim.

Essas caixas de recordações nos ajudam a viver. Sabe, naqueles dias maus ou em que a gente esquece que é feliz? Nesses dias, extraia uma lembrança boa de sua caixinha e sorria para a vida.

A lixeira

Também temos nossa lixeira pessoal, onde jogamos as recordações desagradáveis. Nelas estão nossas decepções, nossas dores, os momentos em que duvidamos de nós mesmas, e aqueles em que fomos duramente golpeadas… Em síntese, as coisas mais terríveis que passamos.

Mais do que jogar essas memórias nessa lixeira interior, devemos também jogar no triturador do tempo. Esquecer para sempre. Apagar de nossas vidas. Definitivamente, há coisas que não dá para guardar, pois nos envenenam e sem querer, embaçam as coisas boas de nossas caixinhas de recordações.

É isso, amigos leitores. Tenho as minhas caixinhas de recordações materiais e sentimentais e cuido, com zelo, de cada uma.

E vocês, também pensam assim e gostam de guardar coisinhas especiais? Se puder, comente um objeto que vocês mantem pelo valor sentimental que possuem ou até mesmo uma lembrança boa, importante para vocês!

Um abraço apertado daqui do mar!

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A lealdade e a verdade https://blogdosaber.com.br/2024/03/07/a-lealdade-e-a-verdade/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/07/a-lealdade-e-a-verdade/#respond Thu, 07 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4302 Ler mais]]> Completam a ética e a moral

Desde que o mundo é mundo, que a humanidade debate sobre ética e moral. Os maiores filósofos de todos os tempos deixaram, cada um, a sua contribuição no que tange a formação de uma sociedade cada vez mais justa e saudável. Infelizmente estamos bem longe ainda de alcançarmos tal excelência. Isso ocorre porque, numa sociedade, seja ela qual for, mesmo que cumpra a ferro e fogo os princípios da ética e da moral, se não houver, também, a lealdade e a verdade, caminhando juntos, a ética e a moral estarão incompletas ou órfãs de pai e mãe.

A lealdade e a verdade completam a ética e a moral.

Os pilares basilares da Igreja

A ética e a moral são os pilares basilares da Igreja, no entanto é comum vermos por ai padres pedófilos, padres que transgrediram os princípios do Celibato e os votos de castidade, seja homo ou hétero afetivamente falando. Quando isso ocorre pelo menos dois ilícitos foram cometidos: a deslealdade e a mentira. Então alguém, em algum momento jurou ou se comprometeu publicamente e perante uma divindade com todas as honras que lhe são concedidas que jamais se relacionaria sexualmente com outrem. Agindo assim ela foi desleal e também faltou com a verdade na medida que escondeu de todos esses ilícitos.

Portanto, a ética e a moral caminham invariavelmente juntas e de braços dados com a lealdade e a verdade. Infelizmente, na prática e em todos os ofícios não é assim que funciona. O que vemos com muita frequência são médicos recomendando pacientes a fazerem ou deixarem de faze coisas que eles próprios não fazem ou não deixam de fazer. Escritores publicando livros recomendando aos seus leitores coisas que eles próprios nunca fizeram. São pessoas com milhares e até milhões de seguidores que buscam naquele líder um exemplo a seguir e o sucesso garantido.

Um mau exemplo

O exemplo clássico é o do médium João Batista que durante décadas iludiu milhares de pessoas. Fazendo-as acreditar que o que ele demonstrava era exatamente o que dizia ser. E hoje nós sabemos o quão amoral, antiético, mentiroso e desleal ele foi com seus(uas) pacientes e seguidores.

Coração, Intuição e Gratidão – um atalho

Então, convém que daqui por diante sejamos leais e verdadeiros, até mesmo, antes de sermos éticos e moralmente corretos para que não haja perigo de falharmos em nenhum desses quatro pilares. Desta forma estaremos sempre pensando, falando, sentindo e agindo com o coração. Aguçando a intuição e praticando a gratidão. Este sim, um atalho para a vida plena.

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