Arquivos sofrimento - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/sofrimento/ Cultura e Conhecimento Wed, 01 Nov 2023 14:13:34 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Porque Sofremos https://blogdosaber.com.br/2023/11/15/porque-sofremos/ https://blogdosaber.com.br/2023/11/15/porque-sofremos/#respond Wed, 15 Nov 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3089 Ler mais]]> Huberto Rohden

Os grandes mestres e guias espirituais da humanidade, em todos os tempos e países, falaram o por que sofremos ou escreveram sobre o sofrimento humano. Moisés, Buda, Lao-tsé, Gandhi, o Livro de Jó e modernamente Émile Durkheim, compreenderam e explicaram a natureza e a finalidade do sofrimento. Este livro do filósofo e educador Huberto Rohden, publicado em 1976, não é uma pergunta sobre o sofrimento, mas uma resposta a esse fenômeno universal que é o por que sofremos .

Por que sofremos?

Para o filósofo, o sofrimento é um fator positivo e não negativo. Rohden afirma que “o sofrimento é uma reação das Leis cósmicas contra o ‘pecador’, ou aquele que desarmonizou essas Leis cósmicas”. A grande mensagem educacional-espiritual deste livro é dizer que “a alternativa do homem de hoje e de todos os tempos não é sofrer ou não sofrer – mas saber sofrer”.

Porque Sofremos.

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As flores perdidas de Alice, fulana, beltrana https://blogdosaber.com.br/2023/10/03/as-flores-perdidas-de-alice-fulana-beltrana/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/03/as-flores-perdidas-de-alice-fulana-beltrana/#respond Tue, 03 Oct 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2623 Ler mais]]> Panorama

A minissérie da Prime Video, ‘As flores perdidas de Alice Hart’, conta a história de mulheres marcadas pela violência doméstica ou vítimas de atos violentos de algum homem e, até mesmo, de sua própria omissão. A história se dá em torno da personagem Alice Hart, inicialmente criança, que sofre com a brutal agressão do pai. Na idade adulta, descobre-se vítima de uma avó controladora, foge de casa e acaba se envolvendo com Dylan, um homem que apresenta sinais de ciúme delirante. 

É interessante ver como a história se desenrola, como cada personagem feminina foi afetada por presenças ou ausências masculinas em suas vidas, como cada uma contorna os seus traumas. Tudo isso em torno das flores cultivadas na fazenda Thornfield. Flores estas sinônimos de amor, de cuidado. Algo que por muito tempo faltou na vida dessas mulheres.

O silêncio, o abuso, o sofrimento

Os episódios trazem pequenas doses de poesia com a linguagem das flores de Thornfield. E, como em todas as outras línguas, com palavras, por algum motivo, não ditas, mantidas em segredo, perdidas. Como muitas vezes nos mantemos calados diante de algo que nos assusta. Um silêncio emocionante no deserto da Austrália. 

A série mostra semelhanças entre mulheres tão diferentes espalhadas por uma Austrália de paisagens diversas. Semelhanças em torno da posição feminina frente ao homem em uma sociedade que deixa de ser patriarcal, mas que ainda sofre com o abuso de poder masculino. Poder que ainda lhe resta, representado especialmente pela força física. 

‘As flores perdidas de Alice Hart’ também nos faz refletir sobre as decisões que tomamos por outras pessoas. Pois, no fundo, pensamos ter sabedoria suficiente para isso, não nos dando conta que o saber que possuímos é apenas sobre nós mesmos. Baseado em nossa própria experiência, sob o nosso ponto de vista. Então, queremos evitar danos, embora eles sejam inevitáveis. Podem até ser prorrogados ou durar menos tempo do que deveriam. No entanto, o fato é que o sofrimento faz parte das nossas vivências. Relacionar-se é sinônimo de angústia: seja pelo medo da presença seja pelo medo da ausência. Seja por ambas as situações simultaneamente.

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Despedaçados: a dor da perda de um filho https://blogdosaber.com.br/2023/08/15/despedacados-a-dor-da-perda-de-um-filho/ https://blogdosaber.com.br/2023/08/15/despedacados-a-dor-da-perda-de-um-filho/#respond Tue, 15 Aug 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2153 Ler mais]]> Uma mulher aos pedaços

O filme Peaces of a Woman, de 2020, que rendeu à protagonista o Volpi Cup do Festival de Veneza e acabou sendo adquirido pela Netflix, traz o drama de uma família durante um parto caseiro e após a perda do recém-nascido. Bom, na verdade, de acordo com o título do filme, o trauma é focado na mãe que vê o filho morrer em seus braços, nessa mulher que se despedaça enquanto enfrenta o luto. 

É bem verdade que a forma de sentir dor proveniente da perda em uma mãe e em um pai é diversa. Afinal, uma carrega a criança em seu próprio útero e o outro, não. Uma sente literalmente o bebê dentro de si, todas as suas necessidades, e o outro, não. Uma vê seu corpo transformado pelo desenvolvimento de um feto e o outro, não. Uma sente as consequências da liberação de hormônios que o outro jamais sentirá. E apenas o fato de uma se tratar de uma mulher e o outro, de um homem, já supõe backgrounds completamente diferentes e, portanto, expectativas em relação a um filho provavelmente bem distintas também. Quando pensamos nas suas classes sociais, então, tão opostas: dois pesos, duas medidas.

O peso da dor

Mas, quando falamos de quantidade de dor, estamos tratando de algo extremamente subjetivo, sendo proporcional ao quanto de exposição alguém é submetido ao tema. Pela falta ou pelo excesso. Quando somos recebidos no pronto-socorro de um hospital, por exemplo, é protocolo nos questionarem o quanto de dor sentimos numa escala de um a dez. Agora, imaginemos um homem e uma mulher, ambos envolvidos na gravidez, vivendo a doce espera todos os dias daqueles nove meses. Eles acabaram de perder o seu bebê no parto. Quanto você acha que cada um vai indicar de dor se lhes perguntarem? 

Um pai segurando o seu bebê

O relacionamento do casal antes e durante a gravidez não é evidenciado, mas o filme deixa claro que existe um companheirismo entre os dois e uma entrega à maternidade/paternidade até o momento do parto. Também é possível observar que ambos sofrem e que ele segue tentando manter uma parceria com a companheira, que não consegue dar uma resposta à altura.

As formas do luto

A protagonista se fecha, não dialoga com o parceiro e acaba optando por sofrer calada, sozinha. Sem resposta, ele, cujo passado o filme vai revelando que foi um tanto quanto conturbado, acaba não conseguindo sustentar a superação do seu antigo vício. Outras problemáticas vão se desencadeando a partir daí, envolvendo agressão, traição e suborno.  Assim, vemos as diferentes formas de viver o luto. 

Apesar de uma gravidez ocorrer no corpo de uma mulher, isso não quer dizer que outras pessoas não possam se envolver e sofrer junto com essa futura mãe. A gente acaba evocando um maior respeito pela mulher nessas situações, talvez, porque ela sofra de uma maneira mais aceitável pela sociedade: calada, quieta, “deserotizada”. Mas a maneira como a mulher sofre, em geral, conta muito da sua história dentro dessa sociedade, conta da sua natureza. Da mesma forma, a maneira como o homem sofre também mostra a sua história, a sua natureza.  

Talvez seja preciso desconstruir algumas ideias, reconhecermos a importância de cada indivíduo independentemente de seu sexo ou de suas escolhas. No final das contas, estamos todos no mesmo barco, todos desesperados para acertar, para viver a vida da melhor maneira possível. 

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Sua melhor versão e a vida plena https://blogdosaber.com.br/2023/07/25/sua-melhor-versao-e-a-vida-plena/ https://blogdosaber.com.br/2023/07/25/sua-melhor-versao-e-a-vida-plena/#respond Tue, 25 Jul 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2029 Ler mais]]> Pegar o atalho pela expansão da consciência

Não é nada fácil ter uma vida plena e cheia de realizações. Para alcançarmos algo assim se vão muitas experiencias vivenciais com o melhor aproveitamento possível e ainda assim são muitos os obstáculos a serem superados. Quando falo em melhor aproveitamento possível me refiro a um grau ou nível consciencial elevado, já que a nossa trajetória aqui nesse plano tridimensional é de expansão da consciência para justamente um dia alcançar a sua melhor versão e a vida plena numa 5ª dimensão.

Você pode até estar se perguntando: o que é essa tão falada e sonhada vida plena?

a nossa trajetória aqui nesse plano tridimensional é de expansão da consciência para justamente um dia alcançar a sua melhor versão e a vida plena numa 5ª dimensão.

A tridimensionalidade da Dor e do sofrimento

Bem, aqui na terceira dimensão nós estamos experienciando e passando por muita dor e sofrimento. Existem, inclusive muitos livros com títulos que fazem os seguintes questionamentos:

  • Por quê sofremos?
  • Deus castiga?
  • Por quê sentimos tanta dor?
  • O que é o sofrimento?

E muitos outros títulos relacionados a dor e sofrimento, mas em nenhum desses livros encontramos uma resposta satisfatória, como se fosse a solução de todas as nossas dúvidas e angustias. Em alguns deles encontramos palavras de esperança e conforto. Justamente porque não sabemos o que realmente acontece após a morte, mas podemos deduzir por uma questão de lógica.

Sim, tudo nessa vida tem que seguir uma linha de raciocínio que tenha lógica para fazer sentido. Eu acredito piamente nas Leis Universais e por exemplo, a Lei do Retorno me diz:

Lei do Retorno

Toda consequência tem um motivo, se a consequência é sábia, também sábio será o seu motivo. Por exemplo: Deus, que é o motivo primordial de tudo, criou o Universo como consequência.

Então, somos culpados pelo que fazemos e não castigados por Deus pelos nossos equívocos. Segundo esta lei natural, os efeitos dos nossos atos voltam para nossa vida mais cedo ou mais tarde, e isso pode nos ajudar a crescer e aperfeiçoar.

Finalmente ao passarmos por essa experiência tridimensional com a consciência de que estamos aqui para evoluir e nos livrarmos da dor e do sofrimento estaremos pegando um atalho. Com isso chegaremos mais rápido à 5ª Dimensão e consequentemente encontrará sua melhor versão a vida plena.

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O Equilíbrio Mente-Corpo-Espírito https://blogdosaber.com.br/2023/06/09/o-equilibrio-corpo-mente-espirito/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/09/o-equilibrio-corpo-mente-espirito/#respond Fri, 09 Jun 2023 12:07:40 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1680 Ler mais]]> Por Wagner Braga

O título deste artigo, aparentemente, é muito óbvio. Se você perguntar a 10 pessoas quaisquer se elas concordam que o segredo de uma vida saudável é o equilíbrio mente-corpo-espírito é bem provável que todas 10 concordem com com essa afirmação. Portanto, isso não é mais segredo pra ninguém.

Então, por que será que as pessoas estão passando por tanta dificuldade, dor e sofrimento como nunca antes?

Certamente não é fácil administrar essa tríade para que esteja sempre em equilíbrio, até porque existe um fator humano que complica um pouco mais essa equação, que é o emocional. E no meio disso tudo o maior vilão: o EGO. Portanto, temos que admitir que é muito complexo alcançar esse tão sonhado equilíbrio, mas fica mais fácil, ou melhor, menos difícil se tivermos consciência.

E qual seria essa consciência?

Bem, antes de mais nada, temos que estar cientes de que temos muito trabalho a fazer. que viver não é complicado, mas é trabalhoso e requer muita, mas muita disciplina e que ter disciplina é algo muito bom. Temos que nos acostumar a ser disciplinados e até gostar disso. Só assim conseguimos dar o primeiro passo para nos libertar do comodismo do nosso EGO. Sair da velha Zona de Conforto é imperativo, pois para conseguir o equilíbrio mente-corpo-espírito é necessário muito, mas muito exercício. E quando falo exercício não é só para o corpo, mas também para a mente e o espírito, pois tudo, absolutamente tudo é treinável.

Exercícios de mentalização

O exercício da mente começa com a meditação para discipliná-la a se desligar do material e conectar com o seu Eu Interior. Desenvolver a Intuição para enxergar os 90% das coisas que existem no universo e que, presos a tridimensionalidade, não conseguimos enxergar. Se desligar do passado e do futuro e experienciar apenas o presente. É ai onde tudo começa para alcançar o equilíbrio dessa tríade. O exercício da mente é o mais importante de todos, pois só através de exercícios de mentalização para reprogramar o subconsciente é possível sair da inércia para os exercícios físicos e a alimentação saudável. O exercício do corpo e da alimentação saudável todos já sabem que é fundamental, porém se você não sair da zona de conforto do famigerado ego e meter a mão na massa jamais alcançará o tão sonhado equilíbrio.

Parece ser algo bem complexo, mas na verdade não é. A meu ver é muito simples. É uma questão de conscientização, disciplina, conhecimento e educação. O conhecimento liberta porque lhe expande a consciência e lhe dá clareza das coisas. Quando isso acontece as coisas que você precisa fazer para alcançar a sua melhor versão deixam de ser ou parecer ser sacrifício e passam a lhe dar prazer. É simples assim!

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Por que fazem corpo mole? https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/#respond Tue, 14 Feb 2023 11:00:00 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=515 Ler mais]]> Entendendo a dialética do reconhecimento
O narcisismo no jogo do reconhecimento

O ser reconhecido faz parte da construção da estrutura narcísica em todo indivíduo. O reconhecer a minha imagem diante de um espelho, o reconhecer a minha presença diante do olhar enquanto me alimento através do seio ou da mamadeira, o reconhecer a minha necessidade de me alimentar, o reconhecer a minha dor quando tenho cólicas, o reconhecer as minhas palavras e atitudes cada vez que me exprimo. Por isso, as figuras maternas e paternas são essenciais no fortalecimento do ego do sujeito: afinal, para que haja reconhecimento, é preciso que alguém reconheça.

Reconhecer é conhecer de novo. Ou seja, reconhecer é lembrar. E a gente só lembra de alguém através de atitudes: ou foi algo que esse alguém fez ou foi algo que esse alguém disse. E, a partir do momento em que se forma uma civilização e passamos a viver em sociedade, o reconhecer deixa de ser uma função exclusiva daquele que gerou e passa a ser de todos que nos cercam. Por isso, sentimo-nos desconfortáveis quando alguém entra no elevador e não nos cumprimenta. Sentimo-nos desconhecidos, invisíveis, excluídos. 

A civilização contra a liberdade

Quando falamos de sociedade, falamos de teoria de formação de grupos, ou seja, de psicologia das massas. Para entrar em um grupo, é preciso aceitação. Em outras palavras, aceitação é aprovação a partir de identificações. Assim, as pessoas fazem amizade ou se agregam porque se identificam umas com as outras. No entanto, quando se trata de fazer parte de uma sociedade, as identificações ficam bastante a desejar, afinal, são muitos os “poréns”.

Se o sujeito quer participar dessa sociedade, ele precisa abrir mão de fragmentos de sua liberdade. Da mesma forma, quando o indivíduo é contratado para trabalhar em uma empresa, ele também é convidado a abrir mão de vários aspectos dessa liberdade para poder cumprir as regras. Fazendo um cálculo rápido, o sujeito entende que a troca da liberdade por regras é justa, tendo em vista que essa é a condição para ser aceito ou reconhecido naquela comunidade ou quadro de colaboradores.

Por mais contraditório que pareça, quando não há regras, há sofrimento

Para o filósofo e sociólogo alemão Alex Honneth, o sofrimento deriva da exclusão e da indeterminação. Dentro de uma empresa, a indeterminação pode fazer referência à falta de regras ou ao não entendimento delas por parte dos colaboradores, quando as regras, por exemplo, são confusas.

A exclusão é mais óbvia: trata-se de não se sentir parte de algo, de não se sentir útil, de não se sentir contribuinte de um bem maior. Isso acontece quando falta engajamento e delegação de competências por parte dos gestores ou quando a própria empresa não possui um plano de carreira ou objetivos claros – o que entra novamente em indeterminação, pois, se a empresa não tem bem definidos os seus objetivos, o colaborador também não consegue definir as suas metas dentro dela. 

Sem regras, não há metas. Sem metas, não há reconhecimento. E, sem reconhecimento, não há negocio. Porque o negocio é ser reconhecido. Então, vira terra sem lei e cada um faz como entende que é menos sofrido. Afinal, nessa terra, parece haver espaço para cada um criar as suas próprias regras, certo?

Em suma

Lembre-se: todo mundo quer ser importante ou, pelo menos, sentir-se assim. Mas quando a troca da liberdade pelas regras não mais se sustenta, por uma questão de economia de energia psíquica, o sujeito tende a procurar a vantagem ou o custo benefício em outro tipo de relação, seja dentro ou fora da sua empresa.

Fique atento aos sintomas: se na sua empresa você tem a impressão de que as pessoas normalmente não estão dando o melhor de si ou que a rotatividade de gente é anormal, alerta vermelho! Isso é um problema estrutural. O sofrimento é generalizado: para os colaboradores, que não se sentem reconhecidos, e para os processos, que acabam não evoluindo. 

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