Arquivos sexo - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/sexo/ Cultura e Conhecimento Tue, 14 Nov 2023 13:01:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Mulheres bem resolvidas e alguns pensamentos https://blogdosaber.com.br/2023/11/14/mulheres-bem-resolvidas-e-alguns-pensamentos/ https://blogdosaber.com.br/2023/11/14/mulheres-bem-resolvidas-e-alguns-pensamentos/#respond Tue, 14 Nov 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3221 Ler mais]]> A sexóloga

Cátia Damasceno é fisioterapeuta, especializada em uroginecologia e sexualidade feminina, além de idealizadora do programa Mulheres Bem Resolvidas, uma mentoria personalizada para falar de relacionamento, sexo, amor próprio, dinheiro, saúde, família etc. Para saber mais sobre, acesse o site Mulheres Bem Resolvidas.

Cátia conta que o que a fez despertar para trabalhar a sua autoestima foi uma frase de seu ex-marido, quando ainda era casada com ele: “Eu me casei com uma mulher, não com uma mãe”. Segundo ela, após ganhar o seu primeiro filho, a sua libido sexual teria se transformado numa forma de energia investida puramente na maternidade. 

Essa é a história de Cátia e de tantas outras mulheres que aparecem na clínica psicanalítica, para tratar assuntos outros, mas que, invariavelmente, acabam se deparando com questões da sua própria sexualidade. 

No entanto, o assunto, ora tratado como tabu, ora, como “mulheres bem resolvidas”, pode acabar desencadeando uma onda de euforia reativa, funcionando como uma propaganda que tenta nos convencer a ter coisas que, talvez, sequer precisemos.

O psicanalista e os terapeutas

Wilhelm Reich, um dos discípulos de Freud, apesar de ter sido membro da prestigiada Sociedade Psicanalítica de Viena, teria seguido por uma via alternativa à Psicanálise tradicional. Reich propôs um tratamento não somente através da psique, mas também pelo plano físico (somático). A grosso modo, a teoria é de que a repressão, que, pela psique, converte-se em neurose, fisicamente, traduz-se em tensão muscular, ou nas famosas dores crônicas.

Assim, o tratamento desenvolvido por Reich consistia também em realizar alguns toques e até mesmo espécies de massagem. Ele acreditava que a nossa energia vital, aquilo que nos proporciona uma forma de viver mais livre ou “saudável”, é aquela liberada durante o orgasmo. 

Hoje, discípulos de Reich, como Alexander Lowen, psicoterapeuta norte-americano, defendem a Bioenergética, que consiste na utilização de movimentos corporais para que a energia possa voltar a circular livremente. Daí, originam-se diversas metodologias: Psicologia Corporal, Corpo Terapeuta etc.

Bom, no resumo da ópera, quem conhece percebe que os movimentos usados na bioenergética são muito semelhantes aos da prática da yoga, uma filosofia milenar, cuja atividade, dentre tantos benefícios, ajuda a fortalecer os músculos e a melhorar a flexibilidade. E quando se fala de flexibilidade, também falamos de liberação de tensão. Algumas posições, nunca antes realizadas, podem, inclusive, ter um efeito tão intenso, a ponto de gerar um alívio em forma de riso ou choro. 

Alguns pensamentos

Percebe o quanto as teorias e filosofias têm conexões entre si? O quanto que certos fundamentos se repetem? Talvez, haja um fundo de verdade nisso tudo, certo? E, claro, muitas considerações. 

Sendo assim, a questão que levanto é “o que é ser uma mulher bem resolvida”? É necessário ter uma vida sexual ativa pra isso? Vida sexual é sinônimo de autoestima? A dificuldade para alcançar o orgasmo, chamado pelos especialistas de anorgasmia, trazendo inclusive um prefixo que nos lembra “anormalidade”, deveria representar sempre um problema na vida do sujeito? 

Quando Reich traz à tona a orgonomia, a ciência que estuda a energia orgone, não poderia estar querendo falar de uma energia SIMILAR àquela liberada no orgasmo?

Se o sexo, à principio, existe para reproduzirmos, por que devemos adotá-lo como rotina? Afinal, devemos ou podemos? Se existem outros meios de liberar tensões e fazer circular a energia em nosso corpo, por que o sexo é o principal deles? 

Se a assexualidade é uma orientação sexual, por que o sexo também não pode ser esporádico? Por que um casamento com atividade sexual reduzida não pode ser também saudável? Veja bem, existem diversas questões que nos rodeiam, é verdade, dentre elas desconhecer a nossa própria sexualidade. No entanto, o desinteresse pelo sexo revela necessariamente um desconhecimento ou mesmo um descontentamento?

Parece cansativo ter que se adequar constantemente a tantos modelos, não? A do lar, a feminista, a “empoderada”. E nessa podemos incluir até mesmo os homens. Por que não? O garanhão, o galinha, o protetor, o provedor. Então, trago novamente a questão colocada em A maternidade e as escolhas femininas: de quantas formas é possível ser?

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Sexo, gênero e psicanálise https://blogdosaber.com.br/2023/10/17/sexo-genero-e-psicanalise/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/17/sexo-genero-e-psicanalise/#respond Tue, 17 Oct 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2828 Ler mais]]> Cirurgia trans

Em Sex Education, série britânica da Netflix, o tema “transgênero” é abordado com bastante naturalidade, em especial, na sua quarta e última temporada. Mas essa é uma questão com muitas polêmicas que envolvem discussões, inclusive, sobre a disponibilidade cirúrgica nas redes públicas de saúde em todo o mundo.

As primeiras cirurgias de “mudança de sexo” datam dos anos 1930. Na Inglaterra, a clínica Tavistok, do sistema público e alvo recente de polêmicas, anunciou o encerramento de suas atividades, depois de 30 anos tratando de crianças e adolescentes que não se identificam com o seu sexo biológico, através de acompanhamento psiquiátrico e psicológico, manipulação hormonal e intervenção cirúrgica. Para saber mais, acesse Inglaterra. Crianças transgênero: por que a clinica Tavistok vai fechar.

No Brasil, a primeira operação de redesignação sexual pelo SUS foi realizada em agosto deste ano numa mulher trans, bailarina e professora de dança de 47 anos. Yohanna de Santana vinha sendo acompanhada desde 2018. Dentre os critérios adotados para a realização dos procedimentos cirúrgicos pelo Ministério da Saúde, estão: idade mínima de 21 anos e, pelo menos, dois anos de acompanhamento psicológico. Para saber mais, acesse Bahia faz primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS.

Eu sou o monstro que vos fala
Pintura de um Frankenstein ativista em muro

Paul B. Preciado é um homem trans, filósofo, escritor e um dos principais pensadores contemporâneos das novas políticas do corpo, de gênero e de sexualidade. Ele é o autor do livro “Eu sou o monstro que vos fala: Relatório para uma academia de psicanalistas”. No final de 2019, Paul foi convidado a participar da Jornada Internacional da Escola da Causa Freudiana em Paris. O tema era “Mulheres na psicanálise” e ele acabou discursando para 3500 psicanalistas. 

O discurso de Paul trazia certo ressentimento quanto à abordagem psicanalítica supostamente arraigada à epistemologia da diferença sexual e, portanto, ao regime patriarco-colonial. Bom, tendo em vista os seus 17 anos de análise pessoal, assim como as diferentes visões da psicanálise nos mais diversos países, com seus posicionamentos quanto à análise leiga, por exemplo, poderíamos considerar, de fato, esse “suposto saber”. 

Considerando ainda Freud e Lacan ao pé da letra, com os seus respectivos “Complexo de Édipo” e “confusão do órgão com o significante”, também é plausível a reclamação de Paul. No entanto, é importante termos em mente que nem o nascimento da psicanálise nem a sua proposta nunca foi e nunca será calcada no “pé da letra”, no palpável. A psicanálise sequer pensava em brotar quando Hegel, Descartes, Kant já preparavam o terreno.

Mas, afinal, o que é Psicanálise?

A psicanálise é filosofia, subjetividade, não determinação. Por trás do Complexo de Édipo, há um matema com variáveis desconhecidas, que podem mudar à medida que o tempo passa. Por que não? Se Freud deixou isso claro? Mas, afinal, o que fica claro na psicanálise? Além disso, não podemos esquecer que Freud, Lacan, Preciado são apenas homens. Homens com opiniões, homens de tempos diferentes, que ora fazem sentido ora não. 

No frigir dos ovos, a psicanálise trata de procurar formas de sobreviver, sendo todas elas possíveis, contanto que o sujeito dê conta. Não é disso, afinal, que se trata? Desde quando a psicanálise precisa de uma epistemologia, se o que conduz a análise é o desejo do sujeito?

E o discurso diz respeito a quem?

É possível ver no discurso de Paul Preciado um discurso, que não se encaixa apenas na comunidade trans, mas que cabe a todos nós, que tentamos sobreviver numa sociedade, numa civilização. Todos nós nos debatemos todos dias a fim de encontrar saídas, para que nos sintamos um pouco menos desconfortáveis diante de expectativas, pessoas e normas julgadoras. 

Citação de Preciado extraída de “Eu sou o monstro que vos fala” (pág. 89-90):

Digo isso a partir da minha posição de homem trans, de corpo não binário que se transformou para poder sair de sua antiga ‘jaula’ e sobreviver inventando, dia após dia, e de modo precário, outras práticas de liberdade.

Todos tentamos. Sair da jaula. Ter mais liberdade. Seja com as nossas sublimações, explosões, solidões, análises, transformações, escolhas difíceis. Seja com os nossos fracassos.

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A fragilidade dos sexos na era do empoderamento feminino e das “machosferas” https://blogdosaber.com.br/2023/06/20/a-fragilidade-dos-sexos-na-era-do-empoderamento-feminino-e-das-machosferas/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/20/a-fragilidade-dos-sexos-na-era-do-empoderamento-feminino-e-das-machosferas/#respond Tue, 20 Jun 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1745 Ler mais]]> A gigante acordou

O empoderamento da mulher nas sociedades atuais tem mudado conceitos e evidenciado extremismos. Apesar dos números referentes ao feminicídio e à violência doméstica voltada para a mulher terem aumentado nos últimos anos, a valorização das conquistas do feminino segue no mesmo ritmo. Isso seria uma resposta das mulheres aos casos policiais ou os casos policiais seriam uma resposta dos homens a esse empoderamento? Ou, ainda, teriam os casos policiais apenas mudado de nomenclatura, de homicídio para feminicídio?

Enquanto as mulheres têm descoberto e exercido um poder que elas não faziam ideia que tinham dentro das sociedades patriarcais, os homens simplesmente não sabem o que fazer em relação a isso. Dentro de uma sociedade fálica, aos sexos são atribuídas tarefas, papéis e trejeitos diferentes. Quando o poder é dado ao sexo que não o possuía, existe algo de excitante. Já quando ele é retirado daquele que o possuía, existe algo de frustrante.

Sexos frágeis

As mulheres excitadas querem cada vez mais o que elas descobriram e os homens frustrados, em contrapartida, estão apavorados. Alguns, mais passivos, vão tentar entender o que se passa e, quem sabe, adaptar-se a essa nova mulher. Já outros, mais ativos e dominadores, vão entrar na negação do fato.

Mas, de fato, não é fácil ser homem ou mulher. Talvez, nunca tenha sido. Todos nós, antes de mais nada, somos seres humanos. Seres reprimidos, traumatizados, que têm dúvidas, que se contradizem. Nós somos vulneráveis, sejam os passivos sejam os ativos. O empoderamento da mulher possui pelo menos dois pontos de fragilidade:

  1. Por enquanto, em termos gerais, a mulher tem sido poderosa apenas para ela mesma. Enquanto os homens não entenderem ou se adequarem ao novo papel da mulher na sociedade contemporânea, esse papel continuará sendo negligenciado nas esferas políticas, sociais, profissionais e pessoais;
  2. Nesse novo papel, a mulher também se acha perdida, assim como os homens. É difícil definir até que ponto elas podem ou devem ir. É aquela história de quando o poder sobe à cabeça. “Posso me vestir como eu quiser!”. Mas será que é bem assim?
Direitos e deveres

Configura o crime de ato obsceno, a “manifestação de cunho sexual praticada em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade”. Pudor médio da sociedade. O que isso quer dizer? Muitas coisas! A variar com a perspectiva de cada um. Mas pensando no “mediano” e que a sociedade brasileira é constituída em maior parte por pessoas educadas a partir de uma fé religiosa de natureza cristã, poderíamos dizer que o ato de andar pelas ruas despido, semidespido ou evidenciando genitálias ou zonas erógenas configuraria crime? É provável, não? Mas, na contramão disso, as mulheres vão se vestindo de forma cada vez mais erotizada. E, pasmem, elas não são penalizadas por isso.

Mas os deveres não deveriam ser iguais também? Pois é. É nesse ponto, por exemplo, que a coisa é desvirtuada. Ou melhor dizendo, distorcida. Passar a ter poder significa ter mais poder que o outro? Não deveria, certo? Não, se o discurso é “direitos iguais”. Poderíamos estar falando de abuso de poder, então?

Parece que os excessos levam ao nada

É provável que o “abuso” por parte das mulheres seja o principal fator que contribui para a formação de “machosferas” como a Red Pill, grupos de homens com pensamento conservador, que denigrem a mulher em seu novo papel, e com maioria decidida a não ter mais relacionamentos duradouros com elas. Ou seja, é a contraofensiva. Afinal, grupos reativos só surgem a partir de movimentos radicais. Da mesma forma, a alta no número de feminicídios pode também estar ligada a essa contraofensiva.

Ou não. Talvez, esse número apenas esteja aos poucos se tornando oficial. Antes do poder, as mulheres simplesmente aceitavam o que estava determinado pela sociedade para elas. Raras se separavam ou pediam o divórcio. Mas, com a criação de leis voltadas para mulheres e as redes sociais para propagar os absurdos sofridos por elas, perceberam que unidas eram mais fortes. Com os depoimentos vindo à público, outras mulheres vão se sentindo mais à vontade ou seguras para também contarem as suas próprias histórias e para se imporem.

Por um ou por outro, o fato é que todos estamos tendo que lidar com mudanças extremamente significativas: o abuso de poder das mulheres, a contraofensiva masculina, a desconstrução do masculino e do feminino e ainda o abuso de poder dos homens, nas mais diversas esferas da sociedade. É um momento confuso e cada um busca reencontrar o seu próprio papel. É como se estivéssemos, nesse momento, desrotulados e, por mais que ainda haja quem tente dar rótulos, eles simplesmente não cabem em nós. Não mais. Somos como peixes fora da água, mas à margem dela. Temos tudo e não temos nada. Somos tudo e não somos nada.

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A vida gira em torno de sexo https://blogdosaber.com.br/2023/04/17/a-vida-gira-em-torno-de-sexo/ https://blogdosaber.com.br/2023/04/17/a-vida-gira-em-torno-de-sexo/#respond Mon, 17 Apr 2023 23:32:35 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1321 Ler mais]]> Qual a verdadeira importância do sexo para a humanidade?

Se houvesse uma maneira de colocar um ser humano pelo avesso em termos do seu inconsciente seria muito fácil deduzir que tudo na vida, de uma forma geral, gira em torno de sexo. A psicanálise que o diga. De Sigmund Freud, Wilhelm Reich, passando por Melanie Klein e Heinz Kohut, até Jacques Lacan e Wilfred Bion, todos, sem exceção, concordam que a formação do caráter passa pelas experiências libidinosas ou atreladas a Libido em suas fases oral, anal e genital.

Qualquer pessoa, por menos instruída que seja, sabe que o desejo sexual e a libido têm um poder impressionante sobre o comportamento do indivíduo homem/mulher. Desde que o mundo é mundo histórias incríveis aconteceram por causa do poder do sexo, como por exemplo: as histórias de Marco Antônio e Cleópatra, Napoleão e Josefina, bem como tantas outras que, em muitos casos mudaram o destino e o rumo de várias civilizações.

Os fundamentos do sexo e da sexualidade

Bem, quem não conhece essas histórias e sabe de suas consequências em virtude do sexo e da paixão? Entretanto, a maioria das pessoas acha que são casos raros e/ou isolados, que acontecem muito esporadicamente e por isso se tornam públicos e notórios. Que na vida tem coisas mais importantes do que sexo para se fazer e tem gente que até acha que pode viver sem ele. Só quando se começa a ler sobre psicanálise é que realmente percebemos que o buraco é mais embaixo, ou seja, o sexo e a sexualidade são fundamentais para uma vida saudável e equilibrada.

As pessoas que não são bem resolvidas com a sua sexualidade e o sexo, em sua maioria, transformam a sua vida num calvário. E isso é tão ou mais importante do que, família e trabalho. Senão vejamos: quantas pessoas, na atualidade se suicidaram ou estão a caminho do suicídio porque não conseguiram se definir sexualmente? Ou ainda, porque elas mesmas não conseguem se aceitar da forma que são. Outras passam uma vida inteira no armário e não conseguem se realizar nem profissionalmente e nem amorosamente!

A psicanálise explica as neuroses humanas

Como já disse, quando começamos a nos aprofundar pela literatura da psicanálise é que tomamos conhecimento das mais bizarras e surreais experiências sexuais relatadas pelos psicanalistas em seus livros e assim começamos a entender porque a vida gira em torno de sexo, os diversos tipos de neuroses humanas e o porquê delas acontecerem. E se você já achava difícil educar um ser humano depois disso então pode multiplicar por várias vezes esse grau de dificuldade.

Portanto, temos que ser humildes sempre, nunca julgar ninguém pela aparência ou, de preferência nunca julgar ninguém e nenhuma ocasião e sermos compreensivos com os comportamentos alheios, por mais estranhos que possam parecer.

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