Arquivos pertencimento - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/pertencimento/ Cultura e Conhecimento Sun, 17 Sep 2023 23:45:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Desculpa https://blogdosaber.com.br/2023/09/18/desculpa/ https://blogdosaber.com.br/2023/09/18/desculpa/#respond Mon, 18 Sep 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2478 Ler mais]]> O papel dela em nosso comportamento

Desculpa, segundo o dicionário Aurélio, significa: clemência para com falta cometida; perdão. Razão ou motivo alegado por alguém para desculpar a si mesmo ou a outrem; justificativa.

Em algumas vertentes da psicanálise, a desculpa pode significar medo de rejeição, necessidade de agradar e pertencer, e quando em excesso, o ato de pedir desculpas pode está atrelado a conflitos internos acumulados ao longo da vida. A desculpa pode estar relacionada também a um comportamento estratégico para a manipulação utilizada por personalidades narcisistas. E a ausência pode indicar um comportamento psicopata, alheio a sentimentos e afetos.

O papel da desculpa em nosso comportamento.

O papel da desculpa em nosso comportamento

Toda via se faz interessante olharmos para o papel da desculpa em nosso comportamento com atenção, pois ele pode nos dar um excelente indicativo da nossa forma de nos relacionarmos com o mundo e com nossa psiquê. Esse indicativo poderá ser revelado como uma sensação de mal-estar e possivelmente angústia.

Então a desculpa seria a manifestação da necessidade de sair de um mal-estar?

Para responder a essa pergunta vamos recorrer a Freud.

Freud (1930) define o mal-estar como sendo essencialmente sensação de culpa e o caracteriza como o maior entrave ao projeto civilizatório. Ou seja, ao processo de pertencimento a uma sociedade na qual indica as regras para o pertencimento. A grande questão é que esse pertencimento é sempre imposto pelo olhar do outro. É aqui que temos um impasse, uma vez que seria impossível a adequação ao ideal de universalidade que lhe é imposto pelo Outro.

Análise contextual

Perceba então, como a nossa auto análise em relação as nossas necessidades de nos desculparmos pode trazer luz a conflitos inconscientes e até conscientes que podem interferir na nossa forma de viver. Para melhor explicar essa reflexão vamos analisar três contextos nos quais nos fazemos valer da desculpa:

Desculpa como necessidade de pertencimento, de evitar conflitos e para manipular situações ou pessoas.

Necessidade de pertencimento

A desculpa como necessidade de pertencimento geralmente é expressa quando estamos inseguros e fragilizados pelas normas e regras implícitas, seja em um grupo social ou nas relações individuais que estabelecemos ao longo da vida. Geralmente essa categoria da desculpa é apreendida na infância e vai se firmando ao longo da vida. Por vezes nem concordamos com a desculpa e sim com o medo da exclusão

Evitar conflitos

A desculpas para evitar conflitos, por vezes, segue a lógica da frase; ” é melhor ser feliz que ter razão”. Neste contexto a desculpa funciona para evitar o desgaste gerado em um conflito ou situação desconfortável e o que pode estar sustentando esse comportamento é a dificuldade de posicionamento.

Manipular situações ou pessoas

Nestes casos a desculpa exerce uma função clara e consciente na qual o sujeito deseja envolver o outro em sua rede de manipulação, por vezes, transformando a vítima em algoz e a deixando aprisionada em um relacionamento danoso.

Muitas seriam as funções da desculpa em nosso comportamento e muitas seriam as analises sobre ela. Penso que o importante é um olhar para si e a tomada de posicionamento baseada na responsabilidade. Afinal, penso que uma das melhores formas de pedir desculpas é a mudança de comportamento. Acredito que assim poderemos ver com mais lucidez a nossa responsabilidade diante dos fatos.

Paz e bem!

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O poder do posicionamento https://blogdosaber.com.br/2023/09/11/o-poder-do-posicionamento/ https://blogdosaber.com.br/2023/09/11/o-poder-do-posicionamento/#respond Mon, 11 Sep 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2464 Ler mais]]> A atitude que liberta

Durante os anos que atuei como psicoterapeuta, 14 para ser mais precisa, um dos maiores indicadores que o processo terapêutico estava caminhando para o bem estar do paciente era quando ele(a) trazia “posicionamento”. Sim, uma atitude concreta diante de um conflito ou situação desconfortante na qual o sujeito posiciona-se e estabelece limites e direção para a própria vida. O Poder do posicionamento está diretamente relacionado na tomada de consciência.

O poder do posicionamento  estabelece limites e direção para a própria vida.

Portanto, na responsabilidade que nós assumimos quando encaramos o suposto problema que nos angustia e desta forma saímos da situação de vítima para a de protagonista. Então assumido os ônus e bônus envolvidos na situação.

A questão do pertencimento

Analisando praticamente podemos pensar que a solução para os problemas seriam atitudes, correto?

SIm.e não, te explico.

Sim do ponto de vista prático, afinal todo problema envolve uma solução e não porque somos humanos e portanto seres que pensam, projetam, criam expectativas e projeções. Além disso temos, por vezes, uma necessidade de pertencimento e consequentemente de sermos aceitos e de agradar. É Justamente aqui que, literalmente, mora o problema: na nossa mente.

Toda essa capacidade de pensamento e elaboração, somados a essa necessidade social de pertencimento e aceitação, nos torna reféns de algumas situações nas quais optamos por não nos posicionar. De que forma? Com uma atitude firme ou uma opinião segura e sustentada na nossa própria reflexão.

O processo de individualização

Isso geralmente tem raiz nas experiências que vivenciamos na infância, na forma como aprendemos a nos relacionar com o mundo e na construção da nossa individualização. Este, um dos conceitos chaves na teoria analítica que trata do desenvolvimento da personalidade de Carl Jung, segundo Samuels, Shorter e Plaut (1988). Para esses autores, individuação é um processo em que a pessoa torna-se si mesma, inteira, indivisível e distinta de outras pessoas ou da psique coletiva.

É nesse processo de tornar-se destinto(a) e único(a), que nós vamos construindo a nossa forma de nos relacionarmos com o nosso entorno. Sempre buscando os comportamento que acreditamos e aprendemos serem socialmente aceitos. A consequência de tudo isso pode ser um suposto “aprisionamento” na opinião do outro e a manutenção de conflitos psicológicos.

Dito isso, podemos então concluir que quando nos posicionamos temos uma atitude libertadora porque nos apropriamos da nossa opinião e das consequências que ela poderá trazer e assim distinguimos o que é nosso do que é do outro.

Paz e bem!

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O caminho do desapego https://blogdosaber.com.br/2023/04/11/o-caminho-do-desapego/ https://blogdosaber.com.br/2023/04/11/o-caminho-do-desapego/#respond Tue, 11 Apr 2023 19:12:34 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1274 Ler mais]]> Aprendendo a desapegar em 3 passos

Você já parou para pensar o porquê de nos apegarmos tanto as coisas e as pessoas? Hoje vamos trilhar o caminho do desapego, aprendendo a desapegar em 3 passos, mas antes vamos entender como e porque ocorre o processo inverso. Bem, no sentido estritamente científico é fácil deduzir que a coisa começa pela lei da atração e do magnetismo. O universo, tal como o conhecemos é movido pela Lei da Gravidade. Como sabemos as órbitas dos planetas são regidas por essa força gravitacional. Todos os corpos celestes possuem esse magnetismo. É o princípio básico de tudo em se tratando de matéria, objetos e coisas que contém massa.

Com o ser humano a coisa funciona um pouco diferente, já que, nesse caso, temos mais algumas variáveis, tais como: pensamento, sentimento, emoção e o famigerado Ego. Este último o grande vilão e a pedra no sapato da humanidade desde os primórdio.

O passo a passo

O primeiro passo para o desapego é ter a consciência de que nada nem ninguém pertence, de alguma forma, a outrem. Ninguém é dono ou proprietário de nenhum objeto e muito menos de um ser humano. Temos que entender que, como tudo é passageiro, nós apenas tomamos conta de uma casa, um apartamento ou mesmo de uma fazenda. Estamos aqui apenas pastorando. Simplesmente porque somos mortais, um dia vamos partir e não vamos levar absolutamente nada. Aquela casa, aquele lote de terra ou aquele iate ancorado no Iate Clube vão passar a pertencer a outras pessoas. Por isso precisamos trilhar o caminho do desapego.

Vale lembrar que no Egito antigo os Faraós eram enterrados com os seus tesouros, os seus corpos eram embalsamados e como se não bastasse até os seus súditos eram enterrados junto com eles, pois acreditavam que, de alguma forma, suas almas voltariam para os seus corpos novamente.

O pertencimento

Portanto, temos que entender que o pertencimento é apenas um sentimento que criamos pelo fato de o nosso ego ter uma natureza possessiva. Essa natureza possessiva veio lá de trás quando a humanidade pensava que éramos o centro do universo e o mundo girava ao nosso redor. Desta forma tudo, mas absolutamente tudo era nosso.

Foi que com esse pensamento e esse sentimento de pertencimento que, desde os primórdios das civilizações os pais educavam os filhos com a consciência de que na sua velhice esses filhos teriam a obrigação de cuidar deles e sendo assim a maioria não se preocupava em cuidar da sua própria saúde, fazendo todo tipo de extravagância ao longo da vida. Agindo exatamente ao contrário do que deveria, pois a maior prova de amor que um pai pode dar a um filho é justamente cuidar bem da sua própria saúde, para na sua velhice não ser um peso ou empecilho da sua felicidade.

O segundo passo para o desapego é nunca usar um objeto por muito tempo. Praticar a doação enquanto o objeto ainda está em bom estado para que outra pessoa possa usufruir da mesma forma como você usufruiu. Isso lhe dará a grata sensação de que o objeto doado proporcionará momentos tão maravilhosos ao receptor quanto proporcionou a você.

O terceiro e último passo para o desapego é agradecer ao universo e ao criador por estar podendo se desfazer de um determinado objeto, mas ao mesmo tempo deixando alguém tão feliz por estar recebendo-o. O sentimento da Gratidão vibra numa das frequências mais altas que existe. Algo em torno dos 900 hertz. Quanto mais você agradece mais o universo lhe retribui, pois essa é a lei do retorno, ou seja, tudo que lanças para o universo te retorna com a mesma força, intensidade, mas em sentido contrário.

O caminho do desapego leva à liberdade

E se esse desapego tiver de ser de um outro indivíduo, seja grato(a) por estar dando a dupla oportunidade, tanto a você quanto a outra pessoa de ter uma nova experiência de vida e, quem sabe, encontrar a a paz e a vida plena tão sonhada!

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