Arquivos fases - Blog do Saber http://blogdosaber.com.br/tag/fases/ Cultura e Conhecimento Sun, 04 Jun 2023 20:40:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Quando o amor acontece: da paixão ao vazio https://blogdosaber.com.br/2023/06/06/quando-o-amor-acontece-da-paixao-ao-vazio/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/06/quando-o-amor-acontece-da-paixao-ao-vazio/#respond Tue, 06 Jun 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1637 Ler mais]]> Valentine’s!

Para quem está disperso ou desolado, perdendo a decoração romântica das vitrines das lojas, enfatizemos que em menos de uma semana ocorrerá o tão celebrado Dia dos Namorados. Por todos os lugares, não importa se será uma odiada ou descansada segunda-feira, estarão todos organizando jantares ou fazendo reservas. E quem não fizer com antecedência, terá que comemorar em casa mesmo. Quem sabe com um jantar à luz de velas?

Esse é o famoso dia, comemorado em todos os países do mundo. Mesmo em datas diferentes, dele ninguém esquece. Nem mesmo quem está sozinho! Em casa, luzes baixas, uma taça de vinho na mão, assistindo ‘O Diário de Bridget Jones’ pela centésima vez, talvez? Ou comemorando em uma festa para solteiros em pleno Dia dos Namorados? Bom, os estilos são diversos. Escolha o seu!

As fases do amor

Mas quem já se relacionou sabe bem como funcionam as fases do amor, certo? No início, tudo é borboletas no estômago. A euforia corre solta. São muitos os pequenos estados de excitação e pânico. Eles vão se intercalando: ora ficamos empolgados, ora apavorados. Criamos expectativas e percebemos a possibilidade delas não se cumprirem. Tudo é muito incerto, pois não conhecemos suficientemente o outro para já existir uma relação de confiança. Até lá, haja adrenalina!

Essa é a paixão. Nessa fase, estamos normalmente bem atentos aos nossos erros e pouco atentos aos erros do outro. Cobramos de nós mesmos os melhores modos, o melhor discurso, as melhores roupas, o melhor asseio, enfim, a melhor aparência. Por outro lado, relevamos as gafes, o pouco cuidado e, muitas vezes, até o desinteresse do outro. Para muitos, trata-se de “tudo ou nada”. Para poucos, trata-se de fazer uma escolha sensata. Mas, no frigir dos ovos, estamos todos no mesmo barco de emoções.

É bem verdade que alguns relacionamentos podem estar repletos de adrenalina mesmo depois de algum tempo. Mas não se engane. Isso pode significar, sim, que no relacionamento ainda há muitas boas surpresas. Se não, serão as más surpresas que aparecerão. As boas surpresas são aquelas que seu parceiro proporciona com prazer e que igualmente lhe dá prazer. Já as más surpresas são situações em que o seu companheiro lhe coloca devido a um erro de cálculo, ou melhor dizendo, devido a uma falha de comunicação.

Meio cheio ou meio vazio?

As pessoas costumam colocar o amor como um sentimento que amadureceu. E alguns realmente levam bastante tempo para dizer “eu te amo”! Mas o fato é que no amor parece haver uma entrega maior. Uma espécie de relaxamento. É até comum que as pessoas engordem quando passam a morar juntas! Mas será que é porque um adquiriu o hábito do outro ou porque não se vê mais sentido em segurar suas ânsias? Afinal, ainda estaremos falando de amor?

Por mais que se envolver com alguém implique em preencher vazios, o amor deve completar todos os vazios? Com o amor, curam-se todas as feridas? E se o amor não curar, pode apenas fingir que curou? Pois é, muitos relacionamentos funcionarão assim, como um paliativo. Ou como um medicamento de uso controlado: sem ele, você estará perdido! Não que não possa funcionar assim. Será eterno enquanto durar. Mas a que preço?

Caiu de maduro!

E por falar em preço, qual é o preço do amadurecimento? O encolhimento da paixão? Apesar do amor ser maduro, se a paixão não estiver minimamente presente, teremos um casal de amigos, certo? Mas, afinal, por que a paixão é diminuída ao longo dos anos? É uma condição para que se amadureça ou é uma consequência da intimidade?

Já anuncia o dito popular “a intimidade é uma merda”. Todos nós temos fantasias sobre as pessoas das quais nos aproximamos. Temos expectativas. Queremos que sejam boas, educadas, inteligentes, com uma beleza apreciável e que não façam coisas consideradas “nojentas”. Mas, na intimidade, expõe-se a realidade nua e crua: nós acordamos inchados, temos estrias, espinhas, geramos gases e resíduos, rangemos os dentes, roncamos e nos descontrolamos.

Cada vez que esses “defeitos” vão se revelando, vamos somando as decepções. Claro que as decepções têm gravidades diferentes dependendo do nível de fantasia em que o sujeito se encontra e obviamente do nível de descontrole em que está o outro indivíduo. Mas o fato é que todos passamos por essa fase dentro de um relacionamento. Se as coisas positivas construídas estiverem em maior número que os defeitos, o amor sobrevive e maior será a probabilidade de que lhe restem vestígios de paixão. Se não, o amor se dissolve e a paixão pode dissolver junto, dando origem a uma relação em que se crê que todas as feridas podem ser curadas, por exemplo, ou até mesmo se transformar em um objeto de compulsão.

Então, retornamos à pergunta: o amor preenche todos os vazios?

Se você está procurando uma companheira para preencher todos os seus vazios, esqueça! Não, o amor não cura todas as feridas e nem completa todos os espaços. O amor bem como a paixão preenchem lacunas: são formas de entretenimentos. Mas, se existem feridas – e sempre há, mais ou menos fechadas -, elas estarão lá assim que o efeito da adrenalina passar, assim que a amada sair para trabalhar ou quando os planos entre vocês se esgotarem. No entanto, trago-lhe uma ponta de esperança: o amor pode, sim, transformar. Transformar você. A ponto de você perceber que nem todos os vazios precisam ser preenchidos.

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O luto de um relacionamento tóxico https://blogdosaber.com.br/2023/04/03/o-luto-de-um-relacionamento-toxico/ https://blogdosaber.com.br/2023/04/03/o-luto-de-um-relacionamento-toxico/#respond Mon, 03 Apr 2023 11:19:08 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1189 Ler mais]]> Por que não dá pra pular de fase?
Sobre o luto

O luto acontece quando perdemos alguém importante para nós. Não importa se foi via morte ou via separação. No inconsciente, ambos os tipos de perda têm o mesmo valor. Afinal, era alguém que estava ali e que não está mais. Alguém que não atende mais as minhas expectativas, que não vai mais me ouvir, me admirar, me proteger ou ajudar a me auto afirmar.

Quando perdemos alguém de valor, é simplesmente o fim. Nada mais importa. O que pode durar alguns dias, meses ou até anos, dependendo da intensidade do envolvimento e de com quantas mais pessoas estou envolvida em níveis similares.

Sobre os objetos de amor

Na Psicanálise, referimo-nos à pessoa amada como objeto amoroso. Lembrando que quem ama também pode ser objeto de amor, no caso, da pessoa amada. É só pensar no sentido inverso. Tratamos de objetos pois são pessoas que normalmente estão ali para atender as nossas expectativas, não importando o tipo. Para entender um pouco mais sobre as nossas escolhas amorosas, leia também https://blogdosaber.com.br/2023/03/21/guerra-ao-amor-por-que-insistimos-no-erro-do-lado-obscuro-do-amor/.

O motivo da objetalização está justamente no fato de que, enquanto pessoas, ou seja, seres racionais, ficamos dependentes da satisfação do outro, em vez de seguirmos a lógica do livre pensar, livre agir, enfim, da liberdade. Trata-se de sentimentos semelhantes que temos aos objetos de fato: uma roupa bonita, um sapato sexy, um carrão, uma casa nova, tudo isso alimenta o nosso ego, certo?

Entretanto, engana-se quem pensa que esses objetos se restringem ao parceiro ou parceira. Pode-se incluir aqui ainda o pai, a mãe, os irmãos, os amigos, os filhos ou até mesmo a empresa em que você trabalha. Tudo vai depender do seu nível de envolvimento com esses objetos.

A perda

Desvincular-se de algo que nos satisfaz de alguma forma não é tarefa fácil. A princípio, não aceitamos. Questionamo-nos “por que?” inúmeras vezes. Estamos tão apegados, tão habituados àquela pessoa, que todas as memórias se voltam para ela. E, neste momento, trata-se apenas de boas lembranças. O medo da perda, do novo, do “o que será de mim sem ela?”, do “o que faço agora, que tudo eu fazia com ela?”. Pois é, aí entra o perigo do foco em um único objeto.

Quando temos outras ligações sólidas, a perda não parece total. Fica mais claro que temos outros propósitos, outras utilidades e, principalmente, que não estamos sós. Que ainda restam objetos para atender as nossas expectativas, para nos admirar, nos proteger ou ajudar a nos auto afirmarmos.

A perda de algo que não nos fazia bem e suas fases
Fases do luto: alternâncias de humor

A etapa melancólica é igual para todos, variando apenas o tempo de permanência. No entanto, quando falamos de relacionamentos abusivos, depois da melancolia, vem a fúria. A fúria ocorre, primeiramente, em função da rejeição. Ninguém quer ser rejeitado, colocado em segundo plano ou substituído, certo? Não, nós somos importantes demais para isso!

A segunda parte da fúria ocorre quando, em consequência do escanteio, procuramos finalmente respostas para aqueles porquês. Catamos argumentos contra o ex-objeto amado para que possamos nos satisfazer, pelo menos, um pouco. Ficam, enfim, evidentes todos os seus defeitos, na tentativa inconsciente de justificar o porquê de não estarmos mais juntos. Afinal, os defeitos que encontrei na outra pessoa fazem muito mais sentido do que qualquer outro motivo que tenha nos levado ao fim do relacionamento.

Bom, depois da fúria, vem a euforia. Essa, eu diria particularmente, é a melhor fase. É o período em que já estamos praticamente descolados do ex-objeto e procuramos, digamos, desesperadamente, por algo ou alguém para substitui-lo. Lançamo-nos novamente ao mercado do amor ou procuramos fazer coisas diferentes: uma viagem, um novo corte de cabelo, um novo trabalho, uma nova atividade de lazer, um novo apartamento para decorar, enfim, um novo entretenimento. Tudo se torna extremamente animador.

A importância de cumprir o luto

Passadas essas três fases, sem, de fato, ter havido um envolvimento fecundo com um novo objeto amoroso, entramos na etapa de reparação. Aqui, é onde vai ocorrer seguramente a elaboração ou, podemos dizer também, a ressignificação do relacionamento anterior. Já não há mais fúria ou euforia. Já não há mais pensamentos fixos ou qualquer necessidade de substituição. É o momento de entender o que aconteceu e de dar respostas apropriadas àqueles porquês. Na reparação, já não há mais um culpado. Há, talvez, responsáveis. Claro, o que não se aplica a situações de ameaças de morte.

Acontece que quando nos sentimos desconfortáveis, é natural que recorramos àquilo que é mais acessível: a fuga. A tendência é que tentemos pular de fase. Você pode até conseguir inicialmente, mas, se seguir sem um envolvimento fecundo com um novo objeto amoroso, invariavelmente, você vai voltar para lá. O luto é intenso, dolorido, porém funciona como um chá de boldo: é amargo, mas resolve.

Você pode até encontrar alguém interessante no meio do luto, com quem ficará tentado a se relacionar. Se cair em tentação, os porquês não serão respondidos e a probabilidade de cair em outra cilada é altíssima. Portanto, muita calma nessa hora!

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Você sabe qual é o segredo para não envelhecer?  https://blogdosaber.com.br/2023/03/06/voce-sabe-qual-e-o-segredo-para-nao-envelhecer/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/06/voce-sabe-qual-e-o-segredo-para-nao-envelhecer/#respond Mon, 06 Mar 2023 13:12:28 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=848 Ler mais]]> Morrer cedo! 

Brincadeiras à parte, estamos vivendo mais e o desafio é exatamente esse: VIVER e não SOBREVIVER. Existe uma diferença bem grande entre uma coisa e outra. A maioria das pessoas sabe disso, mas se deixam levar pelo movimento contínuo do dia a dia, entram na zona de conforto e quando, um belo dia, percebem que estão apenas SOBREVIVENDO e não VIVENDO, realmente já estão velhas. Às vezes apenas biologicamente, outras vezes apenas mental/emocionalmente e outras tantas vezes as duas coisas.

O envelhecimento é um processo contínuo de alterações naturais que começam na idade adulta. Com o passar do tempo, funções começam a declinar e as mudanças são visíveis em nosso corpo. Dai a importância de tirarmos o melhor proveito possível de cada momento vivido. De viver o hoje e o agora com inteligência e sagacidade.

Mas será mesmo que envelhecimento tem relação apenas com a idade biológica?

Eu acredito que não!

Conheço jovens que são bem mais velhos do que eu em pensamentos e modos de vida (e alguns deles moram aqui em casa. 😁🤣

Vitalidade, disposição e energia têm a ver com formas de ver e viver a vida. Tem a ver com as escolhas que fazemos e também com filosofia de vida.

Garanto que se você pensar um pouco vai lembrar de “pessoas idosas” que dão show de vida e disposição em muito jovem por aí. Exatamente porque o conceito do que é envelhecer mudou e mudou para muito melhor. Viver é o segredo para não envelhecer e não cair na armadilha da zona de conforto.

Se antes sobrevivíamos aos anos e chegávamos a velhice, literalmente, aos trancos e barrancos, agora podemos escolher viver plenamente todas as fases e sermos agentes de longevidade ativa, plena e feliz. 

Então, não tenha medo de envelhecer, visto que isso não é opcional. Mas também não seja displicente com suas escolhas. Escolha sempre tudo aquilo que pode te levar a uma vida longeva, saudável, independente e feliz.
Pare e pense.

O que você tem feito ou pretende fazer em relação a isso? 

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