Emilia Villar, Autor em Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/author/emiliavillar/ Cultura e Conhecimento Wed, 15 May 2024 14:34:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Comunicação Positiva https://blogdosaber.com.br/2024/05/17/comunicacao-positiva/ https://blogdosaber.com.br/2024/05/17/comunicacao-positiva/#respond Fri, 17 May 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=5054 Ler mais]]> E seus impactos nas relações

A comunicação é a mais poderosa ferramenta de conexão com o mundo. Quando nos comunicamos somos capazes de transmitir informações, idéias, pensamentos e sentimentos entre indivíduos e grupos. Existem vários tipos de comunicação e desde os primórdios da humanidade as formas de se comunicar vêm sendo constantemente moldadas para se adaptarem à evolução das relações sociais e às rápidas mudanças tecnológicas e culturais. Hoje vamos falar sobre a Comunicação Positiva e seus impactos nas relações.

É por meio da comunicação que as pessoas se conectam, se entendem, vendem, compram, se protegem e constroem vínculos necessários para a sobrevivência. Deste modo, utilizar palavras positivas na comunicação diária pode fazer uma grande diferença na forma como você se relaciona com os outros e na influência que você terá sobre eles. Neste artigo, vamos abordar a necessidade de incorporar esse hábito no nosso dia a dia.

Comunicação positiva e seus impactos nas relações.

A influência das palavras positivas

Então, utilizar palavras positivas não pressupõe dizer apenas coisas boas ou aceitar tudo. Trata-se de uma estratégia para se habituar a falar sobre tudo da melhor forma possível. Vocês já perceberam que ao ouvir muitas palavras negativas ou objeções nós temos a tendência de nos fecharmos?

Isso acontece porque ao ouvirmos uma palavra que nos causa resistência ou não gostamos, pode ocorrer uma resposta emocional negativa no cérebro, ativando áreas associadas ao desconforto, estresse ou aversão. Essa reação nos leva a sentir necessidade ou o desejo de não continuar a conversa, a fim de evitar emoções e reações desagradáveis. Por outro lado, quando utilizamos palavras positivas criamos uma conexão que é caracterizada por aspectos como empatia, clareza, respeito, colaboração e apoio mútuo.

Além disso, essas palavras elevam o ânimo, fortalecem os relacionamentos, aumentam a motivação, facilitam a resolução de conflitos e diminuem consideravelmente as objeções. Com isso cria-se uma atmosfera agradável, favorável e receptiva. Em síntese, o cérebro aproxima o que é semelhante e afasta o que é discordante.

Comunicação positiva na prática

Como você costuma elaborar suas frases? Num diálogo costuma colocar a parte negativa à frente da positiva? Tem o hábito de usar termos como “não”, “jamais”, “nunca”? Vejamos um exemplo:

O que soa melhor para você?

“Se beber não dirija” ou “Se beber vá de carona”?

Certamente, a resposta é “Se beber vá de carona”. Saber o que não devemos fazer não nos direciona ao que devemos fazer de fato, tornando a frase negativa pouco resolutiva.

Aprenda a editar seus pensamentos e evite palavras que gerem choque, decepção e incerteza.

Essa prática, além de mais leve, reorienta seu cérebro a focar naquilo que você deseja alcançar. Vejamos outro exemplo: Em vez de dizer “Não esqueça de pegar seu celular” e “Não se preocupe”, tente dizer, “Lembre-se de pegar seu celular” e “Fique tranquilo”.

Entendendo os elementos da comunicação positiva

Entender e aplicar os elementos da comunicação positiva vai possibilitar a construção de um caminho transformador, agregando valores para melhorar os relacionamentos interpessoais.

Agora é com você!: Pense em uma frase com palavras de conotação negativa que você costuma dizer, substitua por uma frase com conotação positiva e coloque aqui nos comentários. 

Emília Villar

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A pratica da escuta sensível https://blogdosaber.com.br/2024/05/10/a-pratica-da-escuta-sensivel/ https://blogdosaber.com.br/2024/05/10/a-pratica-da-escuta-sensivel/#comments Fri, 10 May 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4963 Ler mais]]> Como executá-la num mundo cada vez mais acelerado?

Em um mundo com uma cultura de alta velocidade, a pratica da escuta sensível consciente pode ser desafiadora, mas ainda é possível:

Quando ouvimos alguém com sensibilidade e empatia, estamos demonstrando cuidado, respeito e interesse genuíno por essa pessoa. A pratica da escuta sensível permite que nos conectemos mais profundamente com os outros, entendendo não apenas suas palavras, mas também suas emoções e experiências. Isso contribui para relacionamentos mais próximos, empáticos e amorosos, onde as pessoas se sentem verdadeiramente ouvidas e valorizadas.

Mas, afinal o que é escuta sensível?

“Escuta sensível” é um termo que pode se referir a uma abordagem empática e cuidadosa de ouvir e compreender as necessidades e emoções das pessoas ao seu redor. É sobre estar presente, sem julgamento e realmente entender o que está sendo comunicado.
A escuta sensível envolve captar não apenas as palavras expressas, mas também a emoção, o contexto e as entrelinhas. É uma habilidade que requer empatia e compreensão profunda.

A pratica da escuta sensível. Como executar num mundo cada vez mais acelerado.

Escutar x Ouvir

Já ouviu a expressão “ouvi, mas não escutei”? Parece contraditório, não é mesmo? Contudo, o ato de ouvir é uma ação mecânica que depende do sentido da audição, já a escuta requer vontde em prestar atenção ao que está sendo dito e um interesse em interagir. Existem alguns tipos de escuta e cada tipo tem suas próprias técnicas e benefícios. Portanto, seu uso adequado depende do contexto e das necessidades de cada situação.

Na Escuta ativa há um interesse genuíno e um engajamento na conversa, através de perguntas e expressões corporais. Já na Escuta reflexiva, a forma de mostrar que você entende e se importa está em refletir as emoções e o conteúdo expressados pela outra pessoa. Um terceiro tipo de escuta é a Escuta crítica, que envolve analisar e avaliar o que está sendo dito, buscando entender a mensagem de maneira mais profunda e questionando as informações ou as idéias apresentadas. E por fim,temos a importante e polêmica Escuta empática que é quando você se coloca no lugar da outra pessoa, tentando compreender suas experiências, sentimentos e perspectivas. Em alguns casos, o emissor pode achar impossível você se colocar no lugar dele. E em outros, se colocar no lugar dele pode ser desconfortável para você.

Você sabia disso? Qual o tipo de escuta que mais se identifica com você?

Pessoas gostam de ser ouvidas

E, ouvir no mundo acelerado requer conscientização, habilidade e algumas estratégias para se adaptar ao ritmo frenético do dia a dia:
Priorize a atenção plena, isso significa se desligar das distrações e focar totalmente na pessoa que está falando;
Aprenda a capturar as informações essenciais rapidamente e resuma-as para garantir que você entendeu corretamente;
Esteja preparado para mudanças rápidas e adapte sua abordagem de escuta conforme necessário para se adequar ao ritmo do ambiente;
Após uma conversa rápida, tire um momento para processar as informações e refletir sobre o que foi dito;
Evite interromper, permita que a pessoa termine seus pensamentos antes de responder ou intervir na conversa;
Evite fazer julgamentos ou críticas enquanto escuta, mantendo uma mente aberta e receptiva.

A escuta eficaz

Embora o mundo possa parecer estar sempre em movimento rápido, ainda é possível praticar a escuta eficaz com um pouco de conscientização e algumas estratégias adaptativas.

Portanto, praticar uma escuta sensível pode melhorar significativamente os relacionamentos interpessoais, a tomada de decisões e a resolução de problemas.

Respeite as diferenças e se cale quando for necessário!

E agora me diz: você se acha um bom ouvinte? 

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Alzheimer https://blogdosaber.com.br/2024/04/19/alzheimer/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/19/alzheimer/#comments Fri, 19 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4778 Ler mais]]> Estratégias para um cuidado humanizado

Receber a notícia de que seu ente querido foi diagnosticado com Alzheimer representa um divisor de águas na história de qualquer família. A partir daí, mergulhamos num misto de sentimentos e começamos uma jornada de incertezas e tomadas de decisão. Alguns questionamentos como a escolha do cuidador, os estágios da doença e os possíveis tratamentos permeiam as cabeça dos envolvidos no processo.

Diagnosticar não é tão fácil como parece

Num passado não muito distante, vivenciei esse impacto ao ter a minha avó diagnosticada com o Mal de Alzheimer e de repente a vida da nossa família virou de ponta a cabeça. Reconhecer os sinais e sintomas não é tão fácil quanto parece, uma vez que eles são muito parecidos com os da demência senil. É importante conhecer os estágios de evolução do quadro, visto que com o passar do tempo os sinais vão se modificando.

Entender que a doença vai muito além de um problema de lapsos de memória é de suma importância para termos um diagnóstico precoce e um plano de cuidado mais humanizado. Esse plano de cuidados deve ser integral, multidisciplinar e contemplar paciente e cuidador.

O Mal de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva e irreversível que afeta o cérebro, causando a deterioração gradual das funções cognitivas, memória e habilidades de pensamento. Deve ser diagnosticada pelo psiquiatra geriatra ou neurologista.

Alzheimer, estratégias para um cuidado humanizado.

Fique atento aos sintomas

O sintoma mais comum em quem está sendo acometido pelo Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Contudo, com a progressão da doença outros sinais e sintomas podem ficar evidentes, como: perda de memória de fatos mais antigos, repetição de perguntas, dificuldade em resolver problemas, desorientação no tempo e espaço, dificuldade em realizar tarefas do cotidiano, problema em entender estímulos visuais e auditivos e irritabilidade. Portanto, o diagnóstico precoce, um tratamento humanizado e uma equipe capacitada são condições essenciais para gerenciar melhor o tratamento, possibilitando o alívio dos sintomas e o avanço da doença.

Os estágios da doença

A Doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma gradativa. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer, o quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

– Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;

– Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;

– Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;

– Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor ao engolir. Infecções intercorrentes.

Todavia é importante observar que a progressão da doença pode variar de pessoa para pessoa, e nem todos os sintomas podem estar presentes em todos os estágios da doença.

A jornada familiar e seus conflitos

A dinâmica familiar fica profundamente afetada quando um membro assume o papel de cuidador de um doente crônico. O cuidador pode enfrentar uma série de desafios, incluindo o ajuste de suas próprias necessidades para atender às demandas do paciente. Desta forma, o familiar que está no papel de cuidador passa a lidar com sentimentos de estresse, sobrecarga física, mental e humor deprimido. Contudo, é preciso desenvolver estratégias de enfrentamento que reduzam os riscos desses sinais. Além disso, a falta de preparação ou predisposição ao papel de cuidador pode agravar esses desafios.

Para evitar maiores conflitos é crucial que as famílias reconheçam e abordem esses desafios de forma aberta e compassiva. Isso pode envolver uma busca por apoio externo, como serviços de assistência social, grupos de apoio a cuidadores e serviços de home care.

A importância do cuidado integral em domicílio

A perda progressiva de memória e a deterioração das funções cognitivas não apenas afetam o paciente, mas também têm um impacto profundo na sua rede de apoio familiar e social.

Testemunhar o declínio de alguém que amamos e cuidamos e conviver com a angústia e o medo de esquecer ou ser esquecido pode ser igualmente doloroso e desafiador. Desta forma nos sentimos impotentes diante da progressão da doença e da perda da conexão com nosso ente querido. Ter a oportunidade de cuidar do paciente em casa é benéfico, pois tanto o paciente acometido pelo Alzheimer, quanto o cuidador têm a possibilidade de se manterem num ambiente familiar, onde já tem suas rotinas e dinâmicas pré-estabelecidas.

O amor vence barreiras

Minha avó vivenciou todas as fases da doença. Ter vivido essa experiência foi algo singular e transformador. Contudo, é necessário uma visão integral voltada para o cuidador, que passa por todas essas lutas junto com o paciente. Para tanto, é importante ter uma rede de apoio e contar com uma equipe multidisciplinar e um plano de cuidados domiciliares. Embora o Alzheimer possa roubar memórias e capacidades cognitivas, o amor e o carinho compartilhados ao longo da vida geralmente permanecem. Portanto, encontrar maneiras de se conectar emocionalmente, mesmo quando as memórias estão se desvanecendo, pode ser uma fonte de consolo e apoio para todos os envolvidos.

Emília Villar

Palavras chave: Alzheimer, Cuidador, Memória

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Desospitalização https://blogdosaber.com.br/2024/04/12/desospitalizacao/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/12/desospitalizacao/#comments Fri, 12 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4620 Caminhos e perspectivas para o cuidado domiciliar

A internação no âmbito hospitalar pode tornar-se bastante desafiadora, pois movimenta a rotina dos pacientes e de seus acompanhantes. Além disso, internações prolongadas podem causar medo e insegurança, afetando vínculos familiares e prejudicando a evolução do tratamento. Nesse sentido, a desospitalização surge como uma estratégia possível para a gestão do cuidado do paciente em seu domicílio. Isto visa uma atenção integral, segura e humana dentro do seu contexto biopsicossocial.

A desospitalização promove ainda uma maior humanização, pois oferece aos usuários uma recuperação mais rápida e uma maior adesão aos cuidados terapêuticos. Além, de evitar riscos e danos ocasionados pela internação, como infecção hospitalar.

Desospitalização. Caminhos e perspectivas para o cuidado domiciliar.

O que é desospitalização?

O termo “desospitalização” visa a transição de pessoas internadas em ambiente hospitalar para os cuidados em seu domicílio. Esse processo deve ser planejado e acompanhado por uma equipe multiprofissional. Não trata-se de uma alta precoce e sim, de uma continuidade do tratamento em ambiente extra hospitalar. Isso se dá por meio de assistência ambulatorial, hospital dia, programas de atenção domiciliar e empresas de home care.

Para ocorrer a desospitalização o paciente deve contar com uma assistência compatível com as suas necessidades, garantindo um tratamento de excelência.

Quando o ambiente familiar é mais propício à recuperação

O tratamento domiciliar oferece uma recuperação mais célere e menos impactante. Todavia o paciente costuma ser menos resistente aos medicamentos e orientações por estar num ambiente familiar no qual sente-se seguro e próximo a seus entes queridos.

No processo de transição do hospital para o ambiente domiciliar, a equipe de profissionais responsável pela desospitalização deve criar um plano terapêutico. O objetivo é implementar ações que coloquem o usuário e a família como participantes ativos no cuidado dentro das suas realidades socioculturais, resgatando seus direito, deveres e necessidades.

Principais desafios da desospitalização

A desospitalização é um processo que deve ser abordado desde o primeiro contato do paciente com a instituição até a sua transição para o ambiente domiciliar. Por isso, é de suma importância que a elaboração e implementação do plano assistencial contemple os campos de atuação da desospitalização: cuidados paliativos, atenção domiciliar, educação em saúde, protagonismo do paciente, gestão de leitos e articulação com as redes de atenção à saúde.

Papel da família no cuidado integral

Para um maior êxito no cuidado domiciliar humanizado, faz-se necessário um acompanhamento mútuo e contínuo por uma equipe especializada, a fim de oferecer amparo à família ou ao cuidador, alinhando as condutas conforme um plano assistencial centrado no paciente, de forma a proporcionar tomadas de decisões assertivas e supervisionar resultados, para com isso garantir maior qualidade na assistência prestada e maior percepção de segurança por parte do paciente e dos familiares.

Considerações

Nesse contexto, a desospitalização passou a se ressignificar, deixando de ser uma mera estratégia de gerenciamento de leitos para um processo de construção de um plano de cuidado assistencial integrando o paciente e seus cuidadores dentro do seu contexto sociocultural. Deixou de ser o mero ato de transferir o cuidado do hospital para o domicílio e passou a se organizar de maneira humanizada, multidisciplinar e coordenada, desde a admissão hospitalar até os cuidados finais do tratamento em casa.

Emília Villar

Bibliografia:

BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Desospitalização : reflexões para o cuidado em saúde e atuação multiprofissional [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. – Brasília : Ministério da Saúde, 2020. 170 p. : il.

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