Arquivos PANDEMIA - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/pandemia/ Cultura e Conhecimento Wed, 07 Feb 2024 13:41:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Como está a sua semeadura? https://blogdosaber.com.br/2024/02/07/como-esta-a-sua-semeadura/ https://blogdosaber.com.br/2024/02/07/como-esta-a-sua-semeadura/#respond Wed, 07 Feb 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4018 Ler mais]]> Principalmente no Carnaval!

Em semana pré carnavalesca vemos o país se organizando em prol deste período. Uns se preparando para viajar, outros para cair na folia, outros para descansar. Alguns estão lutando pela sua vida em leitos de hospitais, buscando mais uma oportunidade para viver. Outros chorando pela morte daqueles que partiram. São inúmeras realidades diferentes. A questão é: você está preparado para colher o resultado do que você plantar neste período, do carnaval? Então reflita e veja: como está a sua semeadura?

Como está a sua semeadura? Principalmente no Carnaval!

Catarata bilateral nos dois olhos

No fim de janeiro de 2023 iniciou o processo em que quase fico cega dos dois olhos. Em curto espaço de tempo tive que me preparar para cirurgia dos dois olhos, por catarata bilateral dentre outros, e sabendo que poderia ter sequelas. os médicos não conseguiam explicar o porquê de um caso tão avançado de catarata em uma pessoa tão jovem para este grau de doença. E eu, sendo médica, compreendendo tudo que estava acontecendo, ficava mais complicado o contexto dos sentimentos que vinham deste. Uma coisa é estar no banco como médico, a outra é como paciente. mas, mesmo assim, manter a calma e indagar: como está a sua semeadura?

No contexto do Carnaval pós pandemia

De repente me vi dependendo dos outros para ler as coisas para mim, até para ver algo no celular e ao mesmo tempo eu estava em preparo para cirurgia, delicada. E quando menos esperei a semana do carnaval de 2023 se tornou “a semana”, em que eu iria organizar tudo em casa para a cirurgia que estava prestes a acontecer. Seria o primeiro carnaval com liberação de atividades presenciais (até 2022 vivíamos o contexto da pandemia pela covid19) e com novo representante na política do nosso país. E em meio a uma avalanche de coisas terríveis acontecendo no mundo, como terremotos e enchentes, com tantos feridos e desabrigados.

No contexto de tudo isso, as pessoas apareciam na tv curtindo o carnaval de 2022 a todo vapor. Festejos no país inteiro, e do jeito que só no brasil há. E eu no meio de tudo isso, quase sem visão bilateral.

Intimidade e oração com aquele que nos criou

Então recebi num grupo do whatsapp algo sobre o avivamento de asbury, que ocorreu na universidade de asbury em wilmore, kentucky. Aquilo me tocou profundamente e a nada mais consegui dar atenção. Fui tomada por aquela “onda” durante todo o período do carnaval e tive minha rota de planejamento mudada: entreguei-me ao jejum, oração e estudo da palavra. e assim foi meu carnaval de 2023: intimidade e comunhão com aquele que nos criou.

E agora estou eu diante do próximo carnaval, colhendo o que semeei no que passou. Tive minha visão plenamente recuperada bilateral, sem necessidade de transplante de córnea como haviam falado inicialmente. Passei por experiências incríveis ao longo de 2023 que me trouxeram a patamares os quais jamais almejei conquistar. E estou começando a colher os frutos de mais de 30 anos de oração. Sinceramente? considero que ter semeado do jeito que foi no meu carnaval em 2023 me trouxe uma das melhoras colheitas de toda minha vida. Por isso, este ano me organizei para ter o carnaval dos meus sonhos, semeando aquilo que sempre quis, para ter o plantio extraordinário em todas as áreas da minha vida nos demais meses de 2024.

E você? Como está a sua semeadura?

Gisele Leite

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Exercendo a sabedoria https://blogdosaber.com.br/2023/12/06/exercendo-a-sabedoria/ https://blogdosaber.com.br/2023/12/06/exercendo-a-sabedoria/#respond Wed, 06 Dec 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3396 Ler mais]]> A medicina é solo fértil para exercê-la

A Medicina é um sacerdócio. Por quê? Porque as pessoas passam a não nos ver mais como um indivíduo, passamos a ser médicos integralmente. Quando estamos sendo apresentados a alguém, e a pessoa descobre que somos médicos, vem logo uma dúvida e/ou esclarecimento solicitado, que acaba sendo uma “consulta” para quem acabamos de conhecer. Se alguém passa mal em algum lugar e sabem que somos médicos, já nos chamam imediatamente cobrando providências. E se não prestarmos socorro em uma situação e depois descobrirem que somos médicos, caímos na omissão de socorro. Quando nos formamos, fazemos um juramento, mas não temos a real dimensão do que significa naquele momento, pois ainda não estamos exercendo a sabedoria. 

Por outro lado, lidar sempre com doentes e doenças pode nos adoecer também. Passar a juventude na correria de um curso puxado, estudo em horário integral, plantões, provas, especialização… Acabamos “perdendo” os melhores anos da nossa vida (juventude) e o convívio com nossos amigos e familiares. E vamos nos transformando ao longo da trajetória, pois alguns vão exercendo a sabedoria. Porém, infelizmente muitos se perdem neste caminho. Até que ponto tudo isso vale a pena? 

A pandemia – um momento especial para reflexão

A pandemia pela Covid – 19 em 2020 revirou a vida das pessoas pelo avesso. Para uns foi do ponto de vista negativo, para outros neutro, para outros positivo, alguns uma mistura de tudo e um pouco mais. Não foi diferente para mim. Neste período eu passei por processos na vida pessoal que me levaram a questionar e refletir muito sobre a área profissional. Ver a humanidade perdendo a oportunidade de se voltar para SER Humano de fato, em plena tragédia pandêmica, mexeu muito comigo. E foi deste modo que eu comecei o meu mais recente e longo processo… O RESET, o RECOMEÇO, o Ressignificar, o REDESCOBRIR… Essencialismo, Minimalismo… Inteligência Emocional e Espiritual… As outras dimensões, que, se forem equilibradas, o indivíduo adquire saúde plena!  

Buscar a sabedoria para quebrar paradigmas

A Sabedoria é o conhecimento adquirido pela experiência e o sábio é quem tem muitos conhecimentos. Buscar a sabedoria me permitiu mudar conceitos e paradigmas e aprimorar o meu exercício profissional. Buscar uma vida com sabedoria me permitiu entender o que é uma vida com maestria. Você se tornar dono de sua própria vida, sabendo conduzi-la da melhor forma nos seus vários aspectos, com autorresponsabilidade e bom gerenciamento é a fonte para a saúde plena (corpo/mente/alma/espírito). E foi esta jornada que se tornou referência para o meu exercício profissional, ampliando os horizontes da Medicina e do Ser Médico em minha vida, RESSIGNIFICANDO o sacerdócio da ciência pelo Amai o próximo como a ti mesmo (Mateus, 22:39). 

Exercendo a sabedoria para mudar conceitos e paradigmas.

Vou compartilhar casos do dia a dia, de pessoas como nós, que resolveram problemas de todos os tamanhos que vocês possam imaginar, sendo sábios! Exercendo a sabedoria! Vivendo com sabedoria para uma vida com maestria! Vem comigo nesta jornada!  

Gisele Leite  

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Uns com tanto, outros com tão pouco: as diferenças culturais perante o caos https://blogdosaber.com.br/2023/06/27/uns-com-tanto-outros-com-tao-pouco-as-diferencas-culturais-perante-o-caos/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/27/uns-com-tanto-outros-com-tao-pouco-as-diferencas-culturais-perante-o-caos/#respond Tue, 27 Jun 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1806 Ler mais]]> O que não faz uma pandemia?!

No Japão pós pandemia, desde março, quando o uso de máscaras deixou de ser obrigatório, popularizou-se um curso para exercitar o sorriso. A hora/aula custa em torno de 55 dólares, servindo para fortalecer os músculos faciais e ajudar os seus alunos a se acostumarem com o riso novamente.

Durante a pandemia de Covid-19, muitos hábitos foram extintos e outros colocados em seus lugares. Foi um momento de readequar as nossas rotinas: o uso de máscaras, o isolamento social, as compras online, as aulas à distância. Tudo isso acompanhado de notícias trágicas e de desesperança. Era o fim do mundo!

Alguns países mais e outros menos enrolados em leis e metodologias de tratamento e profilaxia. Alguns países com mais e outros com menos mortes. Alguns com mais e outros menos contaminações. Dependendo de onde você estivesse, você poderia estar mais ou menos isolado, mais ou menos melancólico. Mas, dependendo do que, afinal? Da cultura, claro.

As leis falam sobre um povo

A verdade é que as leis são reflexo da sociedade. As legislações vão se implementando conforme a permissividade. Quando as pessoas de uma sociedade, por exemplo, tendem a ser mais individualistas, mais fácil será de adotarem regras que convergem para a individualidade. O Brasil, por exemplo, assim como a maioria dos países latinos, é conhecido pelo calor humano. As pessoas gostam de abraçar, de beijar, enfim, do toque. O Japão, por outro lado, é uma nação pouco calorosa.

Enquanto no Japão e outros países economicamente desenvolvidos o uso de máscara e o isolamento eram comuns, no Brasil as pessoas não sabiam muito bem o que fazer em relação a isso. Longe de uma necessidade de obedecer às autoridades, tratava-se mais de uma mistura dos sentimentos de medo (da morte) e do desejo de manter o calor humano, de manter o que já fazemos naturalmente, de manter o laço (bem apertado).

A irreversibilidade da personalidade

Mascarados, nós brasileiros aprendemos a rir com os olhos e a cumprimentar com as piscadelas! Já as aglomerações, apesar de tratadas como algo proibido, não eram nada que o jeitinho brasileiro não pudesse dar um jeito! Que fosse a céu aberto, com máscaras abaixo do nariz, parcelando ou reduzindo o número de convidados. Nós aprendemos a fazer de um jeito que se encaixasse em uma brecha do que as autoridades divulgavam.

O japonês vem de uma cultura que, além de contar com a disciplina, é mais fechada, de pouco toque, de pouco riso. O isolamento apenas intensificou o que já era inato. Nesses casos, o uso de máscaras pode inclusive ser uma forma de fuga em massa do contato social. Por isso a necessidade das aulas de prática do sorriso ao retornar da tormenta. Prática de algo que não tem lugar de pertencimento. Muito diferente do que representa para nós do país tropical. Assim, tormenta para uns e não tão atormentador para outros.

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Recomeços https://blogdosaber.com.br/2022/11/30/recomecos/ https://blogdosaber.com.br/2022/11/30/recomecos/#respond Wed, 30 Nov 2022 20:08:35 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=75 Ler mais]]> Quarta-feira é dia de crônica, aqui no blog do saber. A nossa mais nova coluna recheadas de boas e saudáveis crônicas da melhor qualidade. A nossa estreia, na semana passada foi com a bela história de paz e guerra, uma trégua no natal, escrita por Ana Madalena, que dá agora uma nova contribuição com a crônica “recomeços”. Então, vamos lá, faça uma boa leitura e tire suas conclusões!

Foi no início de julho de 2019, alguns dias antes do meu aniversário. Estava muito feliz e tinha planejado chegar bem cedo, mas chovia bastante e faltou energia o dia todo. Escolhi o meu apartamento pela vista, que é magnífica, mas o prédio, bem antigo, não tem gerador. Meus amigos disseram que foi uma compra por impulso, mas quando vieram para o “open house” entenderam o porquê da escolha. Meu apartamento de 35,7 metros quadrados era tudo que eu precisava para ser feliz.  E acredite, cada centímetro fez uma grande diferença no decorrer desse ano…

Sou o tipo básica, mas gosto de conforto e de beleza nas mínimas coisas. Decorei meu apartamento do jeito que sonhei. Infelizmente, pouco depois da minha mudança, a empresa onde trabalho resolveu me “promover” e eu passei a fazer viagens a cada quinze dias. O meu sonhado “lar doce lar” virou apenas um lugar para dormir. Até que…

Recordo quando meu supervisor ligou, já tarde da noite, cancelando minha viagem de março. Disse que seria por uns dias e que assim que tudo normalizasse, eu retomaria a agenda de trabalho. Desliguei eufórica, até abri um vinho para comemorar! Finalmente eu teria tempo para curtir meu cantinho!

Liguei a TV para saber da tal pandemia;  confesso que me assustei com o que ouvi. Telefonei para meus pais e irmãos e pedi para que não saissem de casa. Corri ao supermercado e fiquei impactada com as filas intermináveis; parecia que estávamos numa guerra. E era, só que invisível.

Preparei um roteiro para meus próximos dias. Não poderia ficar sem foco, sou movida à rotina. Tentei me exercitar, ter horário de leitura, de trabalho, fazer cursos online e outras tantas coisas que sempre reclamei não fazer por falta de tempo. Mas o tempo foi passando e a quarentena se prolongando… Veio a inquietação. De tudo. O mais estressante foi não saber quando isso acabaria.

Chegou julho, a Terra deu mais uma volta ao redor do sol e eu fiz aniversário sozinha. Não, minto! Comprei um hamster chinês, apesar da minha desconfiança de tudo que vem de lá. Nossas noites foram reservadas para os exercícios: eu na esteira e ele na rodinha. Tomei a resolução de cuidar de um ser vivo depois que vi todas as minhas plantinhas morrerem por descuido. Aquele planejamento de uma rotina saudável ficou no papel por meses, quando vestia pijamas e arrastava chinelos.

Agora falta pouco para esse ano ser mais um calendário jogado fora. Apesar de todos os percalços e das milhares de pessoas que perderam a vida, confesso que depois que peguei o ritmo, só tenho coisas positivas para levar comigo. Descobri que sou ótima companhia e que, apesar do caos do isolamento, fiz descobertas incríveis e aprendi novas habilidades. Também comprei uma estante de exatos 70 centímetros e já preenchi duas prateleiras dos livros que li, de longe o melhor programa cultural e à prova de aglomeração. Também escrevi um diário; quem sabe um dia eu venha a ter filhos e eles possam entender como alguém vive em meio a uma pandemia.

O ano de 2020 realmente ficará marcado na vida de todos nós. Aos amigos e familiares eu cito Oswaldo Montenegro, na música Sem mandamentos,  “hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse e até desculpo o que você falou”. Esse é o meu hino de esperança; deixemos rusgas e outros sentimentos incômodos para trás.  Vamos agradecer! Nós sobrevivemos!

Ana Madalena

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