Arquivos economia - Blog do Saber http://blogdosaber.com.br/tag/economia/ Cultura e Conhecimento Mon, 29 Apr 2024 12:31:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 O Papel das Startups na Moldagem do Mercado https://blogdosaber.com.br/2024/04/25/o-papel-das-startups-na-moldagem-do-mercado/ https://blogdosaber.com.br/2024/04/25/o-papel-das-startups-na-moldagem-do-mercado/#respond Thu, 25 Apr 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4840 Ler mais]]> Redefinindo paradigmas econômicos globais

Discutimos a importância da inovação e IA na manutenção da relevância no mercado em nosso artigo anterior. Agora vamos explorar o papel das Startups na Moldagem do Mercado e como elas estão redefinindo paradigmas econômicos globais. Todavia, estas empresas emergentes não são apenas núcleos de inovação tecnológica. Elas estão também na vanguarda de uma transformação econômica, impactando setores tradicionais e fomentando novos mercados.

Startups: Catalisadoras de Mudanças Econômicas

Startups são reconhecidas por sua agilidade e capacidade de inovar rapidamente, características que as tornam motores poderosos de crescimento econômico. Com abordagens disruptivas, elas desafiam o status quo, introduzindo produtos e serviços que muitas vezes criam nichos de mercado ou transformam indústrias inteiras. Essa capacidade de inovação não apenas fomenta o desenvolvimento tecnológico, mas também estimula a economia ao criar empregos, atrair investimentos e promover o comércio internacional.

O papel das Startups na Moldagem da Economia Global.

Impacto no Ecossistema de Negócios

As startups também desempenham um papel crucial no desenvolvimento de ecossistemas de negócios robustos. Elas atuam como ímãs que atraem talentos, capital e atenção para regiões que podem se beneficiar de revitalização econômica. Em cidades ao redor do mundo, de San Francisco a Bangalore, vemos como essas empresas podem transformar completamente a paisagem econômica local.

Oportunidades e Desafios Futuros

Contudo, a ascensão das startups traz consigo desafios significativos, incluindo questões de escalabilidade, sustentabilidade financeira e integração com regulamentações estabelecidas. Entretanto, o sucesso a longo prazo dessas empresas dependerá de sua capacidade de superar esses obstáculos e de adaptar suas inovações para servir a um mercado global cada vez mais conectado e consciente.

As próximas discussões em nossa série explorarão como diferentes setores podem integrar inovações de startups em suas operações e estratégias para manter-se competitivos e relevantes. Não perca!

#Startups #InovaçãoEconômica #CrescimentoGlobal #TransformaçãoEmpresarial

Este artigo visa proporcionar uma compreensão profunda sobre o papel das Startups na Moldagem do Mercado, bem como o impacto revolucionário delas nesta mesma economia. Vale destacar como essas entidades dinâmicas estão moldando o futuro dos negócios e da inovação. Abaixo um pequeno glossário para melhor entendimento das terminologias.

  1. Startups: Empresas emergentes que estão no início de suas operações e buscam explorar mercados inovadores ou criar mercados através de produtos, serviços ou modelos de negócio disruptivos.
  1. Disruptivas: Refere-se a inovações que alteram significativamente ou substituem métodos e produtos existentes, frequentemente desestabilizando mercados estabelecidos e criando setores de negócios.
  2. Ecossistema de Negócios: Um ambiente que inclui interações diversas entre empresas, investidores, consumidores e instituições que contribuem para o desenvolvimento econômico e inovação.
  3. Inovação Tecnológica: Processo de renovação e ampliação de produtos, serviços ou processos, que oferece soluções inovadoras e pode ser fundamental para a competitividade e expansão de um negócio.
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A taxação sobre os super-ricos e o jeitinho brasileiro https://blogdosaber.com.br/2023/09/05/a-taxacao-sobre-os-super-ricos-e-o-jeitinho-brasileiro/ https://blogdosaber.com.br/2023/09/05/a-taxacao-sobre-os-super-ricos-e-o-jeitinho-brasileiro/#comments Tue, 05 Sep 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2360 Ler mais]]> Uma ideia da esquerda?

Na semana passada, a BBC Brasil postou o seguinte artigo ‘Taxar super-ricos não é mais ideia só da esquerda’: os argumentos de milionário americano que quer pagar mais imposto. Segundo Morris Pearl, ex-diretor da BlackRock e presidente da organização Patriotic Millionaires, o sistema de tributação nos Estados Unidos acaba favorecendo os mais ricos, já que os impostos em cima de bens e investimentos são mais baixos que aqueles cobrados sobre os próprios salários. 

Pearl acrescenta que os ricos costumam deixar o dinheiro parado, em contas bancárias, por exemplo, em vez de aplicado na economia. O artigo mostra ainda os seguintes dados: entre 2010 e 2018, famílias bilionárias norte-americanas teriam pago em média 8,2% de seus ganhos em imposto de renda, enquanto que, em 2022, um trabalhador solteiro de renda média pagou 30%. É o famoso dito “o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. 

Morris Pearl compartilhou as suas teorias no Brasil, na ocasião do Fórum Internacional Tributário, no final do mês passado. E, no dia 1° de setembro, o governo começou a explicar nas redes sociais como funcionará a taxação de super-ricos no Brasil. 

O abismo social e suas origens

Esse sistema não costuma funcionar de maneira muito diferente em outros países capitalistas. Inclusive, quando falamos de nações subdesenvolvidas ou emergentes, dentro desse mesmo regime, normalmente ainda nos deparamos com situações agravantes, como um sistema de corrupção altamente irrigado. Algo que não acomete apenas a esfera pública, mas que faz parte da educação, da essência, de todas aquelas pessoas que compõem determinada nação. 

Em seu Hello, Brasil!, o psicanalista e escritor Contardo Calligaris traz a análise da civilização brasileira. Uma sociedade construída a partir de uma colonização extrativista, ou seja, a partir de colonizadores que exploram e de colonos e escravos africanos que são explorados. Um Brasil que, em fantasia, faz uma promessa de acolhimento, mas que acaba decepcionando, uma vez que não atende a expectativa daqueles que ali chegam. Então, geram-se os slogans: “esse país não presta”, “o país do futuro” – tendo nas entrelinhas: um futuro que nunca chega – e o famigerado “jeitinho brasileiro”.

Chegada de exploradores a um novo território

Calligaris faz uma reflexão sobre as possíveis origens dessas expressões que estão constantemente saindo da boca do próprio brasileiro. Expressões de revolta, de esperança e de recalque. Mas que, no fim das contas, traduzem o desespero por um reconhecimento. O reconhecimento do colono como brasileiro, um branco escravizado por seus semelhantes; daqueles que trabalham e querem ser gratificados dignamente. O reconhecimento “em uma sociedade em que é fácil ser insignificante”, em que “um privilégio indevido pode servir para restituir a qualquer um, por um instante, uma necessária dimensão de dignidade.”. Novamente, o tal do reconhecimento, tema também abordado aqui em Expressões: a arte e a coragem, Apocalipse Zumbi: uma solução para a selvageria e Por que fazem corpo mole? Entendendo a dialética do reconhecimento.

A história e seus sinais

Lembre-se: um povo conta a sua história a partir do que tem. Não que não seja possível mudar. Mas toda mudança requer um entendimento, uma compreensão sobre a fundação do problema. Da mesma forma que em um tratamento psicanalítico é preciso retornar à infância, em uma mudança estrutural, é preciso voltar ao passado e simular a construção de uma sociedade. Afinal, o buraco é sempre mais embaixo. E, pra variar, não existe receita de bolo. Cada país terá que descobrir a fórmula eficaz de fazer a sua economia girar de maneira salutar tanto para o dinheiro quanto para as pessoas. 

Afinal, Morris Pearl demonstra uma angústia plausível “Estamos preocupados com a perspectiva de que muito em breve, em algum momento, as pessoas não aguentem mais isso.”. E um sinal disso é que os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil.

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Por que fazem corpo mole? https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/#respond Tue, 14 Feb 2023 11:00:00 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=515 Ler mais]]> Entendendo a dialética do reconhecimento
O narcisismo no jogo do reconhecimento

O ser reconhecido faz parte da construção da estrutura narcísica em todo indivíduo. O reconhecer a minha imagem diante de um espelho, o reconhecer a minha presença diante do olhar enquanto me alimento através do seio ou da mamadeira, o reconhecer a minha necessidade de me alimentar, o reconhecer a minha dor quando tenho cólicas, o reconhecer as minhas palavras e atitudes cada vez que me exprimo. Por isso, as figuras maternas e paternas são essenciais no fortalecimento do ego do sujeito: afinal, para que haja reconhecimento, é preciso que alguém reconheça.

Reconhecer é conhecer de novo. Ou seja, reconhecer é lembrar. E a gente só lembra de alguém através de atitudes: ou foi algo que esse alguém fez ou foi algo que esse alguém disse. E, a partir do momento em que se forma uma civilização e passamos a viver em sociedade, o reconhecer deixa de ser uma função exclusiva daquele que gerou e passa a ser de todos que nos cercam. Por isso, sentimo-nos desconfortáveis quando alguém entra no elevador e não nos cumprimenta. Sentimo-nos desconhecidos, invisíveis, excluídos. 

A civilização contra a liberdade

Quando falamos de sociedade, falamos de teoria de formação de grupos, ou seja, de psicologia das massas. Para entrar em um grupo, é preciso aceitação. Em outras palavras, aceitação é aprovação a partir de identificações. Assim, as pessoas fazem amizade ou se agregam porque se identificam umas com as outras. No entanto, quando se trata de fazer parte de uma sociedade, as identificações ficam bastante a desejar, afinal, são muitos os “poréns”.

Se o sujeito quer participar dessa sociedade, ele precisa abrir mão de fragmentos de sua liberdade. Da mesma forma, quando o indivíduo é contratado para trabalhar em uma empresa, ele também é convidado a abrir mão de vários aspectos dessa liberdade para poder cumprir as regras. Fazendo um cálculo rápido, o sujeito entende que a troca da liberdade por regras é justa, tendo em vista que essa é a condição para ser aceito ou reconhecido naquela comunidade ou quadro de colaboradores.

Por mais contraditório que pareça, quando não há regras, há sofrimento

Para o filósofo e sociólogo alemão Alex Honneth, o sofrimento deriva da exclusão e da indeterminação. Dentro de uma empresa, a indeterminação pode fazer referência à falta de regras ou ao não entendimento delas por parte dos colaboradores, quando as regras, por exemplo, são confusas.

A exclusão é mais óbvia: trata-se de não se sentir parte de algo, de não se sentir útil, de não se sentir contribuinte de um bem maior. Isso acontece quando falta engajamento e delegação de competências por parte dos gestores ou quando a própria empresa não possui um plano de carreira ou objetivos claros – o que entra novamente em indeterminação, pois, se a empresa não tem bem definidos os seus objetivos, o colaborador também não consegue definir as suas metas dentro dela. 

Sem regras, não há metas. Sem metas, não há reconhecimento. E, sem reconhecimento, não há negocio. Porque o negocio é ser reconhecido. Então, vira terra sem lei e cada um faz como entende que é menos sofrido. Afinal, nessa terra, parece haver espaço para cada um criar as suas próprias regras, certo?

Em suma

Lembre-se: todo mundo quer ser importante ou, pelo menos, sentir-se assim. Mas quando a troca da liberdade pelas regras não mais se sustenta, por uma questão de economia de energia psíquica, o sujeito tende a procurar a vantagem ou o custo benefício em outro tipo de relação, seja dentro ou fora da sua empresa.

Fique atento aos sintomas: se na sua empresa você tem a impressão de que as pessoas normalmente não estão dando o melhor de si ou que a rotatividade de gente é anormal, alerta vermelho! Isso é um problema estrutural. O sofrimento é generalizado: para os colaboradores, que não se sentem reconhecidos, e para os processos, que acabam não evoluindo. 

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