Arquivos doença - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/doenca/ Cultura e Conhecimento Thu, 26 Oct 2023 17:38:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Leite é ou não inflamatório? https://blogdosaber.com.br/2023/10/26/leite-e-ou-nao-inflamatorio/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/26/leite-e-ou-nao-inflamatorio/#respond Thu, 26 Oct 2023 14:45:27 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3015 Ler mais]]> Mito ou verdade?

Você pergunta: leite é ou não inflamatório? E eu te digo: a cada dia surgem mais questionamentos sobre o real efeito que alguns alimentos podem provocar no nosso organismo. No entanto, é muito importante considerar que um único alimento não deve ser considerado vilão ou mocinho. Entretanto, o conjunto de uma alimentação e estilo de vida e como o seu organismo está preparado para receber esses alimentos, que irão desencadear desfechos positivos ou negativos.

Desmistificando o leite

O leite é um dos alimentos que pode ser inflamatório, para algumas pessoas. Ele pode ser inflamatório para pessoas com disbiose e que começam a desenvolver uma sensibilidade a caseína, proteína presente no leite que muitas vezes pode causar sensibilidade e inflamação. A inflamação sistêmica de baixo grau é considerada um fator etiológico para o desenvolvimento e progressão de vários distúrbios multifatoriais. Neste contexto podemos citar a aterosclerose, síndrome metabólica, diabetes mellitus do tipo 2 e outras doenças cardiovasculares. Concentrações plasmáticas elevadas de proteína C reativa (PCR) e das citocinas pró inflamatórias como TNF-a e IL-6 foram associadas a um risco aumentado de doença cardiovascular.

As diretrizes alimentares recomendam que o indivíduo deve ter uma ingestão diária de leite e outros alimentos lácteos para atender às necessidades nutricionais de minerais como cálcio. O leite auxilia na manutenção de tecidos ósseos e no processo de contração muscular. Padrões alimentares ricos em frutas e vegetais, grãos inteiros, peixes, fibras, ácidos graxos ômega-3, vitamina C, vitamina E e carotenoides,  podem promover proteção contra a inflamação sistêmica de baixo grau. Em contraste, dietas ricas em ácidos graxos trans, carnes vermelhas e processadas, doces, refrigerantes, salgadinhos fritos ou grãos refinados, mostraram promover um estado pró inflamatório.

Eliminando a lactose

Considerando que a composição da dieta pode modificar os processos pró e anti-inflamatórios do organismo por meio de muitos mecanismos diferentes. Estudos transversais atuais sugerem que o consumo de alimentos lácteos, especialmente os fermentados com menor teor de lactose, está inversamente associado à inflamação sistêmica de baixo grau.

Leite é ou não inflamatório? Eliminando a Lactose.

Acompanhamento médico ou de especialista

Alguns indivíduos possuem alergia às proteínas presentes no leite de vaca, e nesses casos, a ingestão desses componentes desencadeiam uma resposta alérgica e processo inflamatório exacerbado. Também provocam sintomas muito desagradáveis como diarreia, náusea, constipação, dor abdominal e cefaleia. Os pacientes que possuem alergia devem evitar o consumo de leite e seus derivados. Outra questão do leite é a lactose, açúcar do leite que precisa de enzimas para ser digerida. Muitas pessoas têm uma redução ou não tem a produção dessa enzima. Ter um intestino permeável e com alteração na composição das bactérias pode resultar numa sensibilidade ao leite. Sabemos que isso não é para todo mundo, é preciso de um acompanhamento nutricional para saber se o leite pode fazer mal para você! As melhores opções desse grupo para quem tem intolerância à lactose são queijos mais curados e iogurte natural por apresentarem menor carga desse açúcar.

Qualquer restrição ou exclusão alimentar só deve ser feita para casos específicos e sob recomendação de um nutricionista ou médico.

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O tratamento da obesidade https://blogdosaber.com.br/2023/05/14/o-tratamento-da-obesidade/ https://blogdosaber.com.br/2023/05/14/o-tratamento-da-obesidade/#respond Sun, 14 May 2023 14:00:51 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1492 Ler mais]]> O assunto de hoje, aqui na coluna Medicina do Estilo de Vida, uma continuação do artigo publicado na semana passada sobre Obesidade é o tratamento da obesidade, que esclarece se a anormalidade é uma falha de caráter ou um problema de saúde, que intervenções médicas são necessárias e quais medicamentos são adequados para o tratamento.

Uma falha de caráter ou um problema de saúde?

A obesidade é vista frequentemente como uma falha de caráter. E agora, na onda do politicamente correto e de forma muito equivocada, como um estilo de vida ou uma característica pessoal, mas na verdade é um problema de saúde, uma doença crônica, redicivante e potencialmente grave. Por isso você precisa conhecer o tratamento da obesidade.

Intervenções médicas são necessárias

O viés predominante contra as pessoas com obesidade (e agora também “a favor” da obesidade, não dos obesos) leva a sociedade a descartar intervenções médicas que podem ajudar as pessoas a viver vidas mais saudáveis. A suposição de que basta fechar a boca leva a uma política de saúde cara, ineficaz e baseada mais em viés do que em evidências.

E o mais importante, pesquisas mostraram que estigmatizar pessoas com excesso de peso (ou glamourizar a obesidade) piora o problema e como não encontram tratamento adequado recorrerem a métodos milagrosos sem acompanhamento. Ninguém acha desnecessário tratar hipertensão com medicamentos, mas obesidade precisa ser resolvida apenas com foco, força e fé.

A obesidade é uma doença que causa alterações inflamatórias, neurológicas, hormonais e metabólicas que dificultam a perda de peso. Não é apenas uma questão de força de vontade, já que após a instalação da obesidade, somente com mudança de hábitos de vida, sem ajuda profissional e medicamentosa, é muito difícil o controle a longo prazo.

Os medicamentos para obesidade:

1- Devem ser prescritos SEMPRE que indicadas. 45 % da população americana tem obesidade, menos de 3 % faz algum tratamento medicamentoso, mostrando o quanto essa doença é negligenciada.

2. Cada medicação deve ser mantida por no mínimo 3 meses para que se possa avaliar a resposta terapêutica. Não se deve desistir antes de dar tempo para a medicação começar a agir.

3. Após esse período não deve haver pressa para suspender. A doença é crônica. Quanto mais longo o tratamento medicamentoso, melhor os resultados de manutenção de peso a longo prazo.

4. As associações medicamentosas são geralmente mais eficientes, não tenha medo de associar drogas se seu médico prescreveu,.

O tratamento é longo e difícil, mas totalmente possível e exequível . Procure ajuda.

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